domingo, 29 de novembro de 2009

Triângulo sem ângulo





  Ele me ama.
Eu te amo
Tu a amas

 Ela talves tenha a solução matemática do problema.
Serei linha reta.


Mas tu és cruel e sincero.
Diz: não te quero,
Sou sincera e cruel,
Não me importo.
Ela quem sabe é feliz.


Aliás a única!


Então tu pegas aquela camisa que adoro.
E vestes para passear com teu amor,
quase imploro para tu tenhas uma desinteria.
E sorrindo com todo rigor
vais ser feliz longe de mim.
e pensas que choro,
sabes que não. Nem uma lágrima,
treinei meu coração
a não sustentar mágoa.


Penso no amor, qualquer amor
penso no controle,
qualquer controle e vou me embora,


Agora quero mais
mais que a posse, me treinei
a  fazer-te feliz mesmo que seja desta forma...
com outra, outras, em teus sonhos,
em tua realidade.

penso que mesmo assim
tu és ainda muito infeliz.

Os olhos de Richard Gere - e o triângulo sem ângulo

Noites quentes e iluminadas.
Música... e ele e uma especie de embriagues...
Derramava palavras, carinhos, olhares, sorrisos,
A cerveja esquentava no copo!

Somente uma pessoa muito boba
consegue ser feliz.
com uma outra pessoa qualquer
se ela for tão boba quanto ela.

Os olhos de  Richard Gere
Não  viam defeitos, nenhuma imperfeição,
não sentiam medo,
jogava toda sua riqueza na mesa,

Ela olhava e ria a noite toda,
estava tão rica naquela momento
que nunca mais nada lhe faltaria.

Os braços de Richard gere
sobre a mesa, suas mãos,
seus olhares, suas palavras,
seu dinheiro nobre,
que podia comprar,
mas preferia jogar e ganhar.

Ela  não queria nada
mas não resistia a fábula de ser amada.
Naquele momento
que ela mais precisava ela estava lá
não tinha negocio importante,
nem uma dúzia de namoradas
e se  tivesse jamais lhe contava,
jamais confessava.

Mas um dia ele ficou pobre e feio.
Já não se lembrava mais dela,
Tanto tempo já a perdera.
Não foi nem pobreza e nem feiura
que os separou...
Foi a luxuria!


Deu-se conta que estava na porta da casa dela.
Ela como tinha mudado...!
Tratando as pragas do jardim, não o reconheceu.
Felisbina... chamou ele!
Felizbina sou eu, pensou ela e olhou...
Mas aqui ninguém sabe meu nome... virá de onde este chamado:
Sou eu mesmo, disse o homem, mais perto ainda
não se lembra de mim... Sou aquele que por você
sempre e sempre  fui apaixonado!

cadê os olhos de Gere... pensou ela, devo ter me enganado.
Sou eu mesmo...
Está perdido perguntou ela...como pode estar aqui...
Ele tentou explicar... estou a trabalho,
mas antigamente vim aqui e já sabia de sua casa,
Então ele se derramou de amores novamente,
Jurou que nunca a esquecera,
que sonhava com ela... que rezava para ela ser feliz...

Era meio dia o sol no alto.
Ele perguntou cadê seu homem.
Se foi, ela respondeu. Ele disse: melhor... assim
Cadê a sua mulher.
Eu  me fui, disse ele. Estou indo... tentando ir.

Ele disse que estava com sede. Ela o convidou para entrar.
Na cozinha... alguma coisa para se comer...
um pouco de sobras
Ela o convidou para almoçar...
Almoçaram, deram milhares de gargalhadas,
20 anos passados nada mudou...
Os dois continuavam muito infelizes.

De tarde ele foi embora, não aconteceu nada
Ela o acompanhou até a rua.
Ele prometeu voltar, jurou-lhe eterno amor
O mesmo amor dos velhos tempos,
ela nem respondeu.

Ela dormiu sem sonhar. Jamais esperou aquela visita.
Não a esperaria novamente.
,,, Mas no dia seguinte,  antes dela pensar qualquer coisa
lá estava ele no portão chamando o nome dela.


Ela olhou de longe e pensou o que terá trazido naquela grande bolsa...

Você aqui de novo, está mesmo perdido... Não, não, estou a trabalho,
mas trouxe um pouco de minha arte na mala,
gostaria que você a examinasse.

Ela abriu o portão ele entrou... Estava mais alegre
e Perguntou o  que eles vão achar disto.... Isto o que...
de nossa amizade sincera, antiga e íntima.
Todo mundo tem amigos, falou ela e às vezes mais que amigo, até.

Lá dentro ele começou a tirar tudo da mala e
esparrar na mesa...
Ela impaciente disse.... é muita coisa...

Ele rapidamente disse... tá certo, eu deixo a mala ai,
você olha quando puder depois eu pego a mala
Depois quer dizer que ele vai voltar.
Mas nada lhe preocupou. A principio
aquela arte ela não queria nem ver.

Depois ele foi embora. Ela abriu a mala por curiosidade
Credo! Pensou ela. Ele tinha os olhos de Gere,
mas agora que mala! Que arte justamente aquela que detesto.
Fechou a mala encostrou num canto
e nem pensou nele o dia todo.

