quinta-feira, 29 de julho de 2010

Meu inesquecivel 12 de junho de 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Alem


Lenta e lesa
Encontra um enigma.
Um enigma nos tempos modernos,
é mais que tesouro,
que rei persiga.

Até aos pés da estátua se vai sozinho.
cantarolando de medo,
das profundas matas,
deste estranho caminho.

Não vê desespero,
mas sonha com esmero...
os passos que dá nestes confins...

E se fosse a velha esfinge
gravada nas antigas rochas das amériicas:
ou me decifras ou te infrinjo
a pena de transformar-se em pedras...

Mas não é
Creia-me se quiser...
É talvez uma fênix desiludia
de suas penas de mulher.

Além de suas penas,
a visão das cinzas e do sol,
num gesto divino
nas pétalas do girassol.

Nem palavras ávidas ou sábias,
nem imagens clara ou negra,
conseguem chegar,
onde somente a alma chega.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mozart - o vendedor de seguros - Maria Melo

Queria mesmo era ser artista,
ou astrólogo, pensou até em ser juiz... quando era jovem...
melhor colorir, melhor aconselhar, melhor julgar e punir,
assim eles aprendem...

Diante do quadro parou. Decidiu remediar:
não medicar. Então vender seguro era o melhor negócio para ele.
Assim arrumava um jeito de exercer o seu super heroísmo
Quando elas, as pessoas precisarem, vão ter
ajuda... pagaram seguro.
Se a casa cair, se queimar, se afundar na água, se apodrecer...
se roubarem a casa... enfim estarão assegurados,
terão tudo de volta.

Se ficarem doentes, se perderem seus empregos,
se perderem seus estudos, qualquer coisa que perderem, terão seguro.

E Mozart tinha sua dona,
uma atrapalhada senhora, que solfejava dia e noite,
Mozart decidiu calar sua dona.
Resolveu treinar suas vendas fazendo-a de cobaia.

Pobre Isolda tinha que ficar muda e atenciosa:
Senhora, dizia ele temos seguro para o seu vira-lata muito amado,
se ele morrer atropelado, se a carrocinha o levar,
se alguém o envenenar...
a senhora recebe outro vira-la em 3 dias e tres horas.

Para a geladeira e televisão, o fusca, o muro,
a porta, a torneira, o chuveiro, e até o isqueiro.
tudo tem seguro... Mozart estava muito feliz com sua nova profissão.
Só precisava convencer que era um benfeitor.

Treinou dia e noite e sua dona quando abriu o boca
disse não quero seguro. Não me fale em morte,
sou de sorte, fique longe de mim,
então Mozart lhe pediu um copo com água e ela disse
vá pegar. Mozart concluiu que sua dona
não colaborava com ele fez sua enorme mala de papel e foi embora.

Depois que Mozart sumiu a Isolda decidiu que ele tinha sido
seu maior amor, afinal nunca tivera outro nem melhor e nem pior.
Para se consolar Isolda disse a si mesmo que ele morrera,
Era muito ruim pensar que tinha sido abandonada e pior
ainda pensar que Mozart não tivera um lugar para
cair morto...! Isto era espaço muito grande, ele nunca tivera
um  lugar para por seus dois pés... sossegadamente,
sempre tinha que ir de um lado para outro!
É possível que ele morrera mesmo.

Por causa disto, por arrependimento Isolda, decidiu
a manter uma  xícara de chá sempre cheia na hora do café,
era seu jeito de dizer a Mozart (possivelmente morto) que
ela sempre o continuaria amando, mesmo que ele continuasse a vender seguro de vida no céu,
depois de morto... porque Isolda sabia que Mozart era idealista,
se acreditava benfeitor, vendendo seguros.

Se não bastasse a xícara de chá que ela levava com
cuidado e colocava sobre a mesa, Isolda também falava com ele todos os dias,
Sim, amor, eu compro o seguro, principalmente o da sua vida,
É tão triste pensar que seu único pedaço de chão era este,
e Isolda continuava sempre querendo comprar o seguro de Mozart
fazia automaticamente, sem pensar, era sua reza.

Mas naquela manhã Isolda até esbarrou em Mozart,
sem vê-lo, tropeçou nele e  derrubou a xícara de chá no chão,
que rodopiou varias vezes até entornar todo o chá...
que espalhou num circulo bem grande, pela cozinha toda...

Ela descontrolou-se e partiu para os tapas,
Filho da mãe, veja que estou falando sozinha e não com fantasmas!
Nunca mais faça isto, de agora em diante,
você não existe, porta a fora,
correu para a porta,   abriu-a  pegou a vassoura
e o foi empurrando para fora e o ameaçava!

Depois foi limpar o chão... catou a xícara
estava inteira, até a asa.
Que xícara boa, a colocou na pia enquanto a examinava:
Depois a lavou com cuidado,
a embrulhou com muito algodão,
a costurou numa almofada
bordou:: aqui você  não toma chá!
pendurou a pequena almofada na parede,
e foi solfejar Mozart tranquilamente.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

nos meus ouvidos

taurino - arte inconsciente - Maria Melo

Um sinal da força natural,
da marcha lenta e sofrida,
da resignação ao evento da vida.

Um poder desumano de existir,
caminho sem traços,
toda vida seu pasto
seu destino sem resto
e sem rastro.

Primavera é existência,
pecado é ciência,
nada realmente se precisa saber,
é só viver,

Dor é engano, errar
é soprano
o canto sem plano.


A voz é desvio, vento assovio, música,
é silêncio e escuridão.


Abraço é comida
no peito indigesto, fome é ferida,
Deus é mudo,
grita a vida.

A vaca é outra coisa,
que não sei o que é!

Nossa Senhora dos cafundós


Nossa Senhora dos Cafundós
que nas grutas de pedra e lama,
tem os pés costurados em nós
nos  raios da roda em chama!

Nossa Senhora que muda nas pedras,
só chora quando cai água das nuvens,
e o pó que na menina dos olhos gruda,
só sai mesmo com as águas da chuva.

Nossa Senhora das noites escuras,
das orquestras de sapos e saracuras,
a ela que ouve do povo todas as juras
de amor eterno, luz  e  candura.

Nossa Senhora que barro é este,
tão  superfuo que não tem entranha,
os pés colados no centro da mesa,
como se a mesa fosse uma  montanha.

A ti mesmo, branca lama, gesso
entrego preces que por ora padeço,
e tua estátua calada  chamo de mãe,
mãe  sincera no mundo  que mereço.

E se puderes deste silencio eterno,
guiar meus passos pelo céu e inferno,
te suplico que o faça sempre sereno,
enquanto sonho a vida que  espero!

