terça-feira, 9 de março de 2010

A conversa - Joanita e Pablo - conto



Que se mercúrio estivesse presente
bem que gostaria de ajudar..
Mercúrio não tem limite.
É a verdade... clara ou obscura.



Mas é Saturno que vai estar por perto.
Sendo assim, progresso  cada vez mais lento.

Joanita vai à casa de Pablo... diga-se não reconhece
ali, qualquer coisa sua. Nem mesmo sua ausência se nota.
Os velhos pertences de seu ex!
Já nada lhe interessa de seu misterioso passado.

Pablo a espera, com sua armadilha e armadura.

Se ela diz que está apaixonada,
e uma mulher apaixonada nada vê senão
o que quer ver...

Porisso Pablo decidiu trabalhar com apenas 3 palavras,
aliás, duas. Ele é econômico e não gasta suas letras a toa.

Ele é fiél ao seu trabalho, mais que a si mesmo.
No amor, já errou muitas vezes,
no trabalho, nem sempre se pode cometer erros.

Quando Joanita chegou ele a esperava,
a camisa que ela gosta. O sorriso que ela procura
o olhar que ela demanda... tudo nos seus devidos lugares,
ninguém pode ser mais falso.

Nem havia muito o que conversar,
ambos queriam uma prova de confiança:
Confia em mim e me conte seus planos.
Prove que me merece. Confia.

Confiou... confiarei... pensa ela e pensa ele.
Ambos querem arrancar de qualquer jeito, a verdade.
Eles não se conhecem, não se reconhecem!
e acredito que não queiram realmente se conhecer.

Tiraram par ou impar para ver quem começava:
É bom lembrar que as paredes de Pablo tem ouvido, olhos,
e muitos outros sentidos.
E que ela saiba  ou não, nunca se importaria com isto.

E que ele tem toda liberdade de fazer o que bem entender
para ganhar a confiança dela.

Ambos escolheram  a história que convem,
que cai bem. Que ganha tempo, para um lupa, um binóculo,
ou mesmo um óculos.

Mas ela ganhou, será a primeira,
Ele até se ofereceu para contar sua história antes dela,
mas ambos estão loucos para contar a verdade.
A legítima verdade mesmo,
eles não contarão, pelo menos até onde a autora os conhece
Jamais, nem sob tortura! talves está verdade,
vá ficando com o tempo bem transparente,
e até possa ser vista, sem ser contada.


Joanita faz pose, faz cara, faz olhares, faz pensares,
É quase tão dificil quanto tirar a roupa em público:
mas assim como a roupa Joanita também nao nasceu com aquelas histórias,
as adquiriu com o passar dos dias e muitas delas
são compartilhadas com muitas outras pessoas,
sérias, sinceras deveras, mas nem sempre perfeitas.

Que venha  mércurio em sua liquidez e deixa a história correr!

Era sexta feira, meu melhor dia, de manhã, o melhor horário
e ainda chovia. A chuva, água, meu elemento, corria sobre o meu itinerário.

 desci  a rua, devagar, comprei  coisas,  no mercado,
meu guarda chuva, velho quase desmontado
era simbólico. Ventava para ser bucólico.

A chuva era fina, quase não molhava.
Vi homem que subia a rua, com uma sacola.
Um capuz protegia-lhe a cabeça e parte do rosto.

Passou por mim, não me notou... tinha os olhos fixos
em algum alvo, não li seus pensamentos,
mas diria que estava concentrado
em algum raro acontecimento.

Os carros passavam... 30 a 40 metros de mim
ouvi uma freiada e virei-me para tras...
Lá estava o homem caído, no meio da confusão,
carros parando, gente se aproximando e
fiquei parada ali, olhando meio de longe.

As pessoas  se aproximaram e ele tentou se levantar:
não conseguiu, ficou sentado, próximo à calçada.
Pensei comigo, aquele está relativamente bem e cuidado,
ele vai melhorar...

Quando decidi ir embora e deixar o episódio
para sempre para longe... vi que uma rodinha bem pequena,
vinha correndo na beira do asfalto. Parecia ter um certo brilho.

Pensei que fosse uma moeda.
Tão logo pude, a apanhei ainda em movimento.
Tão logo a apanhei,  a examinei:
Parecia mesmo uma tampa de mamadeira.

Ou um botão raro... indaguei mas não descobri,
sequer imaginei que tal pequeno objeto viesse da sacola
do homem atropelado  que rasgou-se toda
no acidente, expondo os alimentos pelo chão.

Fiquei com o tal objeto na mão, enquanto examinava,
mas de fato, não tinha nada de suspeito.
Por um instante,  por reflexo, a mão fechei.

Quando o fiz, senti um amortecimento  pela mão.
Estranhei e quase eletricamente abri a mão e
tal objeto caiu de mim... olhei meio curiosa,
queria apanha-lo de volta mas a mão meio
amortecida me distraiu e objeto continuou rolando pelo asfalto.

Fui-me embora, o trajeto até minha casa foi muito mais rápido.
e meus pensamentos estavam ainda excitados
pelos últimos acontecimentos.

Passou-se alguns dias sem que eu pudesse esquecer
minha mão meio amortecida. Nada doia,
mas as vezes, vinha-me uma estranha sensação.

Fui ao médico levaR MInha estranha mão.
Ele a examinou e concluiu está um pouco gasta,
um pouco mofada,  mas pelo uso e abuso
está muito bem conservada.
Deu-me até uns calmantes,
meus nervos poderiam estar um pouco alarmados.

Nem sei quanto tempo durou aquela sensação.
Mas me acostumei com ela, fiquei assim meio dormente,
A mão não parecia ser neutra...
eu sempre me lembrava dela e da cena
do atropelamento e da moeda.

E desde de então é que lhe digo
que Agentes secretos me perseguem.
Não roubei, não furtei e nem ganhei ou achei  e levei tal objeto.
Ficou no asfalto.
Desconhecia suas propriedades secretas
e também suas validades.

Mas os agentes secretos sabem disto.
Pois tal objeto foi encontrado. Assim me dizem.
mas o referido objeto não é o mesmo mais.
perdeu suas propriedades básicas.

Onde estão as propriedades básicas do referido objeto...
Posso não ser tal pessoa... aquela que tocou a "moeda"
Posso ser uma pessoa única,
se não sou a tal pessoa que tocou a moeda,
quem sou eu... seria eu uma outra pessoa...

Seria eu Duas pessoas... ou nenhuma delas.
Eu conto e digo que encontrei a tal moeda...
que a toquei... mas pode haver outra pessoa
porque a moeda continuou sua trajetória,

e minha camuflada memória
não se lembra dos outras faces que me cruzaram o caminho aquele dia...
mas não contei nunca para os agentes que
minha mão ficou um pouco esquisita, depois daquilo.

Então no principio era só conversa, conversava
até o nivel da tortura.
depois ameaças, e depois atitudes...
Mas não tive e não tenho a resposta para as suas perguntas.
Aliás eles jamais me fizeram uma pergunta
Esperam pacientemente que eu as adivinhe!

Joanita estava zonza de tanto falar...
Pablo disse, espere o que é que você realmente subtraiu...
Eu conto depois, outro dia...

Agora quero saber se você já me ama...

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