No dia seguinte ela apareceu na hora do almoço:
Ela abriu o portão ele entrou.
ela pensou que ele levaria a mala. Mas ele não levou.
explicou que estava a trabalho. Era não acreditou:

Ele disse: Venha comigo vou lhe mosstrar o que estou fazendo.
Ela topou... saiu com ele pela rua conversando e dando muitas
risadas, á toa... enquanto caminhava,
ouvia, bom dia... bom dia,  bom dia.
risos e olhares das pessoas que a conhecia.

Disse ele estou fazendo um estudo nesta região
para melhoria  das condições de vida por aqui...
Ah! Mostrou-lhe o trabalho e ela acreditou....

Voltou com ela para  casa... depois ele foi de novo embora,
disse que à tardinha voltaria buscar a mala das artes.
Ela não esperou ele tambem não apareceu.

O  dia  seguinte de manhã... quando acordou,
ouviu barulho de buzina de carro na frente de sua casa,
dois homens em cima de um caminhão jogavam para dentro do seu
portão muitas caixas e malas.

Ela estranhou mas não se atreveu a ir lá na frente,
O pastor negro latia feito doido.
Descarregavam aquela carga e falavam alto,
riam! O caminhão saiu! Mas ficou
aquela montanha de coisas  para dentro do  portão,

Depois de um tempo pensando
Ela decidiu ver o que era aquilo.
Realmente era uma mudança.
Traeiras... cumbuqueiras!
Ela tinha que pensar: Antes ele era Richard Gere...
mas agora... alem de tudo  é muito
abusado. Ela adorava Richard Gere,
mas este... era um estranho.

Não pensou... foi rapidamente até  sua casa,
pegou a outra mala lá deixada e trouxe,
juntou  com as demais.
Mas aquilo ainda não estava bom!

Abriu o portão e foi arrastando tudo
como se ela própria fosse um vento forte,
puxou e jogou tudo na rua.
fez uma montanha daqueles troços!
Na calçada, sentou-se proxima e ficou a esperar.

 Depois de um bom tempo, lendo um pequeno romance,
ela se acalmou...
Não saio daqui enquanto ela não aparecer...
Mas logo, logo vinha ele,
E seus olhos estavam pálidos,
suas faces tremiam,

O que isso... perguntou incrédulo para ela...
São seus troços... quem lhe disse para trazer isto para minha casa,

Eu achei, eu pensei que você gostasse de mim...
e quisesse ficar perto...
e porisso peguei minhas coisas e vim para cá...
Mas nós nunca nos entendemos bem
desde os primórdios de nossas existências,
eu já o esqueci, aliás eu não o conheço,

Lembra que você adorava ficaR COMigo...
você nem é você mais.
Ele disse eu sou um idiota...
Ela pensou que idiota sou eu!

Ela queria estrangulá-lo
Jogar tudo na rua foi muito pouco!
Ele saiu correndo e foi buscar alguém
para levar as coisas pediu
educadamente que ela esperasse maiis um pouco
e cuidasse da traia!

Ela esperou tranquilamente, lendo um pouco
mais de seu romance preferido.
Depois ele voltou com uma mulher e 4 crianças,
uma mulher muito braba com uma cara muito feia.
umas criançinhas muito magras e tristes.

Foram catando os troços e levando sem olhar para ela,
sairam deixaram duas meninas cuidando...
ela parou de ler e disse...

Quem é este  homem... As meninas disseram:
É nosso pai ele sempre quer ir embora de casa,
mamãe briga ele  foge ela o procura e o acha,
e o leva de volta...

Mamãe vai bater nele hoje.
Ela não gosta que ele foge. Ela diz ninguém gosta dele

só nós!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O primeiro domingo de seu Pablo e Dona Joanita - conto Parte II

Ela ainda ficou rondado o ap dele... livros, cds, pertences pessoais
 paraciam ter ressuciado.
até as cores, os objetos sobre a mesa, a roupa de  ginástica,
e a noção dos afazeres.

Por um tempo aquele momento lhe pareceu interminável.
e sentiu ali até o cheiro do perfume do seu falecido!
... mas como tudo viera parar bem ali, foi de avião,
e o avião realmente não tem asas, é
uma coisa do  chão, inventada no próprio chão.

Então  lá estava a armadilha, brilhantemente calada.
e um dedo e pronto!

Ela concordou com  a instalação da parede de isolamento.
escolheu os muitos espelhos
com olhos de diamantes e ametistas.
Era realmente coisa de grandes artistas.

Para ele a sensação de vitoria,
para ela a certeza de uma brilhante história.

Foi o chefe, só pode ser ele,
rebaixou-se tanto, para as escondidas surpreendê-la.
mas porem contudo, todavia o chefe
jamais queria vê-la. Mas queria que outros
a vissem que outros a surpreendesse!


Por ser assim, nascer assim, enlinhada na dor
e rir rir como se nada fosse,
mais que pedra, mais que espinho,
que um amargo dissabor.

O chefe quis conhecê-la não por amor,
porque era curioso, confabuloso,
por ela pagava um preço estrondoso.
se acaso preciso  fosse.

Então Joanita disse inesperadamente
O senhor me fasou que tem um grande jardim
cultivado por suas próprias mãos. Mostre-me.

O jardim não é aqui, disse ele distraidamente,
fica em Maryland... Seu Pablo mostre-me
suas mãos de jardineiro.
Ele abriu as mãos, mostrou-as
frente e verso, demoradamente.

