segunda-feira, 31 de maio de 2010

domingo


Mar movimento
céu cinzento,
muito vento.

Frio, vazio,
olhos sem brilho,
nuvens paradas.

Tenho fugido das suas
saudades para viver delas,
sem sua desconfortável presença ausente.

manhã de  domingo,
chuva.  Águas e magoas.
o relogio e a hora,
em  conflito.

Um canto triste
sereia, baleia...!
uma alma sem sonho!

Oro o ouro de meus olhos,
líquido e pálido,
não sei onde vou
nem o mar sabe.

Suas ondas, lâminas e lamurias
sinceras me carregam
pra direita pra esquerda,
de olhos fechados,
não quero ver nada,
nem as gaivotas
em revoadas

Dia.  Manhã
podia ser clara,  mas é negra!
meus  pés firmes
me carregam
mente e coração.
arrastados pela areia.

Não mais que de repente,
inesperadamente,
convulsivamente
ele aparece.

Surge mesmo das nuvens negras do céu,
sua pele de marfim negro,
brilha. E a primeiro sol do dia,
invade meu corpo com seu calor,
com seu sabor,
com sua luz e me fantasio
de estrela numa perdida lua
fora de seu céu.

Quero te ver fora do mar,
na esquina da rua,
com seu sorriso abrançado prédios.
a esperar o sinal abrir,
e correr do outro lado,
onde tudo será mais facil,
onde tudo será nosso

Quero te ver longe daquele céu escuro,
daquele dia  em que eu fui imensamente triste,
e voltei para sempre feliz.

domingo, 30 de maio de 2010

O pássaro - homenagem a um cantor - conto


Eles fizeram um estrada larga no meio das árvores,
não sei para que... não passava ninguém por lá.
Assim às margens da estrada havia grandes árvores,
e muitos pássaros nelas, cantavam e cantavam
a vida inteira...

Mas inventaram uma escola bem no  final dela.
E sem mais nem menos a estrada encheu-se de crianças.
Era aquela algazarra, de manhã, ao meio dia
e à tardinha.... Os pássaros voaram para os galhos mais altos
das árvores... Nunca foram acostumados a andar em estradas
descampadas... cachorros, gatos, cobras...
não eram boas companhias para eles
e as crianças eram maravilhosas, mas não tinham asas,
se tivesse pobre das aves...

No final de algum tempo de convivência dos pássaros
com a nova estrada, a maioria deu-se nas asas e voou,
só os mais loucos ficaram e por último mesmo só ficou
um estranho pássaro, pousado lá no alto da árvores,

As crianças nem o viam, ouviam-no algumas vezes
cantar... ele sabia cantar muito bem, mas quando
as crianças apareciam o pássaro fechava o bico.
O pássaro gostava mesmo era de ouvi-las.

No final do semestre as crianças sumiram
a estrada se silenciou completamente,
não havia outros pássaros semelhantes a ele por ali, também,
nem cachorros, nem gatos, cobras, não sei...
Sei apenas que estrada larga, iluminada e vazia
se estendia pela imensidão... e o pássaro
pousado lá no mais alto galho da árvore pensando:

Eu podia ser um bichinho daqueles que andam pela estrada
fazendo algazarra, o mundo parece mais belo assim de perto,
será que eu não podia tentar caminhar um pouquinho
naquela maravilhosa estrada. Ninguém tá vendo,
se eu não conseguir, quem vai se importar com isso, quem vai rir...


Passaro via o quanto a estrada era longa
e como devia ser bom caminhar nela, nem que fosse só uns passinhos...
e lá de cima via também que não havia ninguém
passando nela, estava deserta e solitária,
provavelmente aquela estrada ia adorar
que ele caminhasse nela. Decidliu descer da árvare,
num jato só pousou no chão:
Que deleite mágico era tocar a terra,
assim nem que fosse só com seus leves dedinhos do pé,
ele queria mesmo era se esfregar no chão,
bicou a terra, arrastou as asas, correu daqui pra lá de lá pra cá,
imitando a criançada, cantou e recantou sua única melodia,
tentou até conversar em linguagem de pássaro,
queria imitar o som da voz das crianças,
ninguém viu sua façanha mas ele não ficou triste.

Continuava sua grande aventura pela estrada
dançando e cantando sozinho...
o pássaro logo esqueceu que era pássaro e
que sabia voar... se sentia um menino só mas feliz.
nem em sonho percebia qualquer outra realidade.
Mas vida de pássaro é cruel. As crianças sabem quando anoitece,
eles vão para casa e se protegem... mas o pássaro esquecido e maravilhado,
não percebeu e a noite caiu em cima dele
como se fosse um enorme pano preto.

Aí não viu mais estrada nenhuma. Tudo escuro.
e como ele era pequeno demais enquanto estava
pela estrada larga  todo o mundo inteiro virou só aquela
estrada, ele não via a paisagem...

No escuro completo, meio pássaro e meio menino,
uma parte dele queria voar, a outra ficava no chão,
até que ouviu um ruido insuportavel no meio da escuridão
surgiu um farol que voava. Era uma luz estranha e maléfica
que vinha em sua direção.
Ele sabia o  que era: Aprendeu com os meninos.
Aquilo era uma moto. Os meninos riam quando a moto passava,
mas o pássaro se assustava...

Seu instinto de voar apareceu de repente ele começou voar,
mas voava lento, rente ao chão e  a moto vinha ao seu encontro.
Ele sentiu que era muito grande, muito pesado
e que a larga estrada tinha menos de um metro de largura
e era muito cumprida, cheia de curvas
e inclinada. Desesperou-se...

