segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O engano III - roteiro para cinema um filme de amor

Revolta absoluta:
A camisa que lhe dei de presente,
usando numa festa, com a esposa?

Quando eles se encontraram no corredor
ela gentilmente lhe derramou o vinho
sobre a camisa branca...

A outra não viu... melhor... viu depois,
explicou ele ser um acidente,
bateu-se contra o garçon!
Ela acreditou!

Mas aquilo não devia ficar assim...
Teria ele duas casas,
ou melhor, moraria naquele apartamento
enquanto ela talves vivesse numa
outra casa?

Todas as suposições eram ridículas,
vergonhosas... ela nunca publicou
sua vida amorosa no jornal mais
também nunca escondeu nada,
De onde teria aparecido, aquela esposa?

Não dormiu o pouco da noite que restava,
pensou friamente
com o coração estardaçado
Vou lá... quero ver se ele não vai me receber.
Quero saber tudo.. vou perguntar para ela!
vou contar!

E foi, meteu a chave na porta e entrou...
Não levou mais placa,
mas todas as placas estavam no lugar
de sempre!
Escutou uma voz perengue, Quem está aí?
É você "Fulaninha"
Não respondeu e entrou no quarto,
lá estava ele enrolado no cobertor
queimando de febre, ela nem olhou para
ela foi direto no banheiro,
procurava a camisa cheia de vinho
virou toda a roupa suja no chão,
nada encontrou.

Querida, que bom que está aqui,
estou doente... com febre, tristinho...

Cadê a camisa que lhe dei de presente?
Seu cachorro? Ele nem lembrava da camisa,
qual meu bem... são tantas, que você me deu,
qual você quer? Aquela última, onde está?

Está aí... procure.. mas para que?
Eu não vou sair, estou doente,
Ela jogou tudo pelo chão,
finalmente achou a camisa,
branquinha feito neve, passadinha sem ruga nenhuma!

Queria te ligar... disse ele, mas fiquei
sem graça de não poder ir à festa.
Lá da lavandaria veio uma senhora:
Ele falou: minha prima!
Vai ficar uns dias aqui, em casa!
Que sorte, disse ela.

Ter uma prima assim...
Pois é meu primo prometeu que me levaria
à festa ontem e não não fomos,
mas fomos ao hospital.

Os remédios, a prima, a camisa,
as placas, nada de diferente,
os olhos dele ai parados
contemplavam ela
e tentavam entender de onde vinha
aquela fúria congelada.

"O nome não era dele, Ele não era ele,
a esposa não era dele, a camisa
não era o presente dela,
Tudo estava no mesmo lugar,
Então sem dizer nada
ela pegou todas as placas e
mostrou todas para ele,
Leio todas em voz alta,
uma por uma, lia as datas,
a única diferença entre uma placa
e outra placa,
no mais tudo permanece igual.

a mesma rotina, a sagrada rotina,
de um amor que não era especial,
que era um tanto quanto
vulgar, desesperançado,
e até desinteressante

mas ainda estava ali,
ao alcance das mãos,
dentro do coração.

"Fulano eu te Amo"

O engano II - Roteiro para cinema um filme de amor

Podia olhar o jardim, ouvir os pássaros
no alto das árvores, ver pessoas,
podia fazer o que quisesse,
só não poderia escapar do coração dela.


No sábado tem festa,
ela se alegrou, foi no salão
comprou uma nova veste, se arrumou.
Feito criança se espionou no espelho,
procurou bons sinais em seu rosto,
em seus olhos, em toda parte do seu corpo,
qualquer coisa luminosa,
que parecesse nova, esplendorosa!
Não achou e não se importou!
Voltou-se então para a velha placa:
"Fulano eu te amo"!

Ligou para ele. Não estava, ligou de novo,
não chegou. Passou o dia, a noite,
ele não atendeu.

"Meu Deus, será que ele me esqueceu?"
"Por favor o deixe se esquecer de mim"

Parece que pode haver outra, pensou consigo
em pànico! Onde poderei encontrar outro igual?
Nunca mais! chorou, rezou, queria ir lá e foi.

Ele não estava em casa! Esperou, ele não voltou!

O porteiro disse: "Seu fulano saiu com uma moça"
não disse quando voltaria.
sorriu malicioso.
Talves tivesse aparecido uma enorme mancha
vermelha na cara dela
destas flagrantes , berrantes , contundentes!

Ah, agradeço, saiu, caindo dos saltos,
arrastando a pesada saia nova,
querendo rasgar a blusa, despentear os cabelos,
sentar um banco e chorar.
Um choro frio, quase pedrinhas de gelo...
mesmo frio ainda eram lágrimas e sinceras.

