sábado, 30 de julho de 2011

mãos de marionete

fazem movimento
não deixa o pó se assentar ao chão,
sopra suave este  vento...
para fora  do coração.

anônimos

Os ricos são conhecidos
pela etiqueta de suas familias nobres
quantos aos pobres ninguém sabe nada,
é o segredo que a vida encobre.

perdão

Perdoa o poeta, coitado
é movido a moinhos de vento...
Arroz com feijão que fervilha
a ervilha do pensamento.

arco íris

 Pó é mar a vida
não é nenhuma proeza:
todos tem em si 
a impressão da beleza.

Pó é mar almas mudas
que não tem chão tem cores,
oscilam só para os olhos,
seu arco íris de flores.

e na árvore cententária
da terra de Pinheiro,
as lagartas desprendem-se dos galhos,
em asas de   borboletas 

Entre as flores vivas de toda primavera
há uma mais viva e mais eterna:
a borboleta que sempre pousa nela!

No puedo hacer  una  flor  bela blanca
  uno verso el gusto del  ángeles
Le dejo mi amor en palabras flotante
que suenan tan bonitas como antes.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Meus Gurus são Santos

Meus gurus são santos,
envolto em seus mantos
do chão se elevam
e meditam sobre as montes.


Meus  gurus são santos,
santificados seus nomes...
Meditam sobre a brevidade da terra
- a terra é breve -
Não me lembro quando passou
o último dinossauro nela
e nem quando chegou o primeiro homem.

Meus gurus são santos
meditam sobre a temporalidade da materia:
Se queima logo uma vela,
vem outro pacote cheio delas.

Meus gurus sobre os montes,
elevados em seus mantos, são santos, amém.

Meditam sobre a vulnerabilidade
do cupido:
que cospe seu cuspido
na boca de pessoas estranhas
e juntam suas entranhas
e faz da vida nobre um texto tecido
de pontos raros e pobres,
que ninguém soube até hoje desmanchar.

Meus gurus são santos...
nem duvidem não metem os pés na lama,
são elevados e livres,

Meditam sobre
Os desiderios da justiça,
está arte tão nobre e precisa
que incita as práticas impudicas.

Meus gurus são santos

junta pessoas exóticas com pessoas caóticas...
debaixo do seus mantos,
são santos.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

noites

Não se feche a tantas portas,
tantas portas a tantas chaves,
deixe estrelas e lua entrarem
elas tem o dom de iluminar
as suas noites mais escuras.

destino

Quando penso no que fomos
mar de beijos e abraços,
penso no que somos
braços pendidos
apenas braços.

encosto minha cabeça
no teu ombro,

tu encostas tua cabeça no meu...
somos sombras...
...um dia
acordaremos juntos.

domingo, 24 de julho de 2011

amor

Coração magoado:
chamou o carteiro envelope
te escreveu na página,
passou a lingua na lámina,
fechou bem as margens,

no rodapé uma nota:
de quem te ama.
Boa viagem!!!!!!!!

E foste sem rumo, sem rumar,
arrumar lugar no coração sem lar.

Coração magoado
expulsa de casa o chão,  o teto, e as
 paredes, deixa tudo a céu aberto,

Se queres teu fim...
por que o procuras longe de mim....

sábado, 23 de julho de 2011

sábado de novo

É sábado de novo...
uma pilha de sonhos que saem  do travesseiro,
sonhados a semana inteira,

sentam-se  na sala, sabem que quase tem sol,
agora um sol gelado e distante,
porque é inverno na minha lista
coisas do reverso da terra
que, no caso, ocorrem na minha pele.
na minha cidade sulista.

Os sonhos não são invisíveis nem imóveis,
levantam-se  e andam e falam
e discutem seus direitos à realidade.

Realidade e sonho
são estados do meu eu poético que vaga
pela vaga da existência.

Eu prometo,
seres do sonho, serão reais, reais já são,
desde que sejam
o que parecem ser e não são.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

thank you blogspot


Special thanks to the team of professionals at blogspot.com technical support to users.
A blog essential to the "sailors" on the net

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Agradecimento especial aos visitantes deste blog sejam sempre muito bem vindos...welcome!



Agradeço o carinho da sua visita... já visitaram este blog Brasil, Estados Unidos, Israel, França, Portugal, Alemanha, Georgia, Coreia do Sul, Canadá, Malásia... India, Rússia, China, Turquia, Reino Unido, Ucrânia, Hong Kong, Itália, Austrália, Arabia Saudita, Argelia, Jersey, Peru, México, Emirados Árabes unidos,  Egito,Argentina, Líbia,  Marrocos e  Venezuela  Welcome and I am glad... back again!...
e convido você que ainda não o visitou a visita-lo também.

maré minha



entrego-me as sensações de estar vivo.
sou areia as vezes no chão as vezes nos olhos,
no mundo do faz de conta, num pequeno verso

Sou estrela branca de tarja vermelha,
centelha opaca, negra bruma de um mar distante,
me leva a braços dados pelas galáxias errantes.

vou cantando feito quem voa de nuvem em nuvem,
colada nas meninas dos seus olhos, de alma de chuva,
vou sim como quem vai viver para sempre  nas brumas.

Sou do mar, minha criatura alada é  você
sou do fundo, o mármore maré das estrelas presas,
mas brinco que sonho um sonho de vida viva
quando por um lapso do tempo você me aviva.

brancura



Depois da chuva de pedra
margarida foi ao espelho,
não era uma cerda na pele,
despedaçado coração vermelho.

