sábado, 17 de julho de 2010

Layla conta uma estória ( Maria Melo) parte II

Valdo chega ao seu destino, ainda tem sol,
uma condição sine qua non para o triunfo do seu dia.
É urgente e tem que ser feito agora, disse Roma,
Foram para perto do lago onde estava uma grande árvore...
Roma apontou para cima e disse,
Está vendo... é o ninho e tem  filhotes de ave lá dentro.
A velha árvore vai para o chão, está noite,
Já chamei o homem do machado moderno
amanhã ela estará demolida.

Valdo lembrou de suas  rondas noturnas,
buscando vândulos  e os guardando
em  viaturas, profissão de elevado risco
e agora estava ali, simplesmente para subir
numa árvore grande,  sem os principios básicos  de segurança
para   salvar sabe lá Deus os filhotinhos
de uma ave anônima e desinportante.

Era o seu tipo de heroísmo, a sua crença e sua atuação
quanto a árvore, talvez já tivesse vivido o bastante
ele Valdo também não podia interferir nas decisões
de outra pessoa...fazia a sua parte quando era solicitado.

Com a maior paciência do mundo subiu na árvare
e na frente dos passarinhos pais,
removeu o ninho e seus filhotinhos...
Foi uma tarefa muito facil...apesar de arriscada
já que a árvore era grande e uma parte de
seus galhos  estavam sobre o lago.
Valdo também nadava muito bem...
se caisse na água seria apenas mais um detalhe
das muitas aventuras que tinha.

Todas as crianças por ali, filhos de roma
acariciaram os filhotinhos com os
olhos e com olhares admirados...
queriam pegá-los. Ninguém permitiu.

Valdo os colocou em outra árvore,
próxima e teve tempo de perceber
que os pais pássaros ficaram ao redor dos filhotes.
Tudo correu muito bem.  A missão
foi realizado com êxito, Valdo se sentia realmente
um herói... mas de que modo o via
os pássaros...!

Valdo voltou para casa cheio de adrenalina
...subiu numa árvore, coisa que só fizera
na infância e adolescencia... estava até renovado
nas suas crenças e esperanças.

Contou aos pais o  que aconteceu.
Os pais se admiram muito e perguntarem detalhes
sobre os passarinhos. Sobre o ninho,
questionaram sobre a segurança e sobrevivência
dos filhotinhos. Nada questionaram sobre a árvore
Tilnha muitas árvores na floresta.
Isto se passou durante a tarde  e a noite
de sábado.

Todos foram dormir... ainda com as imagens
reais daquele dia na memória e os velhos,
as imagens imaginárias, também na memória.

No domingo tinha almoço e reunião com quase
todos os membros da familia, era meio trivial,
não precisava de convite... ia quem queria
e todos queriam e todos iam.

Na hora do almoço, uns comiam, outros contavam estórias,
outros riam, outros ouviam, outros brincavam...
entre todos os parentes e amigos, estava também Layla...
Aquela menina quase mulher ou mulher quase menina,
era uma pessoa linda e calada e mal humorada
mas ninguém se importava com ela, todos a adorava,
chegavam a pegá-la no colo, beijá-la, abraça-la e ela às vezes
reagia aos chutes e ponta pés ou simplesmente
se deixava beijar... eram os seus, isto ela sabia.
Ouviu quando ainda era nenê eles admirados
ao assistir seu banho dizerem:
Ela é linda até mesmo  até mesmo assim,  nenê e nua.
Nasceu linda não precisa nenhum adorno!

Calada e muda num canto, ao lado da vó,
Layla olhava para o nada, sempre com mesma cara:
A vó olhou para ela e disse:

teu  Tio ontem esteve na chácara do Roma
(Roma e Valdo sentados na mesa, abraçados com
uma montanha de comida ), juntamente com tantos outros
ocupados  e alegres e no mesmo alvoroço;
Ele foi chamado com urgência,
na boquinha da noite à chacara para realizar
uma tarefa muito árdua e a realizou...

Todos de repente prestaram atenção ao rumo da conversa,
especialmente Valdo e Roma...

A velha avó disse: te dou um milhão
se você adivinhar o que Valdo foi fazer lá...
A neta rabujenta virou e revirou os olhos
e disse... ahaha... você está mentindo... nunca teve um milhão,
como poderá dá-lo.

A vó ficou pensativa. Não tenho um milhão. Que coisa triste.
Nem mesmo mil... nesta hora nem mesmo 100, estou sem.
Ela olhou a sua volta, ali sentada mesmo,
não poderia quebrar a magia que havia no ar...naquele momento

Se saisse alguma coisa poderia mudar
Pensou numa bonita bola que estava ao seu  alcance:
tomou a para si. A bola no colo a velha vó insistiu:
Te dou esta bola se você adivinhar o que aconteceu na chácara do Roma
ontem  na boquinha da noite... Esta bola, disse a menina,
É bonita eu topo. Entre a primeira vez que a  segunda vez  em que velha avó fez
a proposta havia um lapso de tempo... foi menos de um minuto.

Layla já sabia a resposta. Confirmou: Você me dá mesmo está bola,
se eu acertar... a vó sorrindo disse: dou! Ganhar qualquer coisa
num jogo deste, será um grande prazer. Ela não pensou isto.

A vó sorria vitoriosa. Ela Layla jamais com nenhuma força do mundo
seria capaz de adinhar a resposta.
A este momento todos estavam atentos e nen  engolir a comida
conseguiam.

Lay disse: Tio Valdo foi tirar um ninho de passarinho numa árvore
na casa do tio Roma.
O beiço da velha avó caiu, os olhos também.

Como vocês são fofoqueiros, disse a vó.
Quem mandou Valdo, você contar para ela.
Eu não. Só se foi o Roma... Eu não só se foram os meninos,
eu não, eu não, eu não, eu não, um por um.

Com quem você falou desde de ontem às 5 horas da tarde,
perguntou a vó. Não falei com ninguém.
Todos confirmaram. Não falamos com ela, faz mais de
15 dias que não a encontramos.
Quem te contou sobre os filhotes... Ninguém disse a menina.
Como soube a resposta. Quer mesmo saber:

Tio Valdo lembra daquele livro americano que tem estado
na sua mesa todos os dias... então li lá como ler pensamentos.
e li os pensamentos da vovozinha.
Mentira sua, danadinha! Quem te contou é seu cumplice...
pode contar pra nós, se não todos ficam sem sobremesa...

Layla era doida por doces, quase sempre os comia inteiro.
Bom, vovó, vai me dar a bola e Layla foi pegando a bola bonita,
a vó constrangida, disse: Esta bola não é minha, não posso
dá-la e a segurou fortemente.
Vovó você prometeu.. não me pode dar a bola,
é  o meu troféu! Eu adivinhei.

Só posso dar outro presente este não.
mas tem uma condição: conte a verdade.

Tá bom vovó vou contar a verdade, não li seus seus pensamentos
coisa nenhuma, não sou capaz disto.
Foi meu tio Valdo que ligou e me contou.
Ah, disseram todos em uníssona e sonora expressão,
agora pode comer muita sobremesa,
o importante é nunca esquecer a verdade.

A menina foi para a mesa, abraçou seu tio Valdo,
que a olhou do começo ao fim, com os olhos
arregados e disse te conheço muito bem...

Familia é familia e não tem preço.

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