Quero dizer que sou mesmo um nenê
assim me falam o tempo todo,
não vai aí, nem vai lá...
tudo é muito perigoso.
Fecham portas e janelas,
escondem as facas, os garjos e as tijelas,
o fogão é um monstro,
a escada é um horror.
Mas eu estava numa festa,
com minhas lindas primas, louras e morenas,
e tantas outras lindas pequenas,
dois anos, 4 anos, 6 anos,
l5 anos...tinha até umas belas senhoras,
que não sei os números de suas idades.
Minha avó...ao meu lado,
cuidado, cai, cuidado, machuca,
cuidado, quebra,
me pega na marra, me tira, da mesa,
das portas, do jardim, do balanço...
em fim ela que pouco vejo na vida,
sabe de cor tudo que não posso fazer e me vigia,
depois de muita lida
ela me dá um jogo de baralho
me diz para jogar as cartas,
sento me no chão duro
e abro a caixinho e espalho todas aos cartas ao meu redor...
ela parece curiosa com meu brinquedo.
Fico distraido um pouquinho
brincando com as cartas quando olho
a minha velha avó tinha sumido,
olhei rápido para todos os convidados,
ela não estava... olhei a porta e vi apenas um
vulto veloz fechando a atras de si...
Nâo tive dúvida minha avó escapou...
Larguei as cartas esparradas no chão,
e sai correndo no meio das pessoas,
sou bem pequenininho ninguém me viu...
Ah, meu papi e minha mami
estavam jogando cartas numa outra mesa.
Abri a porta cautelosamente,
tava muito escuro, mas olhei pra céu e vi uma lua,
safada da minha vó, veio olhar as estrelas e veio só.
Vi dois enormes farós a luz vinha na minha direção,
parei confuso e vi minha vó naquele clarão...
naquele momento ela também me viu e
ficou parada me olhando...
Vovó que bom que você está ai...
disse-lhe ensilabadamente
me aproximando... peguei sua mão rapido e falei:
olhe o carro... vem vindo a puxei... ela me seguiu.
Fui levando minha vó de volta para o salão
da festa antes porem lhe disse,
você não pode ficar aí sozinha,
é muito peligoço ( muito perigoso) está esculo ( está escuro)
quase correndo puxei minha vó para dentro do salão e
e conferi se todas suas partes, braços e pernas e cabelos
e cabeça já estavam completamente para dentro,
fiz isto porque não tenho noção do tamanho da minha vó,
e nem mesmo de todas as suas partes de corpo
eu não poderia esquecer nada dela lá fora.
E não esqueci...
Fechada a porta ela se abaixou,
ficou de cócoras, me olhou nos olhos,
levantou meus braços e perguntou:
Por que fechou a porta...
Pra você não fugir mais...
fica perto de mim, vovó,
se não eu não consigo cuidar de você!
e fui puxando ela para perto das cartas,
ela pegou uma cadeira e sentou-se
e ficou muito tranquila,
até terminar a festa,
eu tive que cuidar dela,
depois minha vó sumiu de novo,
não sei quando aparecerá...
mas é sempre assim...
eu cuido muito mas ela sempre some
depois volta...
é uma rotina sem fim,
está vida de nenê.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
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