quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

24 horas de eternidade

Tenho apenas um dia
mas vivo como se fosse eterna.

Como se nunca tivesse tido

o viço da lágrima partido.

A juventude cultivo-a na alma
de passo em passo
a flor da vida esfarelo.

Hoje não guardo nenhuma tristeza do passado,
tenho o presente, este dom incorruptivel.

Todos os dias acordo
todos os dias olho a janela,
todos os dias quero ver o mesmo sol,
a mesma lua, as mesmas árvorers,
as mesmas pessoas,
os mesmos pássaros e os mesmos quintais.

Todo dia saio de casa,
vou bem pertinho, vou um pouco mais longe, vou bem longe,
olhar outro sol, outra lua, outras árvores,
outras pessoas, outros pássaros...

ou quem sabe as mesmas coisas em outros lugares....



destino

 Jaca
Pare de remoer a cana
acabou a pinga
acabou o melado
dê o bagaço pra vaca.
  

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Poesia


O bom de ser poeta
é que não há poeta mal e nem bom
basta ter a alma em pétalas...
e despedaça-las no tom...

não peca
a palavra poética
porque a rosa morre ou seca...
a vida é a labuta do poeta...

se hoje chora
amanhã feliz se confessa...

perdoemos todos nós
as mentiras amorosas dos poetas.

Servo



Se não pode,
se não posso.
Não faço...
com minha consciência em paz.

Falta isso ou aquilo,
tanto isso ou aquilo, tanto faz,
tanto não faz...
a poesia real
rimada
tudo com nada.

gosto da arte...não tanto da arte perfeita
mas da arte da vida
complexamente imperfeita e funcional.

Sei que
o tempo ainda surge, cada vez mais
longinquo
absorvo cada instante mais demoradamente
entretanto com muito mais afinco...

a vida, este enlevo
levo, como servo,
sirvo, como servo vivo...esta natureza
"pláscida" sigo.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

razão

Perdoa-se o mal vivido
pela bondade da razão
nesta e noutra vida
ser livre o coração.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A chuva

A chuva me hipnotiza:
na terra no céu
temporais ou brisa.

A chuva me hipnotiza
As nuvens escuras
se alargam, se contraem
viajam a deriva: parem
por todos os lados...
a chuva cai.

longos, finos, infinitos fios de vida.

Igualmente são as marias,
em outros rios tão iguais,
se alargam e se contraem
quase no mesmo estribilho
e parem por todos os cantos,
meninos e meninas
que elas chamam de filhos.

Pinheirais

O pinheiro seduz
com braços e mãos abertos ao céu,
recebendo luz para o chão,
seu torrão, túmulo berço em extinção.

É um exagero de se falá:
mas uma das árvores mais lindas do mundo
é o pinheiro do Paraná.

Então chora o estado
seus Pinheirais caducos
porque os filhos que eles esperam
nascem mas não crescem
são abortados da terra
os pinheirais de luto
em extinçao da era.

a mão predadora
não lhe reconhece o tributo
e de cabeça para baixo
faz-lhe esturricar o fruto...

A bela e verde árvore,
mãe do progresso desta terra,
para crescer o bem da vida,
foi lhe declarado guerra.

E deixa eu te admirá
velho pinheiro do Paraná.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

beija flor

Dia de chuva
pedra amassa uva,
chuva,

agua boa,
no coco na cana,
agua doce
na boca que a gente ama.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Veja:

faça  por merecer
pelo menos um pouco de inveja!!!!

Nostalgia acutíssima
neblina a alma, o corpo também. ( os dois se acasalam)

Olha lá aquela dona...
toda bela, e ele todo dono,
não sai de volta dela.

Olha o vestido rendado (de novo na moda por bagatela)
foi ele quem o  comprou para ela.

Olha o salto que salto... ela saltou muito bem...
ontem não tinha um vintem
hoje  o edificio é dela.

e aquela outra, que falatório,
nunca passou no cartório
mas tudo também é dela.

E a megera
que lida com as conservas,
mostra as calcinhas penduradas na janela.

e são lindas,  manchadas e amarelas.

Veja, faça por merecer
pelo menos um pouco de inveja.




Menopausa à vista

Meia volta vou ver:

Trabalha-se até a velhice:
dores e reumatizice...

volta-se para casa
Sopa quente, filé na brasa...

na imaginação de Adão...
Eva talvez seja um pouco selvagem,
ou esteja um pouco  brava,

Ao tentar introduzir a chave
Seu hot vale encalha:
rosna,  late agudo, mostra os dentes pontudos.

