poemas: penas

domingo, 17 de junho de 2012

penas

As penas sempre voam.
quando estão juntas
no couro. Vivas
que a vida as asas sirvam...

Se não, se cravam
na palha. Secam.
à mãozada livre
voam tristes petecas.

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e convido você que ainda não o visitou a visita-lo também.

paranormal

Não é estranho,
nem paranormal
vejo certas coisas
enquanto elas me veem.

é a reação lógica
daquilo que não sei
porque os olho
enquanto eles me veem.

até certos dias
o mais pesado que levei
eram os meus sonhos
que não realizei.

Acordei esquisito
mudei de rota
fiquei despido.

aos brados tumulei
os sonhos mortos sem asas
com pás de dor os enterrei...
e os reguei com brasas.

só tenho o hoje,
e toda sua mágica.
e tudo que louvo
é o presente e sua graça.

porque acordo nú..
de todas as tristezas que vesti
por não ter cumprida a sina,
que alguém sonhou pra mim.

E este hoje também é nú,
da parafernalia sem destino,
feito poeira que levanta
quando se rodopia no caminho.

Viva a vida
em todas suas travessuras divinas...
só assim, verdadeiramente
alguém consegue cumprir sua sina.

sem ser visto

Posso dar uma grande gargalhada...
a mais longa do mundo,
mesmo que se faça silencio
porque a estas horas todos estão dormindo.

não se imagina que a vida seja
um carretel mágico, de pura peleja
com tantas infinitas formas de linhas...
que pelo céu noturno adeja.

que costurasse no seu veu
histórias e estórias de pessoas
que por mais que vivam distantes ausentes,
pra sempre perto ecoam.
sem nenhum aderente,
sem nenhum adesivo

gosto deste visual, tão novo tão excitante,
depois de tanto viver a matéria
corroer os dias de tristeza inutil...

descubro e vivo o prazer
da espiritualidade presente,
sem nenhuma força labuta.

Indio Carijó

A modernidade do poeta
não está na academia que ele tece
mas na liberdade
de deitar e rolar
nas letras do seu verso,
que ele mesmo esquece

porque sempre sonha com o inverso.

Ser clássico como Alexandre,
de seis em seis perfeito,
criar o seu stand...

ser uma flor bela do passado mais remoto,
do mar e das caravelas,
dos medos do maremoto.

Cultivar uma tristeza apunhalada
que faz o coração fugir feito coelho,
bater desconsolado
minguado e de joelhos.

Pedir a Deus ainda que seja ateu
que seja mediocre, mau poeta, ou ateneu
qualquer coisa da literatura romântica...
para que aquele amor seja sempre seu.

E por amor,
rezamos nós, reza eu e reza você,
poetas ou não
exercito de "Jos"

Que Deus... este indio Carijó
não nos Deixe morrer só.