Cereja

 Que proeza
debaixo das flores da cereja,
nem estrela que seja
"reservado"
camarote de beijos
de libélulas em adejo,
pelos ares.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

As flores

 Estão lá paradas feito árvores
plantadas no concreto entre os prédios,
pouco vento... pouco movimento
seus braços galhos enfrentam tédio.

Pouca lua:   ela vaga entre as  nuvens de prédios...
pouca chuva:  água canalizada para os boeiros
nem um único beija flor lhe beijou  dia inteiro,
nem uma ave trouxe um ramo  para um ninho.

Nem um pio de filhote, nem uma asa de borboleta,
nem um único verso de  pardal ou um zumbir de abelha...
as flores estão lá todas vestidas de vermelho,
como se houvera um grande baile de gala.

Parecem dançar quando vem o vento do sul,
mas é tão fraca a aragem e o vento tão leve,
e tão breve que elas ficam imóveis e sorvem
o vento fresco, leve, breve... quase neve!

Flores o que fazem aí no alto desta árvore
de tronco liso e sem espinho... por que florescem
nesta terra árida, fria e sem carinho.
Elas não respondem e esperam
por algum passarinho que ainda crê na primavera.

sono



há pessoas que dormem
como as flores, ao relento,
ao resguardo das estrelas.
Eu tenho medo do vento
do frio e do abandono a céu aberto
por isso perco o sono,
mesmo em baixo das cobertas.

quando...

 Se eu penso tenho que pensar
nas infinitas  vidas do meu universo
que o meu pensamento faz
pulsar.

E ainda sofro de uma pesada insônia
durmo mal por horas, meses, anos,
de repente durmo caio em profundo sono,
enquanto acordado ando e ainda sonho!

casa mar



Alem de tudo ainda tem que ser o mar
a mãe de toda vida que nele  se habita,
 ser os olhos do céu num  claro luar
e dissipar as nuvens que nele se agita.

assim os corações se adoçam com o tempo:
apesar do amargor da juventude,
 a ausência e a saudade dele se  apossam
e o amor se torna verdadeira  virtude.

Tem que se crer  e na crença eu fio
com fio de risos a seguir o rio
que vem dos  abismos de outros rios.

montanhas abaixo feito anjos sem asa,
buscar a casa que  que deixou um dia
aconchegar a casa mar, velha moradia.

terça-feira, 19 de julho de 2011

geada na bananeira




Ninho do passarinho 
a descoberto:
"não é possível...
dormi no oásis
acordei no deserto."

De coração II

Hoje é um dia de sol
Já disse isto n finitas vezes.
Hoje amanheceu chovendo
já disse isto n finitas vezes.
( na expressão ns finitas  o ns significa  infinitas  e finitas
finitas mesmo aquilo que vai e vem repetidamente,
porem diversa o verso:
no seu inverso reverso transverso e
o mesmo dia, tem na sua  simples moldura
rara e única iguaria.

E tudo mais que se passa lá dentro,
da molduração,
tem ns finitas dimensão...
de ns finitas direção...

de palmas e coração.

de coração

Memória boa
decora a toa!

100 por cento decorado,
repetido e preservado.

Gratos, 100 passou de ano,
ganhou brindes, festas, viagens...
novos planos,
decorar uma pilha de outras loucuras,
de outras piras de criaturas...

Mais grau, mais habilidade, mais juras...
Juro, prometo, assino, cumpro,
se não cumpri  desculpa habil, morri!

Pássaro

De vez em quando
por onde ando
vejo um passarinho de lata voando.

Com as asas abertas em ângulo
costuradas as penas
o pássaro passa cantando,
o seu trovejar apenas.

Dizem que é a alma de um Santo
que a meditar no monte, mais cisma...
acaba por atirar-se abisma
das alturas do monte.

Deus do Ar, a navegar seus braços,
colhe-no no seu eterno abraço,
e ele passa sempre pelos mesmos caminhos
que passo.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mau amorosa

Hoje estou mau amorosa:
no amor pouco ninja
cairam as pétalas da rosa
a roseira virou cinza.

Um cinza grey
nem sei
palabras de amor olvidei

Houve dia que as queria...
agora olvidei.

e assim mesmo me inspiro
na lua:
passante rasante
pelos bacanais de estrelas...

sobra poeira,
poeira daquilo que elas são, distantes, como são
só me resta vê-las.

pedido

O que Leminski pede
se concede:
sem falar do peso
tão pouco se mede

o tempo que passa
entre o que se pede
e o presente da graça.

Vi Leminski poucas vezes
em seu brevíssimo clarão:
mas o que Leminski pede
fez  meu coração.

domingo, 17 de julho de 2011

sonhos

o mundo dos sonhos tem suas próprias leis
e uma delas é acordar...
porque não são raras as vezes,
que a gente quer ficar por lá!

sábado, 16 de julho de 2011

Ladrão de beijos



Ladrão de beijo

Te conheci roubando beijos das virgens:
Se pedisses ela negava
tu causavas nela vertigens.



Tu roubavas e quando ela ia para a briga:
fazer a maior cena
Abrias tua mala amiga
e tiravas  um livro de poema.

Com a boca  ainda cheia de beijos
e malícia na língtua
tu falavas não me xingua,
tava a maior delicia.

Você é irresistível
com um olhar irascível
foi muito impossível...
não te roubar...
era uma boquinha imperdível.

Pegavas a caneta e rabiscavas
muitos e muitos bbbbbbbbbbbbbbbbs
era também as iniciais do teu nome
e tua baba de homem...