Foi diminuindo de tamanho rapidamente ficando
tão pequeno que parecia um vagalume.
mas a estrada também diminuia.
Virou-se na curva a moto sumiu.

Apareceu o fogo nas duas margens da pequena estrada,
os dois ventos, não se porque sopravam as linguas
de fogo para o centro da estrada.
O pássaro sabe que suas asas incendiárias
são irremoviveis de si, se pegassem fogo, era o fim.

Voava entretanto entre os fogos das margens,
serenamente, sentia que passava pelo fogo e passava,
com medo e cuidado foi vencendo aquele caminho
assustador... as labaredas quase o tocavam!

Pelo menos com aquele fogo deu para ver melhor
a estrada... seria noite... coisa que ele o pássaro jamais tinha vivido acordado.
Era pois sua primeiríssima vez a vivência
daquele estranho estado.

Já estava voando bem a mais de um metro do chão,
perdendo o medo das labaredas e sentindo-se
capaz de dominar  o conhecimento da estrada,
e voando, voando assim, na solidão da noite,
o pobre pássaro também não percebeu o amanhecer...

Mas tudo foi clareando assombrosamente a sua volta:
e numa curva inesperado o pássaro acabou vendo
que estava proximo a um grande rio,
com vorazes correntezas: e não deu tempo de pensar,
o pássaro despencou em alta velocidade
para dentro do rio. Mergulhou nas águas cristalinas
de um  rio no amanhecer do dia.

Suas águas geladinhas eram o melhor abraço do mundo,
para ele que tinha atravessado a noite inteira
aquele caminho de fogo.
E lá dentro do rio, não sabe como suas asas sumiram
apareceram braços e pernas, eu acho que era isso,
que se espalhavam por todo lado,
balançando as aguas,
era um novamente um menino aos abraços e beijos,
com as águas doces de um rio.

Ficou lá nadando   muito tempo...
não se lembrava que era pássaro, nem mesmo um menino
acreditava que era peixe e o rio também acreditava nisto.

Logo uns ramos na margem  direita do rio se jogaram em cima dele,
embaraçaram seu sonho e ele o menino
agarrou nos ramos e subiu as margens...
De lá de cima olhava ainda para as águas e sentia muita saudade,
de sua vida passado, e sorria com uma certa sabedoria!

Foi subindo os campos, pisando a terra, assobiando,
logo viu sua casa, seus irmãos, seus animais,
sua mãe seu pai... enfim  sua familia, viu tudo que tinha que ver.
Era um menino, um menino cantor
que voava pelo mundo inteiro
com suas asas de penas,
e suas penas de dores!

sábado, 29 de maio de 2010

Silvano F. Junior

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

o coração


Fostes generoso com Ele
destes a ele um coração muito grande,
ele, um  moleque distraído
deixou-o cair, em pedaços no chão.

O médico mágico
o colou com cuspo e magia o costurou.
seus pedaços remendou.
Ainda fostes generoso com ele,
mesmo quebrado e remendado
o coração dele   é muito grande.
tão grande que pesou!

Pesou tristeza, pesou dor,
pesou solidão, pesou mágoa,
pesou de saudade,
do dia que pensou que foi mais feliz....

Agora seus olhos límpidos e lindos,
estão encobertos por nuvens escuras,
nuvens de chuva,
de tempestades,
nuvens  de lágrimas mudas.

Eu queria dizer, eu choro também,
eu morro também, eu me agonizo também...
mas sou fraca esboço um sorriso bobo na cara,
totalmente ignorante
na cara pálida e inconformada
e tenho que dar passos adiante...

Queria apenas que fosse só um pesadelo,
Me acordar de manhã e saber que estas
coisas tristes não existem... são sonhos ruins
de onde a gente fatalmente acorda,
mas confesso que tenho medo
de não poder acordar...

Peço a Deus que nos presenteou com tua vida,
que nos ensine  a cuidar dela,
a conquistá-la aos poucos, para que fique,
para que suporte tuas proprias dores,
tuas limitações,
como fazemos todos os dias,
por causa  de que lhe temos amor.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vamos lá para o tarot das estrelas - Os personagens...



Maria Melo diz:  uma mente perfeite tem que ser infinitamente fragmentada,
fragmentada e completa.
principalmente a mente de um ator. Ator mente, ciente  e consciente.
Um  que represente, que escreva, que poeteie
que disfarse, que farse, a farsa da vida,
que mascara e dismascara suave
ou até brutalmente os encantos e os desencantos
da existência.
Que sonhe seus sonhos em público,
sob lágrimas e contestação!

Assim desta forma o ator, o autor, o leitor, os personagens
se encontram na grande e iluminada sala da imaginação,
sem teto, sem paredes, sem chão, se não estrelas,

Suas formas são tão definidas quanto qualquer forma,
sua alma aprendiz, suaviza as duras leis
que desfazem os sonhos, matam-os ou  os agoniza,
os tiraniza, 
a vida inteira. Condena-os não pelas práticas
da ilegalidade ou da moralidade,
condena-os previamente, pela simples condição de exisstir.

Assim os personagens serão super humanos,
humanos de tal forma que serão seus semelhantes,
acionários das suas ideias, dos seus desejos,
aqueles mais polidos, escondidos,
quase irrealizáveis.


Pablo e Joanita estão muito bem passeando a beira
dos rios cristalinos e nos descampados
das floretas, onde os jardins são  maestrias e versam
sobre  encanto e  fantasias deste
 indescrítivel universo.
de abrigo e  paz...
Uma  paz assombrada pela dor,
mas imensamente desejada,
a tal ponto que possa se tornar real.

