Numa velha carta,
que cruzou o tempo e foi enviada para o futuro.
Ela relembrava um velho amor,
destes próximos, silenciosos,
feito muro.
Seus olhos encobertos pelo tempo,
ou os passos sem rumo,
ora para tras ora para frente.
mas sem encontrar o chão.
Estava tão longe o dia,
que pensou que jamais viria.
Quando o viu, pela primeira vez
ainda nem sol havia,
nem este mundareu de estrelas
que vagam a noite, iluminada, existia.
tudo era deserto.
Ele não andava próximo como ela queria,
ele não a via, não a ouvia,
nem a pressentia,
mas ela já sabia que ele viria.
Até fez um pequeno jardim,
me perdoem as borboletas, mas foi para ele,
que cultivei as flores...
Ele ao pisar no chão do olhar dela
respirou aliviado,
finalmente em casa!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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