Sempre quis estudar física
e ser físico.
Por causa dele...
Mas nossos cabelos sempre foram diferentes:
Os deles avançavam para o universo,
ordenamente,
os meus, pelas leis da gravidade,
caiam para o centro da terra,
tendencialmente.
Agora, Einstein... algum número na caixola...
se sim ou não vamos às fórmulas:
Qual é a velocidade do pensamento
se deslocando rumo a uma estrela,
dentro ou fora do sistema solar...
E como fica a lei das massas...
qual a proporcão e se sim, ou não
pensamento pode ser considerado um corpo...
se sim ou não onde fica o espaço
onde ele se move...!
Qual a trajetória do pensamento,
considerando seu ponto incial e seu ponto final...
Eu bem que lhe avisei brincar de números
e fórmulas ia complicar as coisas...
E quanto à lei da matéria
sonho tem matéria...
qual é a probalidade de um sonho ser realidade...
ou virar realidade... considerando
o mais e o menos infinito.
Sonho tem deslocamento no espaço,
no vácuo... qual sua trajetória...
com inicio em tempo 0 e final em tempo relativo...
Einstein penso que andas muito perto das coisas.
Por falar em perto,
como escapar da atração da terra e
se deslocar rumo as estrelas, pior ainda,
como fugir da rota e da velocidade da terra,
em torno do sol e escapar
da atração do sistema solar...
e navegar no espaço
sem matéria...todos os corpos
carecem de matéria para ter uma existência física
comprovável e se relacionar
com as outras entidades corporeas universais.
Mas tu, meu amigo Einstein...
nunca te conheci com tais atributos
no entanto estás sempre presente,
em todas as atividades deste mundo.
autora Maria Melo
segunda-feira, 29 de março de 2010
Meu mar
Amo meu mar:
Me deito em seu crepúsculo
e espero:
Ele vem me lamber.
Me lambe, me molha,
me puxa, me empurra,
me abraça, me engole.
Meio viva, meio mole,
Bebo suas águas salgadas,
beijo a neblina dos seus olhos..
e durmo como se não precisasse
mais acordar.
autora Maria Melo
Me deito em seu crepúsculo
e espero:
Ele vem me lamber.
Me lambe, me molha,
me puxa, me empurra,
me abraça, me engole.
Meio viva, meio mole,
Bebo suas águas salgadas,
beijo a neblina dos seus olhos..
e durmo como se não precisasse
mais acordar.
autora Maria Melo
domingo, 28 de março de 2010
Marias... meninas!
Ela tinha no máximo 12
mas se eu pudesse exagerar diria, até quinze,
para amenizar.
Uma bota plataforma de madeira pesada,
com enorme salto
que ela arrastava com todo seu corpinho,
minúsculo e magrinho,
pela calçada esburacada.
Metade das coxas fininhas encobertas, pelas botas
que claramente nem suas eram
eram de pés maiores.
A sainha justa e cinza, apertadinha,
cobria apenas sua nádiga, precariamente,
de menina.
A blusinha de tirinha e decotada, tanto
na frente quanto atras era horrivel.
Mas o xale era chique e raro,
bordado e espalhado sobre as costas nuas
Denunciava: Alguém a vestia assim.
Os cabelos especialmente desarranjado
escondia sua face infantil,
os olhos pintados, de azul marronzado,
disfarçava as marcas de agressão,
espancamento. Os olhos estavam úmidos,
as faces tinham uma leva marca de lágrimas.
que ela já esqueceu onde as derramara.
Eu distraidamente atenta acompanhava a pequena figura
que se movia pela calçada
uma sombra escura a seguia...
Ao se aproximar mais de mim,
teve que me olhar... eu esperava que sim,
Me perguntou naquela fração de segundo:
O que faço com minha vida,
por este mundo...!
Fiquei caladol, também sou cúmplice
da condição de mulher.
Logo em seguida me deu as costas,
alguns homens dificeis de encarar a observavam:
Estou certa que para nenhum deles ela era sexi!
Em uma das mãos enroladinha, uma nota de 10 reais...
ela levantou a sainha cinza, e apareceu
sua calcinha vermelha de renda,
feito aquelas de criancinhas...
com todo descuido consigo mesma
enfiou o dinheiro na calcinha...
depois arrumou a saia o melhor que
pode, o xale puxou e puxou... melhorou...
Saiu arrastando a pesada bota pela calçada.
e logo logo desapareceu.
Eu também desapareci...
com meu coração na mão,
sem coragem para questionar.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Quem sou Eu...quem é você!
Um pedaço de papel, com números,
simples números, não era equação:
Mas era uma operação.
Nem números nem cidade existiam!
Só um amor desconhecido
distante, invisivel, em agonia.
Números secretos... indecifráveis...
mensagem sem remetente.
do além, nem em sonho, vieram!
um mês, contando os dias,
chegou ao fim, a solução não viria
Olhei para o papel e os números
somei e dividi... multipliiquei... diminui...
conforme a misteriosa numerologia
e as linhas de mão que vi.
Ele estava a salvo!
E quantos estão... e quantos se vão
sem que fique por eles,
uma única verdadeira lágrima
mas este papel era único...
minha mão hesitou mas amassou,
não contente, o rasgou...
ainda na incerteza, o queimou.
Sou péssima em matemática espiritual.
sou espiritualista não eterea,
sou cheia e completa de tudo tipo de matéria.
Veio o fim... a memória enterrou tudo.
Guardou nem sei onde...
num recanto qualquer do mundo.
mas o mundo não é um baú
onde um tesouro qualquer se esconde...
e Einstein jamais jamais jogaria isto fora
.
E as histórias ficam ali,
expostas, feito pedras,
esperando que mais cedo ou mais tarde
a gente nelas tropeça...
E é fatal, antes que se crê,
que nunca se espera,
que nunca virá, que nunca será,
que nunca acontecerá... ela ri...
da sua quimera.
Ei, você, eu não estou longe,
nem lá, como se cria...
estou sempre aqui... onde devia.
aguardando... a sua espera.
simples números, não era equação:
Mas era uma operação.
Nem números nem cidade existiam!
Só um amor desconhecido
distante, invisivel, em agonia.
Números secretos... indecifráveis...
mensagem sem remetente.
do além, nem em sonho, vieram!
um mês, contando os dias,
chegou ao fim, a solução não viria
Olhei para o papel e os números
somei e dividi... multipliiquei... diminui...
conforme a misteriosa numerologia
e as linhas de mão que vi.
Ele estava a salvo!
E quantos estão... e quantos se vão
sem que fique por eles,
uma única verdadeira lágrima
mas este papel era único...
minha mão hesitou mas amassou,
não contente, o rasgou...
ainda na incerteza, o queimou.
Sou péssima em matemática espiritual.
sou espiritualista não eterea,
sou cheia e completa de tudo tipo de matéria.
Veio o fim... a memória enterrou tudo.
Guardou nem sei onde...
num recanto qualquer do mundo.
mas o mundo não é um baú
onde um tesouro qualquer se esconde...
e Einstein jamais jamais jogaria isto fora
.
E as histórias ficam ali,
expostas, feito pedras,
esperando que mais cedo ou mais tarde
a gente nelas tropeça...
E é fatal, antes que se crê,
que nunca se espera,
que nunca virá, que nunca será,
que nunca acontecerá... ela ri...
da sua quimera.
Ei, você, eu não estou longe,
nem lá, como se cria...
estou sempre aqui... onde devia.
aguardando... a sua espera.
Meu nome é saudade
Se estou com ele:
Ora, Deus, deveras
Podes fechar teu paraíso:
Já tenho o meu na terra.
Mas quando estou longe,
meu Einstein interior se desespera:
repensa sua matemática velha.
Recombina velocidade,
com os tempos de outras eras.
Praças e portarias atravesso,
corredores e paredes, em festa,
e pairar sobre ele que dorme
que sonha:
morder sua lingua
com suaves palavras entre os dentes,
até que seus olhos dormentes,
sinta saudades entre seus braços vazios.
quarta-feira, 24 de março de 2010
A zeladora da igreja V - Poseidon e Pipa da Praia
Logo a Igreja seria aberta,
as luzes acesas e os fieis mais apressados
chegam mesmo antes do Padre,
preparam suas orações!
Pipa abriria a Igreja no horário de sempre.
Mudou Jesus de Lugar... um lugar mais
discreto, onde o povo senta menos
e ela conhecia todos os melhores lugares,
Havia sempre um cantinho rejeitado.
Levou Jesus no colo para lá,
falava baixinho com ele, nos ouvidos,
como se alguém ali os pudesse ouvir.
Sentou-o lá e disse fique ai,
eu já volto. Vou abrir a Igreja.
Pipa ainda estava com o mesmo problema,
como levar Jesus para casa.
Ele seria seu hóspede.
Mas a Igreja tem que abrir... se não abrir o Padre Abre...
Já estava na hora. Abriu a igreja,
voltou e sentou-se ao lado de jesus,
Já estava meio escuro, porque era Inverno,
e as luzes acesas no templo
davam uma sensação muito estranha em todos,
poderia dizer que viram ou não viram
o obvio ou o sobrenatural.
e o frio dos próximos atos, ainda desconhecidos
lhe causava tremores.
O povo chegou para a missa das 7,
o Padre já havia chegado... ficou no seu quarto,
nem se lembrara de Pipa,
ela era da casa, uma serviçal de confiança.
Tudo arrumado para sua missa,
a Igreja foi lotando, e ocupando
os seus melhores lugares.
Talves Deus vê todos. Eu não sei.
Mas Pipa não estava tranquila,
quanto menos vissem Jesus naquele momento, melhor,
para ele e para ele...!
Jesus muito bem comportado ficou quase invisível.
O Padre rezava as iniciais do ritual da missa.
Quando Pipa esticou os olhos para a porta de entrada...
Uma cadeira de rodas, entrando, vazia
pela porta, o homem que a empurrava, olhava
procurando um lugar para sentar-se e levar sua
cadeira... Ela Pipa mais que rápida,
fez-lhe um sinal:
indicou um espaço perto dela,
tava bem vazio e o homem levou a cadeira
para perto dela... Ele lhe confessou baixinho
que levara a cadeira para igreja,
para agradecer um milagre recebido
por alguém de sua família
e que não sendo exatamente uma pessoa de fé ativa,
pediria a ela que depois da missa
informasse o Padre para que a cadeira
fosse exibida como agradecimento da graça recebida.
Pipa quase voou de felicidade,
seu sorriso se espalhou por todas as paredes
do templo... seu olhar brilhou como uma luz.
Ali estava a mais perfeita solução.
Qualquer pessoa que viu a cena
imaginou uma coisa perfeita em sua mente,
Nada suspeito. tudo em paz.
A cadeira ficou do lado dela, ela do lado de Jesus,
Jesus, calado, parado, meditando, naturalmente,
com quantas armadilhas a vida nos seduz.
Pipa feliz da vida. Nem ouve as palavras do santo Padre,
não arrisca a olhar muito para Jesus, vê
que ele está muito pensativo
mas compreendeu bem onde Pipa vai chegar.
A missa terminou logo... Ela queria ser uma das primeiras
a sair da Igreja, não precisa falar com o Padre,
que semrpe fazia seu ritual e ia embora rápido.
Ele, o próprio fecharia a Igreja no Domingo à noite.
Ninguém prestava atenção em nada
e mesmo que prestasse não entenderia o que se passava,
seria uma cena muito corriqueira e aceita...
que ninguém gosta muito de participar.
Ela pegaria Jesus no colo e o colocaria na cadeira
e depois sairia no meio da multidão de fieis,
serenamente... ainda colocaria sua manta
sobre Jesus, Havia neblina apesar da luz.
Tudo estava muito perfeito.
Fez isto... Sentou Jesus na cadeira e começou a empurar...
pelo corredor menos usado.
olhou para tras e viu o Padre lhe fazendo um sinal.
Pipa não teve como evitar..
O padre a chamava insistentemente.
Fingiu que falou com Jesus:
Me espere eu já volto vou ver o que santo Padre quer.
e foi em direção ao altar olhando varias
vez para Jesus... que fiou na cadeira, no corredor,
menos usual pelos fiés, de costa para o altar,
O padre disso: é seu parente que está na cadeira de rodas...
Sim, Padre é meu irmão, mas ele quis vir hoje
até a Igreja... um parente o trouxe, agora
a pouca chegou sua cadeira.
O padre... é observei quando a cadeira entrou na igreja
e foi em sua direção, compreendi
que era seu parente. Sim, Padre,
o Senhor vai fechar a Igreja sozinho,
estou com um pouco de pressa, pra levar meu
irmão, embora, faz frio, faz neblina,
e ele sofre bastante, com isto.
O padre olhou e ela também o homem
e a cadeira continuavam no mesmo lugar.
Ela foi ficando desesperada para ir embora,
parece que havia algo estranho dentro da igreja:
às vezes ela via isto no brilhos dos olhos
do Padre ou no corredor,
na cadeira e em Jesus.
Mas o Padre queria saber mais sobre o irmão dela...
e ela se distraiu um momento
e quando ambos olharem de novo para a cadeira,
nem a cadeira e nem ele.
O corredor estava vazio pouco iluminado e frio.
Ela quase morreu saiu correndo dizendo,
Padre ele deve ter pedido ajuda para alguém,
vou depressa, ele não está acostumado
nem com as pessoas e nem com a cidade.
a noite... Pipa saiu correndo,
correndo muito, atropelando as pessoas,
Cade o seu Jesus... pouco depois encontrou a cadeira abandonada
e uma mensagem...
boa mulher prazer em conhecê-la.
as luzes acesas e os fieis mais apressados
chegam mesmo antes do Padre,
preparam suas orações!
