Bom dia
Bom dia nada, como conseguiu entrar aqui?
A porta estava e está aberta.
Eu sei mas antes desta tem 200 fechadas.
Ah...bom, não poderia eu passar por elas
por isso não o fiz.
Peço que saia. Saia?
Você está arruinando meu negócio e ainda quer ser
recebido por mim?
Melhor pensar, seu negócio está arruinado, verdade,
mas a culpa não é minha.
Tudo tudo o senhor tem explorado...
e nada deixado para a rainha!!!!!!
Eu sei que sempre trabalhou para o dinheiro
mas também sei que seu coração é muito benévolo,
além de até certo ponto ainda está leve.
Por isso vim lhe fazer uma proposta:
Como tem coragem de me propor algo
se quer o meu fim?
Porque meus negócios são minha vida.
Deixa de conversa, o senhor é uma raposa
das mais perversa, porem,
como já disse seu coração padece
de certa culpa que o senhor bem merece.
Olha lá fora o que fez...
A cidade está infestada de carros,
empilhados uns sobre os outros,
cada vez maiores, cada vez melhores,
cada vez mais vazios... e lindos, sedutores.
colocam veneno sobre a atmosfera.
e o que vai fazer com o lixo não reciclável...
destampe os olhos, não chore e olhe!!!!
Pra ser sincera ainda não tenho carro, nem carteira,
mas preciso muito desta invenção.
Por isso o perdoo, até mesmo pelo pecado
da desenfreada ambição.
Lá no futuro na mais perfeita meditação,
o senhor é a razão da minha indignação.
Por que os carros tem que ser tão grandes,
enquanto os chips ficam cada vez menores e melhores...
e quanto menores mais tem qualidades gigantes...
Quero carro pequenos, mini, micros, para uma pessoa apenas.
uma mochila pequena que não passe de sessenta
que possa circular livremente pelo centro.
que todos possam comprar,
que seja mais barato que oitocentos....!
Sim meu velho amigo, produtor desta fábula tão antiga,
veja lá no futuro, pequenos pequeninos carros
circulando por tudo... a cidade mais livre,
mais linda mais justa...mais barata para a natureza
que a atura.
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