Que os caminhos venham em paz,
encontrar  os filhos que te procuram
que apesar,  nossa senhora dos pesares,
não pese, com rigor as nossas juras!

sábado, 24 de julho de 2010

Flores de Iê... boa sorte - Maria Melo

Flores de Iê um quadro artesanal criado com conchinhas do mar - autora Maria Melo  Paraná. No
 Brasil muitas pessoas jogam flores no  mar  dedicadas à Yemanjá para
agradecer e pedir boa sorte à  rainha do mar,  assim  Yemanjá também
enviou flores de conchas do mar para agradecer e desejar boa sorte  a 
todas as pessoas que a tratam com carinho... é a  história deste
trabalho de arte

O canal de Maria Melo no Youtube - cantinhoespiritual

 Maria Melo informa aos seus amigos visitantes que através de seus inscritos
 em sua página do Youtube  conta com a presença  23 país...  relacionados abaixo:
2 Australia, 10 Estados Unidos,
9 Espanha, 38 Brasil, 11 Portugal,
4 Canadá, 4 México, 3 Peru, 4 Itália,
2França, 1 Colombia, 5 Argentina,
1 Coreia do Sul, 1 Uruguai, 1 Russia,
1 Japão, 1 Grecia, 1 Venezuela 1 Alemanha,
1 Egito, 1 India, 2 Belgica, 1 Croácia

Maria Melo está presente através de suas inscrições no Youtube em 43 paises do mundo:
 Espanha,  Argentina,  Israel,  Brasil,   Estados Unidos, Bulgaria,  Romenia,  França  Coreia do Sul,  Colombia,  Hong Kong,  Porto Rico,  Portugal,  Reino Unido,  Venezuela,  México,  Taiwan,  Tailândia,  Italia, Polonia,  Grecia,  El salvador,  Turquia,  Canadá,  Russia,  Australia,  Belgica,  Mexico,  India,  Paraguai,  Arabia Saudita,  Malasia,  Boznia Erzegovina,  Finlândia,  Uruguai,  Zimbaue,  Peru,  Angola,  Andorra,  Japão,  Panamá,  Egito,  Croacia

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vamos brincar de passa anel...

A brincadeira do passa anel
é tão antiga ou mais que eu.
Acontecia ao anoitecer, durante
o terço nas noites de lua cheia.

Durante as rezas as crianças iam
para o pátio da igrejinha do arraial, a igrejinha
que ficava plantada na escuridão,
acompanhada  por uma escolinha, um coreto
uma venda, um cruzeiro de madeira
e um céu repleto de estrelas,
além da lua cheia, é claro.
O cheiro das velas derretidas e a pálida
claridade da lua,
associados ainda aos fenômenos
das histórias antigas e biblicas...
davam aquele momento
a rara beleza  do sentimento de eternidade, ainda
que o momento não durasse nada,
logo a reza terminava e nossos pais
 começavam a voltar para casa.

A lua nos seguia até que a porta se fechasse na sua cara.
Enquanto isto acontecia, crescíamos misteriosamente,
sem poder furtar da existência
aqueles divinos momentos e no dia seguinte
novas tarefas de grandes responsabilidades,
eram colocadas sobre nossos ombros,
mesmo que fôssemos pequeninos e temerosos... e inocentes.


Minha embriagues era sensata,
de menina bicho e bicho de garra.
ouvindo histórias estranhas,  cheirando e farejando
os mistérios ocultos das matas.

E nas rodas do passa anel,
anel de doce que cintilava,
valia muito o segredo advinhado.

Em qual das maozinhas o anel mágico ficava...
e qual dos sonhos ele tinha o poder de realizar...


Mas hoje a brincadeira do passa anel éoutra:
Pode ser dez camisas  ou vestidos de cores diferentes,
pode ser dez mãos fechadas ou abertas, ou dez mentes,
pode ser sentados, de cadernos e canetas
ou teclados em suas frentes...

A brincadeira do passa anel não é mais doce,
é diamante, desafio, é como se guerra fosse,
mas não é. Olhos vendados, ouvidos tapados,
mentes  siliconadas e isoladas com fios elétricos.
Tudo pronto... a brincadeira do passa anel começa:

Olhos vendados, ouvidos tapados,
nunca jamais de corpo presente,
O anel ainda é o mesmo...
A gente pressente.

Um chute no lilás!
Tanto faz... o anel nunca saiu da minha mão!

Choverá amanhã!!!!! as nuvens podem trapacear...
Todos os seres humanos tem o dom da adivinhação.
Onde tem peixe... onde está a onça...
onde tem ouro e diamante...
Estudam para adivinhar
e adivinham  sem dor na consciência!















!

alma de poeta

Meu lado
forma um ângulo agudo
com outro poetíssimo lado,
um tanto quanto obtuso.

Que não é meu,
mas  compõe no meu ser,
a dádiva de existir.

Meu lado desigual,
preso feito cambal,

revela o feijoal.

O alimento bom
da alma que cresce,
que gosta da vida
e aparece.

e sou sincera
nesta finita alma poeta
de pequena primavera,
mas jamais deserta.

Estes momentos

 O êxtase
A expressão da somatória
das emoções das alegrias e tristezas da vida.
O júbilo de comemorá-las,
porque elas existem em todos os seres.

Resguardo este direito e este dever,
no lado esquerdo de meu peito
como gratidão de minha alma,
por ter chão, por ter céu,  por ter sol,
por ter amor, por ter a paz,
por ter espaço e tempo
em diverso universo
por ter pessoas, em todos os cantos,
em prosa e versos.

Brindo à vida em mim, brindo a vida em ti, 
não como bem individual
nem especial mas como dom compartilhado,
como um bem  comum,
por ser tão comum e tão infinito, posso
brindá-lo com todos.

Êxtase na arte, no trabalho, na ciência, na religião,
na vivência de todos os dias, de todas as pessoas,
no abraço e beijos de seus filhos, de seus amores,
no abraço e beijos de suas causas,
de suas lágrimas e dores.

Êxtase que vejo muitas vezes de lambejo,
mesmo nos olhares tristes e apagados,
sob a forma de esperança eterna,
Noutras vezes, desespero que cintila,
êxtase...
qualquer verso da alma, qualquer brilho
de olhar, qualquer estrela que cai,
qualquer estrela que vai,
iluminar uma manhã de qualquer dia.

Ainda que se mudo,
ou emudecesse,
o êxtase falará no sorriso do filho,
na mão do amigo,
no passo certo e silencioso da vida.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A busca


Bem vindo ao banquete.
É uma festa estranha
onde todos são conhecidos
por seus falsetes.

O bom vinho romano.
As vestes são inglesas,
O Rei republicano,
as artistas são francesas.

O trigo é antigo,
o pão é atual
Van gogh bem vivo
lê o jornal.

A tragédia já não é grega,
nem a missa italiana,
o pastor não tem ovelhas,
não pastoreia  suas lãs.

Bem vindo ao banquete
esqueceram teu cracha
se não assobias teu falsete
não te deixam entrar.