Ela ainda meio tonta,
solta dos teus braços, cambaleava,
queria mais é ser roubada
de tudo bom que ela guardava

Tremendo pegava o livro,
tentava ler o poema, eram letras soltas na mão...
mas os olhos vagavam nos olhos do ladrão,
sem coração...

Te conheci roubando beijos,
sempre às pressas, com teus versos,
na mala cheia de processos,
advogavas causas diversas,
das tuas práticas secretas,
roubar beijos das virgens poetas...

E agora tão surpresa  me encontro
penso no saldo que tenho na conta,
dos beijos que me roubastas...na época...

quero de volta meus beijos,
com juros correções e mora,
um balde cheio de desejo,
quero os meus beijos de volta agora!

O corcunda

Penso que seja bastante complicado
o meu querer ignorante de mudar o mundo:
Não sei onde replanta-lo:
se mais para o norte ou para o sul..

Se chamo o Corcunda para leva-lo
na cacunda
até mais para o fundo de uma galáxia distante
 da atual avenida lactea
que fica no fim do mundos

Se o levo para a direita,
bem na extrema esquerda,
bem longe um braço do outro,

e se vou junto, porque não confio no corcunda...
que pode se desviar com meu mundo,
na sua estranha cacunda

Não, nada disso,
nesta história de replantar o mundo
não sei onde fica o chão e nem
onde eu fico.

deixo o mundo  onde está
eu mudo eu de lugar
é mais seguro e leve
para o corcunda carregar.

Participo de movimentos políticos... basta-me o voto e nunca mais ele volta

Questões políticas no meu país:
Muito simples,  basta uma revolução a "mão branquíssima"
que todo brasileiro tem direito de renovar o seu "Guarda roupa de ternos parisienses" em toda eleição e não o fazem...

Então clamam pelo que...!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Funcionários do coração

Toda arte é um instrumento de trabalho,
e todo artista tem que trabalhar


A palavra poética  parece uma jogatina no ar
coisas de criança brincando com suas fadas.

na sua essência é o homem que retoma suas armas,
tomadas pelo forte da  inconsequência.

A palavra poética  tem a sede insaciável
de buscar nos novos horizontes
os valores indeléveis
que precisam estar presentes na vida de todos, sempre.


A palavra poética é funcionária da coração,
e expressa-la ou  ouvi-la  ou  escreve-la
o próprio fluir  do sangue  dos povos que reflete
a ansiedade das gerações atuais e das antigas gerações
e suas expectativas.

Ser provedor da palavra poética,
é desbravar, destravar, romper todos os limites possiveis
para deixar vir as grandezas que o " mistério do tempo futuro" nos concede.


Assim se muitos de nós...
"somos" vistos como marginais à sociedade,
isto é vivemos às margens, aos cântaros nos cantos...

porque falamos demais e fazemos de pouco...
somos sim... estamos no fim...fechando o círculo,
de uma época que está em constante mutação,
estes "funcionários cardíacos"  vulgarmente
conhecidos como poetas fazem suas
preces para que estas mudanças
que são constantemente surpreendentes,
sejam também sempre benéficas.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O romance de dadá e dodô

Dodô sozinho lá em cima
Dadá sem carinho, lá em baixo.

Dodô passou para baixo, para cima
tropeçou em Dadá... coisa do destino.

Faço tudo que Dadá quiser
Faço tudo que Dodô quiser.

Dadá virou os olhinhos, fez biquinho...
tudo mesmo... não sabe o que que eu quero...
faz tempo que ninguém faz
as vontades da minha mazela...
Faço tudo, seja o que for...
Faz por mim também Dadá...
Sim faço o que Dodô quiser
o que dodô mandar!

Na quinta Dodô encheu a casa de alegria,
dadá sorria, dodô sorria.
Dodô pensava que sorte,
dadá pensava fico com ele até a morte.

E foi tecendo os dias,
Dodô e Dadá sempre na maior alegria.
Trabalhava feito condenado,
Dadá tudo pedia.

Dadá tambem tudo dava,
café docinho quase melado,
ao gosto da língua do seu bem amado.

Pão com miolo cremado,
cobertores quentes, bem temperados.

Dadá pegava uma baciazinha
com água e calor,  com mãos macias,
esfregava os enormes pés de dodô.

Todo dia, toda noite, dodó e dadá,
como se a vida fosse só isso...

Um dia Dodó se acordou virado:
E se essa  dadá for assim tão dada,
para todos os números do dado...
rolados... enrolado estou.

Dodò juntou a traia:
Me vou! Nevou sobre a água da bacia de Dadá...

Mas não faz mal,
não quero outro Dodô igual...

Ele é tão bom que parece bobo
imagina para quantas ele fará o bem...
este bem que faz a mim...

Dadá gostou que dodô se foi
Foi o fim de dadá e dodó.

Modo poeticamente correto

Vamos nos amar
 Sim eu aceito
tenho os teus olhos de lua no meu céu
e bebo tuas palavras, tuas linhas,
teus versos, sentenças... e oração
com toda sede do meu corpo
e fome do coração.


e teus cabelos se debruçam
sobre os meus...
são cabelos de nuvens...
cabelos azuis
nossos cabelos juntos...
soprados pelo vento,
em uníssonas cordas de um violino
cancionando
o abandono do tempo

Sim vamos nos amar

do modo poeticamente correto
tu sentas na tua cadeira:
declamas o teu verso,
te ouço por inteiro
não toco numa só pétala
do teu frágil universo...

vamos nos amar
antes que a distância acabe e
numa nave única  nos flagele e nos
leve para sempre daqui....

