quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Primeira musicalização do poema bosque das borboletas... música para o conto.
Autoria Maria Melo - Brasil Paraná.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O magíco - caixa na mesa - conto - maria melo - Brasil Paraná

O mágico andava pela rua.
Sua figura exótica chamava atenção.
Mascarado... um arco íris sobre os olhos...
estrelas pelas faces e roupas medievais.

Poderia jurar que era uma figura (figurativa)
Era o mágico.
Existe todo tipo de mágico.
entre o falso e o verdadeiro
Mas todos são mágicos.

Nas suas mãos um maço de panfletos...
Ficava parado olhando as pessoas
que vinham... De repente,
ele lhes estendia um planfleto que dizia:

Quer ganhar um presente?
Não é sorteio, não é bingo, não é loteria,
não precisa acertar nada,
nem se inscrever ou escrever qualquer parada!

basta caminhar alguns passos, abrir uma porta
e esperar um pouquinho do seu dia!
Vá até o endereço x... entre, sente-se, espere.

Você ganhará um presente.

Ah, por falar no presente, quero dizer
que não tem limite de valor o tal presente,
seja lá o que for, você ganhará.

De verdade mesmo você precisa tempo e boa vontade
1) para ler o panfleto
2) caminhar um pouco e pensar
3) esperar um pouquinho
4) não ter medo de outras pessoas... pois haverá outros lá. Todos desconhecidos.

E quando alguém de vocês perceber que
está bem cheio o local, não houver nem uma cadeira vazia
vem aqui me chama.
Entregarei os presentes.

O panfletinho era muito bonitinho.
Os curiosos o leram ou os atenciosos.
e mais crentes e sinceros foram
no local que ficava realmente alguns passos onde o mágico estava.

A porta aberta umas pessoas pediam o panfleto
para que eles pudessem entrar...
e rapidamente o local estava cheio de gente
todos querendo presente,
ou todos muito curiosos e atenciosos.

Tão logo não houve mais cadeiras...
alguém decidiu que poderia esperar em pé, assim mais pessoas seriam premiadas
naquele dia.
E foi chegando cada vez mais gente.

O que você quer ganhar...?
Um banner atravessa a sala grande.
E as pessoas conversavam umas com as outras,
todas se explicando o porque precisariam
de ganhar algo...
quais eram suas necessidades,
algumas muito graves, outras superficiais,
necessidades esdrúxulas
cada qual precisa de coisas comuns e diferentes para se tornarem pessoas felizes...
porém se nada ganhassem continuariam vivendo suas vidas!

Finalmente chegou o mágico.
Entrou alegre, dançando, aquelas músicas
que só toca para o mágico.

Todos vocês aqui, acreditam que são merecedores de um grande presente?
Claro! se não acreditassem não estariam aqui!
Ele mesmo respondeu sua pergunta.

Abram as cortinas: E as cortinhas se abriram...
centenas de caixas empilhadas


Ele disse: cada um ordenadamente e com calma
pegue uma caixa para si.
Podem escolhar... mas pegue apenas uma,
do tamanho que desejarem.

O povo levanta-se rapidamente se move
na direção das caixas... Foram pegando.

- Não abram as caixas, por enquanto!
E quem for pegando suas caixas pode ir saindo, por favor.

Mas curiosamente qualquer caixa era muito leve.
Percebia-se claramente,
que nada havia nas caixas.
Até que alguém desobedeceu a ordem e abriu em público sua caixa:
Não há nada aqui!
Exibiu para todos e todos o imitaram
Abriram e concluiram: Nada... Nada, nada vezes nada!

Cadê o presente, gritaram em coro,
Uma revolta sincera nas vozes, pareciam de fato, muito crentes
naquela estranha brincadeira.

O mágico não perdeu seu cuidado:
Pois é, eu disse para não abrir as caixas, aqui!
Seria constrangedor... ninguém precisa
saber qual é o seu presente.

Mas já que abriram vou explicar:
Receberão o presente quando tiverem em suas casas.

Conversa... você nem pegou o endereço da gente...
E porque nos mandaria um presente...
se quisesse o daria agora!

Meu amigo, já disse que receberá em casa, e por favor
pode ir, confia, não há problema nenhum!

Bom, nada se podia fazer mesmo...
só ir embora com a caixa vazia.
A caixa era muito bonitinha! Ninguem a jogou fora,
até mesmo aquelas maiores, as grandonas...
sairam pela cidade nas costas dos seus senhores.

Ficou engraçado, a situação
aquele monte de gente todos com caixas semelhantes,
só os tamanhos eram diferentes.

Um leitor da autora estava no meio da multidão,
afinal sempre há um leitor em todos os contos,

Este leitor era um malabarista.
pegou uma caixa pequena, bem pequena, quadrada,
menor que uma caixa de sapato.
A intenção dele era ganhar
um bela e cara jóia para sua amada,
Afinal todas as amadas pensam em jóias.
e quem dá jóias nunca será esquecido
Bem lembrado e muito esperado!

