Sexta feira é sempre a mesma amolação:
Abriu a geladeira, tava vazia.
Foi para a lanchonete buscar um lanche.
comer em casa, sem testemunha.
Ultimamente estava ainda pior
porque o Richard gehe a havia ignorado
por duas vezes, em seguida
Suas covinhas não lhe sorriram.
Como ele dançava bem,
bailava sorridente nos braços de todas
Elas o adorava e para ser sincera
eles também o admiravam.
Agora sozinha, somente sozinha
se descobre a falta daquelas covinhas.
Na lanchonete, o encontrou inesperadamente:
ele com o copo de alcool a meia boca
lhe sorriu abundantemente e lhe ofereceu
uma golada.
ela rejeitou... vim comer, tô com fome.
Então sirva-se concordou ele.
Apesar dos sorrisos eles estavam sem assunto...
perto, quase junto... mas havia um nunca mais entre os dois.
Ela disse: Vai visitar sua mãe, hoje
ele a olhou severamente e respondeu. Não.
Você a tem visto, insistiu ela.
Não, não a vejo a dois anos...
Devido a severidade da expressão dele
Desculpe, vocês brigaram...
E que também não a tenho visto, justificou ela.
Acaso teria ela se mudado..
Sim, ela se mudou. Disse ele.
Ah... entendi... porisso que você não vai visita-la hoje...
Preste atenção, não vou ve-la, nem amanhã, e espero
que cada um de nós fique no seu canto. Falou ele...
Vou resumir, com ar de embriagado:
Minha mãe morreu faz dois anos...você só percebeu agora.
Olha o lanche moça...
Ah, vou me embora, nada dá certo com ele e comigo
até nossas conversas são desencontradas.
Veio o sábado, normal depois da sexta.
ela vai ao salão, normal depois da semana inteira descabelada.
Ela desabafa, amiga, hoje está um porre,
você acredita que ontem a noite, depois de muito tempo
encontrei o gere, aquele dançarino de periferia
na lanchonete, estava muito bêbado, suponho...
até me sorriu alegremente,
Porem levei muito azar... fui falar na mãe dele,
perguntar por ela, saber dela, estava sem assunto,
ele ficou muito confuso e quase brigou comigo...
Me disse que a mãe dele morreu faz dois anos...
devem ter brigado muito...
A mulher da salão disse:
O gehe, o dançarino... até me dá um arrepio...
você não pode ter falado com ele.. nem mesmo tê-lo visto...
Por que... ele se mudou, casou...
que foi que houve...
Ele morreu criatura, ninguém te falou!!!!!
Ah, não, morreu não, tava bem vivo,
com um copo na mão.
com copo ou sem copo, vivo ou não
ele já morreu...
Ela disfarçou... deve ser o irmão dele,
era muito parecido com ele...
Ele tinha muitos irmãos... Não, Não, Não,
era ele mesmo... porque os irmãos dele também já morreram...
Fica assim, uma vez amigos, sempre amigos.
Enquanto recebia o lanche ele sumiu no meio de outras pessoas e ela se foi.
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