Mas hoje somam-se todos, mais de uma dezena...
e até o leitor, lembre-se faz parte primordial da cena.
O leitor é acervo imprescindível da autora,


Todos trabalham na CIA, são agentes secretos,
vem de diferentes países, regiões do mundo,
trazendo a beleza local impressa nas faces, nas falas
de cada um, nos gestos, nos olhares,
todos são analiticamente belos e sinceros.

Os personagens criados pela autora... contaram algumas
estórias em desconexo, uma para esta, outra para aquela,
tudo como se a  existência não tivesse uma  sequência lógica,
a razão disto é que todos são agentes secretos,
então nada é  público. Tudo pode ter um signifcado
misterioso, assombroso e paranormal embora
todos os agentes desta CIA sejam absolutamente humanos,
super humanos de tão humanos que são.

Hoje todos na sala, Pablo e Joanita (muito amados) Poseidon, o peixe,
Pipa da praia, seu folha, o mágico, Layla em fim uma sala bem grande
Além de todos os personagens, também estão presente os leitores,
mais de um, é claro, são muitos....

E por que esta reunião... Todos já se apresentaram aos leitores,
assim como os leitores tambem se apresentaram aos
personagens. Todos se conhecem mais ou menos.

Agora receberão um crachá de agentes secretos verdadeiros,
receberão as instruções das suas espionagens...
receberão a mais sofisticada parafernália de espiões,
começarão a trabalhar de verdade.

A autora ainda apresentará o personagem Cupido!
Este é muito atrapalhado e nunca olha
para onde aponta e dispara sua flecha
o que tem provocado muitas lágrimas sobre terra,

Elas choram rios inteiros quando eles vão embora,
e eles bebem as lágrimas delas,
nas garrafadas noturnas e vivem e morrem
em outros colos.

Todos já estão prontos, preparados para trabalhar!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ei Psiu! tá distraído! (fragmentos de As marcas das almas gêmeas)


Eis a vela acesa que revela
A geringonça dos sonhos,
o espelho mágico medonho...
o braço forte, a mão dedicada
que a opera.
eis todos ao redor dela,
movendo sua manivela
com suave e curiosa espera.
viu!

Indefectivel, infalível,
indestrutível esta é  a armadilha
para capturar  sua alma gêmea
do paraíso faz tempo fugitícia!

Exceção: não funciona para
quem tem compromissos e obrigações conjugais,
uma de suas peculiaridades.

Os outros, abandonados ou abandonantes,
largados, jogados, achados e perdidos,
os iniciantes e sonhadores nas questões da vida,
todos os dias, podem agora, começar
a procurar sua cara e esperta medade ou completa.

No meio da rua a multidão se aglomerava
diante da fantástica máquina de caçar almas gêmeas,
Ela explicou: Fabriquei, testei, gostei... achei
Minha patente. Inventei e lhe vendo.
Lhe ensino como Usar...

Alguém ateu disse: Então cadê sua alma gêmea,
anda sempre só, está só... onde está ela agora
e por que não entra no seu negócio, ela sua alma
gêmea seria um grande sócio!

Ela respondeu: maldoso! Alguém tem que vender peixe.
 Além do mais não quero apresentá-la, agora.
Conversa, você está inventando.
Já inventei, meu amigo, com certeza mais
tarde ou mais cedo, você vai querer uma destas.

Todo mundo comprando a tal geringonça
dos sonhos. Ia junto com a máquina,
um espelho, uma vela e uma manivela.

Um espelho sobre a mesa, uma vela acesa,
a manivela na mão...começa então o trabalho,
mover a geringonça do mundo e promover
a melhor  caçada  a sua alma gemea.

Paciência, dedicação, todo dia, semana,
mês, séculos, milênio... uma hora,
esta esperta criatura se distrai
e cai na armadilha e depois nunca mais sai.

Assim ela vivia. Era a vida dela,
a inventora.

Mas como dizer a ele que  fazia isto...
Sem que ele voasse anos luz dela...
Não era feitiço, se era, era antes,
de tudo feito pela natureza que os criava,
que os criou e os obrigou a se pertencerem.

Como dizer a ele que o amava tanto,
se ela nunca foi séria! Se fosse,
andaria assim nua pelo mundo,
bem vestida até, mas com sua alma
pelada e cada vez mais pelada.
Se tem coisa contra a nudez do corpo,
o que terá contra a nudez da alma...

Como dizer a ele que o procurou
todos os dias da vida... se quando o encontrou,
o deixou...sem saída...

Por isso mentiu, mente e mentirá,
ele nunca saberá a verdade.
Ela jamais lhe dirá da tal máquina...

Ele que é muita matéria, muito
cérebro... fidedigno concentrado,
ébrio dos corpos bem ajeitado,
não prestará atenção jamais,
quando passar por um destes
aglomerados de rua,
onde ela está! Onde sempre esteve,
inventando muitos fracassos pela vida afora,

Era de se descrer, realmente,
isto ele nunca imaginaria..

Olhava para ela, agora sempre nos olhos,
que era dela a parte menor e mais bela.
assim podia ve-la melhor...
Seu corpo ele nem reparava,
era como os milhões de corpos que desfilam nas calçadas,
nada mesmo o distinguia
 entre os demais. Ninguém a encontraria
por por tais sinais.

Mas tinha medo. Seus olhos eram transparentes segredos.

Ele sumia em suas  longas  e inexplicaveis viagens,
quando voltava se limitava a dizer:
Desculpa ter demorado tanto para chamar...
fiquei muito ocupado! Quando isto... quando aquilo...
tudo vai melhorar...