Caixinha bonitinha pensou ele: Foi examiná-la melhor!
Ah, tem um escrito aqui:
De fato, apareceram umas letrinhas que diziam:

"Caixinha mágica" "O que linda, pelo menos vou guardá-la
de recordação deste dia que além de malabarista também fui palhaço"

O povo todo se conversou muito lá dentro
enquanto esperava o mágico,
trocaram telefones, emails, endereços, informações,
e até alguns ficaram muito amigos, amigos íntimos
por causa de sua peculiaridades.

O malabarista foi pegando a caixinha como seu fosse
um de seus objetos de trabalho,
foi girando-a na ponta dos dedos,
e a caixinha foi mudando de cor, de forma,
de brilho e fazendo isto no meio da rua,
no meio de todas pessoas
que foram se encantando com o malabarista.

E rapidamente havia uma multidão
o aplaudindo... Que coisa linda!
Que caixinha fantastica.
E caixinha rolou de seus dedos,
abriu a tanpinha e povo a encheu de dinheiro.
Ele colocou o dinheiro no bolso
e beijou beijou e abraçou a caixinha no peito!

Ele percebeu que muita gente queria
ser malabarista e ter uma caixinha mágica daquelas...
É claro que não bastava ser malabarista,
não bastava só qualquer caixa,
tinha um quê muito especial entre ele e ela!

O espetáculo foi realmente muito simples
muito gracioso e muito grandioso!
O dinheiro que ganhou também era muito!
Que felicidade este agraciamento.

Todos levaram suas caixas para casa,
todos viram a inscrição "caixa mágica"!
E todos acreditaram em algo especial.

E colocaram sua caixas no lugar mais seguro em suas casas.
Tal qual faziam as crianças.

Mas durante muito tempo nada aconteceu...
não chegou nenhum presente,
nada apareceu nas caixas,
eles as examinavam diariamente, confiantes,
que algo aconteceria.
E você meu caro leitor já olhou sua caixa mágica hoje?

Ou ainda nem encontrou seu mágico, pelas ruas?
Fique atento, eu conto mais a qualquer momento!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O vale das crianças e o bosque das borboletas - conto Maria Melo - Paraná - roteiro para cinema um filme de amor


Todos os leitores... não digo quantos são...
se lembram da aldeia... o sitio do Senhor diretor...
onde se fez a filmagem da cena de amor entre
Lord C e a quase princesa Madame B

da subida até o lago, dos homens da cidade
que invadiram a aldeia... da quase princesa afogada,
do seu sumisso e por fim da dispersão dos
atores todos e dos personagens.

De verdade eles não sumiram...
cabe à autora o atributo de controlar seus personagens...
assim ela procedeu.

Mas de vez em quando topa com um ou uns por aí:
Estes dias passados a autora andava
pelas ruas, distraidamente quando lhe apareceu o Senhor Diretor,
com seus cabelos em pé e suas ideias em pânico!

Derrubou-lhe um olhar de censura:
Como pode deixar às soltas pelo mundo, personagens tão mágicos...
e se eles se confundirem com a realidade,
Podem causar aborrecimento
ao andamento da carruagem!

A autora ignorou o comentário mental!

Voltamos ao sítio, à aldeia... um quase paraíso,
mas com o pecado original... no original.

As crianças sempre foram um grande problema!
Devem elas permanecerem puras, livres da contaminação,
da realidade mundana até a fase adulta?

Esta pergunta é feita agora porque na aldeia
ninguém gostaria de perguntar ou responder isto,
porque a natureza é um grande espelho mágico,
não esconde, não aumenta, não inventa,

Não tece tramas fedorentas e interesseiras.

As crianças da aldeia iam para o vale,
onde ficava todo o arsenal de filhotes... de bichos e de gente.
até muitas plantas especiais ficavam lá,
sob a guarda de pessoas adultas
que zelavam por elas.

Todos os dias, amanhecia e as crianças iam para o vale,
tinha rio, cachoeira, filhotes de muitos bichos,
frutas, muitas plantações especiais... e elas bem cedo
haviam de se interessar pela vida
e sua intereção.

A autora confessa que nunca viu
lugar tão lindo assim,
mais que muito lindo... a autora não fotografou, não filmou...
Ela promete que o leitor verá!

Ela convida: cate uma cadeira bem leve,
e sobe uma escada invisível,
encontre uma nuvenzinha qualquer
cuide para escolher um lugar onde o vento sopre suave...

Sente-se, sinta-se em casa,
em sua pequena nave e comece a viajar...

Vamos ver o vale, o rio, vamos ouvir as crianças brincando,
lembre onde tem crianças brincando, sempre chega mais uma correndo,
pois esta que vem correndo,
com os olhos esverdeados reflectindo as matas
e o brilho das águas... é você leitor.

Vem correndo ver o bosque das borboletas,
fragmentos de arcoiris nas mãos das crianças pequenas,
que carregam suas almas em algazarras e serenas.

Veja leitor 10 borboletas coloridas em cada metro quadrado
de vida. Vejas-as dançando, num silêncio
mágico de uma música inaudível.

Corra junto com todas as crianças, em volta de seus sonhos,
toque-os sem medo de acordar
as borboletas do bosque e as crianças do vale,
sempre estarão lá, naquela pequena aldeia...
isto está muito longinquo!
mas você há de alcançar.

Agora minha pequena criança de olhos esverdeados de matas e de águas,
veja aquela coruja grande, branca e sonolenta
no topo da árvore. Passou a noite atenta,
agora vem cochilar com a algazarra da criançada.

E a coruja não sente inveja, é totalmente linda,
mas adora ser benvinda no bosque das borboletas,
onde brinca a criançada.

Ali ela está como sempre esperando o leitor chegar,
criança que sonha no bosque do vale não se engana jamais
sabe construir seu dia de paz,
na floresta ou na parte descampada.

E quando você ver o bosque das borboletas... me diga,
estamos próximos um do coração do outro,
é onde a autora pretende chegar!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

João Perna de Cipó - conto Maria Melo - Brasil Paraná - roteiro para cinema um filme de amor

João Brasileiro, meio branco, meio indio, meio negro!
Menino que não é gente pra nada,
nem documento tinha... vivia às margens da cidade,
às margens da floresta... às margens de tudo.

Seus pais eram tão velhos,
que ele acreditava ser filho das filhas deles.
Alguma travessa avessa que tivesse fugido dali
e o tivesse abandonado.

Menino sim de boas pernas, boas passadas,
nenhum pensamento na cabeça lhe vinha
sobre o futuro, qualquer que fosse!

Nenhum futuro sobre ele,
nem em livros de histórias, nem no registro.
e nos dias que se seguiam!

Todos por ali eram muito velhos e abandonados,
gente que não conta, não pesa, não opina,
não precisa de nada. Gente triste, mas gente viva.
e dolorida.

Portanto João perna de cipó tinha que procurar
comida para seus pais avós...

Se enfiava cada vez mais para dentro da floresta,
...Ôh lugar assustador para qualquer mortal,
creio que até os Deuses a temem!

Parece linda aos olhos de uma filmadora,
que vai penetrando pelo seu interior... e vendo penas
gritos, mistérios, sobresaltos, cachoeiras,
lagos... riozinhos, riozão! montanhas, buracos,
pântanos, meu Deus, como descrever um pequeno matagal que vi...

Assim, João aprendeu a andar mais alto, pelos galhos,
para evitar as pedras do caminho e os precipicios.
aprendeu com os passarinhos, Joãozinho era leve,
assobiava enquanto passeava pelas copas das árvores,

Não era Tarzan, nem mesmo parente longiquo,
era só um menino de beira de mata.

Algum tempo atrás joão perna de cipó
buscava remedios raros para seu grupo de pessoas velhas
era bom nisto, bastava lhe explicar que tipo de flor,
de folha, de fruto, de caule, de raiz que j0ão
aparecia com elas.

O povo dizia que Joãozinho era pagezinho!
que quando crescesse seria médico ou pagé!
Que nada João queria mesmo era voar!

E voou! da infância para a fase adulta,
quase sem percebeu João perna de cipó virou um homem,
16 anos de vida, uma vasta experiência,
muita ciência e boa consciência

Mas seu povo pequeno que fosse lhe dava muito trabalho,
Tinha que arrumar uns bichos pra eles comer,
ninguém vive só de remédio...
precisa também se alimentar...

Eles queriam carne. Carne fresca!

Os avós amarelados que estavam, fracos, quase moribundos
se encontrassem um bom assado,
ficaram fortes, outra vez... alegres depois
de uma refeição bem saudavel de muitas proteinas...
Que sonho! Se bastasse uma só vez... ele João já teria caçado o bicho!
mas hábito? todos os dias de sua vida?

A verdade é que João nunca ignorou os velhos
da aldeia saiam e voltavam arrastando algum bicho
pelas pernas, depois festavam alegremente!
E faziam isto sempre que conseguiam.

Chegou finalmente a hora,
João decidiu caçar um bicho para levar para os velhos pais...
Entrou na floresta cheio de maus pensamentos,
sorrateiramente, andando pelas árvores,
procurando um bicho pra matar.

Ele sempre fora moleque, moleque sempre faz malvadeza
portanto nunca foi inocente. Mas matar um bicho
grande parecia meio macabro.

Ninguém quis conversa com João naquele dia,
os bichos bem que suspeitavam,
... Qualquer hora este garoto se revolta contra nossa vida,
e fim... deixa de ser um garoto bonitinho,
pra ser inimigo!...

O Jovem tinha se desanimado com a sorte de se tornar um caçador
Melhor mesmo era ser médico pagé... levar folhas, sementes,
raizes... nada de carne, nada de bicho arrastado pelas pernas...

Ele não confessa mas sabe que fome doi tanto
no predador quando no imolado.

Assim o desejo começa tomar forma...
e de repente uma grande búfala salta a sua frente,
investe contra o garoto,
que corre para lá e para cá, mas a búfala
não desiste do jovem,
o persegue ferozmente...
ele confronta aquela vida, simplesmente
num canto pequeno do mundo,
onde ele não tem saída.

Uma luta invisível, sem socorro, sem grito,
sem ajuda parece até injusta,
A búfala o provoca quer levá-lo
até as portas da morte,
de qualquer um dos dois!

Mas João perna de cipó acaba
por derrotar a búfala...
que morreu, assim, pelas mãos de um meio menino,
um quase homem, ou um homem menino.

Estava mortinha, deve ter morrido do coração,
Por que afinal naquela floresta
nunca ninguém tinha visto aquele João!