Ela não lê mão, nem passado e nem futuro,
mas aquelas mãos tinham uma verdade bastante obscura.
Nunca jamais vira mãos iguais.
As linhas finas e bem marcadas,
todas muito bem desenhadas,
traçavam curvas e faziam montes e vales,
Provalmente uma região secreta
da mente de seu Pabro por ali se alojava.

Sentou-se na cadeira novamente, com
um copo com  agua,
para ficar mais perto do olhos dele
olhava a água para ver os olhos,
era mais fácil a água é mais tátil,

Ele queria que ela fosse logo embora,
quanto menos olhasse, menos veria.
quanto menos visse, mais facil
para espioná-la.

Ela teve sono apesar da música,
e foi embora,  não ouviu mais nada,
ele nem sabe o quanto correu,
ao redor da mesa, muda,


foram mesmo para algum lugar a história continua!

O primeiro domingo de seu Pablo e Dona Joanita - conto

Finalmente o domingo vem correndo
atropelou a semana, seu Pablo sabe muito mais do que conta
sua boa alma.
Escolheu calmamente as músicas mais horriveis
que Joanita detesta...

Não detesteva antigamente... mas depois que ele morreu
odiou tudo que era seu.

Seu Pablo escolhe roupa de ginastica, vai correr em volta da mesa,
ele nunca vai lá fora,   é seu segredo,
gosta do seu casulo, sem asas e sem penas.

Põe a música no  último volume,
vai mandar balas de canhão  pra visinha morena.
que trabalha muito mais que com as mãos,
com a cabeça, também com o espirito.

Espírito um pouco escondido,
mas até bem visivel se bem olhado for.

Joanita quer dormir. Precisar dormir. Busca um abrigo
no seu sono, sonho, seu nada.
E domingo, dia de ninguém para ela.
dia só dela. Que não gosta de partilhar.

Acorda no meu do tamborilhado daquela música daminha,
e sua alma berra, Não, eu não acredito nisto novamente.
Se veste, investe no espelho, indaga a mágoa
será tão cedo ou tão tarde
que tenho que acordar assim...e sair às pressas
contra estes tiros de  canhão que voam para mim...

Bateu na porta, não precisou esperar seu
Pablo, apesar do imenso barulho, estava pronto
para fazê-la entrar. Entrou e disse:
O senhor acabou de me acordar
no domingo a estas horas,
sou apenas uma fera mal dormida.

Esqueci de lhe dizer que música ruim assim, não me interessa
nem hoje e nem nunca.
Pode ouvi-las sozinho!

Ele sorrindo se desculpou
Perdoa-se senhora, acordo-me cedo demais
e faço ginastica só com este barulhão nos ouvidos.

Como faremos... perguntou ela...
É fácil disse... tenho a solução, podemos instalar uma parede
de isolamento acústico na divisão do nosso apartmento.

Temos os mais belos padrões...
Espera seu Pablo, não é para tanto... basta cooperar....
Estou cooperando... a senhora não gastará nada
do seu dinheiro, pode me pagar com o tempo,
que para mim, também vale tanto quando
as mais nótaveis retangulares notas sagradas.

Disse-lhe que vim a trabalho, divulgar e colocar no
mercado os isolantes acusticos para apartamentos,
bonitos, leves, modernos e para a senhora
com muito bom preço.

Fazemos sua parede e a senhora me concede mais tempo
depois do contrato. Nunca mais vai ouvir minhas músicas
ruins... nem precisar vir aqui de manhã. Terá
para sempre seu sossego preservado, comigo
ou com qualquer outro inquilino.


Ele trouxe uma pasta
pediu que ela sentasse e olhasse
mostrou-lhe caracois, olhos de animais,
pontos sincronizados, linhas  cruzadas,
arte moderno, arte futurista,
linhas de mãos, baús e bambus...
Ela  disse: todos são simplesmente fantástico.

Começava assim a espionagem

seu Pablo estava feliz de não precisar
exibir a pobre Joanita nua
O que diria... era um belo tronco
de árvore... abrigava bem
quem nela se abrigasse.
Mas não era musa nacional,
era mais para seu Sancho Pança
do que para Quixote de la mancha.


Declaração contundente Maria Melo

Entrego-me a eles,
sem nenhuma carta nas mangas e nem na mesa,
sem previsão de futuro bom,
sem sangue de realeza.

E feito um rio, rio  criança,
sem que entendam de mim qualquer esperança,
tenho a dádiva da alegria,
Dádiva que o amor oferece.

Olhos nos olhos,
coração no coração, atentamente,
transcrevo textos nunca revelados
que eles próprios desconhecem.

Minhas lindas pessoas
com seus tristes jardins de dores,
ícones cultivados e adorados,
como suas únicas própriedades de valor

Me perdoam o alarde
deste momento ûnico e irreal,
por mais que estique as mãos
que aumento no máximo o tamanho do abraço,
eu não consigo os alcançar

E ouço cada vez mais próximo,
o  grito  feroz  da descrença,
não é possivel que viva entre nós,
tamanha disparidade e inocência.

Quero que saiba que minha alma se prosta
a beira da estradas,
que joga toda água dos copos
feito chuva pelas calçadas,

para molhar teus pés
água benta e sagrada
de um choro que nunca teve fim...
porque nunca começou
por tua causa.