Pipa abriria a Igreja no horário de sempre.
Mudou Jesus de Lugar... um lugar mais
discreto, onde o povo senta menos
e ela conhecia todos os melhores lugares,
Havia sempre um cantinho rejeitado.
Levou Jesus no colo para lá,
falava baixinho com ele, nos ouvidos,
como se alguém ali os pudesse ouvir.
Sentou-o lá e disse fique ai,
eu já volto. Vou abrir a Igreja.
Pipa ainda estava com o mesmo problema,
como levar Jesus para casa.
Ele seria seu hóspede.
Mas a Igreja tem que abrir... se não abrir o Padre Abre...
Já estava na hora. Abriu a igreja,
voltou e sentou-se ao lado de jesus,
Já estava meio escuro, porque era Inverno,
e as luzes acesas no templo
davam uma sensação muito estranha em todos,
poderia dizer que viram ou não viram
o obvio ou o sobrenatural.
e o frio dos próximos atos, ainda desconhecidos
lhe causava tremores.
O povo chegou para a missa das 7,
o Padre já havia chegado... ficou no seu quarto,
nem se lembrara de Pipa,
ela era da casa, uma serviçal de confiança.
Tudo arrumado para sua missa,
a Igreja foi lotando, e ocupando
os seus melhores lugares.
Talves Deus vê todos. Eu não sei.
Mas Pipa não estava tranquila,
quanto menos vissem Jesus naquele momento, melhor,
para ele e para ele...!
Jesus muito bem comportado ficou quase invisível.
O Padre rezava as iniciais do ritual da missa.
Quando Pipa esticou os olhos para a porta de entrada...
Uma cadeira de rodas, entrando, vazia
pela porta, o homem que a empurrava, olhava
procurando um lugar para sentar-se e levar sua
cadeira... Ela Pipa mais que rápida,
fez-lhe um sinal:
indicou um espaço perto dela,
tava bem vazio e o homem levou a cadeira
para perto dela... Ele lhe confessou baixinho
que levara a cadeira para igreja,
para agradecer um milagre recebido
por alguém de sua família
e que não sendo exatamente uma pessoa de fé ativa,
pediria a ela que depois da missa
informasse o Padre para que a cadeira
fosse exibida como agradecimento da graça recebida.
Pipa quase voou de felicidade,
seu sorriso se espalhou por todas as paredes
do templo... seu olhar brilhou como uma luz.
Ali estava a mais perfeita solução.
Qualquer pessoa que viu a cena
imaginou uma coisa perfeita em sua mente,
Nada suspeito. tudo em paz.
A cadeira ficou do lado dela, ela do lado de Jesus,
Jesus, calado, parado, meditando, naturalmente,
com quantas armadilhas a vida nos seduz.
Pipa feliz da vida. Nem ouve as palavras do santo Padre,
não arrisca a olhar muito para Jesus, vê
que ele está muito pensativo
mas compreendeu bem onde Pipa vai chegar.
A missa terminou logo... Ela queria ser uma das primeiras
a sair da Igreja, não precisa falar com o Padre,
que semrpe fazia seu ritual e ia embora rápido.
Ele, o próprio fecharia a Igreja no Domingo à noite.
Ninguém prestava atenção em nada
e mesmo que prestasse não entenderia o que se passava,
seria uma cena muito corriqueira e aceita...
que ninguém gosta muito de participar.
Ela pegaria Jesus no colo e o colocaria na cadeira
e depois sairia no meio da multidão de fieis,
serenamente... ainda colocaria sua manta
sobre Jesus, Havia neblina apesar da luz.
Tudo estava muito perfeito.
Fez isto... Sentou Jesus na cadeira e começou a empurar...
pelo corredor menos usado.
olhou para tras e viu o Padre lhe fazendo um sinal.
Pipa não teve como evitar..
O padre a chamava insistentemente.
Fingiu que falou com Jesus:
Me espere eu já volto vou ver o que santo Padre quer.
e foi em direção ao altar olhando varias
vez para Jesus... que fiou na cadeira, no corredor,
menos usual pelos fiés, de costa para o altar,
O padre disso: é seu parente que está na cadeira de rodas...
Sim, Padre é meu irmão, mas ele quis vir hoje
até a Igreja... um parente o trouxe, agora
a pouca chegou sua cadeira.
O padre... é observei quando a cadeira entrou na igreja
e foi em sua direção, compreendi
que era seu parente. Sim, Padre,
o Senhor vai fechar a Igreja sozinho,
estou com um pouco de pressa, pra levar meu
irmão, embora, faz frio, faz neblina,
e ele sofre bastante, com isto.
O padre olhou e ela também o homem
e a cadeira continuavam no mesmo lugar.
Ela foi ficando desesperada para ir embora,
parece que havia algo estranho dentro da igreja:
às vezes ela via isto no brilhos dos olhos
do Padre ou no corredor,
na cadeira e em Jesus.
Mas o Padre queria saber mais sobre o irmão dela...
e ela se distraiu um momento
e quando ambos olharem de novo para a cadeira,
nem a cadeira e nem ele.
O corredor estava vazio pouco iluminado e frio.
Ela quase morreu saiu correndo dizendo,
Padre ele deve ter pedido ajuda para alguém,
vou depressa, ele não está acostumado
nem com as pessoas e nem com a cidade.
a noite... Pipa saiu correndo,
correndo muito, atropelando as pessoas,
Cade o seu Jesus... pouco depois encontrou a cadeira abandonada
e uma mensagem...
boa mulher prazer em conhecê-la.
A zeladora da Igreja IV - Poseidon e Pipa da Praia
Sentada no banco Pipa pensava:
Claro, muito mais que claro, porque não...
sua mente iluminada teve suas próprias razões.
Levantou-se... ia ficar a tarde inteira sozinha, ali.
A igreja de portas fechadas e o padre só voltaria bem mais tarde.
Enxugou ainda os sinais de suas lágrimas
e um riso fantasticamente cruel veio em sua mente:
Já volto Jesus não saia daí, não vá a lugar algum,
ainda assim, me espere... eu volto já.
e mergulhou para as partes escondidas do templo.
Especialmente o quarto do Padre...
Lá ia encontrar recursos para o ritual de magia
que ela pretendia...
Abriu a porta do grande guarda roupa do Padre,
Tanta roupa que ele nem conhecia mais...
escolheu uma linda calça, bem antiga
mas de boa marca, novinha... do tempo em que o Padre ainda era magro.
Depois uma camisa azul, de beleza única,
de mangas compridas, gola alta, Uma verdadeira obra de arte,
não pegou peças íntimas, afinal
apesar de séculos e milenios Jesus
jamais esteve desnudo.
Pegou um boné, lindo boné.
Procurou luvas e as encontrou... luvas lindas...
Por sorte a noite estaria fria.
Depois um óculos de tipo grau, bem grande
bem antigo, daqueles que nem se vê a cara.
Procurou tesoura e encontrou
um pouquinho de tinta ia muito bem.
colocou tudo numa cesta e foi para o templo.
Jesus ainda estava morto e calado.
e indiferente, pra ele tanto faz
faz nada ou tudo... Jesus esperava talves o público
daquela noite.
Era uma imagem moderna, muito leve,
com movimentos perfeitos de uma pessoa.
Pipa removou o véu, as flores, com carinho,
depois descruzou suas mãos e pés...
e o sentou dentro do caixão.
Jesus ficou sentado não disse nada e nem olhou para ela.
Ela abraçou Jesus queria apertá-lo junto ao coração:
Mas ele não era de carne, nem mesmo era espírito, ali.
Levantou-o nos braços, como era leve, parecia um bebê.
Tirou o do caixão, sentou-o no banco da Igreja, no primeiro.
Junto a cesta de objetos mágicos que subtraiu das gavetas do Padre.
Jesus ficou semi nu... sentado no banco, o olhar
meio perdido e sem palavras indicava seu espanto.
Ela pegou a tesoura e cortou seus cabelos,
embora fossem novos de aparencia, era muito velhos.
Fez um corte moderno, mas Jesus não precisava se preocupar,
usaria um boné, destes bonitos e atuais,
também furtado do Padre.
Colocou os cabelos de Jesus junto com o caixão,
as flores de plásticos e as naturais e o veu,
e tudo mais... arrastou para fora, no pequeno jardim
que havia, muito lindo, por sinal.
Voltou e continuou a vestir Jesus:
Sua camisa azul, colocou meias e sapatos do padre, esportivos
a luva, os óculos, escureceu bem suas faces com
as tintas que subtraiu da Igreja...
um cachecol para escondê-lo bem e torná-lo
um visitante ilustre e vivo.
Sentado no banco Jesus agora era uma pessoa,
talves com os maiores problemas do mundo...
Pois eu a autora creio que ser um vivo,
é bastante complexo...
e ser um vivo divino é inimaginável...
é claro que nada sei sobre os mortos,
e muito menos sobre os que ressuscitam e ficam no céu.
absolutamente nada sobre os que voltam.
Ela, Pipa estava louca e tinha muito tempo para sua loucura,
tudo andou muito rápido naquela transformação.
Já tinha arrastado o caixão para o jardim,
Jesus estava pronto, sentado no banco da frente da igreja,
junto ao altar, desta vez ele era o fiel.
Pipa procurou fogo
e queimou tudo rapidamente no jardim.
o caixão e tudo mais... Poderia tacar fogo,
até mesmo na igreja aquele dia,
mas queimou só o caixão, o véo, as flores de plástico
as naturais, tudo ardeu em chamas...
Rapidamente ela procurou uma enxada de jardim
e encontrou, arrastou o que sobrou fez um
buraco e enterrou, arrancou umas roseiras,
uns pés de flores bonitas, como margaridas,
brancas e plantou sobre o enterro.
Ninguém perceberia nada se olhasse o jardim,
sempre se mudavam as plantas, sempre
vinham plantas novas e diferentes.
Tudo concluido com perfeição.
Nem rastro e nem resto podia ficar daquele gesto.
E manter a Igreja impecável era
seu dom eterno.
E voltou bem feliz sentou-se ao lado de Jesus
que continuava pensativo ou meditativo,
olhando agora para a Cruz.
Não se preocupe seu tempo de cruz já passou.
Nestes afazeres passou a tarde,
conversando e rindo com Jesus,
embora ele não fosse de muita conversa,
não deve ter aguentado ficar de boca
fechado com ela.
Mas Pipa ainda tinha um grande problema:
Como tirar aquele Jesus de dentro da igreja,
sem ser notada...!
A zeladora de Igreja III - Peixe Poseidon e Pipa da Praia
O homem deixa o caixão e sai.
Também é seu dia de folga, a Igreja já está fechada,
limpa e vazia. O Padre só volta pelas 7 da noite,
fazer as últimas orações do dia e atender
aqueles pedidos de última hora,
de extremo desespero ou ouvir os agradecimentos,
Pipa está sozinha com seus pensamentos.
Sai da sala de limpeza e entra no templo
das orações, vê o caixão.
Tudo está perfeitamente fechado.
As janelas são muito altas, estão abertas
só mesmo o vento, o ar, pode entrar...
Ela não se lembrou do segurança.
Nem imaginou qualquer outra pessoa por ali.
Foi até o caixão: Como isto veio parar aqui...
certamente teremos uma missa
para mortos de corpo presente.
Quem será que morreu e ficou assim tão só!
Ninguém o acompanha.
Já tinha participado de muitas missas de corpo presente.
Mas nunca um caixão com alguém havia ficado
sozinho lá no domingo, à tarde.
Também isto não tem importância.
Ao chegar bem perto, Pipa estarreceu:
No lindo caixão, um pouco menor que os demais
havia um morto ilustre:
abandonado ali.
Era Jesus. O próprio filho de Deus.
Seus longos cabelos arrumados nos ombros,
suas brancas e finas mãos e dedos, perfurados por pregos,
seus pés mergulhados em flores,
com feridas vivas, mostrando as pétalas
de seu sangue.
Seu caixão estava aberto, e ele coberto com um véu branco.
os olhos fechados, imunes a dor,
nas faces roseas da imagem nem um sinal
de rancor.
Jesus estava lindo, ainda que morto.
Seu corpo parecia muito leve,
seus sentimentos pareciam puros,
como se ele jamais houvesse sido ferido.
Naquele caixão estava a imagem de um filho da vida
que não reagia e nem resistia ao amor e ao ódio.
Estava a ali a resignação de um inocente
e a vergonha da maldade exercida,
pelos homens descrentes.
Pipa ficou mesmo paralizada, olhando
as lindas faces de Jesus, suas feridas
na cabeça, provocadas pela realeza,
que seu nome impôs.
Foi só um instante de loucura, logo logo
Pipa se transformou em prantos, sentiu uma agonia,
uma tristeza, jamais conhecida antes.
E chorou ali, sozinha ao lado daquele Jesus morto.
Chorou muito, arrancou todas as suas lágrimas,
de séculos e milênios, um rio,
em seu coração.
Depois de chorar até seus olhos secarem...
Jesus ainda permanecia imóvel em seu
jardim de flores artificiais...
Não que as flores não fossem reais... eram, sim.
Ela disse baixinho nos ouvidos dele:
Você Jesus precisa sair deste caixão,
Há muita vida lá fora... e você já ressuscitou!
Primeiro Pipa teve que aprender sobre o nascimento de Jesus,
uma criança diferente de criança,
mas nenhuma criança é diferente de Jesus.