Virou homem, o João perna de cipó,
Queria carregar a caça, levá-la para seus pais avós.
Afinal aquele foi um grande sacrifício,
e talves o único que João faria.

Tentou arrastar o bicho de todo modo,
o bicho parecia colado no chão.

Alguma coisa no meio dos arbustos chamou atenção:
Era um lindo filhote, filhote da búfala.
João se encantou com o bichinho tão novinho
e até se esqueceu da morta!

Sentou-se próximo ao filhote
e pela primeira vez João teve o que pensar:
Matei o bicho e agora
não consigo carregar!
O bicho vai estragar... e os pais avos continuam a amarelar!

João perna de cipó volta para a aldeia
levando consigo o bufalozinho órfão!

Ao chegar na aldeia contou o que tinha
acontecido na floresta...
matara a mãe do bufalozinho, pobrezinho!
por isso o trouxe...
quanto à morta: Estava lá precisava de ajuda,
para devorar a búfala.

Assim se reuniu o povo mais forte
da aldeia e foi buscar a búfala morta
Depois de um tempo voltou
com as carnes do bicho, eles voltaram fazendo festa,
se reuniram e comeram por varios dias
a carne daquele animal,

João percebeu que matá-la sozinho podia
devorá-la só, não conseguiria!
João também descobriu que é importante
cuiidar do sustento... apesar do contrasenso!

João é um lider... ele caça e distribui...
sua fortaleza é a própria natureza,
não é bondade, é inteligência.

Hoje há uma manada de búfalos em qualquer geladeira!
e João perna de cipó não existe mais!

Voltando às armas... conto maria melo - brasil Paraná - roteiro para cinema um filme de amor

O dia pode ser longo, para o bem e para o mal.
É um espaço-tempo mágico onde todos os sonhos são possíveis.
O que é tal sonho possível... afinal todo sonho é possível,
a realidade é um tanto quanto metódica.
Não foge à regra, entretanto.

Este dia do jardim e das armas ainda não acabou...
o sol está alto e sem pressa.

Novos visitantes chegam ao prédio no meio da floresta,
desta vez... todos se dirigem para um grande caminhão
que ficou esquecido na estradinha lá no fundo do jardim:

Uma seta, uma placa que diz: Zoológico.

Alguém vai dirigir o caminhão bem devagar
o povo vai a pé. Os cientistas, os jardineiros, os negociadores
e uma turma muito especial que acabou de chegar:
São os domadores, os cuidadores, os alimentadores,
os trabalhadores do zoológico da Dona.


Diz ela: Quer conhecer meus bichos?
Vamos visitá-los.
Todos muito felizes de estar ali. Todos tinham feito grandes negócios,
grandes lucros, barganhas indescritivelmente ricas e honrosas.

Chegaram... era bem ali, pertinho da cidade, um grande lago,
cachoeira, plantas todas muito bem cuidadas, flores,
um espaço deveras, nobre.

Antes de qualquer coisa se ouviu uma música:

Terra Amada que tu beijas
com a boca e o coração,
terra onde corpo e alma peleja
vida e morte, ódio e paixão!

A terra mãe sagrada,
do cavalo, do elefante, do leão,
do sapo, do ganso e do beija flor,
mãe do cachorro, da minhoca,
do camelo, borboleta e do lobo.

Terra mãe do homem, do bicho todo,
ela não despreza o teu irmão,
mesmo que teu ódio,
o enterre sob o lodo...

A terra o resgatará como filho,
eterno que sempre soube,
ser capaz de mudar.
e se não muda ela o mudará!


Uma música um tanto torta,
embalada pelo rodopio do vento,
ou o chiado dos animais,
música sem rima, sem verso,
sem melodia, sem harmonia
sem ritmo, protesto!

A terra repudia as armas apontadas
para as cidades que criam
grandes desigualdades,
e injustiças medonhas.

A terra repudia o bárbaro urbanismo,
sem lógica de Camões ou descartes.
Não há poeta capaz de cantar
a miséria que nela se espalha,
e nem matemático capaz desta miséria calcular.

Não há filósofo ou pensador popular,
que possa desvendar onde está o lucro,
da fuga do homem da selvageria natural
para o monstruosidade da urbanização primitiva.

Mas que importância tem isso?
A terra repudia no entanto,
ela diz que suas montanhas de ouro e diamante
e tantas infinitas preciosidades
estão a disposição da humanidade.

E ela diz: Não há em uma só das folhas,
as mais cultas, eruditas, populares e sábias,
de toda minha floresta,
uma lei escrita ou de qualquer outra forma manifesta
que discrimine ou proíba um só de meus filhos,
de plantar, de colher de criar e sustentar sua vida
e descendência.

Assim a terra repudia os atos humanos,
que geram e sustentam a miséria,
sem misericórdia e sem esperança.

Podia se ler muito mais... havia muitos cartazes espalhados pelas árvores.

Começou-se a descarregar as armas...