Minhas lindas pessoas
Vejam nas minhas mãos as estrelas brincam
São luzes que acolhem teus olhos,
mas não  sabem como tuas dores findam

Não falam como eu,  repetidamente,
torrencialmente, feito cachoeira no desfiladeiro...
porque palavras nada me custam.
e as jogos pelos ares, pelos mares,
pelos campos, como sementes
acusticas, finalizadas e derradeiras.


E mesmo assim... depois de  todo o máximo do exagero,
de todo zelo, cuidado e esmero,
vejo a descrença como teus piores inimigos.

E vejo que como estrelas de meu malabarismo,
tens versos mudos e precisos,
flutuando como luz nos teus abismos.

E nada sei negar
me entrego a eles porque tenho
a dádiva de amar.

E eles  tem sempre muito medo,
especialmente de amar,
qualquer tipo de amor,
lhes parece tão caro, que nunca poderão comprar,
que nunca poderão partilhar,
que nunca poderão dar,

mas misericordiosamente
eles tem o coração completamente a transbordar
e é naturalmente destas sobras e migalhas
que construo a minha arte,
e digo este pouco, infinitamente muito
colhi a tua volta,
é o que tu deixas a derramar e se perder,
por onde passas,
com tua tristeza nos braços, apenas.

domingo, 22 de novembro de 2009

Maria Melo e seu recorde... 470.000 mil pessoas...



viram o vídeo primeira musicalização do poema sábia bananeira
criado e musicado por Maria Melo e você já viu...
É certo que o tal poema é originalíssimo,
uma obra prima, e que Maria Melo espera concluir no próximo ano.
O que tem de especial na arte de Maria Melo
é a visão da arte como parte de todo o processo
de desenvolvimento do ser humano, indispensável
ao próximo passo da humanidade, como um todo,
no aprimoramento da justiça social
e das leis que regulam o usufruto dos bens planetário...

Maria Melo espera e caminha na direção
de sua sensibilidade artística na busca de novos poemas
que lembrem a responsabilidade de todos
na preservação das fontes alimentares naturais
como a água que é mãe de todas estas fontes,
e de toda generosidade ela não nega nada.

As autoridades representativas das nações


devem ampliar ainda mais as leis e o cuidado
com os bens naturais
confabular mais em benefício de todos
usar os recursos com responsabilidade e com amor
e partilhar ainda mais o bem estar
especialmente do povo trabalhador
que suporta com dignidade inimaginável
um pesado sofrimento físico e presente,
sem esperança de melhora até o momento.

O sacrifício de uma grande maioria
que vive à beira do abismo,
é também o sacrifício de todos, da natureza,
é também a causa de um possível
desiquibrio de forças naturais,
com consequência imprevisível.
porque homens são animais
filhos da terra... seu peso e medida interessa sim,
e a vida que neles existe tem o mesmo
principio divino que alenta
toda vida do planeta....

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Doutor Fedor Ivanovich - conto parte II


Fedor caminhava pela estrada do lago.
Pitricha era mais pitricha ainda, pela doença.
Enroscada no pescoço do marido
ela debruçava os olhos sobre os girassois
e silenciosamente se despedia da paisagem
que era o seu mundo.

Fedor sentou à beira do lado,
com ela nos braços,
molhou os pés, e rindo disse:
vamos entrar...
Ele estava calmo ela transparente e dolorida.

Entraram no lago, Pitricha nos braços dele.
Ele a soltou bem devagar na água,
já fizeram isto muitas outras vezes.
Ela não tinha medo.
Brincaram um pouco. A mente dele e dela
estava alucinada.

Poderia a morte ser uma brincadeira entre pessoas
que se amavam tanto...bom,
ele continua a ver a luz tremulante dos olhos dela.
e inesperadamente
decidiu afogá-la.

Enfiou a mão na cabeça dela
e a forçou para dentro da água.
Águas cristalinas e transparentes
ela não reagiu...
Fedor a via beber tanta água
como se fosse um peixe morto de sede...

Nestes longos segundos
o lago se revoltou e lançou sobre o pequeno
e débil corpo de Pitricha uma força sobre natural

Braços e pernas se agitaram velozmente
e as águas rodopiavam pelo ar
e ele lutava cada vez mais para afogá-la
e ela se debatia assustadoramente.

Depois da luta vã ele tomou Pitricha
de volta ao peito. Não tava morta. Mas quase.
Quase morri, disse ela... Eu sei querida,
falou ele. Você bebeu muita água...
Você se assustou... fique calma.
Estava só lavando os seus cabelos.
Tive dificuldade para salvá-la.

Ela estava cansada. Ele muito mais calado
que antes a tirou da água.
Ela se grudou no pescoço
como se ele fosse sua própria vida.

Fizeram o caminho de volta à casa.
Quando ela passou pelos girassóis
observou que eles haviam mudado de lado.
Olhavam para casa.
Um girassol à direita, outra à esquerda...
assistiam tudo, nada mais.

No próximo dia ela não chorou, não gritou.
Não queria compartilhar sua dor.
E fedor queria esquecer o lago.

A dor volta sempre, seus domínios são amplos
e ilimitados. Se ela voltou a sofrer ele voltou
a enlouquecer.