Depois Pipa aprendeu sobre suas andanças pelo
mundo antigo, seus sermões, seus estudos secretos,
suas conversas perigosas com os reis e seus exércitos.
E por fim Pipa aprendeu que ele morreu e Ressuscitou!
e que estava no céu, ao lado de seu pai celeste, é claro.
por que até seu pai terreste
também já havia morrido.
Mas nunca ninguém disse
pra onde José tinha ido.
Mas ver Jesus, assim, agora, morto!
Ela nunca havia pensado sobre isto!
Também é seu dia de folga, a Igreja já está fechada,
limpa e vazia. O Padre só volta pelas 7 da noite,
fazer as últimas orações do dia e atender
aqueles pedidos de última hora,
de extremo desespero ou ouvir os agradecimentos,
Pipa está sozinha com seus pensamentos.
Sai da sala de limpeza e entra no templo
das orações, vê o caixão.
Tudo está perfeitamente fechado.
As janelas são muito altas, estão abertas
só mesmo o vento, o ar, pode entrar...
Ela não se lembrou do segurança.
Nem imaginou qualquer outra pessoa por ali.
Foi até o caixão: Como isto veio parar aqui...
certamente teremos uma missa
para mortos de corpo presente.
Quem será que morreu e ficou assim tão só!
Ninguém o acompanha.
Já tinha participado de muitas missas de corpo presente.
Mas nunca um caixão com alguém havia ficado
sozinho lá no domingo, à tarde.
Também isto não tem importância.
Ao chegar bem perto, Pipa estarreceu:
No lindo caixão, um pouco menor que os demais
havia um morto ilustre:
abandonado ali.
Era Jesus. O próprio filho de Deus.
Seus longos cabelos arrumados nos ombros,
suas brancas e finas mãos e dedos, perfurados por pregos,
seus pés mergulhados em flores,
com feridas vivas, mostrando as pétalas
de seu sangue.
Seu caixão estava aberto, e ele coberto com um véu branco.
os olhos fechados, imunes a dor,
nas faces roseas da imagem nem um sinal
de rancor.
Jesus estava lindo, ainda que morto.
Seu corpo parecia muito leve,
seus sentimentos pareciam puros,
como se ele jamais houvesse sido ferido.
Naquele caixão estava a imagem de um filho da vida
que não reagia e nem resistia ao amor e ao ódio.
Estava a ali a resignação de um inocente
e a vergonha da maldade exercida,
pelos homens descrentes.
Pipa ficou mesmo paralizada, olhando
as lindas faces de Jesus, suas feridas
na cabeça, provocadas pela realeza,
que seu nome impôs.
Foi só um instante de loucura, logo logo
Pipa se transformou em prantos, sentiu uma agonia,
uma tristeza, jamais conhecida antes.
E chorou ali, sozinha ao lado daquele Jesus morto.
Chorou muito, arrancou todas as suas lágrimas,
de séculos e milênios, um rio,
em seu coração.
Depois de chorar até seus olhos secarem...
Jesus ainda permanecia imóvel em seu
jardim de flores artificiais...
Não que as flores não fossem reais... eram, sim.
Ela disse baixinho nos ouvidos dele:
Você Jesus precisa sair deste caixão,
Há muita vida lá fora... e você já ressuscitou!
Primeiro Pipa teve que aprender sobre o nascimento de Jesus,
uma criança diferente de criança,
mas nenhuma criança é diferente de Jesus.
Depois Pipa aprendeu sobre suas andanças pelo
mundo antigo, seus sermões, seus estudos secretos,
suas conversas perigosas com os reis e seus exércitos.
E por fim Pipa aprendeu que ele morreu e Ressuscitou!
e que estava no céu, ao lado de seu pai celeste, é claro.
por que até seu pai terreste
também já havia morrido.
Mas nunca ninguém disse
pra onde José tinha ido.
Mas ver Jesus, assim, agora, morto!
Ela nunca havia pensado sobre isto!
A zeladora da Igreja II - Peixe Poseidon e Pipa da praia
Era mesmo domingo e logo começaria a missa da manhã.
O povo chegava, alguns alegres, a maioria
com problemas de dificil solução.
Os fiés buscam um abrigo sincero em Deus,
nas suas horas dificeis, alem de muita esperança
é preciso também muita paciência e fé...
Dona Pipa buscava também alguma coisa em Deus.
Sentou-se no meio de todos e ficou pensando:
O que de fato fazia ali.,,
Ela era a zeladora, vivia o dia inteiro limpando a Igreja:
tudo, vidros para serem mais transparentes,
Imagens, para que se livrassem do pó...
os livros para que fossem eternos
e verdadeiros, sempre.
Cuidava até mesmo dos ferimentos das imagens,
onde se escondem, nos catinhos, pó,
lembranças dos tempos ruins
que elas já viveram, algum dia por aqui.
De repente o Padre chegou e Pipa se levantou.
Ele começou abençoar os fiéis, desejando-lhes
bom dia junto a Deus, naqueles momentos...
Pipa foi para o altar, chamou com um gesto discreto
o santo padre que veio ao encontro dela...
ela sussurrou no ouvido dele:
Fiz uma promessa Padre, posso cumpri-la a agora,
diante de todos... Que promessa Pipa, que promessa,
prometi varrer a Igreja na hora da missa,
Não era possível discutir em pleno altar
com Pipa... o Padre pensou: que mal pode ter nisto,
já vi Pipa varrer a Igreja tantas vezes,
que não tem importância se os fiéis também a vissem.
Disse: Pode. Ela foi até uma sala próxima pegou uma grande
vassoura e voltou... começou no centro
junto ao Altar, e foi varrendo, lentamente...
Vestido bem branco, nas canelas,
largo, de manga, seus cabelos,
pelas faces, mantinham seu rosto meio oculto.
A igreja cheia não se distraiu, nem o padre
Pipa mantinha lances sobre os olhos,
olhava discretamente para as pessoas,
nem um único sinal de que eles
a vissem... chegava mesmo a passar a vassoura
quase nos pés deles,
Não se incomodavam, não se moviam,
não a olhavam...ñem tão pouco, o vigário.
Durante a missa varreu toda a Igreja,
varrê-la em pública era muito mais cansativo,
do que fazê-lo, só...
Tinha que tomar cuidado,
muitos dos pesadelos e sofrimentos das pessoas,
ainda estavam por ali...
e ir levando-os assim, empurrados para fora,
pode causar certo sentimento de piedade e de arrependimento:
quase toda dor é absolutamente nossa!
é irremovível da vida,
mas aquelas que a vassoura de Pipa
conseguia, levava... empurrava-as para fora,
e das escadarias, sumiam e
nunca mais voltavam!
Pipa sabe, embora não se lembre dos rostos, naquele
dia, ela não ganhou um único olhar:
mas todos a viram e todos entenderam seu gesto.
Terminou a longa missa os fiés vão embora
sem se despedirem de ninguém.
vão passando pelas escadas,
Pipa varre as escadas também enquanto eles saem.
Eles confiam nela!
A Igreja voltou ao silêncio. É hora do almoço,
todos se foram... A Igreja está bem limpa,
os santos também...
e Pipa fica por ali, procurando um sinalzinho,
qualquer de ameaça de sujeira em seus santos.
O Padre reaparece e pergunta
se ela não vai para casa, é domingo e é folga.
Ela disse que não. Vai ficar por ali...
Quero ver sua mesa, sua toalhas, se estão bem limpas.
Nem nem responde nunca teve que se preocupar com isto.
Tem almoço para você, então.
Ela agradeçe e ele se vai.
Pipa se distrai nas salas de produtos de limpeza
e não vê quando os seguranças da Igreja,
entram trazendo um caixão.
e coloca no lado esquerdo do Altar,
diante dos primeiros bancos onde sentam os fiés.
O caixão fica lá. Ela está ausente, nas
salas ao lado... não pressente nada.
O povo chegava, alguns alegres, a maioria
com problemas de dificil solução.
Os fiés buscam um abrigo sincero em Deus,
nas suas horas dificeis, alem de muita esperança
é preciso também muita paciência e fé...
Dona Pipa buscava também alguma coisa em Deus.
Sentou-se no meio de todos e ficou pensando:
O que de fato fazia ali.,,
Ela era a zeladora, vivia o dia inteiro limpando a Igreja:
tudo, vidros para serem mais transparentes,
Imagens, para que se livrassem do pó...
os livros para que fossem eternos
e verdadeiros, sempre.
Cuidava até mesmo dos ferimentos das imagens,
onde se escondem, nos catinhos, pó,
lembranças dos tempos ruins
que elas já viveram, algum dia por aqui.
De repente o Padre chegou e Pipa se levantou.
Ele começou abençoar os fiéis, desejando-lhes
bom dia junto a Deus, naqueles momentos...
Pipa foi para o altar, chamou com um gesto discreto
o santo padre que veio ao encontro dela...
ela sussurrou no ouvido dele:
Fiz uma promessa Padre, posso cumpri-la a agora,
diante de todos... Que promessa Pipa, que promessa,
prometi varrer a Igreja na hora da missa,
Não era possível discutir em pleno altar
com Pipa... o Padre pensou: que mal pode ter nisto,
já vi Pipa varrer a Igreja tantas vezes,
que não tem importância se os fiéis também a vissem.
Disse: Pode. Ela foi até uma sala próxima pegou uma grande
vassoura e voltou... começou no centro
junto ao Altar, e foi varrendo, lentamente...
Vestido bem branco, nas canelas,
largo, de manga, seus cabelos,
pelas faces, mantinham seu rosto meio oculto.
A igreja cheia não se distraiu, nem o padre
Pipa mantinha lances sobre os olhos,
olhava discretamente para as pessoas,
nem um único sinal de que eles
a vissem... chegava mesmo a passar a vassoura
quase nos pés deles,
Não se incomodavam, não se moviam,
não a olhavam...ñem tão pouco, o vigário.
Durante a missa varreu toda a Igreja,
varrê-la em pública era muito mais cansativo,
do que fazê-lo, só...
Tinha que tomar cuidado,
muitos dos pesadelos e sofrimentos das pessoas,
ainda estavam por ali...
e ir levando-os assim, empurrados para fora,
pode causar certo sentimento de piedade e de arrependimento:
quase toda dor é absolutamente nossa!
é irremovível da vida,
mas aquelas que a vassoura de Pipa
conseguia, levava... empurrava-as para fora,
e das escadarias, sumiam e
nunca mais voltavam!
Pipa sabe, embora não se lembre dos rostos, naquele
dia, ela não ganhou um único olhar:
mas todos a viram e todos entenderam seu gesto.
Terminou a longa missa os fiés vão embora
sem se despedirem de ninguém.
vão passando pelas escadas,
Pipa varre as escadas também enquanto eles saem.
Eles confiam nela!
A Igreja voltou ao silêncio. É hora do almoço,
todos se foram... A Igreja está bem limpa,
os santos também...
e Pipa fica por ali, procurando um sinalzinho,
qualquer de ameaça de sujeira em seus santos.
O Padre reaparece e pergunta
se ela não vai para casa, é domingo e é folga.
Ela disse que não. Vai ficar por ali...
Quero ver sua mesa, sua toalhas, se estão bem limpas.
Nem nem responde nunca teve que se preocupar com isto.
Tem almoço para você, então.
Ela agradeçe e ele se vai.
Pipa se distrai nas salas de produtos de limpeza
e não vê quando os seguranças da Igreja,
entram trazendo um caixão.
e coloca no lado esquerdo do Altar,
diante dos primeiros bancos onde sentam os fiés.
O caixão fica lá. Ela está ausente, nas
salas ao lado... não pressente nada.
segunda-feira, 22 de março de 2010
O momento
Sei que esta luz é quase nada,
se comparada à escuridão eterna.
sei que é única, entretanto,
em toda qualquer primavera.
Sei que este quase diálogo,
de silêncio profundo e medo,
cura e ferida que mareja,
a dor eterna, em segredo.
Que o tempo concedeu
mágica e maestria,
muito além de Dante e Shakespeare
para quem a quer, adivinha!
o que há além da neblina,
que a vista e coração deseja
que devolve ao homem, seu ser,
alma e corpo na mesma peleja.
É pois por mais que doa
qualquer dor, júbilo de glória e louvor
este meu coração que só chora,
de alegria por teu amor.
se comparada à escuridão eterna.
sei que é única, entretanto,
em toda qualquer primavera.
Sei que este quase diálogo,
de silêncio profundo e medo,
cura e ferida que mareja,
a dor eterna, em segredo.
Que o tempo concedeu
mágica e maestria,
muito além de Dante e Shakespeare
para quem a quer, adivinha!
o que há além da neblina,
que a vista e coração deseja
que devolve ao homem, seu ser,
alma e corpo na mesma peleja.
É pois por mais que doa
qualquer dor, júbilo de glória e louvor
este meu coração que só chora,
de alegria por teu amor.
A zeladora da igreja
Pipa era zeladora da Igreja.
A maior casa santa das rendondezas.
Ninguém jamais viu um rastro no chão.
nem uma mágoa no coração.
Pipa limpava tudo, aqueles restos indigestos,
mal engolidos e cuspidos,
nos lugares invisíveis...
ela os via e os removia.
pra ela tudo era possível.
O padre não se preocupava,
dava hóstias sagradas a todos que todos os dias pecava
mas pipa, se fosse por ela,
que tem mal pensamento não se comungava.
Nem com gente e nem com o outro.
nem com razão e nem com louco.