Primeiro foi o macaco... grande e preto. Peludo de cara feia...
mas bobo... tão bobo
que pegou uma metralhadora para si!
Virou-a de uma lado para outro,
apontou para todos, curioso a com geringonça
apontou depois para si mesmo...
para a onça... apontou para o filhote,

sentou em cima, pisou, chutou... pendurou no pescoço,
mais de uma, outra para o filhote, que também gostou.
outra para a velha macaca, mãe, é claro do macaquinho!

Depois a pobre onça, tão treinada no circo,
pôs a arma na boca, lambeu, cheirou-a,
pisou com suas enormes patas,
depois o domador lhe deu uma de presente,
um cinturão de balas, munição para qualquer necessidade.

Assim o camelo se ajoelhou e recebeu suas armas
e sua munição... o elefante a girafa, o rinoceronte,
o hipopótamo... todos, um por um foram devidamente
armados...! Menos os peixes, pobres coitados,
não há como armá-los! mas havia armas pelo chão,
se precisar um bicho pode defender o outro,

Alguns animais conhecem muito bem armas...
Os cavalos, os camelos, os cachorros... e assim por diante.

O parque do zoológico ficou muito exuberante,
estava protegido.

Você meu caro e ilustre leitor já viu isto antes?
Algum dia destas centenas de milhões de anos
que viu a natureza armada?

Você já imaginou uma grande árvore olhando
aqueles que derrubam a floresta aos seus pés,
enquanto não chega a vez dela?

E ela teve qual reação? Tombou!
Simplesmente tombou!
É a vontade de Deus?

A terra repudia e diz que
miséria não é recursal, miséria e administrativa!
É ganância desnecessária e servidão sem justificativa!


Você ainda quer ver a arma da qual falei,
no inicio deste conto?

Não! Você vai brincar com ela,
como brincaram os macacos na selva
com suas metralhadoras!

Então floresta armada, bicho armada,
agua armada... ar armado!

É apenas um conto... hoje! Percebe?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Declaração de imunidade - maria melo - Brasil

Inspiração: Filme americano
Put your fire arms in the ground... in the gardem, in the floor!
Declaro não ter nem nunca ter visto um arsenal de armas
tal qual o descrito.
mas na televisão sempre aparece tudo,
Tambem nos dias de independência da pátria,
se vê pela tv os arsenais de armas no mundo,
pelo menos... o que se pode exibir.
E até os que estão próximos...
património do exército e do estado.

Nas reportagens policiais!
Nas reportagens sobre as guerras,
nos livros de histórias!

A estória criada aqui ainda não acabou...
escrevo outra hora.

As armas- roteiro para cinema um filme de amor - Maria Melo - Brasil Paraná


Envolveram a bomba... ( nunca vi uma bomba)

só as de chocolates. Talves fosse uma replica,

ou uma mini... amostra grátis.


Eram várias pessoas... com imenso carinho levaram a bomba e

colocaram dentro da bananeira.

Do lado de fora escreveram um cartaz:

penduraram-no nas folhas

"Cuidado, bananeira armada"


É o bastante, disse o chefe de tarefa.

Uma só bomba basta para esta árvore,

fizeram isto com todo amor,

ao trabalho,

cada bananeira uma bomba,

cada bloco de planta, outra bomba.


Depois pegaram um revolver muito pequeno,

arrancaram a espiga do milho,

e no lugar dela, enfiaram a arma,

outro cartaz, "Cuidado, pé de milho, armado"

Fizeram isto com muitos revolveres,

e com todos os pés de milhos.


Igualmente com todas as plantas do jardim,

ornamentais ou não,

metralhadoras, fuzis, foguetes, mísseis,

cada qual era colocada nos galhos das árvores,

apontando para lá ou para cá,

e sempre com o mesmo cartaz,

"cuidado, árvore, fortemente armada"


Não houve uma única planta daquele imenso jardim

que não tenha recebido uma ou muitas armas.


O jardim era sem dúvida o lugar mais perigoso do mundo.

Não apontava para a cidade ou para pessoas.

Simplesmente as armas estavam ali,

muitas, quase todas carregadas.



Os cientistas apreciavam da janela,

não entendiam e não queriam entender...

chega-se a um ponto em que o absurdo acontece.


As belas roseiras coloridas

estavam também enfeitadas de armas.


As maiores armas e mais potentes estavam no chão

guardando as partes mais frágeis da floresta

da dona.

É um poderoso exército, parece imóvel mas não inativo.


As árvores são as casas e todo meio ambiente

da maioria dos pássaros,

que fazem todos os dias, longas esvoaçadas

pela floresta... ao regressaram

cantaram uníssono...


Que diabo de coisa será isso!

Cantou o sabiá laranjeira!

e todos os outros bicudos da redondeza.


ninguém respondeu e cada um em suas árvores,

tentou descobrir o que era, quem era o novo impostor.

Pousou na arma, ciscou na arma,

bicou a arma, asou a arma,

e nada, nada mesmo, nenhuma resposta.

Deve ser um novo tipo de galho ou fruto,

ou semente talves flor

que esta árvore deu!


E eles continuaram cantando suas lindas

melodias pelos ares,


depois só depois veio a imprensa.

aquela que leva o recado, que manda a foto e que dá noticia.



A visão roteiro para cinema um filme de amor - conto - Maria Melo - Brasil Paraná.