Deu umas poucas voltas pela praça,
os passarinhos cantavam alegremente, indiferentes,
do mesmo jeito que sempre cantaram,
as flores perfumadas
se exibiam às pencas, aos cachos.
Quem realmente se importaria com sua tristeza,
de perder aquele amor tão esquisito,
que tanto tempo faz que estava perdido?


Vou à festa. Todos os amigos lá estarão,
quase todos, é claro, com certeza,
ele também irá, e talves leve sua nova amiga,
aquela amiga que talves esteja dormindo com ele,
sonhando com ele, sei lá o que com ele!
Talves vá sozinho. Talves não va!
Talves foi viajar... Talves esteja com dor de dente,
vômitos, falta de dinheiro,
gastrite! Talves e talves!

Foi... de fato todos estavam lá, alegres
acompanhados ou não! ali, todos sorriam...!

Ela tentou enxergá-lo no salão, varreu tudo
com seus olhos velozes, todos os casais, os não casais,
os amigos, os grupos, as mesas, as rodas, os artistas,
os estranhos, os funcionarios, enfim,

Que surpresa, num cantinho discreto
lá encostado na parede, última mesa,
ruidosa do som, escura e isolada, estava
ele, sentado, do lado de uma dona!

Ela flutuou no chão, balançou mas não caiu!
e um pequeno corredor no meio da escuridão
se iluminou e ela viu dois lugares
na mesa que ficavam de costas para eles.

Não hesitou foi se enfiando para os fundos,
arrastou a cadeira e sentou-se de costas
para eles. Mas seus olhos viam
a mãozinha dele pelo ombro dela,
a boquinha dele murmurando no ouvido dela,
apurava os ouvidos mas não entendia.
Imaginava... tudo que aquela miserável
desavergonhado estava sussurrando no ouvido daquela outra.

Ainda de costas para eles ela percebeu que
ele se levantou e foi para o bar
buscar uma bebidinha!

Levantous-se depois e foi atrás...
Tudo muito rápido ele já estava voltando.
Se encontraram no meio da multidão de pessoas,
quase todos conhecidos e amigos.

Ele muito alto ela muito baixa.
Se abraçaram ele beijou o rosto dela,
"como está minha querida".
Sem vê-lo: "Um pouco destroçada"
Ele se afastou rápido, a tal dona olhava.
Ela disfarçou e voltou.

Sentou-se no mesmo lugar,
pediu um suco e olhou lá longe,
viu uma pequena luz brilhando nos olhos,
de um seu ex amor... Sorriu,
não sabe como e ele veio.

Sentou-se ao lado dela,
todo tagarela, contando dos velhos tempos,
lembranças de ambos,
que não era mais dela.

Se confundiu: Quando, como onde?
Foi? Ele falava alto, quase todo mundo
ouvia... Lembra da praia, do mar, do sol,
de nós, ria gargalhava... parece que se vingava
por ela. Surpresa... É? é verdade,
sim foi muito bom estar com você!

Desviou o assunto para a importância da arte nos nossos dias...
Por que em PARIS É ASSIM!
Porque nos States, isso lá, isso acola!
Falava ele muito alegremente.

Finalmente ele sugeriu:
Que tal mostrar sua arte? Ah!!!!!!!!!
Deixa isto para lá...

Não, eu conheço uma pessoa muito especial
inclusive ela está aqui, disse ele.

Bem aí, atrás de você...
"Fulano... você pode explicar um negócio
aqui para minha amiga...

Ele estava conversando animadamente com a outra
Já já, disse.

"Fulano? Que nome é este? Fulano de onde?
É o nome dele, porque?
Você não o conhece?
Eu lhe apresento. É a mulher dele a pessoa especial
de quem estou lhe falando.

"Ele é casado? Desde de quando?
Desde sempre! Olha lá esposa dele,
senhora culta e elegante, muito bem situada dentro da sociedade.

Por que, você está interessada nele?

Não, respondeu ela, nem o conheço,

Mas se alguém pudesse ver a cara
ou o coração dela ficaria assombrado!

Que absurdo! Casado, outro nome? Que cara
de pau! Avermelhava, arroxeava, amarelava,
o estômago embrulhava, quase vomitava,
esquentava, fervia, esfriava,
borbulhava, engasgava, esquecia
tudo que sabia, que pensava, que filosofava.

Seu ex não reparou nada...

Quando ele terminou a conversa com a outra
ou seja a "esposa" perguntou meio de lado,
o que você saber?

Quero saber sobre uma exposição, assim assado,
disso daquilo... disse ele.
ela não olhou para ele, uma só vez.
quando perguntada sobre algo
respondeu nunca saberá o que!

Não sabe de fato o que conversaram
os três por pouco tempo,
parecia uma eternidade.
Aliviou-se quando ele arrastou e arrumou
a cadeira, ficando novamente de costas
para ela!
Mas naquele resto de noite
nenhum frase ou oração
saiu perfeita ou correta.

Seu amigo, seu ex disse
Você bebeu demais, parece que bebeu veneno!
Tá quase morta não sei de quê!

Os dois sairam mais cedo,
depois que eles sairam
a festa não acabou, mas morreu tudo!
a música, as luzes, as vozes,
o brilhos dos olhares,
os sonhos. E uma parte dela estava, sem dúvida muito morta,
morta de ciumes, de loucura,
quem nem ela conhecia.

O engano roteiro para cinema um filme de amor

O amor estava morno,
caminhava para o frio. Ia para o gelo.
Ela ignorava a cara dele.
Cara feia, indiferente,
Que pensamentos ele pensava sobre "Eles"
Todos os dias ela chegava, (quando vinha vê-lo)
com uma pequena placa escrito:
"Fulano (escrevia o nome dele todo em máuscula) Eu te amo"
Pendurava a placa lá sala... havia outras por la,
pelos quartos, banheiro, cozinha, lavanderia,
corredores, armários, estantes... em fim muitas plancas,
com as mesmas letras, os mesmos dizeres.
Nada mudava para deixar bem claro
a perenidade do seu amor.

E quando se encontravam em algum lugar
ela dizia a mesma coisa muitas vezes:
"Fulano eu te amo"
Ele ouvia tudo com infinita paciência.
Será esta minha amada meio louca?

Nos lugares impróprios, na igreja,
na hora das brigas,
podia-se dizer que afirmava aquilo
num gravador dentro da blusa...
Ela jurava que estava no coração.

Ele nem gostava dela
não gostava de ninguém, também não desgostava.
Mas estava preso aquela repetição.
Por que adorava dizer "Fulano eu te amo"
Era a oração mais perfeita do mundo,
mesmo que não houvesse santo e nem milagre,
o efeito da oração curava sua dor,
na hora, ali mesmo, tudo nela se acalmava.

E com um sorriso amarelo ria da cara dele!
"Esta criatura me intriga", concluia ele em silêncio!

Ela aparecia só de vez em quando. Talves fosse
com a lua ou vinha com ela, nunca
reparou nos efeitos das marés
e aparições dela.

Mas o amor estava agonizando, ele já não aguentava mais.
Ela sumia ou ele sumia. O desencontro era sempre
insuportável!

Naquela dia a cara dele estava péssima
Os dois juntinhos na internet
procurando links interessantes.
Olhares frios e distantes,
coração angustiado, errante
lado a lado, calados!

"Vou embora", levantou-se e foi para a porta,
ele não contestou
mas ela viu uma nuvem nos olhos dele.
Num momento, parece que a terra rodando,
os colocava frente a frente,
outro momento um abismo sob os pés
e cada qual tinha seu norte.

Ela foi, ficou toda a semana sem dar uma só notícia.
Ele também. Esqueceu-se dela
que importa alguém que vai-se embora
e fecha a porta? Que vai e nos deixa
aprisionado dentro
pra ser sincero ele estava preso
dentro do coração dela. Ele sabia.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Opinião... roteiro para cinema - um filme de amor


É inicio de milênio.
Só há uma fresta pela qual se pode ver
qualquer coisa sobre os próximos passos da humanidade
como uma aldeia única e indivisível.

É preciso ser um gênio para saber
que o futuro da humanidade pode ser inesperado?
Pode ser grandioso. Inimaginado?
Surpreendente!

É preciso ser um gênio para prever
que este mesmo futuro
NÃO SERÁ ESTAGNADO...?

e os passos hoje dados são duvidosos
em qualquer área do conhecimento?

É preciso ser um gênio para não perceber o fracasso?
E o que é necessário para
uma nova aventura do homem sobre a terra?

Tem alguém no mundo que possa desejar
que as condições de vida ( as humanas possam melhorar?)

E o ser humano tem algum crédito para escolher uma melhora para si mesmo
e para seu próximo?

E o trabalho humano (sacrifício de várias gerações)
junto à natureza pode de repente produzir um fruto
capaz de saciar a fome existencial de todos?
Pode nos dar a terra prometida
A alquimia dos sonhos?
É o que estamos próximos a ver.

Na sua opinião, não importa quem seja você,
e sua função no mundo ou disfunção,
qual é o próximo evento que marcará de vez
a chegada do homem ao futuro?

E o que nos trará este futuro?