Enquanto eles rezavam ela também rezava,
mas limpar a Igreja, só ela,
ninguém mais.
Sua vassoura mágica, sua mão pesada e agil,
tirava os prantos seculares,
que eles os fiéis esqueciam nos altares.
Passava tempo, mas tempo não passa,
ela esperava um dia, uma hora qualquer
um momento de esquecimento
para mostrar sua lógica.
Era folga dela, naquele domingo, não trabalhava,
não ganhava suas merrecas.
podia rezar, podia conversar na porta da igreja
com outras comadres,
podia pecar... era seu dia de folga.
E foi pra Igreja, não tinha outro lugar pra ir,
não que fosse tão pecadora assim,
que tinha desejo de ser perdoada, ou castigada,
por qualquer coisa afim.
Mas Deus quem sabe, Ele, poderoso como era,
conhecesse dela os segredos mais escondidos
que não ousava revelar e nem mesmo
lhe eram verdadeiramente sentidos.
Pipa os tinha esquecido!
de uma vez para sempre, não lembrava
nenhum grave pecado,
nem mesmo se os havia cometido.
Mas aquela Igreja tão grande, tão bela,
tão ricamente ornamentada a atraia,
que o templo a dominava noite e dia
e por que Pipa não entendia.
Quando chegava a sua casa, sempre a varria,
de um canto ao outro, ainda que estivesse limpa,
Mas a Igreja era diferente,
varria mais que a história de seus pés,
Varria sonhos ruins, pesadelos, confissões,
medos, assombrações, crimes e castigos,
que seus fiéis ALI esqueciam.
E para os chegam, os que vem
a igreja está tão limpa
e cheira tão bem,
que ali só parece ter santo
que nem poeira tem.
E se Pipa não limpasse
todos os dias, as sobras indigestas e as agonias,
quem poderia na Igreja
razar suas ave marias!
Os santos de pés perfurados,
de peito flechado,
os santos feridos, os santos vivos,
ainda pregado em seus altares,
não deixam lágrimas nem gemidos,
não mandaram cartas, se mandam
não são lidas, são destruídos...
Os tais santos são silenciosos,
não cheiram vida.
Pipa foi varrendo tanto a igreja,
que acabou sendo vista....
depois conto mais.
A maior casa santa das rendondezas.
Ninguém jamais viu um rastro no chão.
nem uma mágoa no coração.
Pipa limpava tudo, aqueles restos indigestos,
mal engolidos e cuspidos,
nos lugares invisíveis...
ela os via e os removia.
pra ela tudo era possível.
O padre não se preocupava,
dava hóstias sagradas a todos que todos os dias pecava
mas pipa, se fosse por ela,
que tem mal pensamento não se comungava.
Nem com gente e nem com o outro.
nem com razão e nem com louco.
Enquanto eles rezavam ela também rezava,
mas limpar a Igreja, só ela,
ninguém mais.
Sua vassoura mágica, sua mão pesada e agil,
tirava os prantos seculares,
que eles os fiéis esqueciam nos altares.
Passava tempo, mas tempo não passa,
ela esperava um dia, uma hora qualquer
um momento de esquecimento
para mostrar sua lógica.
Era folga dela, naquele domingo, não trabalhava,
não ganhava suas merrecas.
podia rezar, podia conversar na porta da igreja
com outras comadres,
podia pecar... era seu dia de folga.
E foi pra Igreja, não tinha outro lugar pra ir,
não que fosse tão pecadora assim,
que tinha desejo de ser perdoada, ou castigada,
por qualquer coisa afim.
Mas Deus quem sabe, Ele, poderoso como era,
conhecesse dela os segredos mais escondidos
que não ousava revelar e nem mesmo
lhe eram verdadeiramente sentidos.
Pipa os tinha esquecido!
de uma vez para sempre, não lembrava
nenhum grave pecado,
nem mesmo se os havia cometido.
Mas aquela Igreja tão grande, tão bela,
tão ricamente ornamentada a atraia,
que o templo a dominava noite e dia
e por que Pipa não entendia.
Quando chegava a sua casa, sempre a varria,
de um canto ao outro, ainda que estivesse limpa,
Mas a Igreja era diferente,
varria mais que a história de seus pés,
Varria sonhos ruins, pesadelos, confissões,
medos, assombrações, crimes e castigos,
que seus fiéis ALI esqueciam.
E para os chegam, os que vem
a igreja está tão limpa
e cheira tão bem,
que ali só parece ter santo
que nem poeira tem.
E se Pipa não limpasse
todos os dias, as sobras indigestas e as agonias,
quem poderia na Igreja
razar suas ave marias!
Os santos de pés perfurados,
de peito flechado,
os santos feridos, os santos vivos,
ainda pregado em seus altares,
não deixam lágrimas nem gemidos,
não mandaram cartas, se mandam
não são lidas, são destruídos...
Os tais santos são silenciosos,
não cheiram vida.
Pipa foi varrendo tanto a igreja,
que acabou sendo vista....
depois conto mais.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Pena
Eu sou o nada
que você olha na parede
escura do seu quarto.
Sou condenada
a mesma pena
que os maiores poetas do mundo:
Ter no coração
o oceano de amor enjaulado
e ter que deixar correr,
pela vida assim
de qualquer forma,
do peito arrancado
este mesmo amor.
Sem uma única lágrima chorada...
Sentir alegria plena na sua saudade,
sentir gratidão por sua existência.
sentir amor puro por sua ausência.
Saber que vive, saber que sonha,
saber que sofre, saber que procura...
saber que espera, que deseja,
que participa em seus próprios passos
a estrada que eu conheço.
Que outra alegria pode se esperar, agora...!
Mercúrio - Maria Melo
Clamo a Mercurio
Aquela divindade bem antiga
escondida na maioria das vezes,
no meio das estrelas do céu.
Mercúrio que tem as veias
abertas, feito rios, nas américas.
que semeia pomares cabalísticos
onde a serpente instrui Eva.
A desobedecer Deus seu pai criador
em meio ao paraíso,
e ser só uma filha da terra...
Este mesmo mercúrio
que se espalha feito vento,
que infiltra crateras,
e alimenta ervas e primaveras.
cria rochas e tochas,
em campos e montanhas,
e chama meninos e andorinhas,
pra discutir seus cantos....
Meninos como Van Gogh,
no meio dos trigais,
semente e pão na mão,
e força dos vendavais...
soprou-lhe,
com ira a eternidade.
Voz de trovão, entre as tempestades,
as majestades,
as divindades,
voz de trovão, entre as claridades...
Mercúrio que voa mais que pensamento,
mais perto e mais profundo que coração,
ande comigo, mesmo que eu ande sozinha.
Videos de mim... será! Pode ser, sim!
Quem faz vídeo sempre é meio maluco,
não fujo à regra.
Sempre saio com minha filmadora (pequena e doméstica)
procurando uma imagem,
que me distraia, me faça rir, me enleve.
Quando a deixo de propósito em casa:
perco os melhores flashes...
Mas aquele dia ela estava comigo,
dentro da capa, dentro da bolsa... quase chovia.
As nuvens eram negras.
Deparei com uma cena no meio da rua.
Quis sacar a máquina e filmar na cara de pau...
mas assim, de repente, chocantemente,
a cena ia perder o brilho:
...Por que você está me filmando...
e aquela cara de terror!
Passei pela cena resignada. Deixa pra lá...
depois que passei... decidi, vou filmar escondido.
Pessoas transitavam o tempo todo...
não tinha como fazer tal serviço...sigilosamente.
Olhei para os lados, procurando um abrigo.
Encontrei uma velha árvore de saia verde e comprida
que arrastava pelo chão...
Não tive dúvidas, as pessoas conversavam distraídamente,
me enfiei debaixo da árvore, era meio gramado,
fiquei de cócoras e comecei a procurar na bolsa a filmadora,
as pessoas começaram a parar e olhar, pressenti
o que estavam pensando.
Não, isto não, eu não faço jamais em público.
Curiosas não iam embora e não me perguntavam nada.
Uns pararam meio longe outros bem perto.
A cena rolando mas para eles aquilo não interessa,
só para mim, que tenho um olho clínico para o cômico,
e para o trágico.
quando consegui a filmadora, preparei-a
sem que as pessoas notassem o que eu fazia,
eu estava mais ou menos de costas para elas.
Reparei que os ramos da árvore me tiravam a visão,
de todo jeito eu não conseguia uma boa imagem,
resolvi deitar no chão:
Me arrumei o melhor que pude e me deitei no chão...
Tão logo me deitei
Elas vieram, as pessoas, daí, vieram rápidas,
senti o vento se movendo ao meu redor...
Droga: agora que vou conseguir uma boa imagem,
vou ter que interromper tudo para dar explicações
Senhora, tudo bem, está passando mal...
aí eu tive que me virar para responder
e me virei com a filmadora não mão:
e por um instinto muto engraçado
todos sairam correndo, desesperados...
o vídeo ficou ótimo! Um dos melhores que já fiz.
circula pela internet...
cuidei para que os protagonistas não fossem identificados...
não fujo à regra.
Sempre saio com minha filmadora (pequena e doméstica)
procurando uma imagem,
que me distraia, me faça rir, me enleve.
Quando a deixo de propósito em casa:
perco os melhores flashes...
Mas aquele dia ela estava comigo,
dentro da capa, dentro da bolsa... quase chovia.
As nuvens eram negras.
Deparei com uma cena no meio da rua.
Quis sacar a máquina e filmar na cara de pau...
mas assim, de repente, chocantemente,
a cena ia perder o brilho:
...Por que você está me filmando...
e aquela cara de terror!
Passei pela cena resignada. Deixa pra lá...
depois que passei... decidi, vou filmar escondido.
Pessoas transitavam o tempo todo...
não tinha como fazer tal serviço...sigilosamente.
Olhei para os lados, procurando um abrigo.
Encontrei uma velha árvore de saia verde e comprida
que arrastava pelo chão...
Não tive dúvidas, as pessoas conversavam distraídamente,
me enfiei debaixo da árvore, era meio gramado,
fiquei de cócoras e comecei a procurar na bolsa a filmadora,
as pessoas começaram a parar e olhar, pressenti
o que estavam pensando.
Não, isto não, eu não faço jamais em público.
Curiosas não iam embora e não me perguntavam nada.
Uns pararam meio longe outros bem perto.
A cena rolando mas para eles aquilo não interessa,
só para mim, que tenho um olho clínico para o cômico,
e para o trágico.
quando consegui a filmadora, preparei-a
sem que as pessoas notassem o que eu fazia,
eu estava mais ou menos de costas para elas.
Reparei que os ramos da árvore me tiravam a visão,
de todo jeito eu não conseguia uma boa imagem,
resolvi deitar no chão:
Me arrumei o melhor que pude e me deitei no chão...
Tão logo me deitei
Elas vieram, as pessoas, daí, vieram rápidas,
senti o vento se movendo ao meu redor...
Droga: agora que vou conseguir uma boa imagem,
vou ter que interromper tudo para dar explicações
Senhora, tudo bem, está passando mal...
aí eu tive que me virar para responder
e me virei com a filmadora não mão:
e por um instinto muto engraçado
todos sairam correndo, desesperados...
o vídeo ficou ótimo! Um dos melhores que já fiz.
circula pela internet...
cuidei para que os protagonistas não fossem identificados...
quinta-feira, 18 de março de 2010
A crueldade do amor não correspondido
Quando ele me aparece só me traz dúvidas
e certeza que logo logo desaparecerá outra vez.
prometo nunca mais reconhecer a voz dele no telefone...
basta ele respirar do outro lado e já sei: é aquele homem.
Mas ele ri do meu amor, como se fosse graça,
e graça é! Ele ri sem saber, mas ri feliz.
Alguém o ama... este alguém sou eu!
Ele não me ama. Não importa o que eu faço!
E faço muito, faço tudo que posso:
lavo, passo, cozinho, costuro, remendo e emendo
sua camisão e seu coração qualquer coisa
sua! Quanto mais eu choro mais ele
se diverte. Aliás, parece que ele gosta disto!
Não do meu amor em si,
do ataque repentino que sinto quando ele
se aproxima.
Peço a Deus assim:
Senhor me ajuda ser melhor, ser bonita,
ser inteligente, ser qualquer coisa que ele goste,
o que custa senhor, dá-me esta força...
Faz com que ele me ame!
Ninguém consegue ensiná-lo a me amar,
parece que tem uma lei de Não, dentro dele,
uma placa enorme, um luminoso berrante,
Um Neon gigante, um farol que diz Não.
Essa não!
Então eu sofro, sofro o diabo, não durno,
não rezo, não choro, não imploro,
fico sentindo a aquela coisa dentro de algum lugar,
coração, cérebro, mãos, olhos,
boca, pensamento, corpo... tudo em mim
sente a falta dele.
De uns dias para cá resolvi desistir dele:
e aceitar o amor de uma pessoa que me ama
isto não é impossível:
sempre tem alguém que gosta muito da gente.
sem tanto sacrifício...né...!
Então eu estava bem feliz... porque
um amor sempre pode ser uma sorte grande.
Ouço com paciência tudo que este novo amor me diz...
Parece tão sincero, parece tão feliz
tão perfeito que eu desconfiei..
desconfiei do silêncio que há em mim:
Num teve orquesta,
não teve sabiá, não teve arco íris,
nem teve onda no mar,
não teve olhar derramado, demorado,
respiração parada, aquele momento sonhado.