Tão logo ela iria mostrar a arma que faltava
ouvia-se novo ronco de motor no ar.
e do terraço se pode ver lá na estradinha da floresta
novos carros chegando.

Desta vez ela não desceu. Eles próprios abriram o portão e
penetraram no jardim. saíram dos carros e se dirigiram para o prédio
lá do terraço todos acompanhavam o acontecimento.

De repente todos chegaram no terraço:
Bom dia Dona... Ela disse Bom dia.
Todos se encantavam com a visão da cidade que se podia ter do terraço,

Um grupo formado por homens e mulheres, alguns
personagens muito velhos e desmemoriados
outros muito jovens e curiosos.

Veja a cidade, como é bela, aqui da minha janela.
À noite a paisagem é inédita se tem lua cheia.

Mas não foi para ver a cidade que vocês estão aqui...
Viram aquelas montanhas de armas no jardim?
São todas a armas inventadas por vocês.

São grandes e poderosos cientistas.
Ricos, respeitados e famosos! Não há de minha parte censura
quanto a dedicação de cada um de vocês ao trabalho.

Mas chegou ao fim. Vocês todos foram demitidos.
Demitidos e aposentados.
Cadeira de balanço e chinelos quentinhos para todos!
Seus direitos à boa vida continuaram.
Ninguém questionará os seus pecados.
Todos são tão inocentes e prestativo,
quanto os cachorros e os cavalos.

Mas eu não... disse um jovem cientista dos maiores do mundo...
Está demitido, e aposentado se não aposentado por idade,
está aposentado por invalidez.

Todo seu trabalho é inútil... não impotente.

Mas nada lhe faltará.

Veja no meu jardim suas grandes bombas.

O grupo de cientistas foi para o jardim... conferir tudo:
Sim... O velho disse esta fui eu! Que beleza de arma,
quem tinha uma desta
tornava-se um homem de valor.
Havia dúvida nos olhos deles,
mas havia também muito alívio.

Lá do outro lado num canto do jardim
Estavam amparados em pedestais para partitura
grandes livros, cujas folhas abriam e fechavam ao sabor do vento.
Eram os livros históricos de todas as armas de massa, inventadas
pela humanidade...
onde elas tinham sido usadas e as consequências do uso.
Um livro muito especial falava das armas biológicas.
Os cientistas destes projetos também estavam ali.

Caminhavam pelo jardim feito crianças
corriam de um lado para outro, acarinhavam suas obras mortíferas.
razão do bem estar de suas vidas,
são de fato inocentes cruéis,
não compreendem mas amam os próprios papeis.
É o dom da vida!

Desculpe madama o que vai fazer com estas armas?
Não tem apenas armas antigas,
a senhora tem um grande arsenal de coisa perigosa,
Vai destruir tudo?
Tenha paciência, disse ela.
Decidiram voltar para o terraço.

Um lindo e saboroso chá fora servido
aos visitantes, por outras mulheres, muito lindas,
de diferente nacionalidades,
com aparência surpreendente
elas exibiam a grande beleza da diversidade
do acabamento da natureza.

Durante o chá ( com todas as delícias que eles conheciam e apreciavam)
ninguém falou nada de nada, apenas comiam, bebiam, riam muito.
Estavam felizes demais para se preocuparem com qualquer coisa,

Na hora do chá a vida é do chá! "Meu netinho pulou em cima das minhas costas,
estou com dor na coluna..."
estórias semelhantes iam desfilando nos ouvidos e bocas
de todos... Família, família,
uma bobagem extra ordinariamente boa.
um inigualável capricho da natureza,

Música e chá e conversa, tudo isto passou muito rápido.
Novo ronco de motores nos ares,
novos carros chegando, novas pessoas.

Desta vez ninguém subiu! Se espalharam pelo jardim
O jardim da madama era muito grande e muito diverso,
grandes árvores, vindas de diferentes partes do mundo,
em contraste com pequenas espécies.

Do terraço se podia ver tudo lá em baixo.
Belas e floridas árvores,
floridas umas, outras com sementes,
outras secas, troncosas, atapetados de diversas gramineas

Plantas alimentícias , lindos pés de milhos, frondosas bananeiras.
A madama era realmente louca por vegetação.

Os homens e as mulheres que acabaram de chegar
rodearam uma arma muito pesada, com todo carinho,
eles a tocaram e depois....

domingo, 9 de agosto de 2009

Verdade! - roteiro para cinema um filme de amor - maria melo brasil paraná


O comboio de caminhões vinha mata adentro.
Ela ouvia atenta. Era a primeira vez.
Aquela estrada pequena e curva, enfiava-se pela floresta
deserta de bicho e gente.

Ela correu para o grande portão.
Abriu-o mesmo antes de ver os caminhões.
ficou esperando, calada e pensativa.

Além dos caminhões... carros blindados
e com segurança máxima, também chegariam.

Foram aparecendo, negros e cobertos,
encobertos, pararam frente a ela.

Onde devo colocar este material, madama?

Distribua os caminhões pelas estradas do jardim,

à direita, à esquerda, há placas indicativas.
Assim os caminhões foram passando pelo portão,
era uma carga gigantesca e perigosa.

Depois do ultimo caminhão... ela fechou o portão.

