domingo, 19 de julho de 2009

Depois eu conto "Dia seguinte IV" conto maria melo Paraná Brasil Roteiro para cinema um filme de amor...


Qual é sua história, perguntou o homem que indagava...
para o casal de brancos,
que já estavam chorando.

"Bom, é relativa a verdade que ela nos fala,
toda as histórias da infância que ela contou são verdadeiras,
mas não aconteceram com ela e sim com nossa filha.
Tínhamos uma filha, branca, de olhos e cabelos claros como os nossos,
Tínhamos uma filha, confusamente jovem e atirada na vida,
que não temos mais,
ou não sabemos ter, pois ela fugiu de nós.

Depois de uma briga a nossa filha desapareceu.
O homem branco pegou um papel e mostrou
era um comunicado oficial às autoridades
sobre o desaparecimento de sua filha,
muitas buscas foram feitas mas não a encontraram.

Agora esta negra nos dá esperança
porque se conhece toda a história
de nossa filha tão intimamente
é porque a conheceu ou a conhece.

Queremos que a detenha...
não permita que ela se vá.
Pode nos dar noticias de nossa filha.

Do outro lado a negra disse:
Meus pais enlouqueceram! Estou aqui
na frente deles eles não me querem
mas querem alguém que desapareceu?...


Gostaria de falar com eles
agora, diante de todos, perguntou o homem que indagava.

A negra disse sim.

Levantaram-se e foram para a outra sala,
onde o casal ouvia tudo e já a esperava...

Querem que me prendam nesta delegacia?
Sou filha de vocês e não pratiquei nada de
errada, tão grave...

A mãe disse: quando esteve com nossa filha?
Estou sempre com ela,
será que vocês estão realmente loucos?

O que há de errado em ficar pretinha?
Se mudei de cor,
poderá ter sido a natureza, a ciência ou
quem sabe alguma outra coisa...

Meu namorado é negro, lembram dele?
Sumiu também, nem eu me lembro mais, direito, dele.
mas sei que vocês não gostavam dele.

Eu só quero voltar para casa,
mas não quero que abusem de mim,
tenho os mesmos direitos de todos os seres humanos,
de ir e vir, por acaso não sou normal?
E vocês vão continuar me tratando feito uma incapaz
de escolher a minha própria realidade?


Está certo vamos recebê-la em nossa casa
Mas você não é nossa filha,
fica claro, nunca adotamos nenhuma criança
negra, todos na nossa vizinhança
conheceu nossa filha branca,
e nunca viu nenhuma negrinha
em nossa casa... como pode querer nos convencer
que é nossa filha?

Se você concordar em não nos chamar de pais,
jamais... aceitaremos você..
e fique sabendo que queremos saber
onde você conheceu nossa filha...

Onde ela está,
sabemos que ela não quer voltar,
mas porque você está aqui?
O que quer nos contar?


Por absurdo que está história possa parecer,
como toda briga de família,
fala-se de tudo e no final
se entendem tão perfeitamente,
que o casal branco de olhos azuis
que de fato nunca haviam visto aquela negra,
nem ela a eles,
começaram a conversar familiarmente
sobre todas coisas possíveis
que acontecem só no seio de uma família...

Perguntava-se da tia, do primo, da avó,
da vizinha, das amigas,
dos problemas familiares, da saúde,
das viagens, dos planos,
enfim os homens que indagavam
ficaram muito confusos...

Deve ser uma questão de adoção!
Aquelas fotos da menina branca
lembravam a menina preta,
olhar da menina preta, lembrava
o olhar da mãe branca...

Pode ser uma questão genética.
nada ficou esclarecido, porem
ela voltou para casa com o casal branco,
parecia muito feliz,
muito a vontade,
como se ser negra
não representassem nenhum embaraço na sua vida,

Os homens que indagavam
olharam a mãe branca e moça negra,
o que você acha?

Penso que eles não resistiram a saudade
da filha e desejam ouvir as histórias
da vida dela, contada assim
por alguém tão estranho...
Isto vai lhes dar muito consolo.

Depois eu conto "Dia Seguinte parte III" maria melo Paraná - Roteiro para cinema um filme de amor


Será que você se lembra daquela negra
que foi encontrada no portão da casa
de um casal de brancos de olhos azuis...
os chamava chorando de meus pais?
E eles não a receberam, negando-se serem seus pais?