Tua sorte é o passarinho
que esvoaceia no altar
assobia em doremi
o que nunca lembraras...

E tua senha
que há séculos
que não sabes
onde está
é tão clara escrita
que chega alumiar.

Mas o que é isto que brilha...
se mais de mil coisas
brilham sempre no mesmo lugar.

e hás de revirar
o mesmo lugar
pela impossível possiblidade
de tua senha encontrar.

e eu posso te ajudar
a revivar o mesmo lugar
mas não posso de ajudar
a tua senha encontrar.


Minha psicoufóloga

Pois é acordar todos os dias com as cordas no pescoço
Muitas cordas, só um pescoço, justamente o meu.
Arrastá-las pelas belas manhãs de sol, onde
 cantam os passarinhos e
beija flores tomam mel.

Depois da análise analítica e sintética
veio o psicoufóloga,
na sua estranha habilidade de entender as mentes
dos etês ( elementos em transição espacial e sonambulismo)

Quem são estas criaturas que sonham...
Sonham de tudo, inclusive o impossível,
Falam aos loucos, falam aos músicos,
falam às crianças, falam aos mais severos muros do país...

E para selar as escrituras falam aos profetas.

O que são estes rios imaginários ou espirituais
que dividem a terra em guerra e paz
em brancos e negros, em ricos e pobres,
e semeiam sonhos diversos aos vendavais...
aos bêbados e aos sóbrios.

E as obscuras luas de saturno
querem saber por que  a lua da terra tem quatro fases...
Uma lua  das crianças,
outra lua dos namoradas,
outra lua dos criadores,
outra dos iluminados!

A psicoufóloga MANDA eu brincar com as crianças
as bem pequeninas, com 300 de Q.I. ou acima
Tento. Invento um cavalo de pau com muitas patas,
uma centopéia para minha epopeia.
suas patas são muitas tampinhas  de garrafas
coloridas de geléia.

Inventei a máquina de fazer cócegas...
e psicoufófoga me diz
fecha os olhos. Deita de costa,
e eles brincam de fazer cócegas,
com sua centopeia
de patinhas de tampa de garrafa
de correria de cão e gato,
nas esquinas de suas costas.

Assim posso passar minha semana inteira
reaprendendo a rir de verdade.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Layla, seus pesadelos e a hipnose - Maria Melo

Lay é uma personagem criança. Não lhe revelo a idade dela.
Porque Lai pode ser criança, enquantos velha,
e ser velha, quando criança ainda era. Suas histórias são humanas
Vindas de  seus umbigos e Layla prefere ser anônima.

Crescera magrela. Olhos arregalados, desde menina,
porem linda...
um problema sem resolução. Layla não gostava de dormir.
Chorava todo dia, brigava e quase apanhava para deitar-se.
Hoje são recordações, apenas.
A familia fazia tudo por ela. Agradava-a simplesmente,
todos os dias. O dia inteiro... quando era noite, começava o tormento.
Quando dormia... forçadamente,
acordava gritando e saia da cama e do quarto correndo,
abria a porta do banheiro e se sentava na privada
muitas vezes de pijama, trancava a porta e
e nem barulho fazia. Tinha horriveis dor de barriga.
Outras vezes desinteria. No príncipio a mãe  e o pai não entenderam
. Levaram a filha ao médido muitas vezes e
Layla era perfeitinha.
Chorava feito nenê não dizia nada,
Restaram-lhe os remédios para a mente,
Ela tinha pesadelos.

"Eu tava dormindo e acordei com um homem com uma enorme foice
que voava sobre o meu quarto tantando cortar minha cabeça
Me desviei muitas vezes e corri para o banheiro... quando a mãe
abriu o banheiro ela chorava e lhe falou isto.
Era apenas um de seus ferozes pesadelos.

Quantos se pudesse  imaginar ela tinha, quantas vezes tentasse dormir...
e se podia ver claramente que na maioria das vezes ela não
acordava completamente, mesmo depois de se levantar, gritar e correr para o banheiro,
depois voltava para a cama, parece que esquecia tudo,
e repetia tudo de novo do começo ao fim...

Se Layla dormisse durante o dia, ainda era pior.

Os recursos para tratamento  se esgotavam e Layla estava pronta para ser
uma estranha doente.

Foi sim no centro espírita. O homem de longe, poderoso e admirado
que vinha tirar espírito ruim de quem os tinha...
Layla estava lá ofegante, alguem lhe disse que o seu espírito não era seu,
e que eles o tiraria dela... Layla só se preocupou se isto ia doer!

O homem poderoso apontava para a plateia que em uma especie de extase
repetia rezas e logo logo identificava alguém  que nun instante era agarrado
pelos seguranças e levado até o poderoso... Lá era uma verdadeira guerra,
tapas, socos pontapés, gritos, tombos, lombos,  e até relhos... Layla
se imaginou na mão deles e decidiu ir embora... mas antes
pensou na hipótese de que fosse ´possivel ter algo em si que não fosse dela,
Ela não queria isto... Porisso desfilou e desfilou na frente do poderoso,
para ver se ele apontava para ela... ficou firme no seu intento,
tinha medo mas era melhor ter medo agora  e ser livre para sempre;
O tal homem de olhar certeiro nem a notou. A ignorou completamente.
Entendeu ela que tal espírito que devia ser arrancado daquele horrivel jeito,
ela não tinha. Saiu leve, feliz e crente: Nunca mais pesadelos Teria.

Vão engano na mesma noite ela acordou em pânico
envolvida no mesmo terror... A morte, sempre tentando capturá-la
rindo do seu medo e o pior de tudo, o inconfessável,
Layla sentia dor. Perdia a voz. Imobilizava as pernas os braços,
Não conseguia abrir os olhos. Vomitava. sangrava.
Mas de repente acordava... apenas parcialmente e no banheiro aos
poucos se acalmava e voltava para calma ... repetia o pesadelo,
às vezes o mesmo ou o inovava....

O que se podia fazer... tudo que se fazia não melhorava...
Os remédios muitas vezes a deixavam ainda mais estranha...
Layla parecia estar sempre subindo uma escada...
sempre sempre seguida, perseguida,
às vezes gritava... falava sozinha, ouvia... cantava,
chorava... mas munca mesmo nem em sonho,
qualquer verdade que fosse vinha a tona.
Nem os profissionais...

Mas um dia a hipnose se aproximou:
Deve ser trauma de outras vidas, gestação, infância...
Se pudermos hipnotizá-la haveremos de achar a solução.
Que os pais ou quaisquer outras pessoas da redondeza soubessem
o que  vem a ser hipnose... era uma mentira. Ninguém sabia,
todo mundo ouvia falar hipnose..dos filmes, ou histórias...
...dá pra saber tudo, até outras vidas passadas...
mas como, onde, quando e por que... isto não sabiam.

