terça-feira, 23 de agosto de 2011

A chuva

Nem que chorasse chuva,
toda água que tem no céu
ainda não seria bastante
para sua ausência oceano.

Acordo lúcida,
corpo e alma em súplica,
reviro casa quintal,
nosso café  com açúcar.

Os pássaros cantam
seu átmo segundo...
e voam longe, longe,
sua ausência deste mundo.

Me prendo, me rendo,
seu corpo em  eter e fragmento
deitado no chão
e a cabeça sobre as conchas da suas mãos.

Os olhos fechados
e os pensamentos vagos pelo vão
do universo da minha vida...
Os lábios tremem e se desmancham num largo sorriso.

Depois a voz soa, atordoa
as paredes, o teto, o coração dispara,
você fala uma fala de amor.
Finjo que estou sonhando e nada mais.

Bem neste momento estou lúcida
de uma embriaguês eterna
da sua ausência
Volte, venha...
não posso ficar longe
é meu destino sua congruência





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coração

  Quem bate... Uma voz  lá dentro responde: é o coração!