Você se lembra que a negra foi para a Delegacia...
Suspeita de quê?
Não sei, eu autora não sei...
do que ela foi acusada.

Ela declarava com certeza absoluta, ser filha
do casal branco de olhos azuis... eles a renegavam!

Então, finalmente chegou o amanhã...
depois daquela estranha noite,
o casal foi convocado para contar sua história.
A moça também.

Cada qual na sua sala, do seu modo,
seriam ouvidos, grafados, gravados, e tudo mais.
A negra não sabia, o casal não sabia,
ninguém parecia conhecer a verdadeira verdade,
aquela que estava camuflada
por detrás da cor, tanto da moça,
quanto dos pais.
Do branco e do negro da cor.


A moça foi dizendo muito alegre, como sempre:

Pois bem, é certo que não me entendia com meus pais,
que brigávamos sempre noite e dia,
é certo que eles detestassem meus atos,
e eu odiava o extremismo deles.

Mas nunca imaginei que pudesse acontecer isto,
Cheguei negra, segundo eles, segundo vocês,
segundo o espelho, como o carvão, como a noite,
eu demorei para acreditar,
Estou de fato negra.
Mas de fato sou-lhes filha.
De fato sou muito feliz, comigo mesma.
não sei por que eles se importam tanto com isso!

Vendo os meus pais, assim tão branquinhos,
com olhos tão lindos, azuis feito céu,
não muda a cor do meu amor,
ainda os amor, nem que ficassem verdes,
pois sei que são meus pais,
acho que só agora reparei na cor da pele deles,
na cor dos olhos, nos cabelos assim tão claros e ondulados,
tão leves... tão amarelados.
nada parecidos com os meus.
que são fixos, rígidos, parados.

pode se dizer, um verdadeiro emaranhados de fios.


Lembro-me de toda minha infância,
da imensa beleza dos meus pais,
que é claro não são os mesmos pais
que vejo hoje...mesmo assim, depois
de bem mais velhos ainda os amo.
Nossas brigas é uma questão de domínio.

A moça negra continuava contando histórias
sobre sua infância...


Na outra sala o casal branco a ouvia
atentamente.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O cientista "máscara" parte II - conto maria melo brasil - Roteiro para cinema um filme de amor

Eu estava de vermelho. Perigo.
Afinal era a única pessoa que ignorava.
Surpresa com o tamanho de peixe,
fui seguindo as outras pessoas
que o iam empurrando para frente,
ele aos saltos e assaltos,
estava indo em diração à sala de trabalho.

As pessoas riam muito o aplaudiam
nos seus contorcimentos,
peixe não grita, não canta,
não ora, não chora, não implora,
mas dá o show.

"Vão comê-lo assim numa algazarra, danada!
Seja o que for, nada me é tão estranho!

O peixe entrou na sala,pulando e divertindo
o povo.

Fiquei em posição de espera... olhando
na direção dele, olhar sobre ele
e sobre as pessoas que o cercavam.

Pegaram-no, tudo muito alegre,
colocaram-no numa caixa leve, e colorida,
sobre uma mesa, fecharam-na suavemente.
e correram em suas máquinas, sentaram-se,
ligaram-na! Ligaram tudo, muitas máquinas,
ligaram-se, atentamente.

"Será que vão devorar o peixe?
Meu Deus, estarão cozinhando-o?
Vão mesmo comê-lo?
...Não, não vão, veio-me uma voz interior,
Ora, para comê-lo teriam que trocar suaS
ENTRANHAS por farofa!

Enquanto isto as máquinas e as pessoas trabalhavam árdua e
secretamente. Eu de vermelho, fiquei quieto
nada entendo do que fazem.

Passaram-se horas e horas até que de súbito, todos
se levataram e foram para a caixa onde o peixe
estava preso.

Abriram-na e saltou para fora um homem.
Estava ou era nu, tão nú quanto o peixe.
suas pernas e braços rigidamente
encostados no corpo. Saltava velozmente
pelo chão. Olhos esbugalhados, face
paralizada, sem palavras, gritos ou
gemidos ele se jogava para todos os lados.

