terça-feira, 18 de agosto de 2009

Voltando às armas... conto maria melo - brasil Paraná - roteiro para cinema um filme de amor

O dia pode ser longo, para o bem e para o mal.
É um espaço-tempo mágico onde todos os sonhos são possíveis.
O que é tal sonho possível... afinal todo sonho é possível,
a realidade é um tanto quanto metódica.
Não foge à regra, entretanto.

Este dia do jardim e das armas ainda não acabou...
o sol está alto e sem pressa.

Novos visitantes chegam ao prédio no meio da floresta,
desta vez... todos se dirigem para um grande caminhão
que ficou esquecido na estradinha lá no fundo do jardim:

Uma seta, uma placa que diz: Zoológico.

Alguém vai dirigir o caminhão bem devagar
o povo vai a pé. Os cientistas, os jardineiros, os negociadores
e uma turma muito especial que acabou de chegar:
São os domadores, os cuidadores, os alimentadores,
os trabalhadores do zoológico da Dona.


Diz ela: Quer conhecer meus bichos?
Vamos visitá-los.
Todos muito felizes de estar ali. Todos tinham feito grandes negócios,
grandes lucros, barganhas indescritivelmente ricas e honrosas.

Chegaram... era bem ali, pertinho da cidade, um grande lago,
cachoeira, plantas todas muito bem cuidadas, flores,
um espaço deveras, nobre.

Antes de qualquer coisa se ouviu uma música:

Terra Amada que tu beijas
com a boca e o coração,
terra onde corpo e alma peleja
vida e morte, ódio e paixão!

A terra mãe sagrada,
do cavalo, do elefante, do leão,
do sapo, do ganso e do beija flor,
mãe do cachorro, da minhoca,
do camelo, borboleta e do lobo.

Terra mãe do homem, do bicho todo,
ela não despreza o teu irmão,
mesmo que teu ódio,
o enterre sob o lodo...

A terra o resgatará como filho,
eterno que sempre soube,
ser capaz de mudar.
e se não muda ela o mudará!


Uma música um tanto torta,
embalada pelo rodopio do vento,
ou o chiado dos animais,
música sem rima, sem verso,
sem melodia, sem harmonia
sem ritmo, protesto!

A terra repudia as armas apontadas
para as cidades que criam
grandes desigualdades,
e injustiças medonhas.

A terra repudia o bárbaro urbanismo,
sem lógica de Camões ou descartes.
Não há poeta capaz de cantar
a miséria que nela se espalha,
e nem matemático capaz desta miséria calcular.

Não há filósofo ou pensador popular,
que possa desvendar onde está o lucro,
da fuga do homem da selvageria natural
para o monstruosidade da urbanização primitiva.

Mas que importância tem isso?
A terra repudia no entanto,
ela diz que suas montanhas de ouro e diamante
e tantas infinitas preciosidades
estão a disposição da humanidade.

E ela diz: Não há em uma só das folhas,
as mais cultas, eruditas, populares e sábias,
de toda minha floresta,
uma lei escrita ou de qualquer outra forma manifesta
que discrimine ou proíba um só de meus filhos,
de plantar, de colher de criar e sustentar sua vida
e descendência.

Assim a terra repudia os atos humanos,
que geram e sustentam a miséria,
sem misericórdia e sem esperança.

Podia se ler muito mais... havia muitos cartazes espalhados pelas árvores.

Começou-se a descarregar as armas...

Primeiro foi o macaco... grande e preto. Peludo de cara feia...
mas bobo... tão bobo
que pegou uma metralhadora para si!
Virou-a de uma lado para outro,
apontou para todos, curioso a com geringonça
apontou depois para si mesmo...
para a onça... apontou para o filhote,

sentou em cima, pisou, chutou... pendurou no pescoço,
mais de uma, outra para o filhote, que também gostou.
outra para a velha macaca, mãe, é claro do macaquinho!

Depois a pobre onça, tão treinada no circo,
pôs a arma na boca, lambeu, cheirou-a,
pisou com suas enormes patas,
depois o domador lhe deu uma de presente,
um cinturão de balas, munição para qualquer necessidade.

Assim o camelo se ajoelhou e recebeu suas armas
e sua munição... o elefante a girafa, o rinoceronte,
o hipopótamo... todos, um por um foram devidamente
armados...! Menos os peixes, pobres coitados,
não há como armá-los! mas havia armas pelo chão,
se precisar um bicho pode defender o outro,

Alguns animais conhecem muito bem armas...
Os cavalos, os camelos, os cachorros... e assim por diante.

O parque do zoológico ficou muito exuberante,
estava protegido.

Você meu caro e ilustre leitor já viu isto antes?
Algum dia destas centenas de milhões de anos
que viu a natureza armada?

Você já imaginou uma grande árvore olhando
aqueles que derrubam a floresta aos seus pés,
enquanto não chega a vez dela?

E ela teve qual reação? Tombou!
Simplesmente tombou!
É a vontade de Deus?

A terra repudia e diz que
miséria não é recursal, miséria e administrativa!
É ganância desnecessária e servidão sem justificativa!


Você ainda quer ver a arma da qual falei,
no inicio deste conto?

Não! Você vai brincar com ela,
como brincaram os macacos na selva
com suas metralhadoras!

Então floresta armada, bicho armada,
agua armada... ar armado!

É apenas um conto... hoje! Percebe?

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