Sim vamos nos amar
enquanto vou derrubando todas as portas do mundo,
só para ficar do lado de fora da tua,
e tu fechado... a tremular...

deste modo bruto, abrupto
onde teu coração mora infinitamente longe
e  o meu mora infinitamente perto,
e entre eles o abismo de um simples sol
a estender deserto.

e de onde estás
   não enxergas, de onde estou não enxergo
que este amor é uma lenda
inventada para povoar
de sonhos a infinita tenda viva
que carrego.

Vou te amar do modo  poeticamente correto

... mas fique onde estás
porque és o sol do meu céu,
eu apenas teu flagelado poeta.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mulheres



Hoje a conversa foi um pouco longe demais...sobre algumas
Mulheres Paranaenses que se dedicaram à arte de poetar,
Todas marcadas pelo estigma da boa poesia
e das tristezas da vida...

Julia da Costa, Graciette Salmon e Helena Kolody...
Todas movidas à forte paixão não correspondida...

Se tem algo bom neste tipo de amor,
este algo vem a ser a boa poesia,
ela trata as tristezas da vida com com bons pincéis
e as melhores tintas...adorna-as
com as jóias mais preciosas do mundo...
e assim exibe  os ferimentos que o "amor" nos doma  e os perpetua através das gerações seguintes...
para que não nos apavoremos
com as angústias...e nem nos sintamos incapazes de suportá-las...
ou mesmo de conviver pacificamente com as carências,
as dependências, as frustrações...

Este é o nosso universo
aceitemos ou não somos assim. E embora poucas, muito poucas de nós
sejamos capazes de descrevê-lo com quaisquer palavras, muito menos, as poéticas... mas todas nós mulheres, o conhecemos e o poetizamos.

Vai meu coração...

teu tempo não acabou
tua porta não abriu,
tua primavera não chegou.

Bate e bate mais forte
por todas as portas que passar,
sem medo de errar,
se tem morador e tristezas por lá,
chama para fora,
onde tem sempre sol  a brilhar.

Vai meu coração
canta sem medo ninguém vai se importar,
se a estrada for deserta,

se tiver alguém já vale o teu cantar.


Se nada fizer
e ficar na tua jaula,
morrerá igualmente como
tu trabalhas noite e dia,
não te importes de trabalhar eternamente.

O texto dear está no arquivo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os Pedrados - não são pedradas!

Os pedrados sobre os vales
de solene topázio  marmorado.
drenam bicas de água límpidas
boa sorte, bom humor, gargalhadas.

Seus hóspedes hospedados
de honrarias e belas medalhas
se há sombra, mais sombras,
além de furtar do sol todos os raios.

do outro lado do vale
chora-se o suor do trabalho,
se veste, se vive ao escangalho
cada vez mais ao desagasalho.

Esta visão clara e diversa
confunde meus olhos, as preces,
melhor atirar nos pedrados
com uma metralhadora de versos.

"Me prendem" onde as presas
são "in presas espontâneas", aos altares
os sacrífícios e oficios se desprendem pelos...ares

Nem caçam mais suas caças
se amontoam pelos vales...

E vales e montanhas... tudo é sagrado...
do homem que voa ao homem que mama...

Mas não é vale da terra mãe que abraça
é o vale cidade, de cama mesa e sala,
sem direito ao pomar ou cuspir e pisar na grama.

Por que presa se atiro nos pedrados
"se estas balas são doces... podem causar alguns males,
mutações nas baratas que rondam os pedrados...
por toda extensão dos vales...

Confunde-me as duas faces: Ora é
Nietzsche ora é Kafka...
Baratas já são não existem, nem baratas e nem ratos.
Só há  as grandes baratas de plásticos
que rastreiam e rastejam os pedrados
em lembrança aos tempos do seu reinado.


Penso que me enconFuncius toda
sou bola de neve leve e boba,
rolando, rolando em busca do sol...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Meu Avatar parte II

O que é meu avatar...
É meu eu pensante, meu eu pensador.

Já que existo, penso
é uma consequência bastante clara...

Deste modo vou tirando meu eu pensador
da sua jaula
e o tornando expressivo...

Meu eu pensador sempre viveu nas cavernas,
"a mente costuma pensar de tudo"
E por mais simples e limitada que seja
a sua  relação de dependência com a natureza
lhe proporciona vivenciar uma gama enorme
de fenomenos naturais comuns a todos os seres...
Qualquer mente pode ter um Einstein
um Edson, um Picasso....
de forma simples às vezes, é expressa,
noutras indecifrável e  complexa
ela qualquer mente contem de tudo...

Então vou trazendo meu avatar para
a claridade, foi minha proposta, continua sendo.

Censuro um pouco meus próprios pensamentos,
mas não destruo a sua originalidade  mesmo
porque não conseguiria.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu Avatar

Um ano sentada na frente do computador
tentando me relacionar com a máquina
e com a energia que nela circula...

É fácil perceber que o equipamento
é importante, de preferência de boa qualidade,
os programas também...quanto mais sofisticados, melhor.

O que mais me fascinava, no entanto  era  a expressão
mental  das pessoas, até imaginava Einstein ali sentado,
do meu lado, eu parada e ele
fazendo cálculos da velocidade das mentes de fulano e cicrano,
e do tempo gasto para isto e aquilo...

Assim percebi que  através da internet poderia
expressar então o meu eu avatar...entenda-se
a minha colocação: Tenho um eu de fora e um eu de dentro
e só eu sei qual eu está fora e qual eu está dentro, eles se
alternam nesta viagem da vida...

Deixemos destas esquisitices e vamos aos fatos:
Criando meu avatar estou até hoje...
Dá muito trabalho mas é muito divertido e compensador.