Ela ria e ele perguntava: de onde veio esta mesa...
Você não se lembra... foi você quem a me deu.
Eu... surpreendeu deveras... e este espelho...
pra que serve... Você por acaso, não tem
vários espelhos espalhados e espelhados pela casa
para que mais este... Olhou para a manivela e disse:
O que é isto... ela respondeu: É uma peça antiga,
pertenceu aos meus ancestrais... diziam que
atraia felicidade e paz....!

Aí ele disse: Fiz um bom trabalho, fiz muitas
compras, fiz balanços e guardei o dinheiro
Ela sorriu. Dinheiro também tem seus encantos.

Mas  ele não viu nem imaginou a tal geringonça,
encostada num canto...
se visse... pernas longas, nem  olharia para o lado.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Finalmente o principe vira sapo... fragmentos das marcas das almas gêmeas

A natureza confabula com os sinceros e puros...
ser sincero e puro é perigoso e confuso.
Nem água ultimamente está conseguindo manter
a sinceridade e a pureza de suas moléculas,
que dirá de seus leitos.

Mas ela, pobre dela,  agora ficava o tempo todo
com sua geringonça  sonça a manivela
querendo girar a roda  pontuda do mundo.

Se mercúrio passa pela lua e a lua passa pelas estrelas,
ele passa por mim...  passou.
Deus criou o mundo... talves no ultimo dia criou o céu,
cansado já,   fez só uma estrela...
depois com a mágica do mouse
copiou e colou milhares, milhões de vezes
infinitas estrelas nele...
um background negro, um fade in, fade out
e pronto estava lá o céu encantado,
a maior obra de arte do book!
pra ser  realista, virtual! virtualíssimo!

De posse disso era preciso lembrar
que o amor tambem tem  este algo de mágico, 
virtual e criativo que surpreende
o próprio criador...

Depois de muitos aums...........!
era novamente segunda feira, na mesma hora,
no mesmo mês, no mesmo local,
como se fosse combinado pelo destino,
do acaso da outra vez!

Se embaraçaram nos passos, nas pernas,
nos cheiros, nos beijos! enfim reunidos!
Deveria ser amor. Ela jura pra si mesma,
que é amor... mesmo que aquele outro alguém...
 não tivesse presente e não pudesse sentir
as alegrias que ela sente...

Mas no fundo do coração, não traia,
aquele era um momento sonhado só por
ela e ele no mundo... ninguém os ajudou,
ninguém confabulou, ninguém participou,
não havia uma terceira pessoa,
nem mesmo para ser traída.


Ele já olhava nos olhos dela com muita cautela,
Não era tão feia assim, se vista pelos olhos,
ele se acostumou. Não ligava.
Ela sabia o amor nunca foi fiel à beleza,
sempre a traiu com a feiura, porisso
falam que ele é cego. Saia de braços dados
com a bela e voltava com a feia
aos abraços e beijos.

Ela decidiu: é minha alma gêmea.
Tem algo nele inconfundivel que ele não esconde,
e que tem em mim... mas eu escondo. Ele não viu.

Para esconder sua mentira necessária
teve que subornar sua boca,,,
boca que fala não beija.

e para subornar sua consciência
concedeu aos seus olhos,
  transparência plena.

Assim o que a boca não falava os olhos revelavam.

Num instante ele percebeu a mentira:
Quem ajudou você...Quem ajuda você...
Em que.. perguntou ela...
Em tudo... E não sabe nada... pensou ela.
Nas partes que lhes cabem... eles...
na parte que me cabe eu mesma faço.
Não acredito balançou ele a cabeça, inconformado,
Ela mente. A mentira É a pior coisa para se confrontar
quando se ama alguém.
O ser amado passa ser o mentiroso.

Ela andou de um canto para outro,
disse para si mesma. Nunca, jamais lhe direi a verdade,
Jamais esta verdade, muitas outras, todas outras,
quaisquer outras, menos esta!

Suavidade no rosto, aquela coisa nos olhos,
que o enlouquecia. Tinha uma verdade incontestável,
neles que ele não decifrava, via.

Ele perguntou muitas vezes a verdade,
ela não contou. Não tinha uma coceirinha sequer na lingua
para espargir seu segredo.

E se ele não voltasse mais... contaria a verdade. Jamais,
um século, um milênio, um dia tanto faz.
Ele é meu! Para que vou faze-lo sofrer...

Mentia assim mesmo ao seu verdadeiro,
sem nenhuma especie de medo ou pudor
e continuara mentindo... até quanto...
eu também não sei.

domingo, 16 de maio de 2010

Conversa com números - Maria Melo


O principio universal dos números
gerou uma grande e potente familia no universo.
Os números, são criaturas únicas,
que regem o grande império do mundo.

Estão presente em toda teia existencial
os seus observadores e usuários
criaram leis e  regras para mantê-los amigos,
e amigáveis, alguns, segredos deles
são verdadeiros talismãs de grandes sortes.

Mas eu nada sei sobre isto...
pouco sei sobre música:
sei apenas que se precisa de mais de uma nota
para se fazer uma melodia.
(embora se possa fazer uma grandiosa meditação
com apenas uma nota e lucrar muito bons resultados)
e também apreciar a beleza de uma nota só,
nos requebrados de uma música árabe.

sei bem no entanto
que uma nota, outra nota
assim, mais para cima mais pra baixo,
mais perto mais longe,
mais demorada, mais apressada,
abraçadinhas em grupos de duas,
três, quatro até 32, 64...
pode virar um som  muito agradável.
de admirável beleza. ..

igualmente certas relações de números,
podem criar fantásticas realidades.
(nem precisei inventar isto, faz parte
dos estudos de numerologia,  filosofia, matemática isto é muito antigo)
mas eu não sei quais são estes números.

