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Se Joanita saiu pegou logo a estrada que viu e caminhou...
pés descalços, terra dura, alma congregada e pura.
A estrada é longa para alguns para outros é curta.
Não demorou muito e toda o zumbido do mundo sumiu.
Joanita viu um lugar à frente, almejou alcança-lo
mas de repente um carro de polícia apareceu...
do outro lado da rua... parou... dois policiais desceram:
Ei, moça não pode atravessar para o outro lado:
Pare. Está fechado e avançaram para atravessar o asfalto.
Tão igualmente surpreendente surgiu um enorme caminhão,
a principio muito rápido, depois quase parando.
Os Policiais perderam a visão de Joanita.
Á direita do enorme caminhão, surgiu uma mota,
O motoqueiro e o caroneiro, eles de capacetes pretos,
e roupa de chuva passaram ocultos pelo caminhão.
Ela Joanita não se atrasou enquanto isto acontecia
Se jogou para dentro do mato, velozmente,
Era um matagal, não uma floresta,
pequenos arvores, capins de beira de estrada.
bem desenvolvidos os capins a esconderam.
Deitada pelo chão, Joanita se arrastava para mais
longe dos policiais. E os olhava, pelos menos, as
botas, pelos buracos das folhas.
e os podia ouvir muito bem.
Depois que o caminhão e moto passou
eles atravessaram a rua e olharam intrigados
o sumisso da moça:
Para onde terá ela ido...
Rapaz, nos distraimos, ela pegou carona com o motoqueiro...
Lá está indo... De capa de chuva, tão rápida,
A perdemos... a moto desapareceu em alta velocidade,
Mas o tempo indicava tempestade
e os policiais tinham suas famílias para cuidar.
Deram meia volta e se foram para o outro lado.
Disseram para alguém: Não a encontramos.
Alguém provavelmente teve que ficar muitas horas acordado.
Depois que os policiais se foram... nada mais estranho
aconteceu por ali... a noite veio muito depressa,
e Joanita, crente que estava morta
e que tudo que precisava era um pouco de paz e sabedoria
para encontrar seu novo sol,
se entregou rapidamente aquela pequena floresta.
Mas antes não pode deixar de ver
algumas raras estrelas que brilhavam na escuridão.
Afinal aquela noite ameaçava temporal.
O céu e sua beleza não se moveu, nem se comoveu
viva ou morta, questionando filosofia ou religião,
numa estrada reta ou torta...Joanita não era nada!
Ela fechou os olhos, virou-se de lado,
como era duro o chão, nem o capim o amaciava.
Encolhida como um cão,
nem se sentia humilhada.
Se desmaiou, se dormiu e sonhou, se morreu
ou não durou pouco e ela não sabe
mas ainda era escuridão quando acordou:
Raios e trovões por todos os lados,
como o céu é grandioso e lindo visto assim,
de pessoa prostrada, imóvel no meio do capim.
Na escuridão os raios e trovões ocultavam algo
que passava velozmente de um lado para outro lado.
e Joanita sentia porque os olhos ainda estavam fechados.
Teve que abri-los e no ámago de sua alma
concordar que ainda tava viva.
Quem está aí... esta pergunta não podia existir.
Ninguém estava ali...
Mas os raios clarearam de repente e um pobre
cão aterrozido com a tempestade
procurava abrigo por ali...
Deitou-se perto dela, choramingando:
Ela bradou: Sai de perto de mim.
Estou só, não quero cachorro uivando
e nem miando aqui, deixe-me em paz
preciso encontrar o meu caminho.
O cão quis obedecer, mas estava morto de medo.
e ficou.
E choveu, e choveu, e ventou e relampioiu.
Ventou e fez frio, madrugada afora.
Ela e o cão ficaram mudos,
ela não soluçou, nem resmungou,
nem o cão... Ela estava solidário.
A natureza não pestanejou,
deu a ela e o cão o mesmo prato que sobrou,
Será que este cão não tem dono...
pensou... mas era tanta chuva,
a chuva é tão velha e tão conhecida
que não assusta mais ninguém.
Desmaio ou morreu outra vez.
acordou com o zumbido do mundo nos seus ouvidos.
Primeira uma freada de carro,
buzinas e vozes de criançada.
Olha a moça morta... Será que está morta,
não está se mechendo. Se aproximaram
ela não tinha ainda aberto os olhos
e visto o sol do amanhecer...
mas com tantas vozes falando...
teve que faze-lo...
Moça, o que aconteceu, esta ferida,
está com dor... pode se levantar... podemos examiná-la...
muitas perguntas, muitos olhares,
conversas, sussurros que ela não conseguia ouvir.
Parece que seus braços e pernas não se moviam.
podia ser a inercia da naquela longa noite,
então influências da fria terra.
Deitada no chão, enrolado feito um bicho doente
Ela disse: Nada tenho, podem seguir em frente,
estou só meditando um pouco.
Não doi nada é que as vezes creio que estou vivo,
noutras creio que estou morta.
Agora, é um momento em que acredito que esteja
morta, não me toquem por favor.
É louca, disse alguem... vamos levá-la
para um hospital, próximo daqui...
Não vou, disse ela, estou bem. creia-me.
Um rapaz que estava mais afastado,
aproximou e disse: Disse que está
morta, muito prazer, eu também sou morto.
lá do chão seus olhos viram: Um metro e oitenta,
lindo, um belo carrão, dirigindo.
como disse: Desde quando está morto...
desde sempre. Mas e este corpo...
É meu. O carro é meu... os amigos são meus..
sou morto mas não sou trouxa.
Então ela lamentou sua cara de pavão:
se preocupou com o descabelo totaL,
COM a sujeira, queria estar muito bem
perfumada e bonita,
bastava só olhar para ele.
Então o ponto de vista do vivo
de que o morto não tem corpo...
pode não ser sincero.
Pode o morto comer o mesmo pão,
pisar o mesmo chão
que vivos e mortos veneram.
Depois de muitos diálogos,
eles se foram e a deixaram ainda caída na beira da estrada,
agora chorando... oras que mancada.
podia ser bonita, serena mas era um choro
de criança pequena que logo esquece e mais nada.
No diário de Joanita
há uma página arrancada, amaçada e destruida.
Mas ainda ela não jogou fora
o conteudo do lixo.
sábado, 19 de dezembro de 2009
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