Meu avatar sou eu um eu mental psico físico
dotado de poderes imaginários no entanto visíveis...

Assim meu avatar... a expressão da minha mente
na sua constante metamorfose...à procura de um estado
mais estável e mais bonito (ex um pássaro em cima de uma árvore
pode cantar com mais segurança do que no chão)
pode  ir se auto construindo... e vou seguindo
neste trabalho, gosto de fazê-lo praticamente online...

Como... de certo modo olhando o que você faz...!!!!!!!!!!!

...Vida de Poeta


Vida de poeta
é um caso  sem causa,
casa sem cao
de concreto, armado.

verde de esperança
de pedra dura feito aliança...
larga, largada no prego da parede...
esperando que ele chegue...
sem  nunca nada esperar

Vida de poeta é um aconchego
da insônia que vira arte,
cena de  amor e beijo...
perdido no ar...da madrugada fria...
lembrança,
de tempo que já era.

Vida de poeta é  quase um
causo de fada,
de-nome-nada
amante das artes.

O amor é temporal
ameaça de todo lado e nunca vem
e as nuvens se desfazem em dias ensolarados...
sorrisos e gargalhadas, olhares apaixonados...
de outros bem amados...
lentos indiferentes a qualquer dor de alguém...

vida de poeta convem,
porque a verdade é ainda outro trem,
que de fato também não vem.

Escreve, leio, gosto, amo
este marasmo indecifrável
de dias inúteis, futeis,
que passo sozinha sem ninguém ao meu lado.

Meu amante meu amado,
cruzou a fronteira do meu coração
e foi morar do outro lado.

sol de verão

Verão o sol no esplendor
da magia dos simples versos de amor,
onde o caminho se abre,
com sombra e sol  e flor.

É a vida, não a vida exatamente nova,
é uma vida qualquer
não que se renova
é o clico da vida da mulher.

Com sua força quase frágil de ser
com seu olhar pequeno quase miragem,
recompõe aos poucos a velha paisagem
que o mundo gosta  sempre de ver

Nada excepcional,
só o trivial da magia de viver.

domingo, 10 de julho de 2011

Não há criatividade
sem plena, exagerada e exacerbada liberdade...
A grade onde se processa a repetição
indefinida das coisas é um forte generalado
do qual não tem fuga.,,

Portanto quando alguém quer cruzar esta fronteira,
precisa de apoio, de roldana, de pá, de catapulta,
de planos sobre planos e arco de salto.

E graças a Deus todos os dias para que se volte,
vivo com saúde e pouco louco ainda
capaz de balbuciar alguns verbos por alguns tempos.

Liberdade não é marginalidade, não fuga da realidade,
nem alheiamento à sociedade, ou individualidade,
liberdade é um gesto de amor, de vigor, de esperança,
de busca, de força bruta, às vezes, de generosidade.

Quem é livre paga, pagou pagará todos os dias,
o abandono e a solidão é sua companhia,

lights

Lights
... want to be in the dark
The man who owns them is bored!
My beauty and (others) does not interest him more.

He has the power (the power)
and not by vanity but perhaps by fatigue ...
do.

if you want it you will.

I am a "player"
I bet without fear of losing, without fear of gaining
that anything can happen, even without hope.

I do not side with the victory or defeat,
I side with life and its allure
of passion and dream.
I align myself with the fact
with his face stranger and more fearful,
of sublime happiness.

I bet what's on the table,
it's all in the same round.

The book is on the table
That's all I can speak ... The book is a show!
is what I do ... but
do not play to win or lose,
I always love to play
the mystery of life.


And if no lights
as you think sometimes in doing so
one day we can draw ...
and who knows what's mine is also yours!

As Luzes

... querem se apagar...
O senhor dono delas está entendiado!
Minha beleza e as (alheias) não lhe bastam.

Ele tem o poder ( the power )
e não por sua vaidade mas talvez pelo cansaço...
o faça.

se assim o quiser assim o fará.

Eu sou um ser "jogador"
Aposto sem medo de perder, sem medo de ganhar
que tudo pode acontecer, mesmo sem se esperar.

Não me alinho com a vitoria nem a derrota,
me alinho com a vida e sua sedução
de paixão e de sonho.
Alinho-me com a realidade,
com sua face mais estranha e mais medonha,
de uma sublime felicidade.

Aposto o que está na mesa,
está tudo na mesma rodada.

The book is on the table
É tudo que sei falar... The book is a show!
é o que sei fazer... mas
não jogo para ganhar, nem perder,
jogo para me apaixonar sempre
pelo mistério do viver.


E se  não apagares as luzes
como pensas às vezes em fazê-lo
poderemos um dia empatar...
e quem sabe o que é meu também seja teu!

sinha Carlota

Sinha Carlota....
O velhinha simpática, endeusada,
penteava os cabelos nas escadas,
eram longos...  e brancos
chamava os rabo.

lembrar sinha Carlota me leva à infância
às bonecas de pano,
de espiga de milho....
aos mais inocentes enganos.

às esculturas de barro, tortas e quebradiças
que ela estava sempre consertando...
e por mais que tentasse
nunca saiam andando

Isto ela nunca me explicou porque...
e se soubesse que sua lembrança,
me chegou por livro... de tão longe
que me fez espanto incrível.

A sua benção todos os dias,
e as saudades que nunca, nunca mesmo
deixaram  de existir... minha vó...sinha Carlota!

Lembranças

Tu te lembras do tempo em que nos encontrávamos
(raríssimas vezes nos encontramos)
Eu te procurava e às vezes te encontrava, sem saída.