Ele para:

O cão dá uns gritos, os pulos altos e cai
Se finge de morto.

"Ela está matando cachorros a grito"....
Entendi, amigão, vale, valeu...
volto outro dia, se voltar,
vou dormir não sei onde...
meu lugar.



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Infância da vida passada...

Layla... a cigarra de cordas...
penso que você deve saber
se era assim mesmo...
e se concordas...

Somente muito tempo depois se desceu ao chão,
se criou coragem para enfrentar a fera do coração.

Morávamos lá.
Há muito tempo passado.
Eu, meus irmãos, meus pais e meus muitos antepassados
meus parentes distantes,
e nossos  descendentes aconchegados.

Se era o céu ou não, nem interessa
mas minha mãe nunca jamais descia na floresta,

havia rumores de  feras, de eras, de cinzas
de ira não divina,
porque o divino não existia ainda...
mas de fome assassina
que nunca se finda...
que devorava sempre qualquer matéria...
até aquela que não surgiu ainda.

havia uma linguagem precoce,
entre o  tempo presente e o tempo passado...
que ia e vinha...aos bocados...
a noite engolia sempre os desavisados...
depois vinha a bicharada...

a fome de uns outros matava.

Meu pai, não foi o primeiro a tecer o casulo
da lagarta mãe, já estava lá quando ele nasceu,
todo entranhado na árvore de fruto
frutos que eles e ele  sempre comeu.

Uma rede de  ramos e galhos
 de folha macia e gargalho
guardava as crianças que nasciam
até que pudessem caminhar pelos ares...
brincar e sorrir, crescer e viver
sem embaraço
pela floresta do laço...

mas nada nada era muito facil,
quem descia quase sempre caia no laço...
e sumia pelos muitos mistérios
dos próprios passos.


mas nós as meninas jamais desciamos ao  chão...
caminhavamos livremente pelos galhos
imitando nossas mães...


esperavamos pelo tempo
de fazer outros, outras, iguais ao nosso pai,
iguais a nossa mãe...a nós iguais.
e repetir indefinidamente a vida
sem questionar seus lumiares
pelos misteriosos e escuros vales.

Eles os homens nem sempre caçavam,
traziam para os filhos, na copa das árvores,
sacos de frutos, doces e fortes,
que os separavam da precoce morte



e as crianças encasuladas, cresciam
jamais criavam  asas,
mas voavam de galho em galho,
pelas copas das grandes árvores.

e aprendiam a sobreviver
aos poucos com  loucos e perigosos  animais.

palavra na boca, nada,
pensavam não se sabe lá o quê,
viviam até que sumiam
mas as mulheres  para a floresta
jamais jamais  desciam.

O destino dos homens desconheciam...
se viviam, se morriam,
quando não voltavam,
elas não sabiam. Não choravam...
Viraram bicho... bicho viravam!

Os meninos escapavam dos casulos,
enfrentavam os bichos a pedrada,
e assim uma guerra se levou
até que se disse a primeira palavra.

E foi a Vaca, esta lasca grande de matéria sagrada...
que murmurou o primeiro mandamento
que foi   a primeira palavra....

na verdade seu filho bezerro,
de ouro, prata, urano e carbono
que além de ensinar a pedir
também ensinou a mamar...
o filhote do homem


somente quando se fez sol e amanhecer mais claro,
se aprendeu com os bichos,
a se infurnar nas tocas, cavernas
e muralhas... se guardar do medo,
da fome dos outros e suas garras....

e nas belas cavernas se consagraram
com os bichos se confraternizaram
e confabularam ...

aprenderam finalmente a falar
onomatopeia da cigarra de cordas
Viraram-se os homens em Deuses...
criaram céus, terras, universos e sois...

livros secretos,
escritos em rochas...
sementes de tudo em caixinhas postas...

semearam casas, templos, panelas e sinos,
em seis dias fizeram um grande shopping.
as ovelhas deram o pelo,
os camelhos os joelhos....os cavalos
deram o lombo ao relho

e a vida finalmente floresceu!!!!









sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnaval...

No Brasil,
a maior festa musical do mundo,
no Rio, na Bahia, Pernambuco,
nordeste afora, cada qual ao seu jeito,
deixa fora do peito
o coração do brasileiro sonhador.

festa de carne, sexo, nascimento, grana,
de povos e  nações...
que reune os modernos geeks...
aos indios do cachimbo torto...

festa de dança, luta e música,
de história, de vitória,
de guerreiro, joãos
 e manés brasileiros.

festa de preto, de branco,
marron, de vermelho, de cinza,
de santo e bandido,
de achados e perdidos...

festas de todos os povos...
pobres e ricos.

festa de riso bobo
de corpo quente,
de gente que sonha
trabalha que perde e ganha
e não reclama.