Qual é a grande e desesperada corrida
de homens, sábios, religiosos, cientistas, governos
que nos dará a visão que finalmente
estamos próximos de compreender
uma verdade simples sem
a qual não haverá nenhum futuro!

Portanto cabe a você, qualquer você,
responder:
Qual é este evento que marca definitivamente
a chegada do homem ao futuro? ( Maria Melo, Brasil, Paraná)

domingo, 20 de setembro de 2009

"Ti guardo" - Maria Melo - Paraná

"Ti guardo" - letra e musica - roteiro para cinema um filme de amor - Maria Melo - Brasil

O leitor tem sempre razão,
ainda que seja só um, que seja severamente crítico.
Insanamente sincero, quando ele reclama:
está aí uma boa oportunidade para conquistá-lo.

A autora não é bem organizada.
Decidiu ir mostrando toda a "papelada"
as páginas de um livro soltas no ar ou
misturadas sobre uma mesa
e quem sabe ao certo onde estão os personagens...
São daqui? São dali?
De qual história ou estória fazem parte?

O leitor indignado disse que a música é triste demais
"Ti guardo" é claro e até aconselhou a autora
a se arrumar melhor para ser mais feliz.

"Pense nas coisas alegres da vida" disse ele, certamente.

Meu caríssimo leitor pensa a autora
às vezes tenho que contar histórias tristes,
mas veja bem que tento, sempre que posso, amenizá-las.

A música é de fato muito triste. Por que?
Não sei dizer. Acontece que esta música foi a quase princesa
que mandou para seu príncipe desfeito.

Lá nas alturas, nos autos divinos "Deus, uma indefinição" determinou
a separação das almas gêmeas.
Todos se lembram do fim do romance.
O fim mais inusitado e idiota que qualquer grande amor pode ter.
Acabar. Acabar por desconfiança, por medo,
Afinal aquela parte que a gente ama tanto
tem tanto segredo
que parece impossível de ser realmente amada.

As pobres almas gêmeas jamais entenderão a armadilha da vida.
Porque vieram iludidas... viver um grande e eterno e perfeito
e delicioso amor,
sem estraçalhar o doido do coração no peito...

Deus sem piedade ri! Ah, falou em amor...
Coisa boa que o mundo inteiro precisa!
E as almas gêmeas se amam muito eternamente.
Não repartem o amor, Se amam. Amam-se!
E tudo isto fica guardado pra sempre no coração delas.
Das alma gêmeas.

Mas a natureza faz armadilhas.
Oras como um amor pode realmente ser grandioso?
Se for vivido assim só dentro do coração,
entre quatros paredes? E os outros?

Os outros não interessa o importante é ser feliz.
Mas o amor é uma reza partindo disso tudo e todos
interessa para ele e
na verdade o amor não é nem da autora e nem dos personagens,
É um atributo da existência.

Sendo assim a autora nem tenta controlar os sentimentos
de seus personagens, alguns amam, outras odeiam
outros são ateus, outros fanáticos.

Mas suas metades foram separadas,
e esta tal dor carregam sobre os ombros,
não importa quão altas sejam suas gargalhadas.

E elas as almas gêmeas tem que amar sempre, sempre
a criatura errada e viver esperando
para merecer um dia o amor sonhado.
Coisa bíblica, quem sabe ultrapassada,
no entando cada coração
parece nunca descansar...
por mais que amem, sejam amadas, as almas gêmas
tem um vínculo insuportavelmente desconhecido
entre elas e seus sonhos.
E tais sonhos revelam aos poucos
uma verdade amarga: "Você errou de amor outra vez!"

Recomeçam sempre totalmente cativados
vêem nos olhos dos amantes
aquela parte de si mesma decepada.
choram e descabelam-se, pedem a Deus
para que o seu amor jamais se vá...

A amor como um vento
sopra no ouvido suavemente um Adeus
e sai perfumando tudo por onde passa.

Não volta jamais. Outros igualmente
vem outros igualmente vão.
E o amor sonhado sempre parte junto com eles.

Por causa desta agonia da separação
das almas gêmeas no começo do romance
é que nasceu a música triste " ti guardo"

Assim a pobre quase princesa carregará
consigo em seus devaneios amorosos
um sabor meio amargo que lhe dará noticias
de um amor, um estranho amor,
habitante eterno do silêncio do seu coração.

Que dirá ela aos seus outros amores,
não partidários de sua alma?
"Eu te amo" com absoluta convicção
afirmará todos os dias de sua vida,
não importa quantos vezes vai errar!

E eles? Acreditarão, porque no fundo
do coração também ouvirão a mesma canção,
que toca no silêncio, mas toca.