(tu te esquivavas pelos caminhos mais difíceis da vida)

Para falar de nós do que ainda tínhamos em mente.
(raríssimas vezes falamos de nossas vidas)
Falava eu da minha, com desesperada pressa
(tu ouvias com igual desesperada pressa)
Quanto a tua, não me confiastes sequer uma réstia.

Lembra  das nossas confidências...
(nós nunca contamos nossos verdadeiros segredos)
Eu te confidenciei meu plano secreto
meu grande e único plano de versos...
(ristes discreto e incrédulo)

Mas ficou bem em ti e em outra pessoa
como demonstras agora.
E ficará bem todas que se amam.


Tu no teu banquinho de Toquinho
eu toda Vinicius, embriagada pelo vinho
e pelos meus próprios versos... e vícios de te querer bem...

O dom que  os Deuses dos sonhos me entregam
fingem que me embriagam
depois riem da minha bebedeira
e da minha tragio comédia..

Por mais tarde que fosse ainda era sempre muito cedo.
Fiz correndo às pressas tudo que podia e ainda faço
ainda é cedo por mais que seja tarde demais.,,
cedo para conquistar e ter qualquer felicidade
que eu deseje...que venha a desejar.


Tu te lembras...
faz mais de uma eternidade e meia...de sóis
e uma eternidade e outra de lua...


As ruas e praças mudaram, números também.
Tudo mudou... mas tem algo que não muda...


minhas lembranças.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

lei

para compreender certas verdades
não é necessário pensar, estudar, formar-se, mestrar-se doutorar-se...
basta olhar para os pés, uns dos outros,
de preferência sem sapatos.
E tudo, tudo mesmo se revela num só raio de segundo.

Ossos do ofício

Lá estava ele.... muito velho e cansado...
passado dos 80...
agora poucos o conheciam
l5 minutos depois ninguém mais o esqueceria.

Falou da sua juventude. Dos sonhos:
"Eu sonhava ser um bom poeta, o melhor que pudesse,
estudei as técnicas das construções  versos...

Tinha muitos amigos, era pobre mas eles gostavam de mim.
No decorrer da juventude fui mostrando meu trabalho
e fui colecionando algumas medalhas

Até que um dia me inscrevi num concurso internacional
e ganhei o primeiro lugar além de uma gorda quantia em dinheiro.

Fui receber meu prêmio lá no outro país e o recebi, voltei cheio de
si mesmo e de recortes de jornal numa mala, em outro idioma,
para mostrar minha proeza na arte de escrever...
além de bastante dinheiro no bolso,
dinheiro inimaginável para um poeta ganhar por aqui....


Agora... sim, vou poder ser reconhecido e amado
pelos meus amigos... provei que sou bom que sei fazer
e ganhei um premio merecido.

Foi o fim da minha carreira. Não me lembro de ter ficado
muito "metido" sei apenas que fiquei feliz, tanto com a premiação
literária, quanto com o dinheiro...que deu para pagar
todas as minhas contas, comprar tudo que eu precisava
no momento e fazer uma poupança...com o que sobrou...

Mas todos meus amigos me deram as costas
mal falavam comigo e quando falavam não me olhavam nos olhos.
Foi muito triste... enfrentei a solidão e o desprezo
me fechei fechei minha porta e fique  só."

Ele disse que isto ocorreu inesperadamente...
tanto a premiação quanto a ausência dos amigos...

Ele sorriu calmamente olhou a pequena plateia
e falou: "Ossos do oficio que lhe sirva de alguma lição
se lhe servir..."

Voltou para sua cadeira e nunca mais o vi.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

divisão

Você que é forte
remove as montanhas para mim
eu sou fragil
faço o trabalho mais leve e suave
lhe movo os moinhos
lentamente
se me permitires a ajuda dos ventos.

Zeus

Eu e Zeus  estamos malucos
com o velho Olimpus
ele limpa limpa limpa limpa
eu limpo limpo limpo limpo.

Já estamos em julho
eu e Zeus estamos maluco
por todo lado é só entulho.

Ele se desespera
teu beija flor já está voando:
chega na próxima primavera.

Eu ... para com isso Zeus...
entende você melhor que eu disso
tem que está pronto meu jardim

meu beija flor já vem para mim.

encontro

Foi um encontro diferente
do seu coração no meu coração
você estava tão feliz
ria de contente...
pegava minha mão.

Eu te falava da reforma da casa,
das minhas saudades,  falei sim
falei  com os olhos
meu olhar marejava.

Depois fostes buscar o carro
se voltastes ou não nem sei
Acordei.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

devaneio passional Maria Melo

Tinha um azul bem azul
um azul alado, quase ao lado do sul
era azul, inteiro azul, inteiro nu

Tinha uma fumaça de massa química
que era quase  uma mímica
de uma estória sem história.

Tudo era sobra de um sóbrio antepassado,
a química a massa amassada e assada
no sábado que sobrou do ano passado.

Tinha lume sem treva
que acalma e enerva o vago lume na névoa
que neva

sim a cor amarela do sol no pavio curto,
faz vulto das montanhas e dos vales.
Vale ver de perto os olhares nos ares,
das nuvens, das últimas e visíveis nuvens
retangulares depois se tecerão uníssonas
sombras noturnas.

A onda  que ronda vê
e assombra com estrondo o seu clamor.

Era um sonho a dois
um sonho a dor
um sonho pôs
outro sonho depôs.


Ficaram um!
Ficaram outro!
ficaram bem pouco,
ficaram muito louco.