Festa que se faz...
de faz de conta
de nada consta e nada mais.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

sucesso



Sócio,
a poesia é a alma do negócio...
exercício da mente,
no esqueleto osseo!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

vida

Passou. 
Sentença irrevogável.
Presente, 
dom inviolável.
Minha vda é isto, isso e aquilo
quanto mais se vive mais se dá viço...
é minha vida,
boa ou ruim,
ninguém tem nada com isso.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cinema

Básico:

Uma estória - já está escrita.
criação dos personagens. Criados!
Cenário: pronto
Atores: selecionados.
Cachê...e
Investidores... agradecidos.

Está no ápice da página
minha verdadeira intenção: produzir um filme...

Desde esta declaração
venho seguindo um cronograma:
Até 2030 deve ficar pronto
(a autora não revela o custo desta obra)
(a autora a coloca acima do risco,
do fracasso absoluto, que é bem possível,
e isto seria fantástico.)
a autora também não se incomoda com isto.


Os atores:
preferi os que viajam... mas alguns já
avisaram não estaram mais disponiveis
depois da copa.

Isto realmente é desesperador
não gostaria de substituir nenhum.

Quanto aos personagens, esperam
o tempo necessário para entrar em cena.

Ainda vou fazer uma  cadeira com escada,
inventar uma luz e um operador de luz!

O cinema, esta comunidade de personagens
é uma arte bastante exótica,
 pouco caótica....

Uma boa visão das coisas é fundamental,
a autora está tratando da vista e
vai aprofundar mais seu ponto de vista.

Cão que late não morde...
diz o ditado mas
Quem ameaça, faz.

Autora jura que não revelará nada sobre o filme,
nem onde, nem como, nem quem, nem porque...
embora já tenha sido torturada
para que falasse sobre a estória.

Ela afirma mas nega,
vou fazer mas não sei se você vai ver.





domingo, 3 de fevereiro de 2013

tortura da paranormalidade....

o artista se inverte.
Normalmente vive recluso
nas pontas dos ângulos obtusos
dos triângulos inférteis.

Com cinco, fecha as portas
Eis o pensamento que deita e rola
pula e grita,
dá cambalhotas
gargalha e conta anedotas.

eis o pensamento acabrunhado,
andando em círculo, de lado.

É tímido, às vezes se introverte
depois laceia, embica e verte.

Desde a infância,
das artes e manhas,
as crianças são mestres.

"vamos brincá de divinhá?"
Todo mundo senta.

"Quem começa? - Eu, porque tenho cabelo mais comprido."

"Ahtá, então vou tapá seus olhos e seus ouvidos...
-Não precisa.  - Precisa, sim...

Não quero que veja nem ouça quem está pensando,
só aquilo que ela está pensando."

- É muito dificil. Não interessa, a brincadeira é essa!.

Pode tocar?
- Não. Pode dedá!!!! deda a cabeça, deda a face,
deda o dedo, deda o pé... deda o cabelo...

- bico calado o pensamento lido
quem lê pensamento não é camelo.

já sei você está pensando " Amanhã vai chovê"!!!

- Nada a vê. Nem tô.
"Mentiroso"!!! Você quer pescar e por isso não qué que chova"

Assim não vale, ele trapaceia. Pensa e depois nega.
Que adianta eu divinhá... se não posso prová.

-Vamos brincá de divinha, com papel.
Se escreve e mostra para todos. Depois que se lê o pensamento.
Tem que ter documento e prova.

Minha vez, tudo de novo... Você tentou mais errou.

Assim não vale ele trapaceou... escreveu uma coisa
e outra coisa pensou.

Vamos brincá de divinhá....

João pegou a escada e foi para a casa da Chica:

a) subir na árvore
b) descer num poço.
c) subir no telhado
d) pular a janela
e) devolver a escada dela.

Subiu na árvore: pegou as frutas, cortou, os galhos, resgatou um gato, cortou a árvore ou pegou
um ninho de passarinho? O que João Fez?

Desceu num poço: para trabalhar, para pegar um objeto, para brincá de esconde esconde,
para ficá no fundo do poço, para poder subir?... O que João foi fazer no poço?

Subiu no telhado: para ver a cidade, se sentir por cima, conserta-lo, entrar na casa, ou trabalhar? O que João  queria do telhado?