Mesmo porque depende da
atuação do conjunto de números dentro de um
determinado universo...
O mundo é cheio, vasto, transbordante
de infinitos universos...

Não sou numerologista profissional, nem mesmo amadora
mas sou curiosa:
somo diminuo, divido, multiplico, todo dia,
as coisas dos números nesta razão popular,
parecem não alterar muito,
estão submissas à matemática,
quem sabe ao vício dos olhos
e da mente.

Quero falar de um grupo de usuários de números,
o meio século que caminha na estrada
da década (50 a 60)
50 - cabe aos 50 guardar seus segredos, os segredos alheios e fazer
        reflexão  produtiva sobre o ato de pensar.

51 - Cabe a este grupo a disposição do amor e da amizade, da fraternidade,
        da compreensão e do perdão.
        É uma idade com predisposição para ser feliz e colaborar com
        a fecilidade dos outros.

52 -  Cabe a este grupo liderar os trabalhos mais dificeis... cabe a ele liderar
         renúncias, fazer sacrificios... preencher o tempo com criatividade
         e materialidade dos sonhos. É dificil mas nem tanto! É fundamentalmente trabalhoso.

53 -  Cabe a este grupo operar a balança equilibradamente, dominar as emoções,
         é o seu grande desafio. Ser imparcial mas ativo.

54 -  Este grupo é um grupo solitário. Enfrentar a solidão e conhecer a si mesmo,
        ainda que limitada e solitariamente  é a sua principal função.

55 - Cabe a eles operar o  mecanismo de produtividade na esfera material,
        de trabalhar com disposição para realizar os sonhos, tantos os seus,
        qunato colaborar com a realização dos sonhos dos outros.

56 -  Este grupo tem que estocar energia, em si mesmo,
         Fortalece o seu mundo enquanto se fortalece  em si.
         Usar os recursos com abundância plena e preserva-los, sabiamente.

57 -  Para este grupo a doação. É seu desafio abrir mão de suas
         riquezas ( riquezas, conceito pessoal de cada um ) às vezes bens
         preciosos são gastos por causas pequenas... porque eles querem.
         Não é capricho... é seu afazer espiritual.

58 -  Este grupo  fica com o maior de todos os trabalhos. Arte da transformação.
         Preparado ou não, cabe a ele  oferecer ao seu próximo uma nova
         visão...que só ele pode ter do mundo. Vigilância, paciencia, tolerância,   
         sofrimento, resignação. Mas ao final ele terá que descrever  o objeto desta nova 
         visão!

59 -  Um grupo que tem por função promover a harmonia e a paz conquistada. Parece facil,
         de fato é, com cuidado pode se obter muito bom resultado desta experiência 59.

60 -  O amor conquista o coração ou o coração conquista o amor.
         parece fora de hora...! Na madrugada também é bom.


          É claro que isto é só uma divagação minha... gosto de conversar com
os números e estou fazendo isto em público... para uma boa observação
dos números da vida de uma pessoa
É necessário um caminhão pra carregá-los,
porque nesta época da vida temos muitos números ao  nosso redor,
e é preciso não esquecer nem um.

abraços especiais da autora do texto para o leitor do texto!
E desejos de muitos bons números em sua vida.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Finalmente o Principe vira sapo!


Entre as muitas estranhas faces
que se revesam em minha alma,
sou a mais sincera e calma
de todas.
Porque descobri que a vida é feita
de verdades e mentiras
e só assim se torna completa
mente amassada
 a essência deste lodo.


Declaração de amor:

Pés na calçada cheia, gente apressada e alheia,
rumando para outros mundos, outros enganos.
Ela  no entanto, com os  bolsos cheios de planos,
procura por ele:
e se embaraçam na esquina de uma segunda feira.
O sinal fechado a faz parar igualmente
o  perfume de homem  e o olhar dele.
sua sincera altivez.

e sai dela um inesperado:
"Quer ir para Pasárgada comigo...
Ir aonde disse ele curioso...
Para o paraiso,  respondeu, rindo.

Ele pegou um cartão no bolso e lhe deu.
Tinha um número de telefone e o nome dele.

Andaram calados até o outro quarteirão,
muito barulho e ela  vitoriosa com
o  número dele  na mão.

Quanto tempo esperou  por aquele momento
Nem ela  mesmo sabe. Ele precisava ir
para outros cantos mas antes a  olhou, a beijou
 depois se afastou.

Dia seguinte ela ligou, combinaram lugar.
Choveu o dia todo. Ela não foi. Esperou.
No outro dia ligou novamente. 
Remarcaram. Choveu o dia todo.
Ela foi   mesmo assim, se encontraram.

Não tínham  nada para conversar,
queriam  fazer amor.
Começaram tudo devagar
e logo uma grande decepção:

Ele de repente se deparou com uma
marca no corpo  dela.
Isto é marca de amor
de verdadeiro amor...
você tem alguém que te ama...
não quis explicação. Bem que ela  tentou.
Mas ele virou a cara para o outro lado.
Depois fingiu que esqueceu
no num rompante de raiva cega
quase lhe bateu.

Ela se sentia  envergonhada,porque estaria ali com aquele homem,
se tinha alguém que  lhe fazia amor
com amor.
Seria aquilo uma mal falada traição...

Sentiam muito prazer naquele momento.
Era dificil avaliar as consequência.
Ele a apertava contra o coração e pedia
que ela nunca mais o traisse.
Que fosse só dele que lhe fizesse juras
de amor  eterno. Que ficasse sozinha
quando ele partisse.
Ela  tentava mergulhar inteira no corpo
dele e invadir o coração e alma,
e  pretendia sinceramente que ele fosse dela!