Soltaram as mãos
e todas as outras amargas amarras,
amálgamas do corpo,
da alma
Sê livre, se livre do livre arbítrio...
dos dendritos solares e dos detritos lunares

dos atritos ventriculares,
que regem a ferrugem
que surge nos sentimentos insensatos da paixão.

domingo, 3 de julho de 2011

Peraltinha III

O pesadelo:
Se quer mesmo saber encontrei uma pessoa estranha no meu sonho,
pensou peraltinha,
que me disse: Ou ensina sua mãe amar ou eu vou te socar
toda vez que você dormir...Assim toda vez que ele
dormia apanhava, vinha soco de todos os lados,
pontapés, puxão de cabelo, de orelha, bicudão...
ele reagia mas apanhava sempre.
De dia esquecia, a noite era um tormento.

Se não bastava os pesadelos, durante o dia sua
mãe sempre lhe batia, seu pai sempre que podia,
pois pouco se viam.

Estava claro na mente dele... aquele monstro dos sonhos se transforma
na minha mãe, tão logo ela me dá o primeiro tapa... depois
o monstro domina e ela quase quer me destruir, a mim e tudo
que eu quero... minha mãe é vítima daquela horrorosa criatura,
que se existe ou não nem sei... mas existe no meu sonho...

Filosafando já algum tempo sobre o assunto ele chegou a conclusão
que sua mãe não poderia lhe dar o primeiro tapa e nem empurrão
porque depois era tarde, vinha o monstro que zombava da
vida dele...

Peraltinha tomou uma decisão
e para isso teve que lutar muito, sem que ninguém pudesse ver...
olhou para uma grande e potente árvore próxima a sua casa,
Se eu tivesse asas, voaria para lá, para sua copa.
Árvore também pensou... que pena o menino não ter asas,
tão inteligente não precisa fazer seus pais sofrer tanto,
para cuida-lo poderia ficar muito tempo aqui em cima
junto com os pássaros, cantando e batendo asas...
mas não tem...lastimou.

Decidiu a escalar a grande árvore....
Abraçou-a com seus bracinhos de garras,
e pezinhos de tarracha... se conseguisse...
nunca mais  sua santa mãe lhe pegava.

Foi fazendo isto aos poucos... o tempo voa para os meninos,
e não se conta do mesmo jeito que se conta para os homens,
tão logo pode já estava na copa da árvore, mudo
porem conversando com as aves, com as folhas,
com as semente, as flores e tudo mais que mora numa árvore...

Agora quero ver minha mãe me pegar:
A mãe menina não sabe demora para descobrir
o enlace de seu filho com a floresta casa...que fica bem no seu quintal...

Enfurecida com a predestinação da vida,
parte para cima do filho... que  porcaria de moleque
que ao invés de ajudar tudo mais destramela,
não fecha as portas nem as janelas quando sabe que vai chover,
deixa molhar, colchão e cobertas
que servem para os irmãos proteger.
Por que não fechou as janelas e nem as portas...
teus irmãos poderiam sair no meio da chuva..

Peraltinha não explicou porque a porta estava aberta,
enquanto ela foi fechar as janelas ele saiu bem no meio do temporal...
trovãos e raios são perigosos para as árvores,
mas como escapar dos perigos da vida...ele não não sabia.

A mãe rápida pressentiu e veio correndo também...
Peraltinha subia na árvore como
uma lagartixa feliz... foi subindo,
a mãe se jogou ao chão ajoelhada pedindo a todos os deuses imaginaveis
possíveis para trazer seu moleque de volta,
ele não olhava para trás e ignorava as preces dela,
e melhor assim que não me peque e não me bata...

A mãe se  desesperou  foi buscar a ajuda do pai
que acabava de chegar, molhado do tempo...
contou rapidamente o ocorrido... foram os dois,
pediram e pediram e ele nem ouvia, de verdade mesmo,
só via muito mal entre as folhagens da árvore,
a mãe o pai revoltados em volta do tronco
e sem nada para fazer para tirar o garoto de lá...

e se ele cair não sobrará nada
a árvore molhada balançava os galhos,
estava a árvore também confabulando
com a trama do garoto peralta.

Peraltinha II

Os pais vieram antes do anoitecer,
com uma corda e uma cadeira
e puxaram peraltinha de novo para a beira,
a mãe nervosa quase lhe bateu...
o pai emudeceu. Levaram-no sem palavras
que moleque perigoso, por fim tiveram coragem
de pensar...

Peraltinha não falava, sabia falar mas não conversava.
Andava sozinho sempre, até apanhava por não
conseguir cuidar dos irmãos menores,
se choravam era por culpa dele de ninguém mais.

Depois disto sua relação com os pais,
piorou... Diziam não a tudo que ele pedia e
ele só queria ir cada vez mais longe
assim passou a ficar meio escondido
e fazer sua mãe ficar procurando por ele
chamando, oferecendo coisas e
só aparecia depois de muito tempo.

e por mais que passasse o tempo ele demorava muito para crescer.
apanhava com frequência, sua santa mãe..
...aquela que dá a vida, o peito e o abraço...
perdia o controle e lhe descia o braço.

Ele passou a dormir mal a ter pesadelos,
mas graças a Deus o moleque sempre
acordava na pior hora... escapava.
dos cipós maléficos que enredam os sonhos
quando alguma coisa está profundamente errada na vida.
e quase sempre os esquecia durante o dia.

Mas o último pesadelo ele não conseguia acordar,
gritava, se jogava, chutava, urrava, batia...
ninguém entendia... O pai o puxava, a mãe o sacudia,
os irmãos acordaram na maior gritaria e
nada de peraltinha voltar a realidade...