Então eu descubro que não é ele que tem
que aprender a gostar de mim,
sou eu que tenho que aprender a gostar de outro.
e certeza que logo logo desaparecerá outra vez.
prometo nunca mais reconhecer a voz dele no telefone...
basta ele respirar do outro lado e já sei: é aquele homem.
Mas ele ri do meu amor, como se fosse graça,
e graça é! Ele ri sem saber, mas ri feliz.
Alguém o ama... este alguém sou eu!
Ele não me ama. Não importa o que eu faço!
E faço muito, faço tudo que posso:
lavo, passo, cozinho, costuro, remendo e emendo
sua camisão e seu coração qualquer coisa
sua! Quanto mais eu choro mais ele
se diverte. Aliás, parece que ele gosta disto!
Não do meu amor em si,
do ataque repentino que sinto quando ele
se aproxima.
Peço a Deus assim:
Senhor me ajuda ser melhor, ser bonita,
ser inteligente, ser qualquer coisa que ele goste,
o que custa senhor, dá-me esta força...
Faz com que ele me ame!
Ninguém consegue ensiná-lo a me amar,
parece que tem uma lei de Não, dentro dele,
uma placa enorme, um luminoso berrante,
Um Neon gigante, um farol que diz Não.
Essa não!
Então eu sofro, sofro o diabo, não durno,
não rezo, não choro, não imploro,
fico sentindo a aquela coisa dentro de algum lugar,
coração, cérebro, mãos, olhos,
boca, pensamento, corpo... tudo em mim
sente a falta dele.
De uns dias para cá resolvi desistir dele:
e aceitar o amor de uma pessoa que me ama
isto não é impossível:
sempre tem alguém que gosta muito da gente.
sem tanto sacrifício...né...!
Então eu estava bem feliz... porque
um amor sempre pode ser uma sorte grande.
Ouço com paciência tudo que este novo amor me diz...
Parece tão sincero, parece tão feliz
tão perfeito que eu desconfiei..
desconfiei do silêncio que há em mim:
Num teve orquesta,
não teve sabiá, não teve arco íris,
nem teve onda no mar,
não teve olhar derramado, demorado,
respiração parada, aquele momento sonhado.
Então eu descubro que não é ele que tem
que aprender a gostar de mim,
sou eu que tenho que aprender a gostar de outro.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Amor cruel - Não correspondido
Quando ele me aparece só me traz dúvidas
e a certeza que logo logo desaparecerá outra vez."
e prometo nunca mais reconhecer a voz dele no telefone...
mas basta ele respirar do outro lado e já sei que é aquele homem."
Entre hoje e amanhã vou escrever sobre
a crueldade do amor não correspondido."
Um assunto que aparentemente interessa
muito mais às mulheres do que aos homens...
mas já que falei de um amor simplesmente abençoado..."
só porque deu certo numa história de amor,
inventada, mas vividas por muitas pessoas...."
histórias de amor que dão certo,
são reais... e são muitas... por isso a contei
assim... numa especie de homenagem!
amor não correspondido... aquele que devora a alma
e aniquila o corpo, que é perfeito para só a um, sentido.
porque a dois nunca existe..
um tipo de amor cruel e tormentoso
que todos conhecem muito bem..."
e gostam de provocar, este
certo veneno que alucina mas não mata!
Como controlar esta imensa energia
que surge de repente parece que no coração...
ou quem sabe em qualquer outra parte do corpo,
até mesmo em outra dimensão,
mas que, em alguns casos, muitos até
a pessoa sorteada,
torna a vida insuportável
tanto a de si mesmo quanto a do seu ser amado.
Aguardem!
e a certeza que logo logo desaparecerá outra vez."
e prometo nunca mais reconhecer a voz dele no telefone...
mas basta ele respirar do outro lado e já sei que é aquele homem."
Entre hoje e amanhã vou escrever sobre
a crueldade do amor não correspondido."
Um assunto que aparentemente interessa
muito mais às mulheres do que aos homens...
mas já que falei de um amor simplesmente abençoado..."
só porque deu certo numa história de amor,
inventada, mas vividas por muitas pessoas...."
histórias de amor que dão certo,
são reais... e são muitas... por isso a contei
assim... numa especie de homenagem!
amor não correspondido... aquele que devora a alma
e aniquila o corpo, que é perfeito para só a um, sentido.
porque a dois nunca existe..
um tipo de amor cruel e tormentoso
que todos conhecem muito bem..."
e gostam de provocar, este
certo veneno que alucina mas não mata!
Como controlar esta imensa energia
que surge de repente parece que no coração...
ou quem sabe em qualquer outra parte do corpo,
até mesmo em outra dimensão,
mas que, em alguns casos, muitos até
a pessoa sorteada,
torna a vida insuportável
tanto a de si mesmo quanto a do seu ser amado.
Aguardem!
terça-feira, 16 de março de 2010
Notas da autora: Água doce sem açucar
Acabou a história de amor mais insípida
e inodora do mundo.
mas muito saborosa...
Ah, você nem sabia desta história...
tá hora e tá mão!
A história de Pablo e Joanita...
Pablo: nome de grandes Pessoas que doaram suas vidas
em beneficio da arte.
Joanita nome carinhoso de milhares mulheres pela vida
que criam e sustentam o mundo com
seus amores e inspiram seus amados
às lutas e conquistas da vida.
Nome espanhois, a velha e Linda Espanha com sua
arte e trabalho na colonização das Américas.
O símbolo de Pablo e Joanita é o desenho criado
com o aplicativo ffART por Maria Melo,
na página http://conchasdomar.bebo.com/
almas gêmeas.
A música é ti guardo, a melodia,
já publicada no www.youtube.com/cantinhoespiritual
e inodora do mundo.
mas muito saborosa...
Ah, você nem sabia desta história...
tá hora e tá mão!
A história de Pablo e Joanita...
Pablo: nome de grandes Pessoas que doaram suas vidas
em beneficio da arte.
Joanita nome carinhoso de milhares mulheres pela vida
que criam e sustentam o mundo com
seus amores e inspiram seus amados
às lutas e conquistas da vida.
Nome espanhois, a velha e Linda Espanha com sua
arte e trabalho na colonização das Américas.
O símbolo de Pablo e Joanita é o desenho criado
com o aplicativo ffART por Maria Melo,
na página http://conchasdomar.bebo.com/
almas gêmeas.
A música é ti guardo, a melodia,
já publicada no www.youtube.com/cantinhoespiritual
Final de Agua doce sem açucar - Pablo e Joanita
E foi Pablo em busca de seus mandamentos,
quem manda manda como vento
nunca pergunta se tá bom ou não
se é brisa ou tempestade,
pra quem sente.
Encontrou os homens na sala de reunião do hotel...
Homens reunidos no hotel...
Sobre a mesa muitos papéis, grandes atividades,
os cabelos e as unhas bem cuidados
os celulares sempre feito loucos, chamando,
uns falando, outros esperando
outros circulando.. gritando...
Por fim, ficou tudo silêncio:
Ah, Pablo, do caso Joanita,
Sei... chamamos porque temos nova proposta:
Estamos satisfeito com seu trabalho,
tudo está indo muito bem...
Deu tão certo que você quer ficar com ela... interregou o homem
ou ela quer ficar com você.
Ora, ele nunca falou dos seus sentimentos pessoais
para ninguém, nem para si mesmo, se não nos últimos dias.
e muito discretamente:
Bom, se gosta ou não é problema seu,
mas se quer continuar a missão deverá
se aproximar muito mais dela,
Ela é insuportável e já tentou até matar
de nossos agentes a vassouradas,
se ela gosta de você é você mesmo e pronto.
Porém pode desistir, sem perder nada.
Ele não hesitou. Vou continuar.
Como ele é orgulhoso! Parece que tem coração
de pedra. Olhou tudo a sua volta,
e pensou: Será que não tinha um jeito
de melhor de conhecer aquela mulher...
e se voltasse no tempo... viesse pro méxico
antes daquele encontro...
Nunca mais poderei mudar isto. O passado.
Mas vou aproveitar o presente.
Enquanto Pablo pensava e os outros se ocupavam
de outros assuntos, no telefone, nos papeis...
ele pousou os olhos sobre uma outra mesa...
Pousou mesmo, tal qual um pequeno pássaro:
de olhar agudo viu uma revista linda...
Mais linda era a frase que estava escrita na capa:
Escritores famosos pagam pessoas simples
e inocentes para serem seus personagens.
Simples e inocentes, porque ignoram
o que realmente fazem.
Pablo espantou seu pássaro e foi em pessoa
até a revista, tomou-a para si mesmo,
enquanto eles decidiam grandes negócios, alheios
a ele, lia:
Best sellers sob investigação!
Uma organização de renomados escritores,
decide pagar para seus personagens viverem suas histórias,
as histórias que eles ainda vão escrever...
As pessoas são induzidas a prestarem um trabalho sigiloso,
e uma sempre observa a outra, com minuciosas escritas,
assim o grupo, se aproxima de uma realidade,
que não é apenas imaginada, é também vivida...
é um comportamente bastante curioso...
de seus personagens,
e isto traz aos escritores lúcidez para compor
suas grandes obras... Um roteiro extraordinário!
Sim, a questão é: Quanto ao malefício criado todo dia
pela imaginação humana, quando é tecnicamente perfeito...
e profissionalizado...
O homem que vive também tem que ser fruto do seu meio
e trabalho é trabalho, gera recursos e
segundo os escritores as situações vividas
pelos personagens vivos e inocentes,
são detalhadamente escolhidas.
Neste momento os olhos dele viraram pássaro
e avoaram ... mas ele ainda ficou lendo.
Leu mais e mais... você leitor já entendeu
o que ele entendeu...
Era ele o personagem vivo e a Joanita..
Mas neste instante entrou na sala mais alguém:
Nitt, até ele... Pobre da joanita tanto tempo
sendo espionada... e agora acaba assim,
todos atirados na calçada da rua,
da rua suja, da rua dos pobre,
e a nobreza da espionagem da CIA, CIM, CIMA... e
e de todos os "Cs" do mundo.
Ignorou a revista, os homens, o hotel,
as regras, tudo, outra hora, qualquer
outro dia, virá Pablo arruda, buscar
seus mirrados e mirados dollares, que são lindos,
Já pensou num aumento e eles já concederam.
Vai pra casa com o coração cheinho de alegria,
seu grande amor o espera
Joanita tá cheia de fantasia,
será esta sua grande primavera.
Seu coração vai aos pulos, aos saltos
vai assobiando e cantando como se fosse sua primeira vez,
mas com muito mais sabor de felicidade,
não vai perder um só gesto, olhar, sentido,
não vai nunca mais perder um beijo,
um abraço, um carinho!
Com Joanita... se ela sabe ou não aquela verdade...
Claro que sabe...aquela verdade,
a parte que lhe cabe.. assim, como Pablo...
não é às custas de nada,
que ela está trabalhando na CIA...aliás CIE... dos escritores.
Você leitor já sabe que hoje tem amor.
Tem amor todos os dias,
E tem amor em todos lugares,
o tempo todo,
inclusive aí na sua casa!
Fique esperto assim como Pablo e Joanita,
Faça amor e seja feliz.
Mas eles lá no hotel... vão continar
seus mistérios,
é simples quando tem que ser...
mas quando não é, nem Deus Acuda!
quem manda manda como vento
nunca pergunta se tá bom ou não
se é brisa ou tempestade,
pra quem sente.
Encontrou os homens na sala de reunião do hotel...
Homens reunidos no hotel...
Sobre a mesa muitos papéis, grandes atividades,
os cabelos e as unhas bem cuidados
os celulares sempre feito loucos, chamando,
uns falando, outros esperando
outros circulando.. gritando...
Por fim, ficou tudo silêncio:
Ah, Pablo, do caso Joanita,
Sei... chamamos porque temos nova proposta:
Estamos satisfeito com seu trabalho,
tudo está indo muito bem...
Deu tão certo que você quer ficar com ela... interregou o homem
ou ela quer ficar com você.
Ora, ele nunca falou dos seus sentimentos pessoais
para ninguém, nem para si mesmo, se não nos últimos dias.
e muito discretamente:
Bom, se gosta ou não é problema seu,
mas se quer continuar a missão deverá
se aproximar muito mais dela,
Ela é insuportável e já tentou até matar
de nossos agentes a vassouradas,
se ela gosta de você é você mesmo e pronto.
Porém pode desistir, sem perder nada.
Ele não hesitou. Vou continuar.
Como ele é orgulhoso! Parece que tem coração
de pedra. Olhou tudo a sua volta,
e pensou: Será que não tinha um jeito
de melhor de conhecer aquela mulher...
e se voltasse no tempo... viesse pro méxico
antes daquele encontro...
Nunca mais poderei mudar isto. O passado.
Mas vou aproveitar o presente.
Enquanto Pablo pensava e os outros se ocupavam
de outros assuntos, no telefone, nos papeis...
ele pousou os olhos sobre uma outra mesa...
Pousou mesmo, tal qual um pequeno pássaro:
de olhar agudo viu uma revista linda...
Mais linda era a frase que estava escrita na capa:
Escritores famosos pagam pessoas simples
e inocentes para serem seus personagens.
Simples e inocentes, porque ignoram
o que realmente fazem.
Pablo espantou seu pássaro e foi em pessoa
até a revista, tomou-a para si mesmo,
enquanto eles decidiam grandes negócios, alheios
a ele, lia:
Best sellers sob investigação!
Uma organização de renomados escritores,
decide pagar para seus personagens viverem suas histórias,
as histórias que eles ainda vão escrever...
