Aqui escrevo além da margem
além da linha...
São varias estórias todas inspiradas em
pessoas da minha "relativa convivência".
A maior parte delas diz respeito ao
meu universo imaginário...
penso o que pensa um gato no telhado
ou um pássaro no galho...
assim me exploro e exploro meus personagens.
São muitos, mas poucos, comparado,
com as muitas pessoas que conheço e suas
manias ou comportamento
Desta vez, entretanto vou fazer o que mais
gosto, contar uma história da vida real,
e tentar mostrar o momento em
que o universo imaginário estabelece um vínculo com a realidade.
Definição do que entendo por universo imaginário
o lugar onde habita o "Eu sonhador e por consequência,
as atividade dos sonhos... Aqui uma pequena pausa..."
Cada qual tem um infinito universo imaginario para se virar.
É claro que infinito está entendido como limitado á condição
fisica natural e cultural... mas pode ser explorado como se queira
desde que se queira...
Beatriz já era mãe de três meninos, o mais velho, 18,o do meio l5 e l2anos o mais novo Bem resolvida no amor, vivia de bem
com seu marido e queria ter uma filha... seria a quarta,
Tentou varias vezes e não conseguiu engravidar.
Foi ao médico, fez exames de rotina e encontrou um cancer no
útero. Enfrentou o tratamento de todas as formas e
por fim a extração do mesmo.
Durante o tratamento ela deparou com as limitações humanas,
dores, medo, perdas, desesperanças mas venceu e ficou livre
da doença.
Ela e o marido decidiram pela adoção de uma menina.
Visitaram orfanatos e escolheram uma menina com
deficiência física...
Antes porem de iniciar o processo de adoção Beatriz sonhou
com um menino... Sonhou que uma mulher lhe dava um
moleque nenezinho...
Na mesma semana ela ficou sabendo atraves de uma
conhecida que uma moça vizinha ia para o hospital
para ter o segundo filho. Estava sem marido e sem
ninguém para cuidar da criança.
Ela disse prontamente: Diga para a mãe que cuido
do Bebe dela enquanto ela estiver precisando.
Assim ela foi apresentada à mãe e foi até o conselho
tutelar pegar uma autorização para o deslocamento
dela com a criança, a autorização por 20 dias até
que a mãe voltasse e ficasse boa para cuidar das
duas crianças, o nenezinho e o outro.
Passaram 3 semanas... e ela teria que devolver
o menino...mas tinha vencido a autorização
então ela mandou um recado para a mãe vir
buscar o menino... a resposta foi... se quiser
pode ficar com ele. Não tenho condição de
trabalhar e sustentar duas crianças, ele com
1 ano e 3 meses e um novinho.
Beatriz correu no conselho e contou uma história...
que tinha uma amiga nesta situação e não levou
e bebê quis saber qual era a chance dela
continuar cuidando da criança, legalmente.
Desta forma Beatriz conseguiu junto ao
Juiz da Comarca legalizar a adoção
que demorou mais saiu.
O garoto tem 5 anos e ela está bem feliz
com mais este presente de Deus...
Peço a Deus que exista muitas outras Beatrizes
pelo mundo que possa ajudar outras mulheres,que
em horas tão dificeis tem seus filhos,
e muitas vezes, ninguém por elas
nem pelas crianças.
Louvo a atitude da lei e de seu executor
que respeitou a vontade da mãe,
da mãe adotiva e deu a esta criança
um lar...
Nós mulheres temos muito ainda o que resolver
entre nós mesmas, neste mundo.
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