Digo que a amo, mesmo sem tê-la conhecido,
sem ter convivido de qualquer forma com ela.
Sua obra me leva à pessoa dela...
vôo direto até uma praça qualquer do mundo,
onde Rachel, ainda quase menina, vai aparecer e espero,
Logo a vejo chegando na praça... bela
como a própria manhã que era dela.
Estou sentada perto de outras pessoas,
o sol está bom e a praça está cheia.
Rachel se aproxima lindamente de um casal de namorados
e pergunta: Posso amar vocês...
eles se olham e estranham a pergunta... como assim...
Posso amá-los ou não...
Moça, estamos namorando... será que podemos...
Ela sai rindo... vai para um grupo de rapazes
Posso amar vocês... eles surpreso com a beleza
dela riem... pode sim, donzela, agora mesmo se quiser.
de banco em banco fazendo sempre a mesma
pergunta... posso amá-los e ouvindo
gracejos também ria e saia.
Alguns diziam: tão linda, mas parece sem juizo.
Para o homem ela fez a mesma pergunta:
Posso amar o senhor...
Ele disse: não sei não moça, eu não presto.
Ela tinha a resposta: Eu sei que não prestas,
mesmo assim, posso amá-lo.
Melhor não, minha cara, não quero te ver chorar.
Depois de perguntar a todos a mesma coisa,
e ouvir sempre evasivas das pessoas,
Ela subiu num banco da praça:
Arrumou sua bela saia, os cabelos
sorriu amplamente e falou em voz alta:
A mim todos podem amar,
eu permito que me amem, que me adorem,
eu permito toda forma de amor
ontem, hoje e agora
e permitirei que me amem para sempre.
e leu um poema, leio com seus olhos,
com seu corpo e toda sua alma em cena:
(Texto acima criado por Maria Melo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário