domingo, 29 de novembro de 2009

Os olhos de Richard Gere - e o triângulo sem ângulo

Noites quentes e iluminadas.
Música... e ele e uma especie de embriagues...
Derramava palavras, carinhos, olhares, sorrisos,
A cerveja esquentava no copo!

Somente uma pessoa muito boba
consegue ser feliz.
com uma outra pessoa qualquer
se ela for tão boba quanto ela.

Os olhos de  Richard Gere
Não  viam defeitos, nenhuma imperfeição,
não sentiam medo,
jogava toda sua riqueza na mesa,

Ela olhava e ria a noite toda,
estava tão rica naquela momento
que nunca mais nada lhe faltaria.

Os braços de Richard gere
sobre a mesa, suas mãos,
seus olhares, suas palavras,
seu dinheiro nobre,
que podia comprar,
mas preferia jogar e ganhar.

Ela  não queria nada
mas não resistia a fábula de ser amada.
Naquele momento
que ela mais precisava ela estava lá
não tinha negocio importante,
nem uma dúzia de namoradas
e se  tivesse jamais lhe contava,
jamais confessava.

Mas um dia ele ficou pobre e feio.
Já não se lembrava mais dela,
Tanto tempo já a perdera.
Não foi nem pobreza e nem feiura
que os separou...
Foi a luxuria!


Deu-se conta que estava na porta da casa dela.
Ela como tinha mudado...!
Tratando as pragas do jardim, não o reconheceu.
Felisbina... chamou ele!
Felizbina sou eu, pensou ela e olhou...
Mas aqui ninguém sabe meu nome... virá de onde este chamado:
Sou eu mesmo, disse o homem, mais perto ainda
não se lembra de mim... Sou aquele que por você
sempre e sempre  fui apaixonado!

cadê os olhos de Gere... pensou ela, devo ter me enganado.
Sou eu mesmo...
Está perdido perguntou ela...como pode estar aqui...
Ele tentou explicar... estou a trabalho,
mas antigamente vim aqui e já sabia de sua casa,
Então ele se derramou de amores novamente,
Jurou que nunca a esquecera,
que sonhava com ela... que rezava para ela ser feliz...

Era meio dia o sol no alto.
Ele perguntou cadê seu homem.
Se foi, ela respondeu. Ele disse: melhor... assim
Cadê a sua mulher.
Eu  me fui, disse ele. Estou indo... tentando ir.

Ele disse que estava com sede. Ela o convidou para entrar.
Na cozinha... alguma coisa para se comer...
um pouco de sobras
Ela o convidou para almoçar...
Almoçaram, deram milhares de gargalhadas,
20 anos passados nada mudou...
Os dois continuavam muito infelizes.

De tarde ele foi embora, não aconteceu nada
Ela o acompanhou até a rua.
Ele prometeu voltar, jurou-lhe eterno amor
O mesmo amor dos velhos tempos,
ela nem respondeu.

Ela dormiu sem sonhar. Jamais esperou aquela visita.
Não a esperaria novamente.
,,, Mas no dia seguinte,  antes dela pensar qualquer coisa
lá estava ele no portão chamando o nome dela.


Ela olhou de longe e pensou o que terá trazido naquela grande bolsa...

Você aqui de novo, está mesmo perdido... Não, não, estou a trabalho,
mas trouxe um pouco de minha arte na mala,
gostaria que você a examinasse.

Ela abriu o portão ele entrou... Estava mais alegre
e Perguntou o  que eles vão achar disto.... Isto o que...
de nossa amizade sincera, antiga e íntima.
Todo mundo tem amigos, falou ela e às vezes mais que amigo, até.

Lá dentro ele começou a tirar tudo da mala e
esparrar na mesa...
Ela impaciente disse.... é muita coisa...

Ele rapidamente disse... tá certo, eu deixo a mala ai,
você olha quando puder depois eu pego a mala
Depois quer dizer que ele vai voltar.
Mas nada lhe preocupou. A principio
aquela arte ela não queria nem ver.