Todos decidiram pela hipnose. Os familiares tinham medo
mas lhes foi garantido que nada mesmo aconteceria para piorar
o estado de Layla... A hipnose apenas a ajudaria.
Layla concordou.

E diante  dos pais aceitou ser hipnotizada.

Layla foi induzida ou conduzida ao passado
que ia passando por ela lentamente, brincava, chorava,
estudava, passeava... tinha períodos muito bons na vida dela...

Finalmente Layla chegou ao útero de sua mãe.
Parou ai... parece que era o fim. Layla emperrou. Começou a balançar
a cabeça  insistentemente sem dizer nada...
questionada teve dificuldade para se comunicar, porem
se expressou... Estava preocupada com seus lindos cabelos,
que pareciam muito encebados e colados no couro  cabeludo.
como seus cabelos eram longos, grudados no pescoço.
Layla balançava a cabeça para senti-los soltos.

Layla  diz que se sente muito desconfortável no útero de sua mãe,
que está deitada faz  muito tempo, dolorida e que não consegue
movimentar seus braços e pernas como gostaria.

Layla pede um travesseiro. O hipnotizador diz que está providenciado,
Layla está cansada, está meio adormecida... tenta mover
as pernas  e pede com aflição que remova o cobertor amarelo
que está em cima dela. Ela o descreve como sendo um coberto
muito fino e leve que a envolve porém esta demasiado aquecido.

O hipnotizador diz que removerá o cobertor
e Layla parece dormir. Ele tenta induzi-la para mais alem,
mas ela de  repente repete toda a cena, do cabelo, do travesseiro e do cobertor,
assim outras vezes, seguidamente, sem alteração.

A hipnose não progride além do útero, Layla regressa
e diz que não se lembra de nada.


Até então Layla não conseguia dormir bem,
quando seus pais se mudaram para uma região mais quente, na época
do inverno porque não  suportava mais vê-la congelando
no frio da noite, sem querer voltar para a cama,
Layla passou a molhar com água o piso onde ela dormia,
não suportava o colchão, dormia no chão,
úmido... segundo ela o calor era insuportavel.

Layla se curou. Não imediatamente á hipnose,
se curou posteriormente quando percebeu que não tinha tolerância ao  calor,
e quanto mais cobertores colocava na cama, maior o pesadelo,
sentia labaredas de fogo rondando seu corpo
por toda parte em que ela dormindo fosse.

Sonhava com a morte, com asfixia, com incêndio,
com enforcamento, com todos os tipos de tormentos físicos,
e até com o mar cheio de água tentando apanha-la...
e tinha que acordar e quando acordava não conseguia
se lembrar da causa porque tinha que acordar,
Tinha que acordar  para remover de si tantos cobertores
que a aqueciam em excesso... seus pesadelos eram apenas
um simples informativo... criado por estímulos nervosos,
semelhantes aqueles que nos informa sobre coisas quentes e frias,
perigo, calculos e assim por diante...
nada havia de sobrenatural,
de fantástico ou assombroso...
apenas a dramática arte da comunicação!

Que neblina será esta... perguntou aos olhos... Não sabemos. Vem do coração.

Não há indecisão.
Fiz planos cuidadosos e árduos.
Nem sei se poderei contar com alguém...
se tais planos hoje,  são válidos.

O que você sente se...

Naquele dia eu  estava usando um vestido branco,
um sapato branco e os cabelos presos,
contornei todo o grande carteirão de um enorme hospital particular, em São Paulo
Procurando um jeito de entrar lá.
Era impossível, já tinha sido barrada duas vezes na portaria.
Gostaria de fazer visita aos doentes.
A senhora tem parentes aqui... Não. Respondi. Então não poderá
circular pelas dependências do hospital. Este é um hospital particular.
Fiquei pensativa se devia ou não insistir.
Portas e roletas e tabuletas e crachas... e seguranças
me desanimaram, completamente.

Durante  a caminhada pelo quarteirão observei que havia um portão
todo em aço, muito alto e fechado.
Num só instante o portão abriu, bem na minha frente,
Vários funcionários trazendo gigangescos sacos de lixo
para colocar  em algum lugar
Uma senhora junto com os funcionarios olhou-me e disse,
Você fique aí, quando o caminhão chegar para apanhar o lixo,
leve o rapaz até minha sala,  ia perguntar mas estava escrito
na roupa dela - Carmem.

Todos foram para dentro e ela deixou o portão meio aberto,
e os seguiu. Tive logo o ímpeto de entrar também,
mas decidi esperar o caminhão que recolheria o lixo,
tão logo eles sairam chegou o caminhão e  2 rapazes
foram recolhendo os sacos e guardando...

Eu disse com licença moço a carmem quer falar com você,
me acompanhe... Ele deixou os outros lá e veio atras
de mim... logo  no primeiro corredor eu disse,
sabe onde é a Carmem...
sei sim... então pode seguir eu vou ficar por aqui.


Pareceu-me estar quase anoitecendo
Era muito grande e logo logo vi onde  eu estava : ONCOLOGIA
Todos os corredores vazios.
As poucas pessoas que passaram por mim,
não me notaram... Segui em frente,
Passou uma madre e me sorriu. Passou uma enfermeira
e me cumprimentou.
Comecei a abrir as portas e entrar nos quartos,
Eram doentes terminais. Retalhados, mutilados, amputados,
todos vivos. Alguns inconscientes.

Nenhum deles deixou  de me notar,
seus olhos diziam isto, embora a maioria não falava nada,
os que me falaram disseram que estavam ali,
alguns desde criança... outros desde jovem,
outros nunca mais tinha saido lá fora ver o sol...
Como eu  estava ali, visitei toda a ala de pacientes terminais,
nenhum deles me pareceu ter qualquer tipo de identidade pessoal,
Ainda que eu tivesse toda humildade do mundo,
me sentia culpada por ver seus sofrimentos,
por invadir aquela dor tão profunda
naquelas pessoas que não tive coragem de perguntar o nome,
e nem dizer que logo logo estaria boas, curadas,

Até rezei, o desespero foi grande,
o que  vi nunca foi nem imaginado,
creio que pela maioria dos seres humanos normais,
e nem por mim... embora todos nós já enfrentamos sofrimento.


Fiquei envergonhada da minha impotência,
fiquei humilhada da gloria que usufruimos,
em tantos momentos da vida,
e cuspimos, escarramos em dias de muito sol e alegria,

Na  hora que percebi que tinha ido praticamente a todos os quartos,
precisava encontrar a saída, pois o grande portão provavelmente estaria  fechado
e nem mais eu sabia onde ele estaria.

Passei a caminhar pelo hospital,
corredores vazios, pouco iluminados,
embora todos os pacientes estivessem muito bem limpos e tratados,

Senti ali não a dor de um individuo, de uma pessoa,
mas senti a eterna  dor da materia,
como um todo, Uma dor que falava que olhava,
que respirava, uma dor que morava,
cuja casa eram eles.