Todos os motoristas se reuniram em torno dela.
E agora o que faremos.
Ela disse, descarreguem as armas no jardim,
no meio das rosas, das margarida,
dos giras sóis e dos jasmins.
E de outras flores quaisquer!

Começaram a depor as armas.
todas etiquetadas, desde a primeira e mais primitiva
até as mais aterrorizadoras e de ponta.

Senhora aqui tem uma das maiores fortunas do mundo,
e a senhora manda simplesmente
por armas tão perigosas e caras no jardim?
Tem tanto espaço aqui para guardá-las!

Empilhem todas por aí... quaisquer armas
deixem apenas visível a etiqueta e o histórico de cada uma.

E as bombas.... naquelas carros, madama,
lá na frente,
todas as bombas que comprei,
todos os modelos, desde o primeiro até o mais moderno?
Sim, tudo.

Ela foi para lá... armas desengonçadas
para que tanta coisa para matar aquilo que é naturalmente mortal?
aquilo que morre até dormindo,
que dorme vivo e acordo morto,
que não deixa uma única e real herança de si mesmo,

Questões filosóficas,
A senhora vai fazer uma guerra, não sabe que algumas destas armas
não funcionam mais?
Vai criar um museu de armas?
É colecionadora?

Com uma só arma destas aí,
a senhora pode destruir muito... porque comprou tanto cacaiada?

Muito monturos pelo jardim, montanhas...
armas bonitas e polidas
feitas com a variedade de nossa tabela periódica

Cadê seus segurança, ou seu comandante,
não acredito que esteja só... perguntou o homem chefe do comboio...
Quem virá levar estas armas?
Quem pagou por elas e porque?

As formigas virão depois e guardarão as armas
mais discretamente.
Há grandes formigueiros pelo jardim.

Vamos entrar no prédio e conversar.

Num gesto mudo, todos os homens
se dirigiram para o prédio, muito alto!
Três elevadores os esperavam
ninguém mais.

Tudo muito deserto, silencioso...
era mata fechada, dia, ainda, o céu lindo,
e a cidade ficava alguns passos dali.


Foram para o terraço. Parecia tudo feito de aço.
Admirados pela beleza das grandes torres
ordenadas no espaço. Era coisa linda de se ver.

Todos sabem mas vocês nunca viram a cidade daqui, só eu.
É uma lenda. É tão bela que parece um uma
cordilheira mágica!
A senhora tem muito bom gosto para seus olhos.

Sem dúvida, meu amigo!

Do terraço se via a montanha de munição, no jardim.

Agora que vocês trouxeram todas suas armas,
e as colocoram no jardim,
estão desarmados. correto?

Estas são todas as armas usadas no mundo...
mas faltou uma que vocês não puderam trazer,
porque não a conhecem!


Quem sabe consigo lhes mostrar esta arma faltante:
(continuarei depois)

domingo, 2 de agosto de 2009

O lago de Diamante - conto Maria Melo - Brasil Paraná - Roteiro para cinema - um filme de amor

Pois é assim mesmo. Você ainda se lembra do lago lá alto da montanha.
Aquele que ficava no sitio do Senhor Diretor da minha trama?
Onde o Príncipe Lord C escondeu sua amada...
E o rei guardou todos os seus diamantes...!

Voltemos ao Lago... passou de fantasia para a realidade
Onde ficará ele, longe ou perto da cidade?

Um leitor, aquele que crê no que lê... leio e abismado
com o que ele próprio entendeu.

Seu sítio já abandonado por todos os herdeiros,
era morro só, e quiçaça, pedregulho sem trilha,
nada por ali se plantava,
nem mesmo os da cidade, o sitio visitava.

Mas o leitor bocudo que era e também contava histórias...
sem que ninguém o soubesse,
bateu esta lá fora.

Disse aos primos metidos aos amigos exibidos,
que o chamavam de caipira,
que seu lago tinha lenda,
dos velhos tempos perdida.

Que seu avô deu notícia,
que aquele buraco de água, tinha muito diamante escondido.
mas que já fazia 100 anos que seu velho
avô tinha morrido.

Por isso ele guardou o lago
na esperança de um dia ficar rico.
e esta façanha ao seu avo,
seu pai tinha prometido!
mas seu pai, também por acaso já tinha morrido.

Para a história não havia desmentido!

É claro que algo tão antigo quanto um lago,
contem vestígios, no mínimo,
de algum povo, de algum bicho,
e não se despreza tudo que nele estiver contido.

O lago do leitor era pequeno,
fundo, no entanto,
esparramou-se a lenda,
de grandes diamantes.

E vieram todos, curiosos e interessantes
pesquisar as noticias que pela cidade errante,
corriam sem preguiça.

E orientados pelo nobre leitor,
um grande grupo o morro subia.
Subiam e assobiavam...

canções que só gente alegre canta.

Desmontaram o velho e pequeno lago,
até onde puderam...
encontraram uma montanha de lixo,
que da cidade, num caminhão sem ronco,
vinha escondido, lá do outro lado do
sitio,
depositar ali seu lixo.

Qual foi a surpresa do caipira,
recolher dali tanta sacola em tira.

Depois que tiraram todo lixo
do lago, então, surpreendentemente
os diamantes puderam contemplar...

