quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Declaração contundente Maria Melo

Entrego-me a eles,
sem nenhuma carta nas mangas e nem na mesa,
sem previsão de futuro bom,
sem sangue de realeza.

E feito um rio, rio  criança,
sem que entendam de mim qualquer esperança,
tenho a dádiva da alegria,
Dádiva que o amor oferece.

Olhos nos olhos,
coração no coração, atentamente,
transcrevo textos nunca revelados
que eles próprios desconhecem.

Minhas lindas pessoas
com seus tristes jardins de dores,
ícones cultivados e adorados,
como suas únicas própriedades de valor

Me perdoam o alarde
deste momento ûnico e irreal,
por mais que estique as mãos
que aumento no máximo o tamanho do abraço,
eu não consigo os alcançar

E ouço cada vez mais próximo,
o  grito  feroz  da descrença,
não é possivel que viva entre nós,
tamanha disparidade e inocência.

Quero que saiba que minha alma se prosta
a beira da estradas,
que joga toda água dos copos
feito chuva pelas calçadas,

para molhar teus pés
água benta e sagrada
de um choro que nunca teve fim...
porque nunca começou
por tua causa.

Minhas lindas pessoas
Vejam nas minhas mãos as estrelas brincam
São luzes que acolhem teus olhos,
mas não  sabem como tuas dores findam

Não falam como eu,  repetidamente,
torrencialmente, feito cachoeira no desfiladeiro...
porque palavras nada me custam.
e as jogos pelos ares, pelos mares,
pelos campos, como sementes
acusticas, finalizadas e derradeiras.


E mesmo assim... depois de  todo o máximo do exagero,
de todo zelo, cuidado e esmero,
vejo a descrença como teus piores inimigos.

E vejo que como estrelas de meu malabarismo,
tens versos mudos e precisos,
flutuando como luz nos teus abismos.

E nada sei negar
me entrego a eles porque tenho
a dádiva de amar.

E eles  tem sempre muito medo,
especialmente de amar,
qualquer tipo de amor,
lhes parece tão caro, que nunca poderão comprar,
que nunca poderão partilhar,
que nunca poderão dar,

mas misericordiosamente
eles tem o coração completamente a transbordar
e é naturalmente destas sobras e migalhas
que construo a minha arte,
e digo este pouco, infinitamente muito
colhi a tua volta,
é o que tu deixas a derramar e se perder,
por onde passas,
com tua tristeza nos braços, apenas.

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