As pessoas são induzidas a prestarem um trabalho sigiloso,
e uma sempre observa a outra, com minuciosas escritas,
assim o grupo, se aproxima de uma realidade,
que não é apenas imaginada, é também vivida...
é um comportamente bastante curioso...
de seus personagens,
e isto traz aos escritores lúcidez para compor
suas grandes obras... Um roteiro extraordinário!
Sim, a questão é: Quanto ao malefício criado todo dia
pela imaginação humana, quando é tecnicamente perfeito...
e profissionalizado...
O homem que vive também tem que ser fruto do seu meio
e trabalho é trabalho, gera recursos e
segundo os escritores as situações vividas
pelos personagens vivos e inocentes,
são detalhadamente escolhidas.
Neste momento os olhos dele viraram pássaro
e avoaram ... mas ele ainda ficou lendo.
Leu mais e mais... você leitor já entendeu
o que ele entendeu...
Era ele o personagem vivo e a Joanita..
Mas neste instante entrou na sala mais alguém:
Nitt, até ele... Pobre da joanita tanto tempo
sendo espionada... e agora acaba assim,
todos atirados na calçada da rua,
da rua suja, da rua dos pobre,
e a nobreza da espionagem da CIA, CIM, CIMA... e
e de todos os "Cs" do mundo.
Ignorou a revista, os homens, o hotel,
as regras, tudo, outra hora, qualquer
outro dia, virá Pablo arruda, buscar
seus mirrados e mirados dollares, que são lindos,
Já pensou num aumento e eles já concederam.
Vai pra casa com o coração cheinho de alegria,
seu grande amor o espera
Joanita tá cheia de fantasia,
será esta sua grande primavera.
Seu coração vai aos pulos, aos saltos
vai assobiando e cantando como se fosse sua primeira vez,
mas com muito mais sabor de felicidade,
não vai perder um só gesto, olhar, sentido,
não vai nunca mais perder um beijo,
um abraço, um carinho!
Com Joanita... se ela sabe ou não aquela verdade...
Claro que sabe...aquela verdade,
a parte que lhe cabe.. assim, como Pablo...
não é às custas de nada,
que ela está trabalhando na CIA...aliás CIE... dos escritores.
Você leitor já sabe que hoje tem amor.
Tem amor todos os dias,
E tem amor em todos lugares,
o tempo todo,
inclusive aí na sua casa!
Fique esperto assim como Pablo e Joanita,
Faça amor e seja feliz.
Mas eles lá no hotel... vão continar
seus mistérios,
é simples quando tem que ser...
mas quando não é, nem Deus Acuda!
segunda-feira, 15 de março de 2010
Rosa de Outona - nova música
Hoje ou amanhã no www.youtube.com/cantinhoespiritual
uma nova música composta por Maria Melo...
Rosa de outono... talves rosa de inverno... vamos ver.
uma nova música composta por Maria Melo...
Rosa de outono... talves rosa de inverno... vamos ver.
domingo, 14 de março de 2010
Sobre amor...
Ele tem fome voraz
Necessidade vital
do corpo da pessoa amada.
Ele tem um alfabeto inteiro
mais que judáico
para criar o seu desejo.
É seu atributo
criar corpos, continuamente,
sem preguiça ou constrangimento.
Ainda que todas as definições de amor espiritual
sejam corretas... o próprio espírito
ama a matéria, e dela goza todos os mistérios,
eternamente.
Assim quando alguém ama sincera,
inocente ou até falsamente,
cria dentro do mundo o ser amado,
e o entrega á Luz ao dia!
E este gesto prossegue de mão em mão,
de boca em boca,
fazendo o mundo
com suas próprias leis.
Mas esqueci do segredinho.
Necessidade vital
do corpo da pessoa amada.
Ele tem um alfabeto inteiro
mais que judáico
para criar o seu desejo.
É seu atributo
criar corpos, continuamente,
sem preguiça ou constrangimento.
Ainda que todas as definições de amor espiritual
sejam corretas... o próprio espírito
ama a matéria, e dela goza todos os mistérios,
eternamente.
Assim quando alguém ama sincera,
inocente ou até falsamente,
cria dentro do mundo o ser amado,
e o entrega á Luz ao dia!
E este gesto prossegue de mão em mão,
de boca em boca,
fazendo o mundo
com suas próprias leis.
Mas esqueci do segredinho.
É curioso....
Arte nada mais é do que o exercício do dia a dia
de qualquer pessoa do mundo
que se, exposta e olhada, sempre
se tornará um objeto de extrema curiosidade.
É cômico viver, também é trágico
É mágico e muito mais que isto é assombroso,
em todos os seus verídicos feitiços
o ato de estar incluído neste cardápio.
Matematicamente o cérebro cria
em segundos gigantescas paisagens
ainda não existentes pelo mundo e em seus
trens voadores as percorre por simples prazer...
depois as destrói se for o caso,
ou as deixa pertencer à eternidade,
se elas desagradam ou não não importa.
Suas cachoeiras desabam abismo sem fim,
depois as cobre, as refloresta,
as encobre por festa....segundos...
Einstein que os divida...em muitos...
O meu... qualquer um. O seu, o dele, o nosso,
o genial, o rico, o pobre, o feio, o louco,
o mistico, o padre, o podre!
Respirou. Pagou. Pagou, criou!
O cérebro vivo basta um dia,
desenha, canta, dança, toca, inventa,
aumenta maior que tudo,
enfrenta, derrota, destroi, cria e recria,
sem uma única, sequer lei.
Ama odeia, malabarismo de criança,
coisa de gênio,
de alma cheia de Deus,
não conta com desesperança
Brinca com o vento,
nas tempestades, sem desconhecimento
de causa nem de consequência.
mas curiosamente, ele adora mesmo
brincar com seus brinquendos.
E se nós por esquecimento...
esquecemos de olhar mais dentro,
pode ser pura vaidade...
Há uma arte completa e impressionável
em cada batida do coração,
mas há outra arte, também, completa
e impressional, no seu silêncio.
de qualquer pessoa do mundo
que se, exposta e olhada, sempre
se tornará um objeto de extrema curiosidade.
É cômico viver, também é trágico
É mágico e muito mais que isto é assombroso,
em todos os seus verídicos feitiços
o ato de estar incluído neste cardápio.
Matematicamente o cérebro cria
em segundos gigantescas paisagens
ainda não existentes pelo mundo e em seus
trens voadores as percorre por simples prazer...
depois as destrói se for o caso,
ou as deixa pertencer à eternidade,
se elas desagradam ou não não importa.
Suas cachoeiras desabam abismo sem fim,
depois as cobre, as refloresta,
as encobre por festa....segundos...
Einstein que os divida...em muitos...
O meu... qualquer um. O seu, o dele, o nosso,
o genial, o rico, o pobre, o feio, o louco,
o mistico, o padre, o podre!
Respirou. Pagou. Pagou, criou!
O cérebro vivo basta um dia,
desenha, canta, dança, toca, inventa,
aumenta maior que tudo,
enfrenta, derrota, destroi, cria e recria,
sem uma única, sequer lei.
Ama odeia, malabarismo de criança,
coisa de gênio,
de alma cheia de Deus,
não conta com desesperança
Brinca com o vento,
nas tempestades, sem desconhecimento
de causa nem de consequência.
mas curiosamente, ele adora mesmo
brincar com seus brinquendos.
E se nós por esquecimento...
esquecemos de olhar mais dentro,
pode ser pura vaidade...
Há uma arte completa e impressionável
em cada batida do coração,
mas há outra arte, também, completa
e impressional, no seu silêncio.
lenda
Há um ponto cruz fixo
na lenda do arco íris
um verso reverso inverso
no universo que diz:
Conheça a ti mesmo.
E o Im pé rio com seu cestro
no meio do mundo centrado
diz que sua lei é secreta e sagrada,
é sanguinea e severa!
Como se os anjos do céu
e todos os seus apensos
não viessem ao prantos e desencantos,
abaixo, chorar suas dores também,
e suas simples quimeras...
como se a terra aos abraços abertos,
não recebesse estes filhos nobres,
com o mesmo quinhão de sangue
e de coração que quaisquer outros pobres.
Os gregos bem o sabem
em suas covas eram enterradas,
também suas almas...
Só os gregos... Pudera!
Oh terra amada,
como uma neblina tão fragil,
consegue te manter tão obscura!
na lenda do arco íris
um verso reverso inverso
no universo que diz:
Conheça a ti mesmo.
E o Im pé rio com seu cestro
no meio do mundo centrado
diz que sua lei é secreta e sagrada,
é sanguinea e severa!
Como se os anjos do céu
e todos os seus apensos
não viessem ao prantos e desencantos,
abaixo, chorar suas dores também,
e suas simples quimeras...
como se a terra aos abraços abertos,
não recebesse estes filhos nobres,
com o mesmo quinhão de sangue
e de coração que quaisquer outros pobres.
Os gregos bem o sabem
em suas covas eram enterradas,
também suas almas...
Só os gregos... Pudera!
Oh terra amada,
como uma neblina tão fragil,
consegue te manter tão obscura!
Não conto com quem.... um mini!
Noite. Madrugada quente.
Diálogo único. Palavra unipresente.
Salão cheio de pessoas, cheio de sonhos,
flutuantes. Mãos bocas, linguas,
sentimentos soltos.
Eu... tava, você, também... e todos os outros.
até você, você mesmo. Não se faça de bobo.
Começamos um esfrega-esfrega sem fim,
de prazer divino mas de modo muito
"humano"... cara a cara, boca a boca, peito a peito...
continuando...
ficou sério... olhei a minha volta
todos riam, um risada frenética...
parece que todos sentiam
a mesma coisa patética...
Esquentou, tirei a blusa
o esfrega-esfrega melhorou.
e foi esquetando cada vez mais até
que ele foi sumindo, fugindo,
de mansinho e acordei...
E antes mesmo de abrir os olhos...
percebi que abraçava o meu travesseiro...
(aquele que sempre dorme sozinho ao meu lado)
A minha boca disse, sem pensar
em voz alta e revoltada:
Filho da mãe, me escapou, outra vez.
Diálogo único. Palavra unipresente.
Salão cheio de pessoas, cheio de sonhos,
flutuantes. Mãos bocas, linguas,
sentimentos soltos.
Eu... tava, você, também... e todos os outros.
até você, você mesmo. Não se faça de bobo.
Começamos um esfrega-esfrega sem fim,
de prazer divino mas de modo muito
"humano"... cara a cara, boca a boca, peito a peito...
continuando...
ficou sério... olhei a minha volta
todos riam, um risada frenética...
parece que todos sentiam
a mesma coisa patética...
Esquentou, tirei a blusa
o esfrega-esfrega melhorou.
e foi esquetando cada vez mais até
que ele foi sumindo, fugindo,
de mansinho e acordei...
E antes mesmo de abrir os olhos...
percebi que abraçava o meu travesseiro...
(aquele que sempre dorme sozinho ao meu lado)
A minha boca disse, sem pensar
em voz alta e revoltada:
Filho da mãe, me escapou, outra vez.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Quero saber se você já me ama - Pablo e Joanita
Mas quando ela disse isto ele olha diretamente nos olhos dela,
e os viu marejados: Também não é motivo para chorar...
Ela sentou-se no sofá e disse: Estou me sentindo mal.
Ele cautelosamente se aproximou,
A tocou... estava ardente em febre.
Ela se deitou, sem nenhum cuidado, enrolou -se sobre si mesma
ficou parada, ali.
Quero ir pra minha casa. Ele a amparou.
Foram. Ele abriu a porta
e foram para o quarto. Era a primeira vez que ele entrava no quarto dela.
Era um quarto muito monótomo. Ele sentiu isto.
A colocou na cama, ela se enrolou toda.
Pediu cobertas. Ele não ouviu.
Ele observou as roupas dela. Eram apertada, pouco confortáveis
para quem estava com febre.
Joanita, onde tem roupas mais leves...
Ela resmungou e apontou uma gaveta.
Trouxe as roupas, pediu que ela esticasse as pernas,
tirou-lhe a calsa, a blusa, vestiu-lhe o pijama,
estava cuidando dela. Ela não se importava com nada,
estava largada, queimando de febre.
Joanita, onde tem caixa de remédio.
Não tem, nada, resmungou.
Vou ter comprar algo para você.
Mas antes ele pegou uma toalha pequena,
umideceu-a e a colocou sobre a testa dela.
Quando ia saindo uma coisa bateu bem no coração:
E se quando voltasse ela já tivesse morta...
parecia tão mal e fazia tanto tempo que ele não cuidava
de alguém que ficou com muito medo da febre dela.
Mas foi para a farmácia, explicou que ela tinha febre,
O homem trouxe um remédio, ele confiou plenamente,
O homem disse, dê água para sua esposa,
ele nem respondeu. Agradeceu e saiu correndo.
Quando chegou ela parecia pior,
deu-lhe o remédio e ouviu um resmungo,
amor, você está ai... Estou disse ele.
Ela não abria os olhos,
Ele se sentou perto dela e ficou parado.
Estava meio encantado com aquilo tudo que estava vivendo.
Como aquela mulher era fragil,
Imagino que morreria ali, se ele não existisse,
para comprar os remédios, e lhe fazer companhia,
não apenas naquela hora, mas de fato no último
mes, tinha visto Joanita todos os dias.
Ela e Ele sabiam que se amavam.
Ele temia o passado dela e futuro, também,
e ignorava quanto tempo de presente ele poderia lhe oferecer.
Ela duvidava de tudo.