Fez tudo novamente, catou Pitricha nos braços
levou-a para o lago e tentou afogá-la.
Tudo igual não conseguiu, voltou com ela nos
braços para casa.
a mesma lâmina fria pelo rosto.

A natureza testemunha mas não interfere.
O lago confabula com a vida e cada vez se revolta mais.
Pitricha bebia sempre muita água,
parece que bebia o próprio lago.

Dentro deste irreal ritual ela foi fazendo
silêncio de sua dor
sua jaula era sagrada e tinha um patamar
muito elevado entre os Deuses e os seres humanos
ou quaisquer outros seres.

Ninguém precisa ser humilde ou arrogante para sofrer...
Isto não interessa nada para a dor. Seu império e pavoroso.

Fedor tinha pois uma sagrada anti missão:
Aliviar o sofrimento de sua amada,
presente tão valioso que a vida lhe dera
mas queria de volta.

Assim quando sua amada começou a chorar
ele saiu de perto. Foi para o campo.
Ela estava tão pequena que tantas vezes desaparecia
no meio dos panos sobre a cama.

Ele, Fedor sabia que no lago não conseguiria afogá-la,
buscar nos campos um potente veneno
capaz de aliviar o sofrimento dela era sua intenção.

Não encontrou nada para confiar tal missão
voltou para casa com os mais deliciosos frutos da estação.

Será cruel demais ajudar alguém que tanto se ama, a morrer...
Ele jamais pensou sobre isto,

Entrou no quarto e olhou o monte de panos,
confuso, não viu Pitricha.
Não estava na cama e nem no quarto:
onde estaria...

Disparou o coração de Fedor:
Ela foi para o lago morrer sozinha.
Ele correu para a estrada e viu os giras sóis
olhando para o lago...
Pitricha estaria lá.


sem surpresa ela realmente estava lá,
dentro da água.
Querido, não consegui, bebi mais um balde de água e
não lavei meus cabelos.

O sentimento dos dois era transparente, sempre
e muito mais naquela lago.
Ele entrou na água a pegou no colo, a levou para casa.

Comeram os frutos, trocaram carinhos, fizeram juras.
Ele perdoou sua pequena e cruel traição:
Querida, deixa eu ajudar você lavar os cabelos.
Sorriram, eram cúmplices...
a luz dos olhos dela pareceu mais brilhante e mais firme.

No dia seguinte, ela começar a andar
pela casa e se importar com a desordem
e com tudo que acontecia lá fora.

No outro dia pediu para ir ao logo
caminhando ao lado dele.
Se não conseguisse iria no colo
agarradinha ao seu pescoço.

Dentro do lago, havia sempre
muitos momentos de felicidades,
ela esquecia suas dores e ele também.

Ele repetiu o mesmo gesto:
enfiou a cabeça dela dentro da água.
Ela bebia água como peixe, morto de sede.

Fedor gritou um trovão:
Pitricha você está se curando e são as águas
do lago que estão lhe salvando...

Estas mesmas águas que você bebe
até se afogar...quase.
Assim imerso nas alegrias da vida
eles beberam muitas águas
por todos os poros do corpo e alma.

e repetidamente no lago
ela se fortalecia e se embelezava cada vez mais.

Tão mágico o momento
eles se fizeram mais lindos e fortes,
fizeram filhos e ambos venceram suas dores.

Ele não pensava ser médico. Não poderia pensar nisto.
O lago era seu santuário
Uma verdadeira e profunda igreja
construída num buraco de terra,
pelas mãos de um homem inocente e mulher
onde com certeza,morava Deus.
As forças naturais os ajudavam, é claro.

As dores, as inexplicáveis dores, crônicas e agudas
e tantas outras doenças se desenvolvem por falta
de água no organismo.

Esta seria a síntese de um médico menino
que fundamentou uma brilhante e caridosa carreira médica.
Um curador nato.
Sem um único truque de mágica.
Ele era o próprio mágico.

Reis e mendigos seriam capaz de implorar por
suas águas milagrosas.

Doutor Fedor mergulhava seus pacientes
em tinas, lagos, rios,
os amarravam se necessário fosse,
qualquer coisa que os fizessem beber água...

Os pacientes, na maioria absoluta das vezes
deixavam suas dores nas águas.

Ele não escondia nada:
Bebam água, muita água,
sirvam água, muita água.

Mas o lago dele ainda é sagrado até hoje.
Dizem que o lago é um laboratório
plantas e tudo mais até as pedras
que o circunda são curadores.
Os pássaros são feiticeiros.

Que ele Fedor nunca foi médico
nunca aprendeu com ninguém
mas ensinou médicos e pessoas
e se curarem também.

E dizem até que em cada lugar que
passou jogou umas gotinhas do tal
lago sagrado e assim ainda hoje
podemos ter seus conhecimentos ao alcance
da mão.

Homenagem de Fedor Ivanovich e Maria Melo às nossas águas....

Os segredos do doutor Fedor Ivanovich - conto

De que modo Doutor Fedor Ivanovich se tornou médico,
rico, poderoso... como sua fama rompeu fronteiras e sua obra
atendeu Reis e mendigos e seus conhecimentos jamais contestados...

Nasceu Fedor nas antigas e desertas terras russas
Provavelmente havia por lá um grande povo
um grande império, mas Fedor nasceu longe
tal qual os bichos, só tinha os velhos pais,
e mais e mais terras pra caminhar.