Quando a quase princesa pensar no seu amor
perfeito o vento vai assobiar,
aquela canção no peito,
a canção do amor desfeito.
a canção do amor imperfeito.


continua lendo....continuo escrevendo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Este vídeo é parte integrante do conto "Os tocadores de tambor" Maria melo - Brasil.
O arco íris filmado às 18 horas do dia 9/9/09.

Os tocadores de tambor e a crença na eternidade parte II ...


Havia lá no templo um Show! Os tambores tocavam!

Como era o templo dos tocadores de tambor?
Era uma velha árvore, mais antiga do que o primeiro morador da aldeia.
Era imensa, espalhada e bonita,
forte e florida. Graça sem igual, uma verdadeira obra de arte natural,
muitos pássaros e bichos e todo tipo de vida ali se abrigava e se encantava.

O primeiro morador a chamou de templo
e toda história que se passou na aldeia, desde então
aquela velha árvore conhece
todas as gerações daquela aldeia estão ali representadas.

Mas agora os tambores estão tocando.
A velha árvore é a mesma e permanece indiferente,
assim como seus pássaros e insetos
e todos os seus admiradores "mais selvagens"
Os homens no entanto estão muito mais contentes.

Esperaram por este dia, desde o primeiro dia de antigamente.

Além das flores, frutos, folhas, a velha árvore
contém um outro tipo de objeto: OS TAMBORES!

Tambores de todo tamanho. Leves e bonitos
pendurados na árvore, nos seus galhos mais altos
os menores... mais são muitos tambores!

O primeiro tambor nasceu com o primeiro tamborista...
Um velho índio que inventou um sistema de comunicação
com seus aldeeiros. Ele o construiu e tocou
cada situação Um toque! Muitos toques!

O velho primeiro tamborista disse ao seu povo
que a alma é eterna. E que um dia, depois que ele morresse
voltaria a tocar o tambor novamente.

Quando o velho tamborista morreu, por seu próprio
pedido, seu cabelo foi cortado e colorido
com uma das 7 cores do arco íris.

Para escolher qual a cor do arco íris que
iria colorir os cabelos do primeiro tamborista foi
construído um jardim na aldeia e
plantado lá 7 diferentes árvores da floresta
que produziam flores com as cores do arco íris.
E quando o tamborista morresse
se escolhia a flor da primeira árvore que floresceu
naqueles dias... a mais jovem flor.

As flores e suas árvores também eram sagradas
e muito bem cuidadas por todos os habitantes da aldeia...
era a parte do templo mais próxima dos aldeeiros.

Assim os cabelos do primeiro mestre tamborista foi
cortado, pintado e colado junto ao seu tambor.
e este mesmo tambor foi levado para a árvore
Não se sabe quando... através do tempo todos os tambores
dos tamboristas que nasciam, viviam e morriam, eram igualmente
levados para a árvore...Desta forma a árvore
continha todas as gerações daquela aldeia.

O tamborista cuidava dos seus cabelos,
um dia eles iriam honradamente para a grande árvore.
e seu tambor por ele lá esperaria.
E todo o povo da aldeia cuidava
para que este dia chegasse e encontrasse tudo
igual, preservado a memória de seus honrados
membros e a memória daquela floresta
que sempre os abrigara!

Gigante e indiferente lá estava a grande árvore
com seus tambores, e os tambores com os
cabelos do grandes tamboristas da aldeia.

Por que os cabelos eram tingidos com as cores do arco íris?
O arco íris é um fenómeno celeste
embora o céu seja um fenômeno terrestre e humano,
é a parte que sempre contem o parâmetro espiritual e divino
da natureza! Portanto, por agora, para se crer
em eternidade é preciso crer no céu...

Um suposto lugar onde se "guardam as almas"
especialmente as boas e elevadas.
Onde também se guardam as divindades,
que regem espiritualmente a vida e que
estão livres do mau e do mal!

O primeiro tamborista se foi não se sabe quando
mas o último tamborista se foi recentemente
e cada vez que um tamborista se vai...
todos esperam um sinal! Aliás, esperam
muito mais que isto! Que os tambores toquem!

E os tambores estão tocando.
O povo da aldeia está ouvindo mas não está vendo.

Ali na grande árvore todos os tambores
estão tocando... todos da aldeia estão vendo.
estão ouvindo e estão tentando compreender!
Como pode os tambores tocarem
se os tamboristas não podem ser vistos?

Mas podem ser vistas, na árvore tantas outras formas de vida!

por enquanto este dia na aldeia será inesquecível
e ninguém tem ideia de como será o amanhã
depois que os tambores tocarem
e os tamboristas forem vistos!