Quando o amor se acaba vem a realidade,
da solidão e da saudade.
Ele a tinha escolhido porque ela era muito feia.
Estava a acabada, aos cacos.
Portanto ele imaginou que ela fosse
uma pessoa só
e que estava a morrer de tristeza.

Seria muito bom para ele ajudar alguém.
Caridade de amor não faz mal a ninguem.
Mas quando descobriu que ela tinha
alguém e um alguém que por absurdo
que pareça lhe tinha amor... se desencantou.
E este alguem sabia que ela era assim sem pudor,
tirava a roupa com muito facilidade
diante de uma promessa de amor
ou não se importava porque a amava.

Esta conclusão o afastou defilnitivamente da vida dela.

Ela bem que tentou de muitas diferentes formas
estar por perto. Mas ele a ignorou.

Ela queria dizer: Eu estou completamente apaixonada por você.
Mas tinha alguém... não pode evitar
e esperá-lo só. Apaixonar-se era a coisa
mais facil do mundo, especialmente por aquele homem.
Não fazia nenhum sacrífcio de ama-lo
era sua obrigação.

Ele fingia que ela não existia que nunca existiu.
Ela rezou ao seu modo para seu Deus:
Ficou esperando na mesma esquina
por 200 vezes. Contou todos os passos
do trajeto que fez com ele
e soube que foram os momentos mais
felizes de sua vida.
Que vida pobre ou quem sabe que pessoa esquecida
e ingrata com os outros amores,
mas esta era uma verdade irrefutável.

Nada deu resultado ele assobiou e olhou para outros lados.
Ela fez meditação aum, aummmmmmmmmmmmmmmmmm!
durante 3 dias e 3 longas e frias  noites,
numa tábua dura de passar roupa,
estreita e alta, se caisse quebrava-se!

Ele não deu notícias, tinha sumido.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A viagem do amor


Viaje em nossa nave
e conheça as maravilhas do amor,
você encontra o inimaginavel,
e aventura de qualquer sabor.

O livro era para inocentes,
caminhantes dos primeiros passos,
errantes de paixões incoerentes,
que não conheciam fracasso!

Crentes, fanáticos, sul reais,
mas eles todos já foram assim um dia,
fizeram as malas sem bagagem,
e foram comprar suas alegrias.

As promessas sobre o amor teciam
a imaginação das pessoas inocentes,
viajar só e voltar apaixonadas pela
vida inteira, com um grande amor do lado.

Mas se nada disso acontecer,
não morra, não mate, não se enforque
de tanto sofrer... há uma estrada
no fim de qualquer aventura,
que você deve muito bem conhecer.

É a estrada da volta:
Que por mais dura e estreita e escura
que possa ser, é a parte que lhe cabe,
pela verdade conhecer.

Não a verdade absoluta,
mas a verdade relativa do seu viver,
pelos passos dados nos muito amanhecer,
pelos sonhos cativados,
e despedaçados que você
se fez perder.

Quem são os personagens de Maria melo
e por que estes personagens são tão estranhos
e quase loucos...

O que Maria Melo procura em seus personagens
que eles correm dela...
São Mafiosos, esquisitos, orgulhosos,
excessivamente tímidos.
Amorosos por si mesmo,
mas calados e especialmente sós.

Todos os personagens são inventados,
mas todos tem uma inspiração natural,
de carne e osso e alma é claro.

Todos viajaram naquele barco das promessas,
de um grande amor,
todos partiram com malas vazia
e voltaram com as malas cheias de tristezas.

Os personagens de Maria Melo são
os viajantes, em sua voltas,
pelas estradas, tortos e tortas,
que não conseguem mais acreditar no futuro,
nem mesmo numa pequena claridade,
e questionados, não acreditam nem mesmo,
na luz do tal tunel da morte.

E ela, a autora, também personagem,
que tem a elegante e inutil sabedoria
de aceitar tudo da vida como coisa
de seu próprio viver e força de exercê-la,
além dos limites da alegria e do prazer...

quer convencê-los que a morte não é remédio
que o tédio é sincero na vida e na morte,
que a sorte é mera descrição das mentes,
mais sofisticadas... por fim,

que sejam felizes, de fato se
não tiverem ou se quiserem
motivos sinceros para
serem deveras infelizes.

Medicos russos


Os gêmeos eram médicos.
Um vivia na vila onde havia guerra,
ajudando aos desvalidos e doentes.
O outro vivia no campo
fazendo plantações de mato
dos quais se faziam seus remédios.
que medicam as pessoas.

Um deles era bem barbudo e careca
o outro tinha cabelo e não tinha barba.
Eram gêmeos bem parecidos
confundiam as pessoas.
com suas aparências mutantes.

Ora o médico do mato ia pra vila,
levando medicamentos
ora o médico da vila vinha para o mato.
levando pacientes.

Naquele dia, entretanto o caso era diferente:
Ambos médicos envelheceram naquela rotina.

E um paciente da cidade
estava morto...
mas seu corpo físico não dava todos os sinais da morte.
especialmente o sinal da decomposição.

Os médicos sabiam que
tantos já foram enterrados, assim,
sem estar completamente mortos,
o resto da vida se expiava
sob a terra.

Sempre pensaram numa solução...
mas havia muitos doentes
e muito pouco tempo para pensar.


Agora eram muito velhos mesmo.
O doutor da vila
encontrou um transporte seguro
e deixou a cidade em direção ao mato
levando seu paciente no escuro.

