América do Sul
Um capital grande e bonita.
um quarto de hotel comum.
Uma sensação de falta de Liberdade.
Fulana e cicrana atarracada na tv
Lá fora chuva fina e insistente.
- Vou sair! Mas é noite.
Estamos cansadas.
Vou dar uma volta pelas calçadas noturnas e iluminadas
desta estranha cidade.
Então chame um taxi.
Não quero ir caminhando,
me deliciando com a paisagem.
Desceu tomou a esquerda e seguiu.
Andou um pouco sob as marquises
havia muitos turistas numa padaria
fazendo lanche e rindo... mochileiros
são divertidos... entrou pediu um lanche
e ficou um pouco pensando enquanto comia.
Na mesa em frente um senhor
muito bem apessoado, como se dizia
iniciou uma paquera, ela corresponde
levemente... para não ser antipática
num país estranho...
Mas para não ser grosseira, interrompeu
logo a paquera pediu a conta parou um
instante e foi embora.
Meia hora depois perguntou sobre
um local ali próximo para um policial
ele disse é perto, mas chame um taxi
não é aconselhavel...ir caminhando. 8 quadras aproximadamente
é bem barato...
Naquele instante reparou que sua bolsa não
estava junto dela.
Ficou confusa... tudo? Não teria acaso uma bolsa
com documentos e dinheiro e passagens, junto com
ela? Que deplorável!!!! Olhou para todo mundo que
conseguiu para ver se encontrava sua bolsa
com alguém mas o fez tão discretamente
que o próprio policial nem percebeu.
Pensou por todos os lugares que havia passado
naquela última hora...
se despediu do policial, agradeceu e voltou
pela mesma rua que veio... olhando todo mundo
para ver se encontrava sua bolsa, com tudo dentro.
Mas fazia isto tão tranquilamente
que parecia um mendiga... que nunca tivera uma bolsa
nem cartões, nem pente, nem nada
nem memória de coisa nenhuma.
Calmamente chegou na padaria dos mochileiros,
o povo ainda estava lá, rindo e comendo
com suas mochilas no chão
seus celulares na mão...
Ela entrou, olhou direto na cadeira
onde ela se sentou... antes mesmo
de ver a bolsa, viu o paquera mochileiro,
parado em pé, junto a bolsa dela
ela o olhou... Ele disse eu sabia que
você voltaria. Foi um sorriso único
e inesquecível.
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