Filho único de pais únicos, Fedor
gostava mesmo era de passear nas costas do velho pai,
que nunca lhe sentiu o peso,
o garoto era uma dádiva.

Os pais, já velhos, fizeram silêncio da rudeza da vida.
e morreram, deixaram seu garoto sozinho,
naquela imensidão. Dias e noites voaram
e a vida confabulou um destino urgente para ele.

Mais a oeste havia outro casal de velhos
Eram os avós de Pietrina... uma menina neta
sobra de uma guerra distante.
Pietrina se espichou logo na vida,
seus avós muito velhos
compreenderam que não poderiam mais cuidar dela...

A morte os levaria em breve.
Eles sabiam de Fedor, conheciam seus pais
e antes que a morte os carregasse, pegaram as coisas de
Pietrina juntaram a estas coisas os olhos e os passos
da menina e saíram às pressas, pelo caminho mais a leste.

Pietrina, menina linda, não sabia o que perguntar aos avós.
Aquele era seu maior dia de sorte.
Viajaram a pé vários dias e noites
até finalmente avistarem as terras de Fedor,

Encontraram-no próximo à casa
Fedor... surpreso adorou aquela única e misteriosa visita...
Sim... me conhecem... os chamou para a varanda.

Não o conhecemos mas conhecíamos seus pais...
Morreram, disse o jovem... meio triste.

Ah... é uma pena... mas viemos aqui, entregar-lhe
nossa neta Pitricha como sua esposa.
E menina era bem nova, bem bonita.
e sabia que homens e mulheres
vivem juntos, como seus avós,
acreditava que eles já nasceram juntos,
apenas ela havia nascido só.

Fédor olhou para eles com imensa alegria.
Aceito, aceito, aceito, sua neta, aceito vocês
quero que fiquem aqui... com Pitricha.

E os avós de Pietrina ficaram.
Fedor precisava trabalhar muito mais sustentar tantas pessoas...
nas sua família estava perfeita novamente,

Pietrina e Fedor viveram dias de inesquecível pureza,
de felicidade muda, espalhada pelo ar,
seus avós morreram coroados de êxito,
deixaram para seus herdeiras
uma vida feliz.

Fedor e Pitricha queriam ter muitos filhos,
mas o tempo passava e eles continuavam sozinhos.
Pitricha ficou triste e adoeceu.

Ai que dor, dói tudo, o tempo todo.
e se encolhendo cada vez mais, a sua beleza
que desafiava os raios de sol na manhã de primavera.

E nestas manhãs de primavera Fedor
ouviu seu lindo e pequeno amor gritar de dor.
Alguém que passou pelas terras de Fedor,
lhe confidenciou que aquela dor era para sempre.

Fedor chorou, lágrimas são lágrimas,
as dele eram lâminas na alma...

A dor parece egoísta mas ele sabia
que morreria de dores tão horríveis quanto as dela...

Ele não poderia ser médico,
não tinha noção de como uma pessoa
se tornaria um médico.

Seu tempo era seu tormento.

Pitricha tinha agora a beleza da própria dor
e generosamente dava um patamar
muito elevado àquela jaula

Muito mais que trágica a alma
de Pitricha alí prostrada
alimentava com alegria os dias de Fedor,
Seus dias de amor
só existiam por causa dela.
Era mágica a vida deles,
era também muito cruel.

Naquela manhã de sol a luz dos olhos
de Pitricha hesitavam...
fedor. quero morrer, sussurrou ela,
muito distante mais ele ouviu.
Ouviu e calou-se.

Mesmo dentro da dor eles eram imensamente
felizes.

Saiu para o campo buscar frutos
para sua pequena e triste esposa.
Ele a tratava muito bem.
E se pudesse a levaria para passear
todos os dias...
mas ela nunca queria sair do quarto,
sentia muita dor.

Trouxe frutas, as melhores que encontrou,
comeram juntos, brincaram, sorriram.

De repente ela começou a chorar
Estava num ataque de muita dor.

Ele a pegou no colo, sem pedir,
ela não hesitou, mesmo com dor,
abraçou-se ao pescoço dele,
e seu coração bem pertinho
ia batendo... batendo.

Vamos no lago, querida, passear,
ver as flores, os pássaros, até as pedras,
elas também fazem parte da nossa vida.
Deixou suas lâmina rolar por suas faces.

O caminho que levava ao lago era lindo
feito por eles, as flores sempre delas,
as amarelas, dedicadas do sol,
a ele... a tudo.

O lago sua grande obra de arte,
Era raso e profundo. trágico e ou mágico
o lago era deles.

Os segredos de

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Seu Pablo e Dona Joanita... conto


Tudo está certo e preciso
Seu Pablo diz a Joanita que se mudará no sábado.
Joanita lhe diz que no sábado trabalhará, todo o dia.
Ele se sente ótimo e feliz. Ela contente.

Assim chega o sábado ele traz sua bagagem.
Malas e malas de coisas necessárias
para desempenhar bem seu trabalho.

E os livros do falecido...
Todos até com dedicatória... amarelados e bem conservados.
As músicas detestáveis... todas muito bem cuidadas.
As velhas e coloridas camisas, gravatas,
pertences pessoais do falecido
fazem parte da bagagem do agente da C.I...