Depois de uma semana de morto
o falecido paracia ótimo,
intacto, roseo, dormindo
um sono inviolável.
Enterrá-lo era um gesto de desespero
e de falta de tempo ou zelo.

Os doutores tinham todo tempo
de sua velhice, de sua antiguidade
para ficar com o morto
bem longe dos afazeres da cidade.


Puseram o morto na cama.
cada qual se sentou numa cadeira
à direita e à esquerda,
na cabeceira dele,
calados, observavam as horas passarem...

Para eles a morte era também um segredo
a inclusive a deles
que se contasse o tempo
estaria bem próxima.

Queriam eles aquele tipo de morte,
eternamente velhos num caixote?

E se acontecer isto comigo...
ou comigo? Pensou o outro!


Levantaram-se pegaram
madeira e prego
fizeram uma caixa do tamanho do morto
debaixo da bica de água.

A caixa cheia de agua fresca e cristalina
puxaram as cadeiras
proxima à caixa de água,
trouxeram o morto,

Se vamos enterrá-lo,
vamos lavá-lo....antes.
despiram o morto, jogaram-no caixa de água.
Empurraram-no para o fundo.
Ele voltou!

Fizeram-no de novo,
bateram os pés, contaram o tempo
Enão não se afogou e voltou.

Sucessivamente,
tentaram afoga-lo... não conseguiram!

Depois de algumas tentativas
o morto abriu os olhos e disse:
O que estão fazendo
seus velhos loucos?

Pulou da caixa de água,
pegou as calças e vestiu-se, todo confuso.

Estavámos dando o banho habitual
do principe,
mas ele dormiu...

Vou mandar prender os dois malucos,
fazedores de remédios, feiticeiros,
O que acham que sou?

Você é o principe e vamos levá-lo
logo para a cidade onde
seu povo o espera!

Onde seu trabalho é importante,
sua vida é primavera.

Assim foi , o príncipe regressou
ao seu povo e trabalhou muito,
e nunca soube nem ele nem seu povo
o que o velhos médicos russos
fizeram...
para trazê-lo à vida de novo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A estrela de tungstênio



O que dirá ele ao ver na parede dependurada
a velha estrela de tungstênio que lhe fora dada,
com as pontas quebradas, corroídas pelo tempo,
desde o inicio do primeiro milênio, até este momento.

Dada dada, sem razão, sem vitória nenhuma,
 não tinha valor o quase barro, metal  de cinza 
de raios obscuros, ocultos da noite e do dia,
por ela nada nenhum deles pagaria, ainda.

E agora brilha assim, dentre o  sol e lua,
vestes esfarradas, porem de luz crepuscular
o que verão e quando verão seus olhos,
por tão pequena fresta que lhe for ofertada.

E a mentira, quem lhe dirá a verdade,
quem terá tamanha coragem ousadia,
de lhe impor na cara tal espelho,
que possa lhe refletir aquele  dia.

Assim sinto medo, 
medo de mentir para meu amor,
quando ele apareceu a primeira vez,
era só rancor e alma descortês

Não nego que me conheceu nua pela cidade,
a correr como vento, sem paragem,
Não nego as minhas vestes  transparentes,
feito qualquer folha a rolar nas calçadas,

Não nego que vi sua piedade entre olhares,
de angustia e de esperança que fosse um teatro
da vida a dor que em minha alma alçava...

E agora simplesmente minto,
Seus olhos arregalados suspeitam a verdade,
eu minto, a única a chance de estar ao seu lado,
minto e minto até a hora da verdade.

Mas não serei eu a contar a mostrar,
guardo tudo no mundo a sete chaves,
mais secretos que os segredos,
escondidos no  fogo do altar,

Ele esbraveja, vocifera, murmura,
seu medo é maior do que o meu,
porque um dia lhe fiz eternas juras,
 ele próprio a mim as prometeu.

Só posso amá-lo, dentre outros quaisquer sentimentos,
o sabes bem, agora o que virá,
 virá com a força e a suavidade dos ventos,
soprados pelas estranhezas do mar.

E espero e quero que ele me perdoe,
pela sagrada mentira que tive que contar,
foi a única forma e a mais pura,
de um dia poder lhe  encontrar.

Minto ao meu amor
mesmo que olhos neguem,
sorrio sinceramente  me voo
as asas dos sonhos que me levem.

E quando ele adivinhar a verdade,
se um dia puder por si mesmo,
já terá sido feliz e felicidade,
de montão a mão cheia a esmo.

E minhas mentiras as levarei comigo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

coisas estranhas e absurdas

O prédio era grande e vazio.
Sem remédio para as noites de frio.

Os corredores escuros,
não se via se havia futuro.

Os moradores mal iluminados,
mal assombrados com seus passados.

Passavam aos passos leves,
não gostariam de ser notados.
Queriam ser breves.

Nas salas não havia risos
nas janelas não tinham lua
fotos de estrelas caídas na rua.

O pior de tudo que o prédio estava sentado.
Era largo, pesado e muito bem plantado.

Com profundas raizes atoladas
entre poderosas pedras bem coladas.

Nenhum vendaval previsível nada mudaria,
ainda que a pele deles se derramassem
sob  a forma de pequenas lágrimas
por ali, nem rosas ou jardins nasceria!

Mas vem mais, a porta sempre fechada,
nem um olho! ninguém botava a cara nela!
se chave ou não chave, nunca foi
verdadeiramente pra ninguém,  aberta!


So sacrificio de solidão e pesadelo,
se guardava lá dentro com muito zelo.

A vida dependurada de ponta cabeça,
que alma livre onde o corpo padeça.

