São maravilhosos
me encantam
as palavras são como sementes,
os versos semeados, jardins....
alguns do passado, são muitos,
quase todos juntos, não tinham luz
para escrever os seus noturnos,
não tinham tinta, nem caneta,
nem imprensa para os livros,
Não tinham acesso aos grandes pensadores,
nem a ajuda extraordinária do Mr Google,
nem dicionários de rimas,
para marcar seus versos e torna-los invioláveis
contavam as sílabas, marcavam as tônicas e juntavam os átonos de modo preciso porque era preciso...
E para que alguém os conhecesse escreviam
longas cartas com seus pensamentos dentro delas,
chamavam um mensageiro... Que beleza...
Outros escreviam nas areias, nas pedras, na madeira... Certa vez imitei um: escrevi na árvore
o nome dele... Foi muito dificil...mas ele acabou chegando lá e leio...
Agora, neste momento moderno, o verso
é relâmpago faiscante e etereo...
mesmo assim eu não desisto de escrever...
busco a palavra livre mas sei que é quase sonho
esta liberdade da palavra... porque a palavra
é quase uma borboleta, embora tenha asas, embora voe... sobre as flores, também desaparece.
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