Eram líquidos,
e nunca mais esqueceram
o lugar onde o diamante está!

Ditado

Não há nenhuma semelhança deste trabalho com qualquer realidade. É pura fantasia.

A negra - conto - maria melo - Paraná Brasil -

Percebe-se claramente que existe uma intenção
por além das atitudes.
O casal branco ficou com a moça negra.
A decisão foi ficar perto,
descobrir o segredo... onde estava LAWA.

Poderia ser uma vingança do namorado
ferido no seu orgulho?
Ele era negro, de família negra,
da raça( termo indefinível, verdadeiramente)...

Mas o que importa é ter a moça por perto,
muito perto.
Por isso a levaram, por isso as autoridades permitiram,
tudo muito simples,
simplesmente simplificado.

Na casa, na intimidade do sofrimento,
da ausência de quem se ama... fica-se frágil,
e todas as regras podem desmoronar...
até as mais severamente possíveis.

E em poucos momentos estavam os dois
acreditando que ela fosse realmente
a filha desaparecida... não pela aparência,
mas pela presença, a indescritível
presença de quem se ama,
a presença que preenche um espaço infinito
que só o amor pode ocupar...

A razão no entanto existe e sobrevive,
sem pedir licença.

Um simples telefonema tira todo mundo
de seus sonhos.
Ela atendeu, normalmente,
como sempre disse "Alô...

A outra do outro lado responde:
"Lawa, querida, você voltou,
que felicidade, amiga... me diga por onde andou...
o que estava fazendo?

Ela respondeu sorrindo...
cheguei hoje de manhã.
Não liguei para ninguém, ainda e você como está,
namorando, estudando, planejando...

Nem acredito Lawa, você de volta
nossa turma vai adorar,
estávamos todos com saudades de você!
Vamos sair à noite?

Neste momento os pais se desesperaram...
Como sair... se ela é negra, nunca foi Lawa...
nenhum amigo de Lawa
vai aceitá-la, como tal...
o que espera? Será a garota doida, devera?

Se sim, ou se não, o fato é que naquele
momento ela era Lawa... eles sentiram isto
e se aterrorizaram com o sentimento.

Você não vai sair, não por enquanto. Espera
um pouco mais, até encontrarmos uma solução,
uma explicação para esta história,
esta confusão.

Não posso ficar presa por causa de um pequeno problema
na cabeça de vocês! Preciso viver.
Preciso viver com as pessoas,
do meu tempo, do meu mundo,
do meu coração! Será que nunca iremos nos entender?
Meu pai e minha mãe!

Espera Lawa... olha lá na rua, a aglomeração de vizinhos
inquietos por sua causa.

A moça espichou os olhos, suspirou e disse...
D... Natália, Dona Terezinha, Dona Joana,
Seu José Magro, Seu Antonio, O Fábio...
ora, será que é festa? Vocês os convidaram?
Por que estão conversando na frente do nosso portão,
aliás, não só falando como questionando
a vida alheia, que coisa feia!

Mamãe, vamos lá fora, bater papo,
escutar asneiras e falar bobagens.

Ouvir o que eles tem na cabeça...
vamos papai... você é mais corajoso!

Abriram a porta e foram saindo os três,
bem como antigamente,
a menina sempre reclamando,
o pai na frente, a mãe resmungando.

Chegaram no portão. É claro
que o portão já tinha sido palco de indagações
dos vizinhos. Quem será aquela negra
jovem e bonita?

"Será filha do homem branco de olhos azuis
com uma mulher negra? Isto Pode!"

Bom dia Dona Branca, como vai a senhora, Hoje?
Bom dia Álvaro, tudo bom?

Sim, conosco está tudo bem e vocês,
alguma novidade?
Não! Nada!
Oi, Dona Joana, disse Lawa,
não se lembra mais de mim?

A mãe socorreu a situação,
Está é uma menina bastante problemática,
fez uma porção de sinais para os vizinhos para
explicar que a garota
não era normal.
Ela está aqui conosco para tratamento,
é filha de um casal de amigos que temos.

Ah....!!! disseram eles, entendemos.

Saíram pela rua andando, a pé
tal como antes, porem agora
carregavam em suas costas
um enorme enigma!

Foram até a sorveteria, pediram sorvetes,
cada qual no seu silêncio,
saboreava o momento,
o momento mágico,
aquele em que nada sabemos sobre
nada, a não ser a enorme sensação
de estarmos vivos e ter que compartilhar
o amor, ainda que seja estranho
o ser que nos ama, o ser que amamos,
eles, no fundo da alma sabiam isto,
isto deveria bastar.

Se não houvesse tantos embaraços,
"Olha a cor da menina... Olha o número da menina,
olha os direitos dela... Não pode isto, por causa daquilo,
olha o estudo dela, a ficha dela, o pai dela,
a mãe, olha o cartão, o certificado disso e daquilo,

Ele já estava pensando em tudo...
sua mente prática e acostumada a se explicar,
e explicar-se sobre si e sobre todos.

E a pagar por tudo que não estivesse
conforme os papeis de uma sociedade
á beira da loucura de tanto desespero.

Tamanha trama, tamanha ordem
que virava desordem se um plug não plugasse...
O pingo dos is!

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