Sobre a eternidade.... está anotando, meu amigo?
é a primeira vez que os tambores tocam!
e o historiador da aldeia está lá com seu caderno!
O toque dos tambores.... Maria Melo - Brasil

Os tocadores de tambor e a crença na eternidade - conto - Maria Melo - Brasil ...Roteiro para cinema um filme de amor


O chefe da tribo acordou
Quando os primeiros pássaros gritantes acordam
antes do primeiro sol.

Ficou um tempo meio vivo meio morto.
Seu corpo imóvel respirava muito lentamente,
fechados os olhos
seus sentidos dava-lhe a sensação
de que seu corpo ainda não estava ali.

Mas de súbito, jogou-se fora da cama.
Assustado apurou os ouvidos
conferiu todos os sons madrugueiros da florestas.
Bicho por bicho.. pássaros, cachoeiras e insetos.

Era mestre daquelas terras,
e conhecia todos os instrumentos sonoros
daquela grande orquestra.

Não havia dúvidas... os tambores estão tocando!
Lá no fundo do seu coração ouvia o som
vindo de longe mas muito nítido!

Abriu a porta de seu castelo de folhas
e encontrou lá todos os homens que tinham que acordar mais cedo
do que ele... parte do povo que vigia a aldeia
de qualquer coisa inesperada. Vamos dizer um exército extra vagante
de muito poucas pessoas, que cuida enquanto o chefe dorme!

Ele falou alto: Ouviram os tambores durante a madrugada?
Eles estão tocando...
Vários homens disseram sim.
Viemos mais cedo, hoje, porque os tambores tocam!
Acordei e ouvi... levantei-me e vim!
confessou o mais crente em voz baixa,
próximo ao chefe. Fui o primeiro a chegar, confessou!

Então corram pela aldeia, acordem todos e vamos para lá.
Mulheres e crianças, velhos, guerreiros e trabalhadores,
todos até os doentes, sábios e profetas e os cientistas
da aldeia foram acordados.
Levantaram-se às pressas
Não era preciso levar nada...
pois iriam para um local da floresta
que não ficava tão longe. Um local seguro e sagrado.
Uma espécie de templo que
fora construído não se sabe quando,
pelos primeiros moradores da aldeia.

Antes de partir ecoaram sons em semínimas
brincaram de roda e dançaram sem bater os pés no chão,
dançaram com o corpo leve,
imitando os pássaros e as borboletas...
Olhavam para o leste!
Depois se foram, quanto mais se aproximavam
do templo mais ouviam os tambores,
e mais eles riam e sorriam de contentamento.

Ao chegarem... os homens subiram nas árvores próximas
as mulheres se acomodaram sentadas nas pequenas
montanhas de terra ajardinada naturalmente
e muito bem cuidada... pois era um templo
criado com um propósito especial.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mais alguma coisa sobre o bosque das borboletas - Maria Melo Brasil



Pepita começou assim....
O primeiro dia de aula
turma dos 6 aos 17 anos
ninguém conhecia uma letra do alfabeto
da povo daquela terra onde nascera!

Uma sala pequena... uma escola
um professor que sabia ler
e tinha um livro debaixo do braço.
Também sabia conta de matemática.

Pepita levantou a mão e disse:
-Professoooor posso contar uma história?

Surpreso o professor
e disse pode.
Pepita também não sabia ler, nem escrever
nunca tinha tido um livro, nem mesmo visto um!
Sempre ouviu os contadores de história
que eram os parentes mais antigos
que as contavam antes das crianças teimosas
irem para cama.
Quase sempre histórias de terror
que fazia pepita temer o próprio horroroso telhado de sua casa.
Ia-se para cama, adultos e crianças sempre que anoitecia.

Não havia luz, além da luz solar, lunar e estelar.
E a luz dos raios, das pedras
e das lamparinas de querosene,
com fumaça preta e fedida.
E o velho avô de pepita tirava a luz ou o fogo das pedras
quando as esfregava para acender o pito!

Então ela decidiu contar a história:

Bom, professor esta história aconteceu
um dia comigo. É verdade, reafirmou.
-Então nós sabemos que história nos espera!
disse o professor.

"Eu tava andando na praia
quando eu fui criança!

Espera, pepita você disse que era verdade
e começou a história com duas mentiras?

Pepita avermelhou-se...
mas ela também sempre questionava os contadores de história
e eles sempre tinham uma resposta convincente.

Primeira mentira: Você e nenhuma pessoa deste lugar, nem eu também,
já fomos à praia. Ninguém aqui conhece o mar.
Nunca o viu, nem em fotografia, livros ou revistas,
nunca se ouvir falar do mar por aqui...

Como você disse que tava na praia... mentiu!

