sábado, 10 de abril de 2010

Um século de Rachel de Queiroz

Quando eu digo que adoro a obra de Rachel de Queiroz
Digo que a amo, mesmo sem tê-la conhecido,
sem ter convivido de qualquer forma com ela.

Sua obra me leva à pessoa dela...
vôo direto até uma praça qualquer do mundo,
onde Rachel,  ainda quase  menina,  vai aparecer e espero,

Logo a vejo chegando na praça... bela
como a própria manhã que  era dela.

Estou sentada perto de outras pessoas,
o sol está bom e a praça está cheia.

Rachel se aproxima lindamente de um casal de namorados
e pergunta: Posso amar vocês...
eles se olham e estranham a pergunta... como assim...
Posso amá-los ou não...
Moça, estamos namorando... será que podemos...

Ela sai rindo... vai para um grupo de rapazes
Posso amar vocês... eles surpreso com a beleza
dela riem... pode sim, donzela, agora mesmo se quiser.

de banco em banco fazendo sempre a mesma
pergunta... posso amá-los e ouvindo
gracejos também ria e saia.

Alguns diziam: tão linda, mas parece sem juizo.
Para o homem ela fez a mesma pergunta:
Posso amar o senhor...
Ele disse: não sei não moça, eu não presto.
Ela tinha a resposta: Eu sei que não prestas,
mesmo assim, posso amá-lo.
Melhor não, minha cara, não quero te ver chorar.

Depois de perguntar a todos a mesma coisa,
e ouvir sempre evasivas das pessoas,
Ela subiu num banco da praça:
Arrumou sua bela saia, os cabelos
sorriu amplamente e falou em voz alta:

A mim todos podem amar,
eu permito que me amem, que me adorem,
eu permito toda forma de amor
ontem, hoje e agora
e permitirei que me amem para sempre.

e leu um poema, leio com seus olhos,
com seu corpo e toda sua alma em cena:
(Texto acima criado por Maria Melo)

      

Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao
                                       mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia. 

poema Rachel de Queiroz


(Poesia feita em homenagem ao poema
"Geometrida dos Ventos" de Álvaro Pacheco

( Jornal da poesia Rachel de Queiroz)

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