terça-feira, 11 de maio de 2010

Medicos russos


Os gêmeos eram médicos.
Um vivia na vila onde havia guerra,
ajudando aos desvalidos e doentes.
O outro vivia no campo
fazendo plantações de mato
dos quais se faziam seus remédios.
que medicam as pessoas.

Um deles era bem barbudo e careca
o outro tinha cabelo e não tinha barba.
Eram gêmeos bem parecidos
confundiam as pessoas.
com suas aparências mutantes.

Ora o médico do mato ia pra vila,
levando medicamentos
ora o médico da vila vinha para o mato.
levando pacientes.

Naquele dia, entretanto o caso era diferente:
Ambos médicos envelheceram naquela rotina.

E um paciente da cidade
estava morto...
mas seu corpo físico não dava todos os sinais da morte.
especialmente o sinal da decomposição.

Os médicos sabiam que
tantos já foram enterrados, assim,
sem estar completamente mortos,
o resto da vida se expiava
sob a terra.

Sempre pensaram numa solução...
mas havia muitos doentes
e muito pouco tempo para pensar.


Agora eram muito velhos mesmo.
O doutor da vila
encontrou um transporte seguro
e deixou a cidade em direção ao mato
levando seu paciente no escuro.

Depois de uma semana de morto
o falecido paracia ótimo,
intacto, roseo, dormindo
um sono inviolável.
Enterrá-lo era um gesto de desespero
e de falta de tempo ou zelo.

Os doutores tinham todo tempo
de sua velhice, de sua antiguidade
para ficar com o morto
bem longe dos afazeres da cidade.


Puseram o morto na cama.
cada qual se sentou numa cadeira
à direita e à esquerda,
na cabeceira dele,
calados, observavam as horas passarem...

Para eles a morte era também um segredo
a inclusive a deles
que se contasse o tempo
estaria bem próxima.

Queriam eles aquele tipo de morte,
eternamente velhos num caixote?

E se acontecer isto comigo...
ou comigo? Pensou o outro!


Levantaram-se pegaram
madeira e prego
fizeram uma caixa do tamanho do morto
debaixo da bica de água.

A caixa cheia de agua fresca e cristalina
puxaram as cadeiras
proxima à caixa de água,
trouxeram o morto,

Se vamos enterrá-lo,
vamos lavá-lo....antes.
despiram o morto, jogaram-no caixa de água.
Empurraram-no para o fundo.
Ele voltou!

Fizeram-no de novo,
bateram os pés, contaram o tempo
Enão não se afogou e voltou.

Sucessivamente,
tentaram afoga-lo... não conseguiram!

Depois de algumas tentativas
o morto abriu os olhos e disse:
O que estão fazendo
seus velhos loucos?

Pulou da caixa de água,
pegou as calças e vestiu-se, todo confuso.

Estavámos dando o banho habitual
do principe,
mas ele dormiu...

Vou mandar prender os dois malucos,
fazedores de remédios, feiticeiros,
O que acham que sou?

Você é o principe e vamos levá-lo
logo para a cidade onde
seu povo o espera!

Onde seu trabalho é importante,
sua vida é primavera.

Assim foi , o príncipe regressou
ao seu povo e trabalhou muito,
e nunca soube nem ele nem seu povo
o que o velhos médicos russos
fizeram...
para trazê-lo à vida de novo.

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