Segunda mentira: "Quando Eu fui criança."
Ora pepita todos aqui são crianças, menos eu,
você também é e tá muito longe de deixar de ser!

Então por favor explique aos seus amigos
que a história é uma criação da sua imaginação.

Ah, sim professor:
"Escrever é o ato de criar realidades no fantástico universo"
Tá bom...?

Voltando desde começo:

Tava eu andando pela praia.
Não tinha praia nem mar, mas tinha sol.
Sempre soube que o sol nascia no mar toda manhã!
Se tinha manhã e tinha sol
tinha mar e se tinha mar tinha eu
andando lá. Viram eu? Pequena e frágil
correndo pelas areias?

Na aldeia tinha um pedreira
e tinha dinamite... mas pepita ignorava estas atividades
que ficavam bem longe das crianças.
Pela manhã, toda manhã de trabalho,
explodia-se as pedras, fazia-se um estouro continuado no ar
que chegava aos ouvidos de pepita.

Aquilo era o mar, devia ser o mar, se não fosse...
porque pepita também sabia
que o mar era mais forte que o trovão
e as ondas quebravam as pedras...
as derrubava no chão.

Assim pepita tinha medo do mar.
Mas jamais nem em sonho conseguia
imaginar como seria o mar!

Carregava sempre seu riozinho nos braços
como outras crianças carregam seus gatos.

Mas o mar, nunca ninguém havia lhe dito
nada sobre ele.

E fez várias tentativas na sua tenra infância, de descobri-lo:
Seguiu as águas do riozinho por mais
de dois quilômetros...
o riozinho ficou muito estranho
profundo e foi se escondendo dentro da floresta mais densa
e o português que morava na borda
da floresta catou pepita
pelos cabelos e a devolveu para os pais
e a ameaçou: "Se novamente se aproximar
destas terras não sei do que serei capaz"

O português tinha uma espingarda pendurada na parede
da sala... pepita conhecia
pois ele era amigo dos seus pais
e espingarda matava até passarinho avoando...
caia de repente sem pio e sem voo!
perdia sua penas!
Nunca mais pepita se aventurou
por ali, enquanto ainda tinha pernas pequenas.

"Enquanto eu andava pela praia,
olhava para o leste mas não via o mar, ouvia-o.
Não olhava para o sul... só para o norte,
algo chamava minha atenção no norte.

Eram gargalhadas e mais gargalhadas
de crianças, outras crianças
ou outras criaturas como eu.

Comecei a correr... você me viu?
Sei que havia mar porque havia sol e a estrada era suave
não era a terra quente
como aquela que fritava o a sola dos meus pés
desde de os meus primeiros passos que dei!

Ouvindo risos e risos fui olhando um pouco para o oeste,
correndo para o norte e olhando para oeste
onde se esconde o sol, vi um lugar
diferente um pequeno muito pequeno bosque.

Do bosque vinha o riso,
como se fosse mesmo o barulho do mar,
era riso de pessoas ou de crianças.
corri mais e parei na entrada do bosque:

Rapidamente passei os olhos por todo canto que consegui.
As árvores eram pequenas, em torno de dois metros,
pouco densa a pequena floresta era muito limpa.

Um filetinho de água passava por ali.
Uma misteriosa cadeia de montanhas
pequeninas de cores diferentes, adornava
magicamente o bosque.

Tão logo entrei percebi que não via mais nada lá fora.
Nem ouvi o mar, também... Norte, sul, leste oeste.
estava ali naquele pequeno recanto mágico.

Vi as crianças brincando nas montanhas,
subindo e descendo das árvores,
com a graça e a elegância dos passarinhos.
Seus risos eram cantos.
suas corridas eram voos.

E brinquei também... pensei que o dia
não precisasse mais acabar. Nem fome
e nem obrigações me preocuparam.

Fiquei amiga de algumas daquelas crianças
cuja amizade e amor haverá perdurar
por toda minha vida.

Além de toda aquela paz e beleza
indescritíveis veio o hora mágica,
que todos esperavam felizes
A chegada das borboletas...
Um espetáculo inaudível...
Nem o mais ténue som da queda
de uma gotinha de orvalho,
nem um suspiro de uma rosa,
pela pétala que caia
nem o odor dos cravos espalhados,
nada se compara aquela dança
silenciosa e mágica.

As borboletas com seus véus
esvoaçantes pelos ares, dançavam
lentamente sobre as folhas,
as pétalas das flores, os frágeis caules,
e teciam nesta dança as constelações
celestes. Pousavam quando queria
sobre o dedo ou o nariz de Maria!

As cores, as cores eram a própria vida das cores.

E uma borboleta disse-me solta:
Conto te uma história!

Assim pepita ouvia.