Não posso descrever o que vi...
é este eu,  que me veio naquela momento... de era uma vez uma lenda que não existia...
Não apenas por causa das tristes coisas da vida... mas por muitas outras razões...tantas
 lindas e jubilosas, que
deixarei que meus planos prossigam...
estou certa vou consiguir fazer
o que decidi... estou certa também de que estou no meu caminho.

Os outros planos conto depois.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A lenda que não existiu - Maria Melo

Era uma vez uma lenda que não existia.
Uma ave presa desde que nascera,
que crimes horrendos nela havia
que a liberdade nem conhecera.

Jurou vingança entre tantos desejos,
de morrer ao leo, seu proprio adejo,
estufar o peito e cantar sem medo,
das grades ferreas que a prendeu.

 alheios ao tempo que os envelheceu,
domada a juventude e todo orgulho,
parava triste frente ao espelho,
oráculo sincero, feroz e bruto.

Quem sou  eu este pobre delirante,
 que ri da minha tragica criatura.
bêbado de sol em nuvens errantes,
pedra alma aqui no chão, se cura!

Quem sou eu neste canto quebrado,
feito rugido mugido, latido noturno,
sem dono, sem destino, largado,
a mim mesmo, estranho e soturno.

Sou fulano, sou cicrano, sou beltrano
e todas as outras letras juntas, amem,
vagueio pelo mundo só e sem plano,
sem passado presente e futuro também.

sábado, 17 de julho de 2010

Outras viagens

3 viagens ao Paraguai na década de 80
na fronteira com o   Brasil  - Foz, nem vi  as cataratas direito...
comprar brinquedos, óculos, tênis,  uma televisão,
meu Deus...! Sofrer mais que o cão,
num calor de fazer sabão! Passou.

Uma viagem na Argentina, fronteira com o Brasil,
Atravessar o rio num barquinho a remo,
depois subir por umas pirambeiras na beira
do rio e passar muito medo.
não comprar nada só olhar... anos 80
milênio passado.
e ouvir Roberto Carlos no almoço... foi de fato muito bom.

Outra viagem em Guaira... fronteira com o Paraguai,
onde ouvi: Lá está o Mato Grosso
Atravessar o Rio e ir para o outro lado...
não comprar nada. So olhar.

Várias viagens ao litoral catarinense.(atualmente)
Varias viagens pelo norte do Paraná.(atualmente)
algumas viagens para São Paulo (duas décadas atrás)
Uma viagem para Aparecida do Norte ( atualmente)
Uma única viagem ao Rio de Janeiro ( atualmente)
turismo de taxis em apenas um dia!
Uma viagem a Minas Gerais atualmente (inacreditável)
Varias viagens para Morretes, uma viagem para ilha do mel
Muitas vezes para o litoral paranaense
costumo dizer que minha região
tem muitas belezas que não conheço...

Gostaria sinceramente de fazer uma grande viagem...
pelo mundo inteiro, uma viagem sem fronteiras.
de fazer muitos videos, muitas fotos,
de pessoas e lugares...
mas não tenho asas e tenho pernas curtas,
portanto passos pequenos, meio tartaruga.

Não se trata de uma vaidade pessoal mas de
uma única oportunidade para   fazê-lo
de fato nesta circunstância
por mais que eu viva não viverei muito tempo...
e isto é um sonho
do qual não consigo abrir mão de sonhar.

viagem alucinada - Maria Melo

 O tempo que me cuida também me aperta.
   posso fazer  coisas muito  simples
e cômodas, aquilo que me permite as minhas condições pessoais,
 estou de fato usufruindo,
sempre da grandeza e conquistas de outras pessoas,
o que me alegra muito é
poder compartilhar o desejo 
 de buscar o conhecimento, o reconhecimento e a tolerância
até ao nivel do amor mais comum entre
estranhos que é a irmandade e
do amor mais profundo entre estranhos
que o amor criador... é um roteiro,
natural e não que  a propriedade do amor ao próximo  esteja destruida pelas
sociedades urbanas mas porque o mundo se tornou muito populoso
e as lutas pela sobrevivência absorve todo o tempo das pessoas,
inclusive das pessoas já desocupadas porque suas mentes
se ocupam da solidão!



Viagem alucinada é um roteiro para maluco!
Sim, há muito exagero aqui...
Esta é a  exposição de um sonho,
que expressa minha disposição
que do meu ponto de vista, pode virar realidade,
Os parâmetros  são moveis,
podem ser alterados...


O que preciso para realizar uma viagem assim...
tudo, é claro, inclusive todos os dolares para pagar tudo isto
e todo o suporte necessário... que é mais humano...
e mais uma porção de vaidades pessoais...
como ir ao teatro
ver alguns de meus  artista preferidos
em seus shows, comprar umas lembranças,
uma nova filmadora, uma nova maquina fotográfica,
e outras coisitas
é claro que preciso duplicar estas despesas,
não posso ir sozinha. São requisitos básicos
para que esta viagem aconteça.
Ainda, pode-se acrescentar outros roteiros
que possa interessar ao patrocinador!
Os lugares que no momento  me  lembro
que gostaria de conhecer são estes abaixo
mas posso me lembrar de outros e acrescentá-los
Ah, isto é para os Estados Unidos,
Outros paises só depois.

  Sede do google - Vale do Silicio - Mountain view - California.
Sede do youtube - San Bruno - California -
Slide.com
San Diego, São Francisco
Parque yosemite - em Sacramento -  capital da california Estados Unidos.
Visita ao  vale da morte - sacramento
Visita ao Canions  a garganta Rio colorado  ( Arizona) e columbia
Beverly Hills, California visita ao my space.
White house - Avenida Pennsylvania 1600 -  NW Washington visita externa.
Sede da NASA visita externa
Visita ao centro espacial John Kenedy - no Cabo Canaveral ilha de Merritt
entre Miame e Jacksonville - Florida - KSC ponto turistico da nasa - na Florida
Jardim dos foguetes aberto a visitação publica no centro espacial Kennedy.
Visita a Disneylandia - Florida.
Visita ao Rio Mississipe - Mississipe
Visita a região dos grandes lagos e o rio São Lourenço.
visita a Chicago e Quebec
O niagara Falls - na fronteira com o canadá - Ny
Manhattan central part de new york
Harvard  nas redondezas de Boston
parque nacional de Denali
 praias matchless dos consoles de Havaí (Havaí).
O sequoia - Na serra nevada com as árvores com mais de 100 metros de altura.
Ah visita ao metrô, à biblioteca de NY
Eu disse que estava um pouco séria e com
vontade de brincar, estou brincando, você também
quer brincar....

Tenho uma quantidade razoável de tempo
agora, falando sério!