Pablo esperou a febre baixar, se tranquilizou e foi para sua casa,
Pensou que dormiria mas não conseguiu, de madrugada, voltou
no quarto dela... Ela resmungava a mesma coisa:
Você esta ai, amor. Estou.
Assim foi sua rotina a noite toda,
de sua casa à casa dela.
De manhã prestou atenção na sala, no chão;
Muitas bolotas de papel amassado,
no cesto de lixo e pela mesa.
Joanita andou amassando suas histórias,
prentendia jogá-las fora.
Ainda pelo dia inteiro ela ficou na cama,
dores e febre, mal abria os olhos,
talvez uma garganta inflamada,
Ele insistiu no médico, ela disse não.
Pablo teve que tomar a iniciativa de oferecer-lhe um banho...
Ela recusou... mas tava danada, os cabelos
desarranjados no último.
Ou você toma banho sozinha ou lhe darei um banho...
Ele nunca tinha dado banho em mulher doente,
arrastou uma cadeira, pegou as roupas,
colocou lá, estudou minuciosamente todos
os detalhes e ela só resmungava:
Depois, amor, depois... Agora, amor.
Ela falava com febre e ele falava com uma febril.
Levou-a para o banheiro, tirou a roupa dela,
e deu-lhe um banho. Seria muito cômico,
Pablo cuidando de uma paciente, ele fazia
isto com tamanho amor e cuidado,
que ela parecia uma criança nas mãos dele.
Foram 3 dias assim, ele cuidando dela,
até comida que lhe dar, se não desse ela não comia,
Depois ela se sentiu completamente curada.
E ficavam na sala, conversando
sobre aquela febre, ele a imitava:
Amor, você está ai...
Ele já tinha decidido sobre a resposta daquela pergunta.
responderia com duas palavras, mas agora,
usaria só uma: Sim!
O assunto ficou encerrado. Ela não perguntou mais sobre nada.
E naquela manhã... Pablo recebeu uma telefonema
Deveria compareceu ao Hotel... onde ficavam os seus
supostos chefes: Os cara da CIA, CIM...
Ele meio que se desesperou... mas não tinha opção
deveria ir.
Joanita, vou ficar fora esta manhã... Tenho um compromisso.
Ela intuiu... não adiantava pedir que não fosse... fosse o fosse,
ele irá, ele foi.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Oração
Oração
Rezei ao Deus Vento,
que contou as penas,
me concedeu as asas.
Trouxe em brasa,
meu coração,
na balança fria do tempo
o joguei.
Quero o leve,
se não o leve,
pro chão ou pra neve.
Toco a terra,
suas pessoas feito árvores
em florestas,
dão me o fruto.
Quase sempre lágrimas,
ou tristezas,
sobre as brancas
toalhas das mesas,
É um raro jeito de dizer sim,
somos quase felizes,
agora somos mais felizes.
e acredito que agora,
realmente pode ser a primeira
vez desta história.
terça-feira, 9 de março de 2010
A conversa - Joanita e Pablo - conto
Que se mercúrio estivesse presente
bem que gostaria de ajudar..
Mercúrio não tem limite.
É a verdade... clara ou obscura.
Mas é Saturno que vai estar por perto.
Sendo assim, progresso cada vez mais lento.
Joanita vai à casa de Pablo... diga-se não reconhece
ali, qualquer coisa sua. Nem mesmo sua ausência se nota.
Os velhos pertences de seu ex!
Já nada lhe interessa de seu misterioso passado.
Pablo a espera, com sua armadilha e armadura.
Se ela diz que está apaixonada,
e uma mulher apaixonada nada vê senão
o que quer ver...
Porisso Pablo decidiu trabalhar com apenas 3 palavras,
aliás, duas. Ele é econômico e não gasta suas letras a toa.
Ele é fiél ao seu trabalho, mais que a si mesmo.
No amor, já errou muitas vezes,
no trabalho, nem sempre se pode cometer erros.
Quando Joanita chegou ele a esperava,
a camisa que ela gosta. O sorriso que ela procura
o olhar que ela demanda... tudo nos seus devidos lugares,
ninguém pode ser mais falso.
Nem havia muito o que conversar,
ambos queriam uma prova de confiança:
Confia em mim e me conte seus planos.
Prove que me merece. Confia.
Confiou... confiarei... pensa ela e pensa ele.
Ambos querem arrancar de qualquer jeito, a verdade.
Eles não se conhecem, não se reconhecem!
e acredito que não queiram realmente se conhecer.
Tiraram par ou impar para ver quem começava:
É bom lembrar que as paredes de Pablo tem ouvido, olhos,
e muitos outros sentidos.
E que ela saiba ou não, nunca se importaria com isto.
E que ele tem toda liberdade de fazer o que bem entender
para ganhar a confiança dela.
Ambos escolheram a história que convem,
que cai bem. Que ganha tempo, para um lupa, um binóculo,
ou mesmo um óculos.
Mas ela ganhou, será a primeira,
Ele até se ofereceu para contar sua história antes dela,
mas ambos estão loucos para contar a verdade.
A legítima verdade mesmo,
eles não contarão, pelo menos até onde a autora os conhece
Jamais, nem sob tortura! talves está verdade,
vá ficando com o tempo bem transparente,
e até possa ser vista, sem ser contada.
Joanita faz pose, faz cara, faz olhares, faz pensares,
É quase tão dificil quanto tirar a roupa em público:
mas assim como a roupa Joanita também nao nasceu com aquelas histórias,
as adquiriu com o passar dos dias e muitas delas
são compartilhadas com muitas outras pessoas,
sérias, sinceras deveras, mas nem sempre perfeitas.
Que venha mércurio em sua liquidez e deixa a história correr!
Era sexta feira, meu melhor dia, de manhã, o melhor horário
e ainda chovia. A chuva, água, meu elemento, corria sobre o meu itinerário.
desci a rua, devagar, comprei coisas, no mercado,
meu guarda chuva, velho quase desmontado
era simbólico. Ventava para ser bucólico.
A chuva era fina, quase não molhava.
Vi homem que subia a rua, com uma sacola.
Um capuz protegia-lhe a cabeça e parte do rosto.
Passou por mim, não me notou... tinha os olhos fixos
em algum alvo, não li seus pensamentos,
mas diria que estava concentrado
em algum raro acontecimento.
Os carros passavam... 30 a 40 metros de mim
ouvi uma freiada e virei-me para tras...
Lá estava o homem caído, no meio da confusão,
carros parando, gente se aproximando e
fiquei parada ali, olhando meio de longe.
As pessoas se aproximaram e ele tentou se levantar:
não conseguiu, ficou sentado, próximo à calçada.
Pensei comigo, aquele está relativamente bem e cuidado,
ele vai melhorar...
Quando decidi ir embora e deixar o episódio
para sempre para longe... vi que uma rodinha bem pequena,
vinha correndo na beira do asfalto. Parecia ter um certo brilho.
Pensei que fosse uma moeda.
Tão logo pude, a apanhei ainda em movimento.
Tão logo a apanhei, a examinei:
Parecia mesmo uma tampa de mamadeira.
Ou um botão raro... indaguei mas não descobri,
sequer imaginei que tal pequeno objeto viesse da sacola
do homem atropelado que rasgou-se toda
no acidente, expondo os alimentos pelo chão.
Fiquei com o tal objeto na mão, enquanto examinava,
mas de fato, não tinha nada de suspeito.
Por um instante, por reflexo, a mão fechei.
Quando o fiz, senti um amortecimento pela mão.
Estranhei e quase eletricamente abri a mão e
tal objeto caiu de mim... olhei meio curiosa,
queria apanha-lo de volta mas a mão meio
amortecida me distraiu e objeto continuou rolando pelo asfalto.
Fui-me embora, o trajeto até minha casa foi muito mais rápido.
e meus pensamentos estavam ainda excitados
pelos últimos acontecimentos.
Passou-se alguns dias sem que eu pudesse esquecer
minha mão meio amortecida. Nada doia,
mas as vezes, vinha-me uma estranha sensação.
Fui ao médico levaR MInha estranha mão.
Ele a examinou e concluiu está um pouco gasta,
um pouco mofada, mas pelo uso e abuso
está muito bem conservada.
Deu-me até uns calmantes,
meus nervos poderiam estar um pouco alarmados.
Nem sei quanto tempo durou aquela sensação.
Mas me acostumei com ela, fiquei assim meio dormente,
A mão não parecia ser neutra...
eu sempre me lembrava dela e da cena
do atropelamento e da moeda.
E desde de então é que lhe digo
que Agentes secretos me perseguem.
Não roubei, não furtei e nem ganhei ou achei e levei tal objeto.
Ficou no asfalto.
Desconhecia suas propriedades secretas
e também suas validades.
Mas os agentes secretos sabem disto.
Pois tal objeto foi encontrado. Assim me dizem.
mas o referido objeto não é o mesmo mais.
perdeu suas propriedades básicas.
Onde estão as propriedades básicas do referido objeto...
Posso não ser tal pessoa... aquela que tocou a "moeda"
Posso ser uma pessoa única,
se não sou a tal pessoa que tocou a moeda,
quem sou eu... seria eu uma outra pessoa...
Seria eu Duas pessoas... ou nenhuma delas.
Eu conto e digo que encontrei a tal moeda...
que a toquei... mas pode haver outra pessoa
porque a moeda continuou sua trajetória,
e minha camuflada memória
não se lembra dos outras faces que me cruzaram o caminho aquele dia...
mas não contei nunca para os agentes que
minha mão ficou um pouco esquisita, depois daquilo.
Então no principio era só conversa, conversava
até o nivel da tortura.
depois ameaças, e depois atitudes...
Mas não tive e não tenho a resposta para as suas perguntas.
Aliás eles jamais me fizeram uma pergunta
Esperam pacientemente que eu as adivinhe!
Joanita estava zonza de tanto falar...
Pablo disse, espere o que é que você realmente subtraiu...
Eu conto depois, outro dia...
Agora quero saber se você já me ama...
segunda-feira, 8 de março de 2010
Hino ao Sol - Autoria Maria Melo - Brasil Paraná
Toca a campainha do dia, outra vez
na garganta dos galos,
que cantam nas redondezas.
E eu,
de abraços e beijos com as minhas cigarras noturnas
abro os meus olhos e vejo
no coração , a mesma ternura.
O meu sol,
empresário do dia
empresário da vida,
onde anda eu já sei...
Meu sol,
minha estrela que é guia
toda minha alegria
a razão de eu viver.
Sol,
abençoa a todos nós
com a graça e a alegria
desta voz...
Sol,
abençoa a todos nós
com a graça a alegria
desta voz.
domingo, 7 de março de 2010
Um segredo por segredo... Joanita e Pablo - conto
Ignorar este momento... nem se tivesse realmente morta,
ou inteiramente viva.
É históricamente único,
talves porque sejamos únicos,
talves porque haja um adeus em tudo.
E se há um adeus em tudo,
não importa se micro secundos ou milenar,
há ansia de viver,
ainda que na mais remota possibilidade,
a luz do amor.
Mesmo porque ninguém pode se abster do amor.
E por que o amor é tão luminoso,
que atrai tudo ao seu redor...
e transforma sem piedade os passos e a estrada
tão velhamente talhada,
tanto na carne quanto no sangue
de seus seguidores.
O amor nunca pediu licença, nem permissão,
nem por cautela ou educação.
Junta o impossível e quanto mais
impossível mais ele cresce e aparece.
Seu dom de ser alem de ir além, de viver alem,
é a única e real possibilidade
de surgir uma novidade no mundo!
E elas estão surgindo.
Eis aí uma questão: Diante de qualquer coisa,
ciência, politica, religião, arte ou até
diante da descrença,
aparece o amor e toma tudo para si mesmo.
Joanita tem seus grandes mistérios.
Pablo, é um poço sem fundo de segredos.
Deus me livro dê, para contá-los, assim
bem detalhadamente.
Mas a autora decidiu juntá-los ainda por uma bem rápida noite,
para que levados pelo sentimento do desejo
possam, vamos assim definir: Por, pelo menos uma de suas cartas
(na manga, atualmente) sobre a mesa.
Um segredo por um segredo. Começamos por aí.
Quem quer confessar o seu primeiro...
Será o hoje, um grande momento
Aliás, põe se grande nisto.
Se eles tem salas e paredes, e tem coração e tem sede...
O que lhes falta e coragem.
O que eles tem sobrando: medo.
O vinho da verdade, pode não ser doce, é na verdade,
um vinho seco. Quando se olha para ele, sobre a mesa,
e para as taças vazias se entende:
é preciso beber uma certa dose e depois
confessar, simplesmente
Mas eles já beberam o vinho todo,
já quebraram as garrafas,
já devoraram os cacos...
agora só resta a confissão!
Para ela basta Pablo dizer: Sou um agente secreto.
daqueles que devoraram o seu mundo, enquanto você dormia.
Bastava esta sinceridade... porque mais que isto,
ela acredita que ele não saiba.
Para ele bastava ela dizer... eu conto.
o que você quer saber,
tenha coragem de me perguntar.
Principalmente porque Joanita acredita
que ele não saiba as perguntas mais dificeis dela responder.
Depois que os dois se cansaram de tanto olhar o sobe e desce da rua,
deciram ir conversar na sala, dele.
Fica claro, eles precisarão de muitas salas.
Por ora, basta apenas o leitor confiar
que esta conversar pode mudar o rumo da história.