Ele se sente meio canalha.
Vai se fingir de amigo, e se puder de qualquer outra
coisa para fazer seu exótico trabalho.

Guardou tudo cantarolando.
Ser um agente da inteligência é bom demais
se bem que nada tem
com o cinema... nem uma lupa funciona
com os poderes paranormais do movie...

Vejamos o computador está ótimo.
É claro que ele vai usar alguns truques
É normal que pense que pode...
quando olha no espelho fica até vermelho
de vergonha daqueles pensamentos:
Eu, hein quem disse... dirá
mas o cenário fica arrumadinho
não tem nem vento
de ventilador para desarruma-lo!

Joanita vai trabalha e pensa:
Que fatal armadilha colocaram no seu caminho.
Quem a teceu... cupido, sorte, o chefe,
o vizinho, a mente alheia do alheio.

Mas ela sabe que tem um enorme ponto escuro
em tudo que está muito claro.
E só ela sabe, só ela sabia,
ninguém mais... então onde está a trama,
onde está o cenário...onde estão os outros personagens...

Seus pensamentos mergulham
em esferas proibidas... vão para dentro de outras
cabeças o que para ela é fácil
anda sempre com as cabeças alheias
aos alcance da mão.

E na verdade, aquela misteriosa armadilha
é o grande segredo
como se chegou a tal não importa,
ela não vê a hora de mergulhar
naquilo que chamou já de inicio, de impossível.

Armadilha para o amor.

Não é preciso esperar o domingo,
ele vem correndo,
enforcou a semana inteira,
os pensamentos, para ser o domingo de Joanita e seu Pablo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A vigiada parte III - seguindo os passos .... conto - maria melo


Seu Pablo ficou sentado lá na cadeira,
olhando cabelos e ouvindo história,
reparando nas expressões faciais daqueles misteriosos personagens,

Nem se cansou... depois que Joanita fez Einstein,
veio a mona lisa... pediu tinta fresta empastada
nos seus cabelos, pintou os olhos, envelheceu as
faces tudo por causa de seu grande amor LEONARDO.

Saiu do salão outra pintura, outro século,
outro milênio... coisas do passado.

John Lennon e Yoko
na perfeição de um par de cabeleira invejável,
combinava com o nariz,
as faces, o corpo longo e magro
e as idéias de paz
que contagiou o mundo.

Os cabelos de John se harmonizavam com
as notas musicais de sua alma,
com seu olhar de quem tudo pode,
semear e colher...
Saiu assim o casal, totalmente Lennon
para desfilar na passarela
da rua, onde os sapatos são velhos
as roupas surradas
e os problemas são muitos.


Seu Pablo esperava...
Michael Jackson sentou-se
seu emaranhado labirinto cabelar
era absolutamente fiel às suas ideias,
sua dança, sua música e o brilho inefável
de seus olhos.

O cabelo caminhava com ele, fosse
como o mais fiél dos seguidores,
de menino, ou fosse o cabelo e o bigode
de seus sonhos, Charles Caplin
e seus passos mágicos jamais
perderam um só fio de seu cabelo.

Jackson tinha cabelos e mente
visíveis aos mundo.

A Joanita deu Jackson ao seu cliente,
vá levá-lo para passear,
com amor, por toda gente,
gente diferente, mundana,
e sofrida... leve-o para
ganhar simplesmente abraços de olhares
que jamais o esquecerão.

Seu Pablo começou a entender aquela história:
Joanita era vitoriosa
e sua vitória e uma glória
uma nova gloria conquistada.

chegou a vez dele: O senhor.
Qual personagem escolheu...
aqui temos ainda James Jean... O maravilhoso Elvis...
Ah que cabelos mais fiéis, segredou ela,
O shake, shake do coração
debaixo de suas costelas..
as suas faces tremulas,
seus olhos de lamparina amarela
sob a neblina,
Elvis tinha um maravilhosa cabeleira,
completamente servil a toda beleza
que vinha nela,
nem um fio desafinava
das batidas do seu coração...

Quer Elvis... Não, disse ele,
é lindo mais prefiro um corte americano
discreto...

Ah, entendi... que tal Brad Pitt...
não tem um cabelâo mas que maravilha de padrão,
todos os americanos podem te-lo ao alcance da mão.

Taí gostei! Um Brad Pitt...
Era muito muito fácil... Joanita
foi cortando, cortando, puxando
e quando ele olhou estava muito brad... Gostei
ainda mais.

Ela na verdade tinha derramado seus dois olhos
em cima dele, mais que as mãos no cabelo,
Joanita já estava era mexendo, também no coração.

Vai ficar muito tempo no hotel...
Sim ou não depende, estou procurando
um pequeno apartamento para morar uns tempo
acaso não conhece algum...

Que sorte, pensou ela, conheço... sim. O meu.
Justamente neste momento estou alugando
um pequeno apartamento. Perto daqui,
nem lugar tranquilo e bem barato...

Quer vê-lo...Sim... seria um imensa sorte,
disse seu Pablo, se você o alugasse para mim.

Vamos... é pertinho e tá na hora da minha folga.

Um silêncio de satisfação circundou os dois,
que calados iam pela rua.
Não se conhecia... mas sabia que se conheceriam
melhor.

