Sentava-se. O tempo não existia.
porque o córrego era paciente
com a insignificância dos pequenos.
Não havia assunto proibido:
Tudo o córrego ouvia com muita tolerância.
Porque ele parava em seu trecho
não tinha pressa, ia para o mar para o ar
não tinha pretexto,
somente conversa.
A beira do córrego
se jogava pedrinha. Havia uma montanha
de pedrinhas ao alcance da mão.
Quantos diálogos havia
por ali, espalhados pelo chão.
Não se sabia não...
A beira do córrego
havia muitas outras vidas conversando
paradas as sombras das pequenas árvores
com pequenos pássaros, com pequenos insetos,
com pequenos frutos, todos conversavam
tudo com o pequeno rio
que ainda está lá, hoje porem mudo.
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