Quero ficar uns bons tempos aprendendo a ouvir e entender o que os americanos dizem!!!!

Layla conta uma estória ( Maria Melo) parte II

Valdo chega ao seu destino, ainda tem sol,
uma condição sine qua non para o triunfo do seu dia.
É urgente e tem que ser feito agora, disse Roma,
Foram para perto do lago onde estava uma grande árvore...
Roma apontou para cima e disse,
Está vendo... é o ninho e tem  filhotes de ave lá dentro.
A velha árvore vai para o chão, está noite,
Já chamei o homem do machado moderno
amanhã ela estará demolida.

Valdo lembrou de suas  rondas noturnas,
buscando vândulos  e os guardando
em  viaturas, profissão de elevado risco
e agora estava ali, simplesmente para subir
numa árvore grande,  sem os principios básicos  de segurança
para   salvar sabe lá Deus os filhotinhos
de uma ave anônima e desinportante.

Era o seu tipo de heroísmo, a sua crença e sua atuação
quanto a árvore, talvez já tivesse vivido o bastante
ele Valdo também não podia interferir nas decisões
de outra pessoa...fazia a sua parte quando era solicitado.

Com a maior paciência do mundo subiu na árvare
e na frente dos passarinhos pais,
removeu o ninho e seus filhotinhos...
Foi uma tarefa muito facil...apesar de arriscada
já que a árvore era grande e uma parte de
seus galhos  estavam sobre o lago.
Valdo também nadava muito bem...
se caisse na água seria apenas mais um detalhe
das muitas aventuras que tinha.

Todas as crianças por ali, filhos de roma
acariciaram os filhotinhos com os
olhos e com olhares admirados...
queriam pegá-los. Ninguém permitiu.

Valdo os colocou em outra árvore,
próxima e teve tempo de perceber
que os pais pássaros ficaram ao redor dos filhotes.
Tudo correu muito bem.  A missão
foi realizado com êxito, Valdo se sentia realmente
um herói... mas de que modo o via
os pássaros...!

Valdo voltou para casa cheio de adrenalina
...subiu numa árvore, coisa que só fizera
na infância e adolescencia... estava até renovado
nas suas crenças e esperanças.

Contou aos pais o  que aconteceu.
Os pais se admiram muito e perguntarem detalhes
sobre os passarinhos. Sobre o ninho,
questionaram sobre a segurança e sobrevivência
dos filhotinhos. Nada questionaram sobre a árvore
Tilnha muitas árvores na floresta.
Isto se passou durante a tarde  e a noite
de sábado.

Todos foram dormir... ainda com as imagens
reais daquele dia na memória e os velhos,
as imagens imaginárias, também na memória.

No domingo tinha almoço e reunião com quase
todos os membros da familia, era meio trivial,
não precisava de convite... ia quem queria
e todos queriam e todos iam.

Na hora do almoço, uns comiam, outros contavam estórias,
outros riam, outros ouviam, outros brincavam...
entre todos os parentes e amigos, estava também Layla...
Aquela menina quase mulher ou mulher quase menina,
era uma pessoa linda e calada e mal humorada
mas ninguém se importava com ela, todos a adorava,
chegavam a pegá-la no colo, beijá-la, abraça-la e ela às vezes
reagia aos chutes e ponta pés ou simplesmente
se deixava beijar... eram os seus, isto ela sabia.
Ouviu quando ainda era nenê eles admirados
ao assistir seu banho dizerem:
Ela é linda até mesmo  até mesmo assim,  nenê e nua.
Nasceu linda não precisa nenhum adorno!

Calada e muda num canto, ao lado da vó,
Layla olhava para o nada, sempre com mesma cara:
A vó olhou para ela e disse:

teu  Tio ontem esteve na chácara do Roma
(Roma e Valdo sentados na mesa, abraçados com
uma montanha de comida ), juntamente com tantos outros
ocupados  e alegres e no mesmo alvoroço;
Ele foi chamado com urgência,
na boquinha da noite à chacara para realizar
uma tarefa muito árdua e a realizou...

Todos de repente prestaram atenção ao rumo da conversa,
especialmente Valdo e Roma...

A velha avó disse: te dou um milhão
se você adivinhar o que Valdo foi fazer lá...
A neta rabujenta virou e revirou os olhos
e disse... ahaha... você está mentindo... nunca teve um milhão,
como poderá dá-lo.

A vó ficou pensativa. Não tenho um milhão. Que coisa triste.
Nem mesmo mil... nesta hora nem mesmo 100, estou sem.
Ela olhou a sua volta, ali sentada mesmo,
não poderia quebrar a magia que havia no ar...naquele momento

Se saisse alguma coisa poderia mudar
Pensou numa bonita bola que estava ao seu  alcance:
tomou a para si. A bola no colo a velha vó insistiu:
Te dou esta bola se você adivinhar o que aconteceu na chácara do Roma
ontem  na boquinha da noite... Esta bola, disse a menina,
É bonita eu topo. Entre a primeira vez que a  segunda vez  em que velha avó fez
a proposta havia um lapso de tempo... foi menos de um minuto.

Layla já sabia a resposta. Confirmou: Você me dá mesmo está bola,
se eu acertar... a vó sorrindo disse: dou! Ganhar qualquer coisa
num jogo deste, será um grande prazer. Ela não pensou isto.

A vó sorria vitoriosa. Ela Layla jamais com nenhuma força do mundo
seria capaz de adinhar a resposta.
A este momento todos estavam atentos e nen  engolir a comida
conseguiam.

Lay disse: Tio Valdo foi tirar um ninho de passarinho numa árvore
na casa do tio Roma.
O beiço da velha avó caiu, os olhos também.

Como vocês são fofoqueiros, disse a vó.
Quem mandou Valdo, você contar para ela.
Eu não. Só se foi o Roma... Eu não só se foram os meninos,
eu não, eu não, eu não, eu não, um por um.

Com quem você falou desde de ontem às 5 horas da tarde,
perguntou a vó. Não falei com ninguém.
Todos confirmaram. Não falamos com ela, faz mais de
15 dias que não a encontramos.
Quem te contou sobre os filhotes... Ninguém disse a menina.
Como soube a resposta. Quer mesmo saber:

Tio Valdo lembra daquele livro americano que tem estado
na sua mesa todos os dias... então li lá como ler pensamentos.
e li os pensamentos da vovozinha.
Mentira sua, danadinha! Quem te contou é seu cumplice...
pode contar pra nós, se não todos ficam sem sobremesa...

Layla era doida por doces, quase sempre os comia inteiro.
Bom, vovó, vai me dar a bola e Layla foi pegando a bola bonita,
a vó constrangida, disse: Esta bola não é minha, não posso
dá-la e a segurou fortemente.
Vovó você prometeu.. não me pode dar a bola,
é  o meu troféu! Eu adivinhei.

Só posso dar outro presente este não.
mas tem uma condição: conte a verdade.

Tá bom vovó vou contar a verdade, não li seus seus pensamentos
coisa nenhuma, não sou capaz disto.
Foi meu tio Valdo que ligou e me contou.
Ah, disseram todos em uníssona e sonora expressão,
agora pode comer muita sobremesa,
o importante é nunca esquecer a verdade.

A menina foi para a mesa, abraçou seu tio Valdo,
que a olhou do começo ao fim, com os olhos
arregados e disse te conheço muito bem...

Familia é familia e não tem preço.

Layla conta uma estória... ( Maria Melo) primeira parte


Na varanda o velho setubal ao seu lado a velha alvinha, sentados
conversando com os passarinhos.
Na mesa, também na varanda o filho Valdo
com um grosso livro aberto,
de autores americanos, daqueles bem estranhos,
lendo concentrado.

Valdo tinha ficado com os pais.
Era um ex policial. Quando exercia a profissão
de policial, acreditava-se no cinema...
nunca prestava atenção aos bandidos em  si,
mas sempre queria conversar com
as familias deles, ajudá-los
e nunca por mais que se esforçasse,
conseguiria ver ali um bandido nato,
tudo era fruto da sociedade,
do urbanismo, da falta de cultura, da cultura atravessado...
então já que a vida  dele não estava realmente no cinema
ele abandonou a  cena, simplesmente.
 Bom, voltamos, a  estória, a outra dezena de filhos dos velhos
tinha saído para formar familia.

Cinco da tarde. A velha hepta o velho octogenário
no entanto bastava qualquer movimento do vento,
para que ele e ela entrassem em embate.

O telefone toca, os 3 se olham. Valdo atende.
Os velhos ficam atentos e ouvem
Valdo dizer:  Mas tem que ser agora,
é tão urgente assim, que não possa  esperar até amanhã,
é meio longe, meu fusca não está bem...
do outro lado da linha um blablabla sem fim,
era o que os velhos ouviam..

Valdo desliga o telefone e diz aos pais
que vai  sair... e voltará bem tarde,
a velha questiona com os olhos... o velho também.
O que aconteceu... é grave...
Não, responde ele... Não é nada importante.
Vou até a chácara do Roma,
Roma é outro filho dos velhos, irmão de Valdo
que mora meio longe, volto hoje, ainda e
não se preocupem, tudo está bem.

Valdo pega o fusca e sai... os velhos
continuam conversando, conversam todos os dias
desde l950, o assunto é sempre algo
do cotidiano... os passarinhos, os netos, os vizinhos,
a tv, o mercado... os bandidos, o dinheiro, a saude.
Eu não sei todos os assuntos que eles falam.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O que seria do mundo sem o contador de estórias


O primeiro livro que vi  vi de bem longe,
nas mãos do padre ou da velha italiana Cecilia,
que era uma das poucas que sabia ler...
foi a Biblia.
Era uma caixinha preta ou quem sabe marron,
retangular que ela SEMPRE  mantinha perto do coração,
A velha Cecília  era muito generosa...
e muito respeitada
porque tal livro não era escrito em portugues,
Lia-se numa lingua impossível... mas ela traduzia.
Nunca o vi de perto. Nem o tive nas mãos.

O segundo livro que vi, nem mesmo era um
livro chamava-se cartilha seu nome era caminho suave,
era coletivo, poucos de nós tinhamos um.
Creio que o Prof Abilio, meu primeiro professor
que tinha o privilégio de dar aulas simultaneas
numa pequena escola  rural de uns 20 metros quadrados
para todas as séries e idades...deveria ter livros
escondidos em sua casa...
algumas vezes me recordo de tê-lo visto,
com um objeto  semelhante a um livro,
nas mãos,  eu não tinha ideia clara do que era
um livro e do que poderia estar nele.

Posteriormente vi outros livros, lá pelos l5 anos de
idade. Numa pequena biblioteca na cidade
em que fui morar... Creio que os li com os olhos,
tão encantada  fiquei quando os contemplei
pela primeira vez...  assim reunidos.

Li tudo que gostei da capa. Até livros de matemática básica,
me fascinava muito aqueles riscos chamados geometria,
e os desenhos e as frações e as divisões
a multiplicação que coisa fantástica.

Na maioria das vezes era tão compulsiva para ler
não me importava o nome do autor,
nem o título, nem a fama ou sabedoria contida. Simplesmente lia.
Era delicioso passar as tardes na biblioteca.
Meu fascinio pela biblioteca é o fascinio pela arte
e pelo trabalho do acervo, do cuidado
com o que eu chamo de memória da humanidade.
Assim pude continuar a ouvir
as estórias que os contadores de estórias nos contavam outrora.

Lá no mato onde nasci e vivi até meus 15 anos de idade,
as estórias não eram contadas com um livro, não eram lidas,
eram contadas por pessoas vivas,
que tinham não se sabe de onde, um acervo
assombrosos de estórias de todos os naipes
e suas  estórias adquiriam  um outro aspecto, o aspecto da  realidade imaginária,
quando o ouvinte consegue a proeza de misturar
suas vidas com as vidas dos personagens e
até por encanto ou magia os personagens
passam a coexistir em seus territórios existênciais
e integrar um pouco da personalidade e do
cotidiano dos ouvintes.

As estorias  eram contadas por pessoas,
que se tornavam especiais, porque as contavam para os adultos
e suas crianças, normalmente,
depois do trabalho no final do dia,
nas noites de lua cheia quando as pessoas
podiam sair de casa de noite, sem
encontrar no caminho nem cobras e nem fantasmas
pois tanto as cobras quantos os fantasmas aterrorizam as noites sem lua.
( não tinha cinema, filme, livros, tv, luz elétrica, chuveiro)
Tínhamos o  maravilhoso rádio que sempre
dava as notícias do mundo vizinho
mas devorava as pilhas o que  dele  fazia
um objeto de raridade.

Toda esta maravilha está nos livros.
A incorporação das mentes, do pensamento das pessoas,
O trabalho, a parte cómica, a parte triste,
as verdades, as mentiras. Os crimes e os castigos.
Os sonhos e realidades, quase que
numa só página...

Até hoje  gosto de livros. É uma grande proeza um livro em si mesmo.
É outra grande proeza  daquele que consegue colocar
seus pensamentos lindamente embalados,
numa caixinha mágica e enviá-los para outras pessoas,
inclusive para aquelas que habitam o futuro.

Por causa de tudo isto é que adoro a internet
e todos os seus geniais colaboradores
encontro nela o mundo real e imaginário
e o mundo inimaginário que  que ao longo da vida
se constrói em cada um de nós.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quem sou eu

Mais que qualquer especialista,
 eu, simples mortal, ora vivente
tenho o direito de opinar
ainda que seja só um ponto de vista!

