quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Diz seu Pablo aos seus leitores: Vamos espiar Dona Joanita.... conto parte II

A mulher disse: Preciso falar com minha mãe!
Me ajude... não posso viver sem esta condição.
Por que não fala... perguntou Joanita.
Ela morreu. E quero, preciso falar com ela.

Ah, o que de novo encontrou no seu dia
que possa tanto importar a quem já morreu...
que já não havia encontrado antes...

Encontrei no meu dia uma necessidade
imensa de pedir perdão   a minha mãe.
A fiz sofrer impiedosamente.
sem sequer perceber a afastei de mim
para sempre.

Amei e me apaixonei pelo amor,
um amor profundamente orgulhoso e poderoso,
tal amor que era bom e rico,
trouxe-me a fortuna e a boa sorte,
Toda alegria deste mundo.

Comprei terras, fazendas, lindas e produtivas,
era o orgulho de minha familia,
totalmente bem sucessida e feliz...

Mas tantos outros irmãos e irmãs e amigos e conhecidos
foram propositalmente por mim esquecidos,
porque eram derrotados, sob o meu ponto de vista
mal sucedidos.

Já no norte, distante de todos, cobiçei
furtar ou roubar os meus pais de seu mundo,
subtraí-los de todos, inclusive
de um irmão meio retardado, quase moribundo.

A riqueza fazia todos os meus propósitos parecerem justos.
Uma melhor vida aos meus pais, na hora da velhice,
muito conforto, carinho porque eu os amava demais,

Mas a corja dos meus irmãos se revoltou
e declararou guerra  a minha intenção e boa ação...
Mas os velhos que tinham muitos filhos,
eram também os meus pais e me amavam
tanto quanto os outros e me aproveitei de suas fraquezas humanas.

Papai e mamãe deixaram no sul toda sua familia.
filhos e netos e uma enorme parentalia e vieram para o norte,
disseram aos meus irmãos, inclusive aquele que minha mãe,
chamava de filho do rei, não sei porque,
ele nem raciocinava, e isto  me dava uma sensação de grande abandono
e carencia, que voltariam... Foram apenas passear.

Meus irmãos me disseram profeticamente:
Papai e mamãe morrerão por sua causa,
o norte é muito quente.
A ausência dos filhos pode mata-los.

Eles vieram bem felizes. O norte é lindo para pessoas como eu.
Para alguns é o inferno,
e costumava pensar que quem sofre, merece,
e nunca pensei isto sozinha,
filosofavámos sobre o sofrimento alheio
o que aliás é muito comum e muito feio.

Antes de meus pais, deixarem o sul disse-lhes:
Chegando lá, meu pai e minha mãe,
podem me pedir o que quiser,
um bom pedaço de minhas terras será para sempre de vocês.
Pode escolher, tudo é lindo, a fazenda é um paraiso sem limites.
O meu amor, concordou comigo,
Eramos todos muito felizes.
E achavamos justos dar este amor e esta riqueza
aos meus pais que sempre lutaram
por minha causa e pelos outros filhos também.

Uma casa nova,  bem na colina, ao pé uma serra,
de onde vinha uma água límpida,
fruto pão, muito mais que bom, fruto vida da terra.

Tudo perfeito meus pais não se cansavam de admirar
nossa riqueza e nossa felicidade,
estavam encantados,
enquanto no sul, todos meus irmãos revoltados praguejavam.
Queriam os pais de volta,
era na verdade, a única riqueza da qual eles se gabavam.

Eu estava muito feliz passou um ano inteiro,
e já nem de meus irmãos tinha noticias.

Então papai muito sério veio a nossa casa
conversar sobre uma antiga promessa:

Minha filha, você nos  disse que quando aqui chegássemos,
poderíamos escolher qualquer pedaço de  suas terras
e você nos daria! Conheci muito  bem suas fazendas,
e já escolhemos o pedaço que queremos:

Fiquei muito alegre: Fala pai, qual pedaço que querem...

Eu quero o pedaço da mima, que fica um pouco acima de nossa casa,
A mina de água sagrada água, que abastecia toda nossa fazenda,
nossa produção de alimentos e gados!

Olhei para meu pai e gelei: As terras onde estão as fontes de água,
de toda nossa fazenda, onde nasce o rio, formam os lagos,
não é possível, papai, que você queira justamente este pedaço,
o único em todas as nossas terras que não podemos lhes dar.

O velho rindo disse... pode sim. Vocês prometeram...
E é tudo que  queremos  de todas suas terras.
Meu marido revoltado berrou... Quando se dá a mão,
o cão lambe, mas este teu pai... me envergonha...
Como pode pensar que vou dar a eles, a um casal de velhos,
estupidos e na hora da morte,
a fonte de água de todos meus rios...que faz tudo florescer por aqui,
mãe de todas nossas riquezas e nossas belezas...
nem depois de morto...

Estamos em guerra. Meus pais não arredaram os   pés de  sua intenção
de nos tirar a fonte de água de nossa fazenda.
Eu não  entendia e berrava com ele que se quisesse
poderia ir embora, agora,
que não precisava mais me chamar de filha,
as fontes de água, eles não nos  tirariam.

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