Todos olhavam calados sem perder um só movimento.
Acompanhavam aquela estranha dança
naquele misterioso palco do tempo.

Depois de um certo momento,
abriram a porta, o homem olhou para aquela
claridade, parecia ser a primeira vez
que a via, mas a claridade era dele
conhecida, lembrava lá fora, lembranva água.

E saltou em muitos saltos em direção à porta.
Todos os seguiam em silêncio...
Foi pulando muito para fora da sala,
rumo à piscina de onde tinha saido o peixe.

Eles o seguiram... O homem nú se jogou na água,
queria o fundo,... mas voltou à tona.
o fez novamente, voltou à tona.
Aquele ritual era novo.

Quando seu braço e mão se estiraram na direção das cordas
e segurou como nunca havia segurado antes.
Olhou e viu, como se nunca houvesse visto antes.

"Sai da Água" Alex, disse uma voz, ele ouviu e entendeu
perfeitamente.
"Não posso, disse para si mesmo,
seus músculos paralizados pensaram.
Sou um peixe.

Alex, você não é um peixe, você é um animal humano.
Venha até aqui, ou iremos buscá-lo.
Entendeu mas seus músculos não funcionaram,
eles foram, sem temor algum,
e o trouxeram para fora da piscina,

Sentaram-no em uma cadeira bem apropriada.
ao sol, o homem ficou parecia dormir,
cochilar, sonhar, meditar,
qualquer coisa que respira.


meu pensamento pensou sozinho.
"É a tal da mágica, aquela dos circos,
dos palcos, onde enfiam espadas
nos troncos das moças e cortam os rapazes,
o peixe deve estar debaixo do assoalho,
e aquele homem é um ator,
isto talves seja parte de uma filme,
um cenário... qualquer coisa do gênero artístico.

Acompanhava os acontecimentos sem nunhum assombro,
os atores são capazes de tudo,

Seu folha se aproximou de mim,
um sorriso misterioso,
daqueles que a gente só vê nos olhos,
das pessoas que escondem profundas coisas.

Entendi... ele era o diretor.
tinha sacado uma grande jogada.
Porisso aquele ar... além das quadras.


Viu? Sentiu, adivinhou? Pressentiu, presencioou
A grande máscara?
Acabamos de preparar uma delas...
tantas outras já preparadas e utilizadas.
Mas esta é especial...

Fizemos uma máscara para aquele peixe.
Uma máscara de homem para ele.
Agora ele será peixe e será homem.
Tudo no mesmo momento!
Fantástico.

Seu folha parecia babar de satisfação.
Não será apenas mais um homem,
nem será somento mais um peixe,
é de fato uma nova personalidade.


Eu é que sou doido!
neste mundo sem freio.
"Me sinto muito confortável no meio dos atores e atrizes"
Nem penso na ciência,
ou na religião e seus mitos.

Deixo o teatro conduzir a platéia,
faminto de aplausos,
e a vejo delirar, toda noite,
com as fantazias de suas almas
desenfreiadas.


Sim, fizemos a máscara... nela tem
histórias, tão verdadeiras como aquelas
que nunca aconteceram e que nunca acontecerão.

Uma história profunda contada à
cicatrizes, ferimentos
que não doem mais mas que lembram...

qualquer batalha,
qualquer perda, qualquer folha
de navalha, qualquer
pedra, qualquer enredo.


Amanhã será o dia em que ele
acordará, tão homem e tão peixe
como se nunca tivessem se separado.


E cada um de nós que já mergulhou
nas histórias das máscaras,
acabou se conhecendo, se descobrindo,
numa nova face, tão antiga,
e tão rescente, que não pode haver nada mais sedutor
e primordial no mundo.

Você, diz seu folha, é convidado a presenciar
a transformação... muitas experiencias,
nos darão frutos imprevisiveis...
imprescindíveis para seguir sem destruir
o que se fez até agora.

O que você acha de mim?

"Estou muito feliz de estar aqui,
neste momento inesperado" respondi, sorrindo,
não vai me liberar umas imagens?

"Quem sabe..." Duvido que sim...!

domingo, 5 de julho de 2009

O cientista "máscara" - conto maria melo - brasil - roteiro para cinema um filme de amor


Ligou, ajustou e já!
Bom dia... apresento-me. Sou Folha,
O cientista máscara.
Não folha de registro nem folha da igreja,
sou folha da natureza,
áspera.