Depois ele foi embora. Ela abriu a mala por curiosidade
Credo! Pensou ela. Ele tinha os olhos de Gere,
mas agora que mala! Que arte justamente aquela que detesto.
Fechou a mala encostrou num canto
e nem pensou nele o dia todo.

No dia seguinte ela apareceu na hora do almoço:
Ela abriu o portão ele entrou.
ela pensou que ele levaria a mala. Mas ele não levou.
explicou que estava a trabalho. Era não acreditou:

Ele disse: Venha comigo vou lhe mosstrar o que estou fazendo.
Ela topou... saiu com ele pela rua conversando e dando muitas
risadas, á toa... enquanto caminhava,
ouvia, bom dia... bom dia,  bom dia.
risos e olhares das pessoas que a conhecia.

Disse ele estou fazendo um estudo nesta região
para melhoria  das condições de vida por aqui...
Ah! Mostrou-lhe o trabalho e ela acreditou....

Voltou com ela para  casa... depois ele foi de novo embora,
disse que à tardinha voltaria buscar a mala das artes.
Ela não esperou ele tambem não apareceu.

O  dia  seguinte de manhã... quando acordou,
ouviu barulho de buzina de carro na frente de sua casa,
dois homens em cima de um caminhão jogavam para dentro do seu
portão muitas caixas e malas.

Ela estranhou mas não se atreveu a ir lá na frente,
O pastor negro latia feito doido.
Descarregavam aquela carga e falavam alto,
riam! O caminhão saiu! Mas ficou
aquela montanha de coisas  para dentro do  portão,

Depois de um tempo pensando
Ela decidiu ver o que era aquilo.
Realmente era uma mudança.
Traeiras... cumbuqueiras!
Ela tinha que pensar: Antes ele era Richard Gere...
mas agora... alem de tudo  é muito
abusado. Ela adorava Richard Gere,
mas este... era um estranho.

Não pensou... foi rapidamente até  sua casa,
pegou a outra mala lá deixada e trouxe,
juntou  com as demais.
Mas aquilo ainda não estava bom!

Abriu o portão e foi arrastando tudo
como se ela própria fosse um vento forte,
puxou e jogou tudo na rua.
fez uma montanha daqueles troços!
Na calçada, sentou-se proxima e ficou a esperar.

 Depois de um bom tempo, lendo um pequeno romance,
ela se acalmou...
Não saio daqui enquanto ela não aparecer...
Mas logo, logo vinha ele,
E seus olhos estavam pálidos,
suas faces tremiam,

O que isso... perguntou incrédulo para ela...
São seus troços... quem lhe disse para trazer isto para minha casa,

Eu achei, eu pensei que você gostasse de mim...
e quisesse ficar perto...
e porisso peguei minhas coisas e vim para cá...
Mas nós nunca nos entendemos bem
desde os primórdios de nossas existências,
eu já o esqueci, aliás eu não o conheço,

Lembra que você adorava ficaR COMigo...
você nem é você mais.
Ele disse eu sou um idiota...
Ela pensou que idiota sou eu!

Ela queria estrangulá-lo
Jogar tudo na rua foi muito pouco!
Ele saiu correndo e foi buscar alguém
para levar as coisas pediu
educadamente que ela esperasse maiis um pouco
e cuidasse da traia!

Ela esperou tranquilamente, lendo um pouco
mais de seu romance preferido.
Depois ele voltou com uma mulher e 4 crianças,
uma mulher muito braba com uma cara muito feia.
umas criançinhas muito magras e tristes.

Foram catando os troços e levando sem olhar para ela,
sairam deixaram duas meninas cuidando...
ela parou de ler e disse...

Quem é este  homem... As meninas disseram:
É nosso pai ele sempre quer ir embora de casa,
mamãe briga ele  foge ela o procura e o acha,
e o leva de volta...

Mamãe vai bater nele hoje.
Ela não gosta que ele foge. Ela diz ninguém gosta dele

só nós!

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