quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O diário de um agente secreto - a mudança

Estudei muito nada sei.
Não sei a  quem vigiar,  a quem espiar... de quem suspeitar.
Mas nada importa
juntei minha traia e fui para o pé do morro
onde vive os mais pobres.

A casa não é velha é nova.
feita sem prova pequena como uma amora.
igual as outras casas que ali moram.
A primeira noite não durmo.
Tenho medo da solidão, do vento que late
nas latas e da claridade da lua
pelas frestas... tenho medo dos grilos
que grilam noite adentro sem pressa.

Quero comprar um cachorro.
Meu dinheiro é sempre pouco. O  cachorro de bons dentes,
e boca custa caro.
E se o cão for criado não saio mais de casa,
tenho medo do cão adulto e estranho.
Tenho medo  de qualquer cão de qualquer tamanho.

Compro um cão filhotinho... de raça,
dou todo meu salário: um mês de praça.
e o levo para casa, nos braço, nem
tenho carro e ele pensa que é meu filhote.
Não tenho pressa nunca para o trabalho.

Minha familia consiste na minha mulher,
meus filhos, dois e minha adorável sogra...
rima com sobra, com cobra
mas é uma santa... me detesta,
mas adora meus pivetes e minha santa mãe dos filhos meus
que mora lá na outra cidade...
vivem em paz quando não estou por perto.

Lembro deles e penso só existi para cria-los:
compensa.

Finalmente deixei o cão em casa
vesti-me feito um guarda e fui para o trabalho.
Sou um guarda meu boné de aba dura,
esconde meus olhos: a dureza e a ternura.

É o primeiro dia de muitos iguais
onde todos são desconhecidos, anormais, paranormais.
Aprontam coisas inimagináveis.
Quase todos fazem escondidos, outros fazem na cara e ninguém repara.

Fico de pé, ora num pé ora no outro,
fico com meus pensamentos de pé, meu cabelo
morto, dentro do boné.

Cada um que passa tento espiar
será ele aquele que deve ser espiado, colocado
no diário? Será ele aquele que tem um segredo
inconfessável... Será este ou aquele
que irá para o meu diário.

Uma voz me diz... todos todos mesmos
tem um segredo... escondem a verdade
que nunca nunca mesmo estará nos livros


Mas alguns eu pego... subtraio de seus olhares
a índole do indomável e com jeito muito
jeito posso decifrá-los, pintá-los..

tal qual a  paisagem em subita miragem
contempla a águal na sua estranha passagem.

Me sinto pronto: E aviso
Não tenho pressa... meus dias são bem compridos...
trabalho a qualquer preço,
por toda minha vida... pelo gosto
da viagem deste tão antigo "desconhecido"!
Meu vigiado é você!

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