Minha ficha? Ah a folha corrida?
Pois sim, antes de ser cientista, eu era artista.
Artista sempre falido.
Fazia esculturas lindíssimas
em ouro maciço
mostrava-as na praça,
achavam graça e diziam
não vale nada isso!

Precisava mais que talento,
quem sabe se eu fosse belo,
feito narciso, me olhasse
no espelho e me achasse bonito...
não isto nunca existiu
sou mais feio que um cabrito.

Então decidi construir a máscara,
não inventá-la, porque já foi inventada
mas utilizá-la renovada,
para as minhas complexas necessidades.

Mudei-me para cá, este canto
de encanto e cantos de sabias.

Uivado de onça má e devoradora,
por isso virei logo uma folha!
pra ela não me encontrar!

Por artimanha minha e da natureza,
pude então me adaptar.


Sou folha de verdade, de qualquer planta do matagal.


Agora vire sua câmera para o lado de lá,
olha longe aquela sala transparente
enorme bem cheia de gente,
todos a trabalhar.
Faz parte da minha equipe,
de cientista maneiro
que alguma coisa quer aprontar.

Todos são folhas também,
e tem em qualquer parte do corpo
uma tatuagem sincera,
que mostra a árvore mãe,
de onde um dia eles vieram!

Vieram da cidade, com suas malas vazias,
buscar por aqui, aquilo que lá nem conheciam.
Hoje vão visitar os parentes,
sorrindo de pura alegria.

Não choram, não reclamam má sorte,
atrás daqueles paredes transparentes,
ainda há infinitas portas.


Agora, vire, novamente para o lado do nascer do sol,
vê aquele imenso campo de futebol
cheio de garotos, correndo e rindo...
vieram das vilas vizinhas,
atolados de pobreza,
alguns nem pão na mesa tinham!

Vê do lado o parque, simples,
com árvores e cipó, lagos pequeninos,
pedregulhos e cachoeiras,
tudo isto paras crianças
se divertirem, brincadeiras,

E como são prazeirosas no seio da natureza.
olhe nos seus olhos,
enquanto brincam, aprendem
grandes destreza.


Ali mesmo, pelas redondezas,
vê uma sala silenciosa, é uma biblioteca,
com o que tem de melhor,
dos nossos mais honrosos poetas.
E quando falo poeta,
me refiro do sonhador ao profeta.


Agora voe devagarinho ao redor,
vê a vaquinha amarela,
chamo-a de mamaezinha de aquarela.
Os pássaros, de tantas espécies,
esvoaçando pelas janelas?
são filhinhos da terra,
O cachorrinho pintado,
o cachorrão esparramado no chão...

A tartaruga dorminhona,
o macaco bugiganga,
o pavão pouco a vontade,
perdido de tanta vaidade,
perto do cabrito lambão

E mais não sei quantos bichos,
todos espalhados pela água, pelo ar e pelo chão.

Não há nenhum feitiço
é só a tradição da vida.

Mas uma surpresa... olha lá na piscina
transparente,
que belo peixe!
E só tem aquele! Está molho,
esperando o desfeixe!

É peixe, o grande segredo.
pelo menos será um dos primeiros.


Estou parado com minha filmadora desligada,
Seu folha, toma fôlego, toma água.
olha para os lados,
É verdade, sou folha não pensa.

Chama algumas pessoas
lá da sala transparente,

Vieram rindo, conversando e olhando,
são normais, paranormais ou anormais.
Eu que nada sei.

Seu Folha apresentou-me seus amigos:

Aqui estão eles, são bons no que fazem.
Confio em cada um,
porque sonham e trabalham
para melhorar,
suas vidas não são eternas,
mas são sinceras
e sinceramente vividas,
vale a pena presenciar o que você vai presenciar.

Foram todos para a piscina,
homens e mulheres,
tiraram seus uniformes de trabalho na sala,
e se jogaram na água,
nadando de cá para lá,
de lá pra cá,
foram formando uma roda...
Enjaularam entre braços e abraços,
e peixe e o trouxeram para fora.

You are welcome



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e convido você que ainda não o visitou a visita-lo também.