terça-feira, 20 de julho de 2010

Layla, seus pesadelos e a hipnose - Maria Melo

Lay é uma personagem criança. Não lhe revelo a idade dela.
Porque Lai pode ser criança, enquantos velha,
e ser velha, quando criança ainda era. Suas histórias são humanas
Vindas de  seus umbigos e Layla prefere ser anônima.

Crescera magrela. Olhos arregalados, desde menina,
porem linda...
um problema sem resolução. Layla não gostava de dormir.
Chorava todo dia, brigava e quase apanhava para deitar-se.
Hoje são recordações, apenas.
A familia fazia tudo por ela. Agradava-a simplesmente,
todos os dias. O dia inteiro... quando era noite, começava o tormento.
Quando dormia... forçadamente,
acordava gritando e saia da cama e do quarto correndo,
abria a porta do banheiro e se sentava na privada
muitas vezes de pijama, trancava a porta e
e nem barulho fazia. Tinha horriveis dor de barriga.
Outras vezes desinteria. No príncipio a mãe  e o pai não entenderam
. Levaram a filha ao médido muitas vezes e
Layla era perfeitinha.
Chorava feito nenê não dizia nada,
Restaram-lhe os remédios para a mente,
Ela tinha pesadelos.

"Eu tava dormindo e acordei com um homem com uma enorme foice
que voava sobre o meu quarto tantando cortar minha cabeça
Me desviei muitas vezes e corri para o banheiro... quando a mãe
abriu o banheiro ela chorava e lhe falou isto.
Era apenas um de seus ferozes pesadelos.

Quantos se pudesse  imaginar ela tinha, quantas vezes tentasse dormir...
e se podia ver claramente que na maioria das vezes ela não
acordava completamente, mesmo depois de se levantar, gritar e correr para o banheiro,
depois voltava para a cama, parece que esquecia tudo,
e repetia tudo de novo do começo ao fim...

Se Layla dormisse durante o dia, ainda era pior.

Os recursos para tratamento  se esgotavam e Layla estava pronta para ser
uma estranha doente.

Foi sim no centro espírita. O homem de longe, poderoso e admirado
que vinha tirar espírito ruim de quem os tinha...
Layla estava lá ofegante, alguem lhe disse que o seu espírito não era seu,
e que eles o tiraria dela... Layla só se preocupou se isto ia doer!

O homem poderoso apontava para a plateia que em uma especie de extase
repetia rezas e logo logo identificava alguém  que nun instante era agarrado
pelos seguranças e levado até o poderoso... Lá era uma verdadeira guerra,
tapas, socos pontapés, gritos, tombos, lombos,  e até relhos... Layla
se imaginou na mão deles e decidiu ir embora... mas antes
pensou na hipótese de que fosse ´possivel ter algo em si que não fosse dela,
Ela não queria isto... Porisso desfilou e desfilou na frente do poderoso,
para ver se ele apontava para ela... ficou firme no seu intento,
tinha medo mas era melhor ter medo agora  e ser livre para sempre;
O tal homem de olhar certeiro nem a notou. A ignorou completamente.
Entendeu ela que tal espírito que devia ser arrancado daquele horrivel jeito,
ela não tinha. Saiu leve, feliz e crente: Nunca mais pesadelos Teria.

Vão engano na mesma noite ela acordou em pânico
envolvida no mesmo terror... A morte, sempre tentando capturá-la
rindo do seu medo e o pior de tudo, o inconfessável,
Layla sentia dor. Perdia a voz. Imobilizava as pernas os braços,
Não conseguia abrir os olhos. Vomitava. sangrava.
Mas de repente acordava... apenas parcialmente e no banheiro aos
poucos se acalmava e voltava para calma ... repetia o pesadelo,
às vezes o mesmo ou o inovava....

O que se podia fazer... tudo que se fazia não melhorava...
Os remédios muitas vezes a deixavam ainda mais estranha...
Layla parecia estar sempre subindo uma escada...
sempre sempre seguida, perseguida,
às vezes gritava... falava sozinha, ouvia... cantava,
chorava... mas munca mesmo nem em sonho,
qualquer verdade que fosse vinha a tona.
Nem os profissionais...

Mas um dia a hipnose se aproximou:
Deve ser trauma de outras vidas, gestação, infância...
Se pudermos hipnotizá-la haveremos de achar a solução.
Que os pais ou quaisquer outras pessoas da redondeza soubessem
o que  vem a ser hipnose... era uma mentira. Ninguém sabia,
todo mundo ouvia falar hipnose..dos filmes, ou histórias...
...dá pra saber tudo, até outras vidas passadas...
mas como, onde, quando e por que... isto não sabiam.

Todos decidiram pela hipnose. Os familiares tinham medo
mas lhes foi garantido que nada mesmo aconteceria para piorar
o estado de Layla... A hipnose apenas a ajudaria.
Layla concordou.

E diante  dos pais aceitou ser hipnotizada.

Layla foi induzida ou conduzida ao passado
que ia passando por ela lentamente, brincava, chorava,
estudava, passeava... tinha períodos muito bons na vida dela...

Finalmente Layla chegou ao útero de sua mãe.
Parou ai... parece que era o fim. Layla emperrou. Começou a balançar
a cabeça  insistentemente sem dizer nada...
questionada teve dificuldade para se comunicar, porem
se expressou... Estava preocupada com seus lindos cabelos,
que pareciam muito encebados e colados no couro  cabeludo.
como seus cabelos eram longos, grudados no pescoço.
Layla balançava a cabeça para senti-los soltos.

Layla  diz que se sente muito desconfortável no útero de sua mãe,
que está deitada faz  muito tempo, dolorida e que não consegue
movimentar seus braços e pernas como gostaria.

Layla pede um travesseiro. O hipnotizador diz que está providenciado,
Layla está cansada, está meio adormecida... tenta mover
as pernas  e pede com aflição que remova o cobertor amarelo
que está em cima dela. Ela o descreve como sendo um coberto
muito fino e leve que a envolve porém esta demasiado aquecido.

O hipnotizador diz que removerá o cobertor
e Layla parece dormir. Ele tenta induzi-la para mais alem,
mas ela de  repente repete toda a cena, do cabelo, do travesseiro e do cobertor,
assim outras vezes, seguidamente, sem alteração.

A hipnose não progride além do útero, Layla regressa
e diz que não se lembra de nada.


Até então Layla não conseguia dormir bem,
quando seus pais se mudaram para uma região mais quente, na época
do inverno porque não  suportava mais vê-la congelando
no frio da noite, sem querer voltar para a cama,
Layla passou a molhar com água o piso onde ela dormia,
não suportava o colchão, dormia no chão,
úmido... segundo ela o calor era insuportavel.

Layla se curou. Não imediatamente á hipnose,
se curou posteriormente quando percebeu que não tinha tolerância ao  calor,
e quanto mais cobertores colocava na cama, maior o pesadelo,
sentia labaredas de fogo rondando seu corpo
por toda parte em que ela dormindo fosse.

Sonhava com a morte, com asfixia, com incêndio,
com enforcamento, com todos os tipos de tormentos físicos,
e até com o mar cheio de água tentando apanha-la...
e tinha que acordar e quando acordava não conseguia
se lembrar da causa porque tinha que acordar,
Tinha que acordar  para remover de si tantos cobertores
que a aqueciam em excesso... seus pesadelos eram apenas
um simples informativo... criado por estímulos nervosos,
semelhantes aqueles que nos informa sobre coisas quentes e frias,
perigo, calculos e assim por diante...
nada havia de sobrenatural,
de fantástico ou assombroso...
apenas a dramática arte da comunicação!

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