terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mellinde II

Porque esta fome de escrever é mais voraz que fome do estômago,
que a fome de amar, que a fome de ser
e enquanto ele dorme tão do lado e tão distante eu sigo a sinfonia dos seus sonhos,
pra saber onde andará, quando foge de minhas mãos.

O Homem na praia olhava a montanha de pedras pontiagudas e hostis
diante de si,
lembrava a folha da bananeira com a mensagem da moça perdida no tempo,
Poderia escrever nas folhas do copo de leite, da taioba, até na batateira,
mas na bananeira... é muito dificil de se escrever....e impossível de se ler.

Não sabia onde tinha enterrado seu cavalo,
se seu cavalo nadava no fundo do mar ou voava por cima,
se tinha asas... ou garras... ou nada tinha.

Por fim um  soco eterno no estômago lembrou a vida,
encontrou rostos amigos, explicou que podia fazer algo
para ajudar se lhe  arranjasse comida...
Tudo na mesa, do bom e do melhor e ainda queriam ouvir estórias,
pena que ele não se recordava de nada,
não conseguia nem mesmo inventar, aumentar, incrementar
o mais simples conto.

Mas falou da moça estranha que conheceu num sonho.
Não sabia que a gente podia conhecer alguém atraves dos sonhos,
gostei desta... tem cada coisa no meu sonho...
E todos tiveeram motivos para se familiarizar com ele.

Tão logo encheu a barriga foi fazer o prometido, limpar
tudo por ali... depois subiria a montanha
Fez e partiu.
Procurar uma pessoa homem que tivesse uma juba de leão,
Mãos grandes, pes grandes, cabelão, dentão era facil
achar uma criatura assim.

Os leões apesar de atentos dormem muito. Comem o que querem
e nada tem a discutir nem a dever com ninguém.

Ainda durante a escalada lembrou da folha da bananeira,
mas jamais se lembraria dos riscos dela,
como não havia outro jeito tinha que entregar a mensagem
escolheu a flor da bananeira, aquele quase coração vermelho,
bonito e sincero pendurado na árvore.

Ainda olhou para Mellinde lá longe,
crianças subiam-lhe pelas pernas, pelo ventre,
pelos peitos, braços, ombros, puxavam seus cabelos,
enfiavam-lhe os dedos nos olhos...
tricotava o avesso de sua alma, na mesma pedra,
onde muitas gerações floresciam e  sumiam...
Mellinde se prostava a enterrar-se ainda que viva e dolorida
o primeiro século  depois de Cristo,
era um tempo absurdo para se dar qualquer passo.

Vê-la ainda lá lembrou sua obrigação encontrar o Leão,
Serve aquele concluiu ele.
Nem tinha juba ou pata mas tinha um olhar calado e de grande peso.

O mensageiro de copas disse:
Trouxe-lhe uma mensagem de uma moça chamada Mellinde,
que vive no primeiro século depois de Cristo...
Deu-lhe o coração,

O homem olhou bem... Não conheço ninguém neste endereço.
mas vou investigar muito bem.
O que esta tal de Mellinde quer...
O mensageiro se calou. Bem que sabia, era uma carta de amor,
Ela quer o senhor... devo leva-lo comigo, ela o espera.
Mas se dissesse isto, poderia ser atacado,
ninguém leva ninguém, muito menos um Leão.

para o futuro até pode se ir... para o passado, não.

Examinado o coração o homem leão decidiu comê-lo.
mas o coração já tinha algumas mordidas anteriores,

Estamos casados.

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