Você

De noite eu sou a luz
que te procura para alumiar
te vejo com este meu brilho
te afago com o meu olhar...

e me orvalho toda
sem saber te encontrar.

A noite me conhece
e sabe o tanto que
te quero bem
a noite me envaidece
e me veste
como ninguém.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Filosofiando a eterna dúvida...

Será o Ser do bem ou do mal...
A natureza aplacentou o ser e sua dúvida eterna
depois aplacentou todos os sábios
para questioná-los e respondê-las.

A mãe que os pariu, mais ou menos 25 filhos...
12 homens e l3 mulheres.
Os viu crescer e crescer junto quase uma guerra.

Ouviu a voz das redondezas em unissona prece:
Educa estas pestes.
Nem entendia ela de educação
mas sabia que tinha que "salvar a espécie"

Assim a mãe decidiu criar um "segunda natureza"
Seja bonzinho moleque... "se não te arrebento
e te quebro"... a consciência aceitou
a decisão da mãe e multiplicou sua oração.

O homem aprende sua segunda lei existencial,
ser o menos possível daquilo  que
constitui sua primeira identidade individual
e coletiva porque se não o faz,
atrai para si dízimos eternos e eternas dívidas.

Então surgiu o dilema: Sofrer e sofrer
para se educar... tantas vezes uma vida só não basta,
o pobre é enterrado por suas maldades sem fundamente
 dentro da sociedade... Por que ser mau quando se pode
ser bom e até se lucra com isto...

A dúvida gerou a cultura!

Esqueçamos tudo isto:
O que neste momento importa é que o Ser existe!
então entra a filosofia da mulher:

resumida -  Peito bem cheio de leite
mesa bem cheia de pão,
braços para abraçar
e vida boa  em abundância
porque crianças
nunca hão de faltar
e as crianças cresçam feito árvores
e corram feito rios...
e a mãe apenas os ama assim como são.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Parecia tarde demais

Que todos os sonhos se desfazem tristemente
quando deles não se pode acordar...
Que um domingo chuvoso e frio,
e de vento e mente vazio.
não tem  flores no mar.

Que as ondas selvagens assustam
intimidam os solitários.
Que a pedra dura, tanto faz no mar
na mármore da pupila do seu olhar...
ou no rosario de mãos incertas,
não abriga nem pode consolar.

cinza tanto no céu, quanto no mar,
é igual, restos de poemas ao luar,
cinza:
ou lágrimas serenas em qualquer olhar.

Apostei na tristeza daquele dia,
e deixei o mar me carregar. Senti

que o mar tem outro dono,
que nem desejou compartilhar,
A câmera noutras mãos,
numa outra fresta de olhar...

Que a chuva é toda minha alma
derretida, escorrida a vagar,
Mas não esperava você por lá
num arco íris de sombras
tão imenso que me fez cativar.

sábado, 3 de julho de 2010

A vida de uma vivente

Viver é uma fábula. Me contaram antes mesmo do amanhecer. Eu sonhava com um piano ( que nunca tinha visto até meus vinte anos)
Queria ter a mão comprida e magra. Os dedos longos e ageis, como os dedos de Elaine!
Ouvia na radio alvorada de Londrina a sinfonia número 40 todos os dias,
até que acabasse a pilha... e então esperaria uma eternidade,
para usar outra vez o rádio.

E até hoje, eu e  o piano, com certeza, nos amamos muito.
Apenas nos olhamos, olhamos juntos.
mas sempre nos olhos.

Considerando a trajetória, dos passos e da estrada,
Sou muito grande felizarda!
Posso desfrutar de um requinte de emoções
que talvez faltou até mesmo para grandes artistas.

Os tempos modernos extremos e opostos dos tempos antigos
me permite estar perto, muito próximo
das pessoas e de tal maneira
interagir tão profunda e diversamente,
que nunca outro artista igual o fez
por mais famoso e amado que tenha sido ou que seja.

E este é  o momento de proximidade
que desejei conquistar, de todos os bens o mais valioso pra mim.
Bem  este que me vem de mãos em mãos,
por inimagináveis rotas, de tão distantes e sonhados mundos
oferecer-me sempre um pouco mais
daquilo que lhes pertence...a generosidade.
 




conversa das árvores


A árvore mais alta
e mais antiga da floresta
disse a outra tão velha
e tão antiga como esta:
Viu aquele pé de carne
que surgiu lá na  aurora
rodopia com o vento,
tem sementes pelo ventre,

e cabeleiras em filamentos...

Cabeças  brancas de cogmelo
em tons  negros e cinzentos...
com  dourado
pela força do pensamento...

sem raizes fixas e profundas
pela terra, erra com prazer atordoante,
abre crateras, alimenta feras,
e ri esfuziante!

Sim... vejo, pelos cipós
escalando copas,
pelas montanhas
escrevendo as notas,
esfomiadas de suas entranhas.

Pois é o filho homem destes desertos,
abençoado sonhador
das pedras e do carvão,
filho das  nuvens que acalenta
as mães tristes deste sertão.

Pois é filha de toda imensidão,
com sua cantiga de ninar
e seu pimpolho pela mão,
a abrir caminhos com sua foice
 cega e seus pés pelo chão.

Com o que será com sonha ele...
por este imensurável atoleiro!

Se as flores que ele cativa
as cultiva depois as destroi por inteiro.

Posso até perguntar,
quando seu vento bom por aqui passar,
e não pelar nem secar
meus troncos do mundo sustentar...

As velhas árvores se olham:
Nem tudo se pode pronunciar
quando alguém
descobre o direito de sonhar.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Lei das estrelas - Maria Melo


Eu brilho,
você brilha
ela brilha,
nos brilhamos
eles brilham
e todos nós juntos
formamos um céu bonito
na hora mais escura do dia
e o doamos.
Maria Melo (Paraná)

You are welcome



Good morning everyone who comes to visit me, today... Thank you and have a nice day.



Agradeço o carinho da sua visita... Visitam este blog Brasil, Estados Unidos, Israel, França, Portugal, Antilhas Holandesas, Alemanha, Georgia, Coreia do Sul, Canadá, Malásia...Moldavia, India, Rússia, China, Turquia, Luxenburgo, Reino Unido, Ucrânia, Hong Kong, Itália, Austrália, Arabia Saudita, Argelia, Jersey, Peru, México, Slovenia, Ucrania, Macau , Emirados Árabes unidos, Egito,Argentina, Líbia, Romenia, Holanda, Marrocos, Ruanda, Japão, Angola, Indonésia, Senegal, Suécia, Cabo Verde, Belgica, Ucrania, Letonia, Kwait, Iraque, Polonia, Irlanda Brunei,Macedônia, Vietnan, Venezuela e Siria Welcome and I am glad... back again!...
e convido você que ainda não o visitou a visita-lo também.