Há quem simplesmente peça, mereça.

O cume da montanha, tamanha façanha,
só para ser empurrado morro abaixo,
feito despacho de sançanha!

Quem de verdade cai, não cai, desce:
enfrenta a sombra, se enterra, fenece,
busca uma forma da flor aparecer,
nem só de milagre  a planta floresce,
também da obscura renúncia
que ela  a própria planta  desconhece.

Bote um Erre na sua vida,
Esse erre traz sol  sonho às pencas,
colha-os, inadivertidamente,
e corte todas suas cebolas,
sem arrependimento.

Diálogo da pele


A minha pele ao teu sol
aquecida, estirada no verde do teu corpo,
como se fosse rio no leito,
cachoeira abaixo, cantarolando louco.

segue o mar dos abraços finitos,
destes que se gozam com aflição,
se deseja para sempre a vida,
e se morre na solidão!

Se não estás a dor me consome,
dor ausente, da tua cara, do teu nome,
dor presente, de desejo e fome,
dor colada,  na tua pele de homem.

Se não estás meu universo se esvazia,
meu sol escurece, minha lua não brilha,
se não o vejo a sombra me cerca,
a vida não contilnua!

Não me importo que seja velho este amor,
e que dele já tenha preenchido meus dias,
não me importo que seja gasto o louvor,
de nossas mais suaves alegrias.

Não me importo que sejam palavras repetidas,
as mesmas, até os tons, até os olhos o riso,
que a mesma lingua que agora beijo,
fez me chorar só teu velho paraíso.

Tudo em ti é tão antigo que vejo,
em vez de futuro o  mesmo passado ao redor,
o velho amor sempre perdido em desejo,
que jamais me deixou só.

Continuo tua como sempre fui,
abusadamente só, abusadamente,
penso que nem quero mudar,
esta sina de esperar perdidamente.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ya Habibi - Poema escrito em linguagem coloquial arabe libanesa autoria Maria Melo, com caracteres ocidentais.


A B C*   C*C*BB  A C*  B A 
Kull iôm   ya  al bi ,   anta    ahlên - todo dia meu coração, você é bem vindo

 D E F*F*   F*F*   GF* E D
Ya habibi,     ana     musta  jel   - Oh amor, estou com pressa.

 GF¨*E    ED  C*C*   DEGF*
Ya ruhi    ana baddy    hobiac - minha alma eu quero seu amor


 B  A G        A  G F*
Ta la hon    ana barden - venha aqui estou com frio
khoud ni ma ac. - leve-me com você.


 AA  BC*  C*C*BB  AC*BA
Uala uehad ma arif      kull chi - ninguém sabe todas as coisas

 DEF*F*  F*F*   GF*ED
aya anta    halla     ah ti ni  que agora você me dá.

GF*E   EDF*F*  DEGF*
Ent ruht el kbir     maihi - você foi o meu grande bem


 B   A  G   A     G     F*
 Sar zamen mich mumken - faz tempo, é impossível

 G F*E     GF*EE D
bil hana    bidun ac - felicidade sem você.

D   D   E   F*   F* EE
Na ma baddy   es sama - não quero o céu

D F*   EED
bidun   ac - sem você.


D   D    G  B   B AAG
Na ma baddy el hob - não quero amor

 GG   AAG
bidun ac - sem você.

 GG  G  DD  D  CB
Ana ma tensa el njun - eu não esqueço as estrelas

 BC E
fi ein ac - nos seus olhos
C    B   A   BAG
Sar zamen, dau i - faz tempo, minha luz

 G  F*EE D
Na mista ac - to com saudade.

sábado, 1 de maio de 2010

A teia da aranha - 01/05/10 - homenagem ao trabalhador

A arte como um trabalho
é um gesto de amor.
Dedicado ao filho, ao amigo, ao irmão,
a si mesmo, por amor extremo, ao próximo.
a qualquer um,
que no peito se aninha.

Assim como uma cadeira,
a arte também é uma construção.
Uma obra da mente e das mãos.
sempre  de mais de um coração.

Mas desta vez quem fala é esta aranha,
que no video dá o exemplo
de trabalho e de função.

Sua teia foi danificada,
mas ela a restaurou sem preocupação,
encontra em si mesmo
toda forma de sustento pra sua criação.

Seu trabalho pode até ser filósofico,
mas é antes de tudo de paciência,
se é para sobreviver,
faz com arte a sua ciência!

Viva o dia do trabalhador,
Viva a grande teia do trabalho
que sustenta o mundo!
Viva as mãos tecedoras
de sonhos e fantasias
que enchem de vida e de realidade,
toda a existência de cada um de nossos dias!

You are welcome



Good morning everyone who comes to visit me, today... Thank you and have a nice day.



Agradeço o carinho da sua visita... Visitam este blog Brasil, Estados Unidos, Israel, França, Portugal, Antilhas Holandesas, Alemanha, Georgia, Coreia do Sul, Canadá, Malásia...Moldavia, India, Rússia, China, Turquia, Luxenburgo, Reino Unido, Ucrânia, Hong Kong, Itália, Austrália, Arabia Saudita, Argelia, Jersey, Peru, México, Slovenia, Ucrania, Macau , Emirados Árabes unidos, Egito,Argentina, Líbia, Romenia, Holanda, Marrocos, Ruanda, Japão, Angola, Indonésia, Senegal, Suécia, Cabo Verde, Belgica, Ucrania, Letonia, Kwait, Iraque, Polonia, Irlanda Brunei,Macedônia, Vietnan, Venezuela e Siria Welcome and I am glad... back again!...
e convido você que ainda não o visitou a visita-lo também.