Depois de muito tempo e abriu os olhos
olhou os pais e ficou muito calado, calado e triste,
oras bolas estava finalmente acordado.
Era assim que ele era, no seu original vivo.
Os pais, os irmãos foram dormir aliviados,
menos ele que já estava preferindo ficar acordado.

No dia seguinte perguntaram a ele por que
o pesadelo... o que estava acontecendo em seu sonho...
bem que ele quase disse dava para ver nos olhos...
mas que tolice, pensou... vão rir apenas rir do meu ilusório.

a vida prosseguia noventa por cento das coisas que fazia,
levava à pancadaria. Se pedia não podia, se pegaga
tinha que largar... assim não pedia, pegava o que queria
e ainda pior escondia e não entregava.
Que coisa, eles não aceitam as minhas necessidades,
será que não são humanos... nem crianças como eu!
Como conseguem  saber ou aprender que tudo
que  eu quero é errado...e pior negar, tomar, tirar
e me fazer viver feito um condenado e ainda querem me bater...

Por agora a experiência da vida era meio amarga.
filhos, mães, são mães... filhos a ela jamais serão iguais,
mas ninguém pode negar que existe maldade em todos,
até nas mães que filhos nascem para ensiná-las a amar
amar e amar cada vez mais... ama-los e amar o próximo
os estranhos e todos os outros viventes do planeta...
Filhos, a tarefa é muito grande para um filho pequeno...
pois iste é o trabalho básico  de um filho que nasce,
que é  propriamente a única fórmula do seu  crescimento
ensinar sua mãe amar sem medimento.

Peraltinha pensou isto no poço:
Minha mãe precisa aprender a me amar,
sem me espancar. Meu pai precisa aprender a me ensinar
sem me espancar.
Não gosto que me batem... detesto violência, fico doente,
perco a vontade de viver. Não gosto que me furtem
as alegrias da minha infância, que me privem de meus mais sinceros e preciosos sonhos,
que me deixem sem meus grandes amigos,
porque eu criança tenhos muitos grandes amigos
para realizarem todos os meus possíveis de desejos.
Não gosto que me desprezem,
que me abandonem ao relento...
preciso que me cubram de carinho, eu sou todo carinho,
eu espicho os meus bracinhos em volta dela, dele,
eu dou um monte de beijinhos pequeninos neles...
eu olho com toda a ternura dos meus olhos para eles....
eles parecem muito cansados e desiludidos,
talvez se eu não tivesse nascido eles fossem mais felizes,
mas nasci... se não foram eles, foi a vida quem quis.

Peraltinha

Era um moleque de 7 anos de idade,
3 irmãos, um pai calado, uma mãe
maluca de 23 anos, linda e cheia
de sonhos e trabalhos por fazer.

Seus três irmãos choravam muito,
peraltinha tinha pernas secas e longas,
corria dos irmãos para ir ao campo
fugir daquelas coisas que não entendia.

No campo ele realmente fugia.
Ao ver os homens que abriam poços
na terra e nas rochas e fazia subir a água
peraltinha sonhava que também podia.

naquela manhã peraltinha se sente só,
os homens não vieram trabalhar,
o poço estava livre... podia entrar...
entrou e lá ficou... o dia inteiro a chorar.

O poço tinha 4 a 5 metros, ele pulou,
lá dentro sentiu algumas leves dores
e medo do escuro...olhava para cima
só via um pequeno e comprido furo.

Sentou e pensou... matematicamente,
não achou a solução. Suas pernas longas
não alcançavam os furos feitos no terrão
Estava isolado. Não ouvia o choro dos irmãos.

Ficar naquele silêncio o dia inteiro...
será que ninguém percebeu seu sumiço
tanto melhor precisa pensar urgentemente,
está com  a mente sem serviço.

sábado, 2 de julho de 2011

Chove!

Chove
Agua doce e carinho!
mas que saudade
do solzinho!

gosto

É verdade,
gosto do que já foi feito...e
tenho paixão pelo que há
por fazer.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Agradecimento

Agradeço aos amigos, todos, muito especialmente aos amigos profissionais, programadores em geral e artistas gráficos  que juntos tornam possível a arte de nos expressarmos.... emoções, expectativas, desejos em fim toda gama de sentimento que temos em nós... e que até bem pouco tempo somente grandes artistas poderiam  fazer... hoje o fazemos todos ... sempre de modo muito elegante...e criativo... graças a eles os  programadores e os investidores também que suportam a tecnologia de ponta da internet.

You are welcome



Good morning everyone who comes to visit me, today... Thank you and have a nice day.



Agradeço o carinho da sua visita... Visitam este blog Brasil, Estados Unidos, Israel, França, Portugal, Antilhas Holandesas, Alemanha, Georgia, Coreia do Sul, Canadá, Malásia...Moldavia, India, Rússia, China, Turquia, Luxenburgo, Reino Unido, Ucrânia, Hong Kong, Itália, Austrália, Arabia Saudita, Argelia, Jersey, Peru, México, Slovenia, Ucrania, Macau , Emirados Árabes unidos, Egito,Argentina, Líbia, Romenia, Holanda, Marrocos, Ruanda, Japão, Angola, Indonésia, Senegal, Suécia, Cabo Verde, Belgica, Ucrania, Letonia, Kwait, Iraque, Polonia, Irlanda Brunei,Macedônia, Vietnan, Venezuela e Siria Welcome and I am glad... back again!...
e convido você que ainda não o visitou a visita-lo também.