No prédio simples seu Pablo teve certeza que seria feliz.
Ela também gostou do novo inquilino.
Ele não questionou nada. Estava ótimo
Ela também não... falou o preço do aluguel

pronta para dar desconto.

Felicidade assim à flor da pele, fazendo
cócegas, convidando... não bate à porta
todo dia... Ela queria um chance para o destino,
e a daria sem temor, por que arriscar
e o verdadeiro pacto de quem está vivo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A vigiada parte II - conto - Primeiro contato!

Seu Pablo não pensou muito. Aceitou.
Ser agente da Inteligência era o máximo.
Nem precisava dinheiro.
Seria capaz de qualquer treinamento.
E capaz de obter qualquer resultado
esperado ou inesperado.

Afinal todos os artistas de Hollywood
trabalham na C.I.
e mais ainda, os melhores que ele conheceu
são Jolie e Pitt e que se cuidem com ele!

Juntou tudo se despediu dos filhos
e conforme o combinado pegou seu avião
e foi para a cidade do México.

No hotel queria descansar um pouco
o seu pensamento
que estava fervendo, borbulhando e evaporando
torrencialmente,
de cabeça para baixo.

Mas isto não aconteceu os dois homens da C.I.
apareceram subitamente,
Um dia de treinamento será o bastante,
meio dia, algumas horas ou minutos,
para uma inteligência rara
aprender tudo que precisa.


Vamos lá:
Nome: Joanita Gonçales
nacionalidade mexicana
estado civil solteira
idade aproximadamente 50
instrução escolar média
QI, também.
estado financeiro precário
profissão Cabelereira
Sonhos... quem vai saber...
Endereço sua agenda.

Quem é Joanita...
E por que devo vigiá-la
Joanita é uma mulher e deve vigia-la por isso.

Quem quer o couro dela, ou algo mais
Querem sequestra-la... querem rouba-la...
querem o que com ela.
É politica, religião, arte, negócios, ex, sócios,
intrigantes ou o que posso vir a encontrar....

Nada, nada querem. Joanita está ótima
sua existência não incomodou, não incomoda
nunca incomodará ninguém
todos a suportam é quase um bem.
Talves divertida, invertida, um pouco
pervertida, prevenida...

O hotel de seu Pablo próximo ao salão
de Joanita ele sabia que tinha
que cortar sua vasta cabeleira mexicana.

Nos estados Unidos seus cabelos eram mexicanos
no México seus cabelos eram americanos.

Assim uma hora depois ele chegou no salão de Joanita,
sempre cheio... quanto mais tempo esperar, melhor,
pode se ouvir de tudo num bom salão,
das mais secretas conferências mundiais
até os rumores dos bailões.

Joanita olhava rápido para seus clientes,
era simpática e diferente.
Sente-se senhor e sinta-se a vontade,
temos revistas, chá, café.... e até umas balinhas.

Ele sentou-se pegou as revistas
dos cabelos, na verdade eram revistas cientificas...
que mostravam os muitos gênios
que atravessaram por estas estradas
da vida e deixaram suas histórias
mais que histórias, suas aparências e suas vastas cabeleiras,
sempre muito atrevidas e muito apreciadas.
Algumas severamente combatidas,
outras cultuadas suntuosamente
mas nunca passaram despercebidas.
Era justamente o que Joanita explorava em seu salão:

Hoje, quero Einstein
O cliente na cadeira e sua mente vaidosa,
queria ser Einstein, Joanita não discutia
levantava as mãos e as mergulhava nos
cabelos do cliente vaidoso...
e olhava nos olhos dele procurando Einstein...

Mexia, mexia, mexia, seus cremes,
alisatórios,enrugatórios, espichatórios,
enrigecedores, amolecedores,
entravam em eclipse total
e neste eclipse total, surgiria Einstein...
Depois de um bom tempo sem olhar
no espelho e ouvindo uma enorme
história sobre Einstein o cliente vaidoso
contemplava a própria face,
Lá estava ele: Einstein.
Um Estranho no ninho... mas
Einstein ficava feliz e imensamente
grato por tamanha homenagem.

sábado, 7 de novembro de 2009

Minha Gaivota - Maria Melo

Dedicado a todas as espécies de almas gêmeas e a todos que acreditam na felicidade do amor a dois... na primeira, segunda, terceira... enésima tentativa de encontrar a felicidade prometida...

You are welcome



Good morning everyone who comes to visit me, today... Thank you and have a nice day.



Agradeço o carinho da sua visita... Visitam este blog Brasil, Estados Unidos, Israel, França, Portugal, Antilhas Holandesas, Alemanha, Georgia, Coreia do Sul, Canadá, Malásia...Moldavia, India, Rússia, China, Turquia, Luxenburgo, Reino Unido, Ucrânia, Hong Kong, Itália, Austrália, Arabia Saudita, Argelia, Jersey, Peru, México, Slovenia, Ucrania, Macau , Emirados Árabes unidos, Egito,Argentina, Líbia, Romenia, Holanda, Marrocos, Ruanda, Japão, Angola, Indonésia, Senegal, Suécia, Cabo Verde, Belgica, Ucrania, Letonia, Kwait, Iraque, Polonia, Irlanda Brunei,Macedônia, Vietnan, Venezuela e Siria Welcome and I am glad... back again!...
e convido você que ainda não o visitou a visita-lo também.