Joanita sabe que muitas pessoas a sua volta,
prognostiza o seu futuro
leem suas cartas, as mesmas que ela vem esquecendo por onde
passa...as mesmas que rabisca nos muros,
até mesmo dormindo ou sonhando...
até mesmo já tem aqueles
que rabiscam seus próprios desejos,
nos muros onde Joanita escreve.
Fique de olho:
Próximo encontro: Uma revelação.
sábado, 6 de março de 2010
Campainha
Toca a campainha do dia, outra vez
na garganta dos galos,
que cantam nas redondezas.
E eu,
de abraços e beijos com as minhas cigarras noturnas
abro os meus olhos e vejo
no coração , a mesma ternura.
O meu sol,
empresário do dia
empresário da vida,
onde anda eu já sei...
Meu sol,
minha estrela que é guia
toda minha alegria
a razão de eu viver.
Sol,
abençoa a todos nós
com a graça e a alegria
desta voz...
Sol,
abençoa a todos nós
com a graça a alegria
desta voz.
sexta-feira, 5 de março de 2010
O destino de Pablo e Joanita - conto
Ela e Ele olham a rua perdidos,
cada um, nos próprios pensamentos:
Ela está grata por ele existir.
Não sabe como sua vida está tão feliz...
Ele também agradeço o presente dela.
não sabe porque está tão feliz.
O momento é matematicamente perfeito.
Eles, entretanto estão paralizados diante da estratégia da vida:
Quaisquer outros dias ela não hesitaria,
se atiraria nos braços dele,
se fingia de morta no seu sofá,
na sua sala, em qualquer canto onde ele pisasse,
só para vê-lo desesperado e de perto,
Ele que conhece a solidão
a arrastaria pelos cabelos e a amarraria
ao seu fogão, se fosse em outros tempos...
Mas justamente agora,
quando ambos estão amargurados por seus afazeres
tão mal sucessidos, tão desencantados,
e acima de tudo vingativos.
Querem ambos se vingarem de Deus, por suas derrotas
e desamores, suas decepções,
E não aceitam mais a possibilidade de serem felizes,
especialmente porque o amor
não tem manual de uso, pior que não tem
regra e nem excepção que se possa confiar...
e nem mesmo tem garantia de paz e harmonia...
e quem sabe até devolução...
E quanto maior, mais assustador.
e mais devassador, de fato, mais perigoso.
Os olhos dela não se esforçam mais para esconder seus sentimentos,
Ele nunca acreditou em nada, sinceramente,
quando amava alguém tinha a certeza
que estava enganando a si mesmo,
por que aquilo que sentia não era amor,
era uma obrigação, para consigo mesmo.
Então ela decidiu falar:
Eu amo você! Não sei porque mas amo.
E se souber porque eu não lhe digo.
Falou mesmo friamente, e olhou nos olhos dele friamente, também,
seus olhos quase verdes, ou azuis ou sei lá de que cor,
estavam tão frios quanto o gelo e disse:
Não é verdade. Você não sabe o que diz.
Provavelmente fala de amor porque não sabe o que é o amor.
Eu já sei o que este sentimento tão maravilhoso
é capaz de fazer...
Se a gente se distrai... ele vira um alien... e devora
tudo que vê pela frente...
e você já é uma E.T... sem estar apaixonada...
Imagine que tipo de criatura se transformaria se alguém a amasse!
Ela discutiu um pouco mais, de matemática e de amor,
nunca se sabe quase nada...
- e esperou ele terminar seu discurso que diz Não, Não, Não,
Não e Não. Ela afirmou: Você é um agente secreto.
Ele respondeu sem hesitar: Fui, no meu passado, nos U.S.A
Agora estou aposentado e vendo paredes...
você mesmo me comprou uma. Eu sei. Não me importa.
Vou me casar com um agente secreto.
Assim ele trabalhará melhor. Morará mais perto de sua presa,
e ganhará mais por prestar serviço de qualidade.
Este ano, já contei mais de doze agentes secretos,
tão secretos que eu sempre sei.
Aí ele não aguentou e deu uma imensa guargalhada:
Você é de hospicio. De onde tira tantos agentes secretos na sua vida...
Eu sei de onde os tiro... mas não te conto.
Olhe para si mesmo, quanto ganha para me vigiar...
e o que te disseram, se me contares pelo menos uma verdade,
por mais simples e insignificante que ela seja,
te darei duas... contarei duas histórias bem verdadeiras...
mas duvido que saibas a causa
assim como os outros agentes secretos, tu também
não sabe o porque trabalhas para eles.
Pablo se viu desesperado... nunca pensou
na claridade daqueles olhos tão fugazes e tão futeis...
fazendo tão profundo interrogatório!
Ah, tá certo, você subtraiu um chip lá na minha casa,
era meu e importante, ia usá-lo no meu canário.
para uma variedade de canto...
no mesmo bico, nas mesmas penas...
Pode me devolvê-lo falou sério,
disfarçando o nervosismo.
Ela não escutou.
Enquanto ela falou ele Pablo pensou:
Não sou alguém,
ela é ninguém. Quero ir embora para outro país,
e levá-la pra longe de qualquer eventual loucura.
Nem pense, disse ela, não tem fuga,
os agentes daqui que me vigiam não trabalham no cinema,
e não exageram no Q.I.
e maioria deles nem recebem dinheiro... o fazem
por causa da grandeza da profissão: Ser um agente secreto,
dá uma biblioteca de salvação
para os seus praticantes.
De repente ele tem uma ideia: E se ele tivesse apaixonado...!
No cinema os agentes namoram as bandidas...
mas as bandidas são lindas... e são espertas!
mas Joanita nada tem com isto!
Pablo disse, vou me embora, antes do contrato.
Você desconfia de mim.
Desconfio, não!, tenho certeza, mas não vá!
Enquanto sou um agente, não posso me apaixonar
(pensou ele) Nem poosso gostar dela,
não sei quem ela é ou quem será...
No que pode se transformar esta mulher...
Sim, esta talves venha a ser a questão básica,
no que ela se transformará...
Vamos lá em casa, aliás a casa é sua, a gente
conversa mais tarde, conforme as horas passam
as ideias claream, amadurecem ou até mesmo morrem,
quando chega a escuridão.
E no dia seguinte a gente sente que algumas delas
estão enterradas, mortas de verdade, outras foram
enterradas vivas...
Eles precisam falar do amor,
mas o amor está em grego.
Nenhum dos dois fala grego.
quinta-feira, 4 de março de 2010
coração de pássaro
Amor, da última vez que nos vimos,
levei o teu coração comigo.
Se Furto ou roubo, não ligo
Foi ele que foi me seguindo...
Se ele vai voltar...
nunca mais...
tá tão feliz comigo,
que canta até dormindo e vive em paz.
Amor, aquela canção que te fiz
não é pura imaginação
é teu coração bem feliz
que canta por todo o sertão.
se ele vai voltar... nunca mais
está bem feliz comigo que canta até dormindo
e vive em paz...
coração de pássaro
Amor, da última vez que nos vimos,
levei o teu coração comigo.
Se Furto ou roubo, não ligo
Foi ele que foi me seguindo...
Se ele vai voltar...
nunca mais...
tá tão feliz comigo,
que canta até dormindo e vive em paz.
Amor, aquela canção que te fiz
não é pura imaginação
é teu coração bem feliz
que canta por todo o sertão.
se ele vai voltar... nunca mais
está bem feliz comigo que canta até dormindo
e vive em paz...
quarta-feira, 3 de março de 2010
Primeira musicalização do poema esquecimento - Maria Melo
Se sonho eu sei que vivo
se não vivo eu sonho mesmo assim.
Se sonho eu sei que vivo
se não vivo eu sonho mesmo assim.
Não é a primeira a vez que esqueço a vida aí quando vou me embora
tenho andado esquecida... será que existe vida melhor lá fora.
....
O passado é só lembranças
as lembranças invencíveis,
O futuro são os sonhos,
imperdíveis...
....
Teia, semblante, frágil e mutante
a vida real é o começo do sim.
Se sonho eu sei que vivo
se não vivo eu sonho mesmo assim.
autora Maria Melo ( Brasil, Paraná)
terça-feira, 2 de março de 2010
Joanita... simplesmente mais um agente secreto...
De manhã prepara o café,pensa em algo amargo, resto da noite que sobrou,
sonhos despedaçados.
Pensa em algo do dia, que talves virá.
também o que sobrou de ontem, dos velhos sonhos,
porque ela parece não ter vontade de sonhar, nada novo.
Aliás, sonhar algo novo seria um gigantesco desafio.
Mas o tal do Pablo é realmente um nó de marinheiro.
(você leitor tambem deve se acostumar agora
não é mais seu Pablo e nem dona Joanita e sim
Pablo e Joanita,
eles já seus seus conhecidos)
morando porta a porta com ela,
parece ter olhos de faroleiro.
E se disser que Joanita sempre foi paranoica...
e que sempre viveu cercada de muitos espiões...
começou com um tal de Deus,
que desde cedo, foi acusado de espionar, julgar e punir
por qualquer coisa que ela fizesse
e depois se multiplicou biblicamente
atraves dos séculos, bem como a forma
de espioná-la, de julgá-la, de condená-la,
mudou também a cara de seus agentes secretos...
Coisas certas e erradas, conceitos temporais e regionais,
legais, religiosos, espirituais... tantos outros,
nunca teve certeza se pudia isto ou aquilo.
Isto e aquilo é seu conjunto de dúvidas, e caminha com ela
pela vida inteira.
Faz o que deseja e deseja o que faz,
entre suas verdades, muitas são mentiras, ou falsas,
apenas usadas pela necessidade...
Mas agora há uma outra verdade, estranha até hoje,
estranha a tudo que lhe foi ensinado, a ferro e fogo,
estranha a todos os conceitos vigentes, que é seu tempo,
e ela suspeita que terá que rasgar uma fina neblina a sua volta,
para continuar a vida...
no mesmo passo de ontem já não se pode continuar.
E Joanita crê na ciência e religião,
Joanita crê na política e na arte,
crê nas pessoas, em especial , algumas estranhas pessoas que habitam seu mundo.
Se tivesse que sair hoje, e fosse passear de ônibus ela
saberia que dois terços são estranhos, um terço,
está a sua volta, próximos
por estranhas proximidades e interesses e ela já os considera familiar.
São os agentes secretos.
Não é possível conviver com tanta espionagem.
Ela vai para o portão... chega e o abre, tomou seu café,
e comeu seu pão, agora olha a rua e o sol,
Lá embaixo está ele, branco, branco, feito trigo,
mão fina, cabelos claros, olhos azuis, magro,
e uma cara muito estranha que não combina com seu trabalho.
Faz dias que ele fica ali, um carrinho de pedreiro, algumas lajotas no chão,
uma colher que ele nem sabe segurar e olhos fixos na casa dela,
dia inteiro, ela sai, ele fica ela volta, ele está lá.
Fazendo um piso, amassando o cimento. Ela passa ele olha...
Ela não aguenta mais. Foi lá, entrou na loja, olhou ele de perto,
que pessoa estranha, o que será que deseja...
o que será que quer descobrir...
Assim tem sido sua vida... nos mais estranhos lugares,
o mesmo homem branco feito o trigo
aparece. Se planta por ali...A quem diga, ele é policial.
Mas é também muito influente... bem Joanita sabe que
tem que conviver sempre bem com todos.
Agente secretos: todos aqueles que nasceram antes de mim
e seus descendentes
e agiram secretamente para
tomar posse do mundo e de suas verdades,
define Joanita... deixando-me os farrapos
de uma pobre e miserável sociedade,
aos prantos e barrancos a indagar
onde é que está a religiosidade (coisa moderna)
a justiça ( um pouco mais antiga)
e a irmandade, um principio do começo do mundo.
dificil de decorar, pior de aprender.
que esta sociedade pobre e miserável seja apenas eu,
e que não houvesse mais nada além da minha pobreza,
generalizada, genética, hereditária,
e acima de tudo natural.
e que não houvesse dor e nem pranto,
por causa de submissão, da rendição... e por fim vamos ser clara:
da escravidão e dos maus tratos
e que apesar disso, houvesse ainda justiça e paz.
Ao Príncipe Maquiavel,
que gosta de seu paraíso adâmico:
eis uma questão: corre atras de seu edem,
reconsidera suas "Leis e seus Reis"
sem perdê-los!
E os agentes não incomodam Joanita apenas Pablo a incomoda
e hoje foi até o portão do prédio,
olhar a rua, já cansada das férias e da ausência dos cabelos deles...
Pablo apareceu por lá: queria saber como ela estava.
Ela queria dizer você é o décimo segundo... que eu suporto este ano.
Tropeço neles em toda parte.
Mas não disse. Isto não tem significado.
Espiem-se a si mesmos, encontrarão a mesma coisa que procuram em mim.
Espere que eu va aos poucos criando coragem,
e contando minha vida,
que corre secretamente, diante dos olhos de todos, e sempre foi assim,
Eu disse no século passado,
as mesmas as coisas, disse no milêncio passado, as mesmas coisas,
que digo agora, incrivelmente
as pessoas algumas mudaram, outras ainda são as mesmas.
De todas estas indagações,
que fervilham a alma dela, antes de realmente abrir seu caderno,
sua questão básica hoje é o amor de Pablo.
É o amor mais estranho e assustador do mundo.
E se os olhos dela encontram caminho para os os olhos dele,
provalmente seu corpo e alma também
encontrarão.
Ela parou agora na rua, olhando-a atentamente,
é sua estrada que tem um novo caminhante,
pés e coração silenciosos de Pablo a passar por ali.
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