Pulou a janela: esqueceu a chave da casa, perdeu a chave da porta do quarto, quer fazer uma surpresa
para a namorada, surpreender as crianças, quer entrar sigilosamente...  Por que João pulou a janela?

devolver a escada dela:  porque a pegou emprestado, para conserta-la,  porque a furtou um dia,
estava pintando a escada, porque a guardava na casa dele... O que João queria da escada dela?

Preste bem atenção neste texto....

Os paranormais se torturavam mutuamente, ao extremo mas a leitura do pensamento era um embromo.

Mais dificil do que amar já que o amor promete vantagens para os dois... e que vantagens!!!!
aos pares de paranormais quase nada porque quando um não quer dois não fazem!!!!

Tortura nunca mais.... agora basta ligar, acessar e se deleitar com toda paranormalidade normal que
o novo mundo nos traz.

Os internautas trapaceam também: pensam e logo apagam. Tem-se que ser rápido... Adeus tortura
da paranormalidade....

sábado, 2 de fevereiro de 2013

http://www.tagged.com/conchasdomar

La vita




Por ora a vida prossegue
num passo único,
de tempo em tempo,
como se fosse uva,
na primavera,
como uva na lingua da boca
a vida mingua.

 Seu sabor doce mel
meio amargo, doce e fel

prossegue,
como uva, passa
a vida finda.


Per ora la vita va avanti
in un unico passaggio,
di volta in volta,
come uva,
in primavera,
come un chicco d'uva in lingua bocca
vita diminuisce.

  Il tuo dolce miele
semidolce, dolce e fiele

continua,
come uva, passa
vita finisce.


φύσης.


τίποτα δεν είναι ....
πέρα
καθαρότητα
της φύσης.

Nada fica
alem 
da pureza
da natureza.

fuga


somemos:

para cada um que nasce

mandam trezentos,

e pouco mais...

nunca jamais 

um pouco menos.

que fazer...

se assim pequenos, nascemos!

mãos...


Apesar de "Seja feita a vontade de Deus"

Fica sempre um rastro de culpa

nas mãos humanas....
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Trabalho árduo


Minha estrela meio larga,
quando acendo uma ponta
a outra apaga.
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Santa Maria


Santa Maria

Quisera o mundo ter conhecido antes,

quando era simples tua alegria.

Não depois de ter erguido sobre
 ti
este cruzeiro gigante,

manto negro de agonia.
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simples assim

Mala sem alça
sou um desleixo:
 pego, levo
 esqueço onde deixo.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

papel novinho


 velha árvore me chamou:
Estás precisando de papel?
Leva este é original!!!!Uma

Está em branco
não é como jornal,
cheio de coisas de ontem...
mesmo sendo sensacional!!!!

Não entendo


Resolvo tudo em chinês...
desafio a minha própria morbidez...

por que se algo descobre
que não é ouro...
é cobre...

talvez me cobre
tudo de uma vez.

não que não pague,
nada devo de verdade,
sou dono desse imenso nada...

a tal diversidade,
se ouro, cobre, prata,
ou até lata,
urano, litio, carbono...

dos elementos
sou temporariamente dono

e até que a morte me separe da vida,
tenho as minas do minério...
mais precioso da lida.
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humor quente


O pó de litio ou pó litico
serve para melhorar o humor...
quando este anda variado ou louco
ou para fazer telhados de vidro
a prova de pedrada
ou lingua de fogo.

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A banana...


A banana
bem que podia ser democrática,
se não fosse tão individualista,
separada por inviolável casca,
seu conteudo é uma delicia.
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You are welcome



Good morning everyone who comes to visit me, today... Thank you and have a nice day.



Agradeço o carinho da sua visita... Visitam este blog Brasil, Estados Unidos, Israel, França, Portugal, Antilhas Holandesas, Alemanha, Georgia, Coreia do Sul, Canadá, Malásia...Moldavia, India, Rússia, China, Turquia, Luxenburgo, Reino Unido, Ucrânia, Hong Kong, Itália, Austrália, Arabia Saudita, Argelia, Jersey, Peru, México, Slovenia, Ucrania, Macau , Emirados Árabes unidos, Egito,Argentina, Líbia, Romenia, Holanda, Marrocos, Ruanda, Japão, Angola, Indonésia, Senegal, Suécia, Cabo Verde, Belgica, Ucrania, Letonia, Kwait, Iraque, Polonia, Irlanda Brunei,Macedônia, Vietnan, Venezuela e Siria Welcome and I am glad... back again!...
e convido você que ainda não o visitou a visita-lo também.