"Era um bebê muito feio.
e todos nós borboletas, e éramos muitas, bebes, horrorosos e feios.
Nossa mãe parece que não nos queria.
e nos jardim éramos devastadas feito pragas.]
ninguém nos conhecia.
pois eram secretas nossas asas.

Mas uma dia uma folha de árvore
nos deu casa,
e este bosque nos abrigou
e nos concedeu asas

e ficamos escondidas enroladas nas folhas
até aprendermos a ser bonitas e
se bonitas,
voaremos felizes
e se voarmos, dançaremos
e quando souber dançar
iremos para o bosque
brincar com as crianças...

O que mais nos importa...
Assim as borboletas dão boas vindas
aos seus visitantes, dançando
em círculo na entrada do bosque.

conte nossa história
pois sempre estaremos aqui
no bosque... esperando
pelas criança, pelos passarinhos assim
como as conchinhas
também somos do coração e
e do mar!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O "be-a-bá da alfabetização"

Alfabetize-se... alfabatize-se!
Seja um cidadão, seja um cristão!
Alfabetize-se Abre e fecha aspas!

E neste parâmetro viva
sem nenhuma casta!

Seja muito sincero aí dentro,
não permita um só pensamento vindo do desconhecido,
de sua insana mente.

Seja eternamente coerente,
com aquilo que lhe torna um extra terrestre
respeite seu mestre,
que lhe garante que um dia
terá aquilo que merece!

De posse do seu mágico alfabeto
espere que alguém lhe reconheça,
que lhe chame que te conheça
e queira os seus direitos preservar!


A palavra é a mais velha das pedras conhecidas no mundo.
e quanto ela vale?
E que pedra pode ser a sua palavra?

Não me refiro a pedras, pedradas,
e sim pedras preciosas...
mas a palavra está muito bem enquadrada,
medida e pesada,
amplamente estudada e avaliada,

Então se recorre à arte,
o martelo e o prego da comunicação
e com ela se pode construir
é uma grande mímica, uma grande mágica,
cujos efeitos só a história dirá!

E nosso mundo não se nega,
não resiste à arte... pessoa e arte...

Maria Melo

A autora - Maria Melo - Conto - Brasil

A autora é personagem multi facetado.
Não é duas caras, nem dupla personalidade,
Uma vez que seus personagens são seus, são muitos:
Explica-se as suas atitudes, conferindo-lhe um
amplo leque de atividades mentais, ela precisa,
todo escritor precisa, todo poeta ou pintor ou cantor,
precisa e tem! Só assim se é plenamente agraciado com
a arte.

A autora entretanto, é senhora
de muitas histórias vivas,
porque tudo que ela escreve tem
uma outra metade, não apenas inspirada ou imaginada,
mas tem outra metade fatal
de faces carnais e atuação real,
que de um modo ou de outro
partilha cada ponto de toda a história
que ela contou e contará.

Isto torna a autora esquiva às vezes...
como revelar certas coisas se por traz destas certas coisas
há muitos corações...
muitos olhos e pensamento ativos e vivos,
Então as histórias são imaginativas,
mas sentimentos não o são.
e por mais que a autora se esquiva
toda história tem no mínimo duas grandes metades.

A autora quer ser generosa e se aproxima
de seus personagens com o coração aberto,
quer conhecê-los melhor,
sondá-los mais de perto,

Seus personagens são vivos, alguns são completamente
estranhos da própria autora,
e mesmo com o intenso convivio
mente a mente, atos a atos, fatos...
pode se tornarem incríveis.

A autora os descreve assim:
São peixes, simplesmente peixes,
todo tipo de peixes no oceano
pesco os maiores e os melhores,
não os como, os admiro, os amo.


"Meus personagens são peixes, portanto suas atividades
me são de fato desconhecidas. Dou-lhes um texto,
mas não lhes subtraio a vida!

A Rota da autora:
Ter a felicidade e graça de tocar com a arte,
a emoção de milhares de pessoas pelo mundo.

De despertar pessoa e arte,
como um caminho possível, um caminho novo.
Pessoa e arte que se expresse,

Além de qualquer parafernalia necessária,
existe em cada ser o bosque mágico das borboletas,
e sua eterna criança neste bosque
ainda brinca, ainda vive ainda sonha.

Esta é a rota da autora,
encontrar seus personagens,
distribuir suas caixinhas mágicas,
mesmo que aparentemente vazias,
elas farão a diferença!

E para isto a autora conta com um dos melhores elencos do mundo,
São pessoas e não há distância
real que separe a autora destas
pessoas porque elas fazem a maior e a mais bela parte
desta história.

E você já encontrou maria melo um dia?
Qual é sua história?

You are welcome



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